A New Place To Start escrita por WhateverDhampir


Capítulo 14
Capítulo 13 - Como atiçar animais selvagens.


Notas iniciais do capítulo

Aheeeo , pessoas !! Como estão? Notei que alguns desapareceram, mas okay, neh ? A gente releva...
Esse capítulo ficou um pouco curtinho, mas em compensação pensei em postar um pouquinho mais cedo p vocês. Isso é meio que para dar a todos um gostinho do que está por vir . MUAHAHAHAHHA ( Parei haehae)
Isso é tudo. devorem o capítulo, crianças. Vejo todos vocês depois.
Kisses s2



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A manhã não poderia ficar pior, isso era um fato. Havia aqueles dias em que tudo poderia ser normal, onde você encontraria seus amigos na escola e pensaria sobre a próxima prova que você teria. Não tinha preocupações maiores, simples assim.Stefan tentou falar comigo assim que pus meus pés fora do meu carro recém-recuperado na manhã seguinte ao jantar. Eu ainda estava com raiva – por mim ou por Care, eu não fazia ideia – então apenas continuei andando decidida a não falar com ele até que Stefan resolvesse seus conflitos com Klaus. Caroline ao contraio de Stefan estava me ignorando abertamente e os outros certamente perceberam, mas não disseram nada.

–Quer dizer, só dê um tempo a ela. - Bonnie me desse enquanto ela, Nadia e eu caminhávamos pelo corredor em direção ao meu armário. Eu teria de pegar meu livro para a próxima aula que teríamos juntas. – Ela vai perceber que está errada.

Eu fitei a garota um palmo mais baixa que eu, caminhando ao meu lado com toda sua segurança. Bonnie era uma definição exata de adolescentes meigos com expressões de criança. Ela tinha aquelas bochechas redondas e rosadas que faziam você querer apertar até explodir.

– Não. É aí que está. – Eu suspirei. – Ela está certa, Bon. Olha, eu sei que vocês acham que estou tentando esconder algo de vocês e, de certa forma estão certos, mas eu não faço isso por que não confio em vocês ou coisa do tipo. Só tem certas coisas que... eu ainda não estou preparada para falar sobre.

Nadia sorriu e enlaçou seu braço esquerdo ao meu.

– Sabemos disso, Kath. Ela também sabe. Caroline só estava irritada e falou sem pensar. Quando ela parar para refletir, vai perceber que estava errada e então vai lhe pedir desculpas.

Eu sorri, tentado dividira certeza que Nadia e Bonnie tinham, mas no fundo eu sabia que ela estavam erradas. Eu não queria que Caroline se desculpasse em grande parte porque sabia que ela estava certa. Eu menti e de alguma forma isso fez com que ela e o irmão fossem afastados. Acho que ela não confiava mais em mim, e eu não poderia culpa-la. Mas também não poderia deixar que sua relação com o irmão se prejudicasse por minha causa.

Quando eu estava mais ou menos quinze metros de onde meu armário ficava, notei que Klaus, Damon e Rebekah estavam ali, escorados e conversando. O armário dele fica ao lado do seu, Einstein. Eu parei, tentando decidir entre dar meia volta e sair correndo, ou encará-los. Não me levem a mal. Ele tinha ganhado alguns pontos comigo na noite anterior, mas eram seus amiguinhos que me preocupavam. Rebekah e eu não poderíamos ficar no mesmo cômodo sem que ela me lançasse olhares raivosos, e Damon...bem, era o Damon. Mas então já era tarde demais. Klaus me viu e acenou, e eu me vi sem outra escolha a não ser continuar andando.

– Oi, Klaus. – Eu o cumprimentei com um abraço, tentando ignorar os olhares nada amigáveis de sua irmã. Nadia e Bonnie atrás de mim eram que pareciam chocadas com a demonstração amigável entre nós.

–Katherine, hey. – Ele se recostou contra o próprio armário de frente para mim, enquanto eu colocava a senha no meu. – Olha, sobre ontem à noite... Aconteceu algo depois que eu saí? Notei que Care, Stefan e você... Não sei. Aconteceu alguma coisa?

Eu suspirei e sorri para ele, voltando a fechar meu armário depois de pegar meu livro.

– Não é nada com que deva se preocupar. Tivemos apenas...uma colisão de opiniões.

– Tem certeza? Quer dizer, me sinto culpado. Talvez se eu...

–Klaus. – Eu o interrompi . - Acredite, não foi nada com você. Stefan agiu como um idiota na noite passada. O único problema que temos, é com a teimosia dele. Se alguém deve se sentir culpado é ele e não você.

O loiro em minha frente sorriu, quase sem jeito. Se eu não conhecesse sua reputação, diria que ele estava preocupado com Caroline.

– Você é diferente do que me falaram, Pierce. – Ele ergueu a cabeça e de repente sua pose segura estava de volta.

– Idem. – Eu sorri. – Te vejo na aula, Mikaelson.

Ele assentiu com um sorriso e então eu continuei meu caminho com as garotas em meu encalço.

–O que foi isso?- Nadia me perguntou com os olhos arregalados.

–O que?

–Você e o Mikaelson. - Bonnie respondeu.

–Ele é legal. – Dei de ombros. – Não é como vocês pensam.

– Todos em seus lugares! – O professor de ciências, Blake como gostava de ser chamado, gritou ao entrar na sala. Klaus, Damon, Rebekah e os que haviam estado lá fora entraram e tomaram seu lugar antes que ele fechasse a porta.

Blake, um cara de mais ou menos uns vinte e oito anos com porte atlético, não era bem o que chamávamos de um professor comum. O cara era um dos mais gente boa que eu já tinha conhecido naquela escola e seu único defeito era o pavio curto com atrasos. Bonnie nunca se cansava de soltar suspiros quando o cara entrava na sala. Mas quem poderia culpá-la? Ele estava bem conservado e pronto para uso. Qualquer garota com o mínimo bom gosto babaria por seus cabelos claros e olhos verdes.

–Bem, como eu disse no começo do ano, tinha pensado em uma viagem de campo para que pudéssemos explorar o meio ambiente e coisa do tipo. Talvez um ar novo faça com que as notas de alguns necessitados subam, certo, Sr. Salvatore?

Damon, dividindo a fileira ao meu lado com Klaus, acenou com um sorriso arrogante como se aquilo não fosse nada enquanto alguns alunos riam. Idiota, pensei, revirando os olhos.

–Eu finalmente consegui com que a diretoria aprovasse o meu “projeto”, por assim dizer. – Ele se colocou em frente a nossa mesa, fazendo Bonnie suspirar, encarando seus músculos mal escondidos sob a camiseta. Nadia riu atrás de nós e eu tive de me conter para não acompanhá-la. – Se vocês levarem as autorizações que vou pedir ao Sr. Wells entregar a vocês depois aos seus pais e me trazerem até amanhã, estaremos prontos para partir. Antes que alguém pergunte, é sim obrigatório ir. Ficaremos lá até segunda então aconselho que tragam roupas, suprimentos e de preferencia um kit de primeiros socorros já que da ultima vez não tivemos nada para parar o sangramento no nariz da Shelly.

Alguns no fundo da sala riram e eu pude ver uma garota miúda e ruiva em minha frente se encolher em sua carteira. Levantei minha mão.

–Sim, Srt. Pierce?

–Onde exatamente é “lá”?

–Um pequeno acampamento perto de Mystic Falls usado para pesquisas escolares ao ar livre.

–Acampamento? Ar livre?- Perguntei como se não tivesse ouvido.

Bem, eu tinha trazido todas as minhas roupas e sapatos para essa cidade, mas, acredite, nenhuma delas tinha sido feita para esse tipo de situação. Eu não esperava que minha vinda para Mystic Falls resultasse exatamente em algo que fizesse as palavras “acampamento” e “ar livre” ocuparem a mesma frase. Merda!

–Qual o problema, princesa?- Damon perguntou, sorrindo cinicamente. – Não gosta de um pouco de mato e terra?

– Bem, para falar a verdade, não exatamente. –Eu sorri, falsa. – Mas para você deve ser fácil, não é? Pode rever seus parentes animais. Aposto que eles estão simplesmente loucos para catar seus carrapatos e seja lá quais pragas que você carrega.

Nadia, Bonnie e até mesmo Klaus riram. Eu pisquei para Damon e ele fechou a cara.

Eu estava no corredor vazio no horário do almoço, procurando quase desesperada em meu armário por um livro que havia pegado emprestado de Matt e precisava devolver antes do ultimo tempo. Eu quase suspirei de alivio ao encontrá-lo escondido em meio aos meus livros de literatura britânica e Idade Média. Pesquisa , pesquisa e mais pesquisa. Quer dizer, influencia da filosofia grega e textos em Latim? Para que diabos eu usaria aquilo? Minha única teoria era que a professora de literatura precisava sair mais.

Eu estava guardando todo o resto quando ouvi passos, vindo em minha direção. Eu estava prestes a dizer para Nadia que guardasse um pouco dos pretzels para mim antes que Bonnie comesse tudo quando uma mão forte me virou com violência e praticamente me jogou contra o armário.

–Qual o seu problema garoto?! –Eu empurrei Damon, batendo com certa força em seu peito. Ele nem pareceu se mover.

–O que? Não é tão corajosa agora que estamos sozinhos?

Ele sorriu, mais com certa raiva do que como se achasse aquilo engraçado. Damon estava perto demais, eu tinha consciência disso. Ele me pressionou contra meu armário e colocou um braço de cada lado de minha cabeça, me impedindo de escapar. Não que eu tivesse muita chance de tentar. Damon tinha quase o dobro do meu tamanho em músculos.

–Eu vou te dizer apenas uma vez. – Ele sussurrou, baixando seu rosto a poucos centímetros do meu. Eu podia sentir o cheiro de pinho e glicínias que flutuava em torno dele. Tinha vontade de expirar e sentir mais daquele cheiro quase onírico, mas sua proximidade me fez perder a capacidade de controlar meus pulmões ou meu coração, batendo desesperado dentro de mim como se tentasse fugir. - Essa não é sua cidade, Katherine. Não é Nova York. E seja lá que charmezinho você anda jogando para cima de Klaus agora, não funciona em mim.

Damon pegou uma mecha de meu cabelo cacheado e o enrolou ao redor de seu dedo. Aquele simples gesto fez todo meu corpo se arrepiar com antecipação. Eu não sabia se era o medo que me fazia tremer ou o fato de que ele estava tão próximo que se alguém nos visse, poderia pensar em algo errado.

–Você pode ter enganado seus amiguinhos, mas eu sei que você não é tão santa e perfeitinha quanto parece. Ninguém é. Então aqui vai uma; Se ousar falar de minha família novamente, você vai se arrepender.

Droga, eu estava parecendo uma garotinha aterrorizada. A coisa era que eu conhecia o tipo de Damon, e situações como essas geralmente não acabavam bem para mim. Mas eu estava irritada com sua atitude. Damon despertava tanta raiva em mim que me fazia esquecer qualquer temor. Então eu sorri.

–Oh, desculpe. Magoei seus sentimentos frágeis?

Ele hesitou um momento, olhando em meus olhos tão profundamente que me faz acreditar que ele podia ver minha alma. Me analisou de cima a baixo e sorriu.

–Gosto de você, sabe? Esse seu jeito de... esconder o que você sente. Por exemplo, eu sei que está com medo. E mesmo assim, continua de pé como o mármore mais resistente. Admiro isso. Mas...- ele mordeu o lábio inferior. Cara, ele tinha lindos lábios. Foco, Katherine! – essa não é uma boa cidade para brincar de ser corajosa.

Quando Damon se afastou e o ar pode finalmente circular a minha volta, foi como se todo o meu corpo formigasse.

–Tenha cuidado, Katherine. Isso aqui não é conto de fadas. As garotas corajosas às vezes se dão mal.

Com isso ele se foi, e eu tive de me conter para não me jogar no chão e entrar em pânico. Não era medo dele. Era medo do que ele causava em mim. Todas essas sensações... me assustavam.

****

Fui para casa sozinha naquela tarde. Jeremy parecia ter finalmente chegado na fase de aceitação e mantinha a maior distância possível de mim as vezes. Eu sabia o quanto aquilo o estava deixando louco. Como quando eu o pegava me observando sem querer, quando meu nome escapava de sua boca em alguns momentos quando os outros estavam em volta, como se ele se esquecesse momentaneamente de nossa briga e quisesse dividir algo comigo. Ou até mesmo quando em todas as manhãs ele insistia em preparar meu chá, sabendo que era o único que sabia exatamente o jeito como eu gostava. Eu era grata a ele por isso, e embora às vezes eu quisesse abraçá-lo e dizer que estava tudo bem, o orgulho dentro de mim gritava de novo e de novo, abafando qualquer pensamento de perdão. Algumas vezes, eu odiava ser tão orgulhosa.

Stefan e Caroline ainda estavam sem se falar e Care nem ao menos me olhava. Stef tinha tentado me acompanhar até em casa, mas eu o dispensei dizendo que não seria boa ideia. Ele pareceu magoado, mas não discutiu.

Notei que ultimamente, magoar as pessoas era algo quase comum e fácil para mim.

Tia Miranda e Jenna estavam na cozinha quando cheguei. Miranda preparando o Jantar e minha mãe ao celular, parecendo irritada.

–Não... Eu sei disso, mas... As peças que vieram não foram as que eu encomendei. – Ela se sentou na mesa e fechou os olhos, exaltada. – Acha que eu já não teria feito isso se... Sim, eu já liguei, mas eles se recusam a...

Eu peguei uma daquelas garrafas de água com gás que Jeremy sempre mantinha na geladeira e me sentei. Tia Miranda piscou para mim, mexendo na panela de onde um delicioso cheiro de orégano e açafrão vinha. Logo então Jeremy entrou pela porta.

– Hey, mãe! Como foi seu dia? – Ele a abraçou por trás, não antes de acenar para minha mãe que pareceu nem notar sua presença. Eu não pude deixar de sorrir com aquilo e tive que disfarçar. Jeremy era craque em abraços quando queria algo.

–Diga logo o que quer, Jeremy...

Meu primo tirou a autorização do bolso juntamente como uma caneta e o estendeu para a mãe.

–Mais essa agora. – Ela soltou um muxoxo, limpando as mãos em um pano e apoiando o papel sobre a mesa para assinar depois de ler. Jeremy deu um beijo estalado n bochecha da mãe e subiu as escadas. Aheeo, Tarzan! Aqui vamos nós para selva!

Minha mãe desligou o celular e o fitou por um momento. Talvez seja melhor fazer isso logo antes que eu esqueça, pensei.

–Mãe, - Eu peguei o papel e uma caneta no bolso lateral de minha mochila e o empurrei em sua direção. – será que a senhora pode...

– Agora não, querida. Estou ocupada. Espere um minuto.

Eu assenti e encostei minha cabeça em minha mão enquanto ela ligava para mais alguém e resmungava para o telefone sobre algo que havia dado errado. Se passaram sete minutos até que ela desligou novamente.

– Tenho esse acampamento da escola que...

Agora não, Katherine! – Seu tom de voz subiu. – Podemos falar sobre isso depois, ok?

Ela digitou outro número e levou o celular ao ouvido mais uma vez. Eu fiquei ali para observando enquanto ela virava as costas e caminhava para a sala. Jenna geralmente era sempre preocupada com meus assuntos escolares, sempre deixando qualquer outra coisa de lado para fazer o que fosse. E aqui estávamos nós outra vez, assim como eu tinha previsto. Seria como antes da morte de papai. Trabalho primeiro, certo? Quem poderia culpá-la?

– Aqui, docinho. Deixe-me ver isso. – Tia Miranda assinou o papel com um caligrafia quase parecida com a de minha mãe sorriu, beijando o topo de minha cabeça. – O jantar já está quase pronto, querida.

–Obrigada, tia, mas estou sem fome.

Peguei minhas coisas e subi para o meu quarto.


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Notas finais do capítulo

Hey, guys...um último recadinho. Se vcs quiserem o POV de mais alguém é só me dizer , okay?
Bye!