I Can't Love You escrita por hpforever


Capítulo 6
Apaixonados


Notas iniciais do capítulo

Eaí, td certo cm vcs?
Sem mt o q flar, cap amorzinho esse *-*



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Point Of View: Raffa

Noite quente. Céu estrelado. Música boa. Tudo perfeito.

Só preciso encontrar a Manoela.

A casa está lotada, eles convidaram a minha sala e a sala dela inteira e quase todos vieram. Se encarregaram de comprar bebidas, comidas, balões, fumaça e luzes, mas tenho uma leve impressão de que os pais dele não sabem de absolutamente nada. Tudo bem, aliás, tudo que é proibido é mais gostoso, não é?

O Zé da barraquinha está aqui, não vou muito com a cara desse moleque, metido, atira pra tudo quanto é lado. Não gosto das pessoas que dão em cima de todas as meninas da minha sala, o único galinha delas deve ser eu, hehe.

Mas não é com ele que estou me preocupando. Na verdade, estou é de olho no Fernando. Se ele se aproximar da Manu ou fazer algo que ela não queira, vou ensinar a esse mauricinho qual é o seu lugar. Porém não estou vendo eles em lugar nenhum.

E esse é o problema.

Pego mais um copo de bebida e me sento no balcão, passando meus olhos pela pista de dança. Preciso encontra-la, quero muito falar com ela, “falar” se é que vocês me entendem... Mas tem muitas pessoas na pista, e com a falta de iluminação quase não dá pra distinguir os rostos.

Point Of View: Manu

A festa está incrível. Eu já vi e cumprimentei várias pessoas, amigos, amigas, conhecidos, colegas, gente que eu gosto muito, outras que nem tanto; mas até agora eu não vi em lugar nenhum, justo a pessoa que eu mais queria ver. Dou 1 milhão de dólares se vocês adivinharem quem é.

Mentira, não dou não. Aliás, é óbvio que estou falando do Raffa.

Ele disse com certeza que iria vir, mas até agora não vi nem a sombra dele, então passei a maior parte do tempo com Fernando. A gente ficou conversando e eu fiquei sabendo um pouco mais da vida dele; que ele tem uma irmão gêmea por exemplo. Nós batemos um papo bem legal, até que ele decidiu voltar pra perto dos amigos dele e não nos falamos mais.

Eu me aproximei de Breno, que não parecia estar se divertindo muito. Ele estava sentando no sofá da sala, com o olhar perdido na pista e o pensamento distante, brincando com o canudinho de seu copo de bebida.

–O que está havendo?- perguntei à ele.

Ele me responde com um suspiro triste.

Eu olho na direção que ele encarava e entendo tudo na hora.

–Ah, você não vai ficar aí se lamentando não!- digo prontamente, o puxando pelo braço e caminhando em direção à pista.

–Eu não quero dançar, Manu, por favor!- protesta ele.

–Nem pensar que você vai ficar aí sentado!

Quando chegamos à pista, nos misturando com a multidão e começamos a dançar no ritmo da música com os corpos colados. Os olhos de Breno voltam para o que ele analisava antes; meu irmão dançando com Fernanda. Mas agora seu olhar não era de tristeza e sim de provocação. Henrique retribuía o olhar da mesma forma e eu pude ver um traço de ciúme e desejo em sua face.

Mas eles não eram os únicos que estavam se encarando. À beira da escada, eu avisto Fernando me olhando de um jeito que ele nunca olhou antes e eu retribuí. Então ficamos nos comunicando assim, por troca de olhares, expressões e suspiros.

Decido agir.

Descolo meu corpo do Breno e caminho em direção à ele, que sorri ao me ver me aproximando.

–Pensei que o Breno fosse gay- diz ele de um jeito displicente.

Sua postura era totalmente descontraída, ele se apoiava no corrimão da escada e me olhava com um sorriso torto enfeitando os lábios. Esse jeito dele até me lembra o Raffa, mas é claro que lhe faltava todo o charme e simpatia que o outro tem. Mas mesmo assim, Fernando conseguia ser sedutor.

–Ele é- afirmo- não estávamos fazendo nada.

–E lá em cima, você quer fazer?

–Fazer o que exatamente?- eu indago.

–Te beijar até seus lábios ficarem dormentes- ele me diz aumentando o sorriso.

Eu apenas dei uma curta risada e comecei a subir as escadas, com o garoto ao meu encalço. Fui em direção ao meu quarto, mesmo sem saber se ele dizia a verdade.

Entrando lá, ele já foi tirando a blusa e me jogando contra a parede de um modo brusco. Percebi que ele tinha bebido mais que o necessário. Ele atacou meus lábios de maneira feroz, forte e com movimentos rápidos demais. Logo nos separei, dizendo:

–Não Fernando. Assim não.

Ele grunhiu frustrado, mas não me soltou.

–Calma princesa!- pede ele, distribuindo beijos no meu pescoço.

–Não! Fernando, não!!!

Ele não parou, então e comecei a socar as suas costas.

–Ai- reclama ele- já disse pra ficar calma!- ele não parecia bravo, parecia impaciente.

Começou a apalpar meu corpo e eu me estressei. Sem pensar duas vezes, dei um chute forte no meio de suas pernas.

Ele se afastou imediatamente, curvando-se de dor.

Quando se acalmou um pouco, ergueu os olhos na minha direção e declarou:

–Nossa, eu mandei você ficar calma, princesa!!!

Neste momento a porta se abriu com um estrondo e o Raffa apareceu, como um herói para me salvar.

–Ela não é sua princesa!- ordena Raffa, com uma raiva explícita na voz.

–E quem é você pra dizer isso?- indaga o outro.

–Não briguem!- eu peço, quase desesperadamente.

–Não quero brigar. Apenas quero que esse cara suma da minha frente. Agora!- diz Raffa, lançando um olhar ameaçador ao outro menino.

–Sai Fernando, por favor- eu peço.

–Ok, ok, tô saindo!- cede ele- mas não é porque você tá mandando não viu Raffa! Eu não tenho medo de cara feia!- ele deixa o quarto e bate a porta ao passar.

–No que você estava pesando?!- o garoto se vira para mim- pode explicar o que vocês dois iam fazer?!

Point Of View: Breno

Eu continuei provocando o Henrique daquela maneira, dessa vez dançando com Laura. E u estava indo muito bem, até que Fernanda percebeu o que estávamos fazendo e tomou posição; começou a dançar mais colada ainda com o garoto (se é que isso é possível), até que em um certo ponto, ela fez questão de chegar bem na minha frente e dar um beijo de cinema nele. E o que mais doeu foi ver ele retribuindo.

Porra, Henrique.

Eu deixo Laura no meio da pista e vou em direção às escadas quase correndo. Chegando no andar de cima, vejo Fernando parado no corredor, mas não me importo com ele, abro a primeira porta que me veio na frente e adentro o local.

Era justo o quarto de Henrique, caralho.

Não me importei com esse detalhe e fui em direção à cama. Deitei sobre os lenções brancos e os travesseiros pretos. Inspirei profundamente, fazendo com que o cheiro dele invadisse minhas narinas, ao mesmo tempo que lágrimas invadiam meus olhos, mas eu me recusei a chorar.

Tentei deixar minha mente vazia, sem qualquer pensamento dele, ou de algo que me lembre ele. Amar é foda, e amar alguém que não te ama é mais foda ainda. Tenho que aprender a ouvir meu cérebro e não meu coração.

De olhos fechados, eu nem notei que havia entrado mais alguém no quarto, até que abro os olhos e vejo o loiro caminhando a passos lentos na minha direção.

–Você está bem?- ele indaga com a voz doce.

–Não tinha como fazer uma pergunta mais idiota?- respondo secamente.

Ele se deita ao meu lado na cama e vira o rosto para mim.

–Sinto muito você ter visto aquilo. Ela é minha namorada, como eu iria não corresponder?!

Eu viro o rosto para o outro lado e encaro a janela que mostra as estrelas e a brilhante lua no céu.

–Veio aqui só pra falar isso?- digo por fim- não vai fazer doer menos.

Ele solta um suspiro cansado.

–Tem outra coisa que eu queria te falar. Eu comprei aquele livro.

–O Amor Proibido das Ruas?- indago, virando-me para ele.

–Sim.

–Mas pensei que você não fosse muito chegado em ler...

–Não sou. A menos que a história seja interessante, ou que seja indicado por uma pessoa especial...

Seguro um sorriso.

–Eu sou especial pra você?- pergunto.

–Ah Breno- ele suspira- você não faz ideia do quanto.

–Eu tô apaixonado por você- declaro, olhando no fundo de seus olhos.

Pensei que ele fosse desviar o olhar, levantar da cama ou desconversar, mas ele não fez nada disso. Apenas retribuiu meu olhar e colocou uma mão em meu rosto, acariciando-me.

–Por mais que eu odeie admitir, eu também estou- confessa ele- eu posso nunca ter amado um menino antes, mas eu nunca quis tanto alguém, como eu te quero agora.

Eu sorri de orelha a orelha e passei uma mão pelo braço dele, até descer em sua mão, segurando-a firme. Aproximei nossos rostos e o beijei; um beijo calmo, tranquilo, como uma dança de lábios, até que ele pediu passagem com a língua e o beijo foi se acelerando. Ele me puxou, me fazendo ficar em cima dele, eu encaixei minhas pernas ao redor de sua cintura e ele soltou um gemido abafado, descendo as mãos do meu pescoço para minha cintura, puxando minha camiseta para cima.

Eu ouvi um barulho do lado de fora do quarto e me veio na cabeça se tem alguém nos observando. Mas logo ignorei o pensamento, também erguendo a camiseta dele, enquanto depositava beijos em seu abdômen.

Com certeza dessa vez vai ser diferente. Não só por ele estar sóbrio e ter consciência do que está fazendo, mas por ele estar querendo isso tanto quanto eu. Não estamos simplesmente fazendo carícias e beijando.

Estamos amando.

Point Of View: Raffa

–No que você estava pesando?! Pode explicar o que vocês dois iam fazer?!- digo, nitidamente irritado.

–Eu fui uma idiota! Não queria fazer nada demais com ele!- responde ela, vejo as lágrimas enxerem seus olhos.

–ENTÃO POR QUE TROUXE ELE PRO SEU QUARTO?! PELO AMOR DE DEUS, MANOELA!- gritei e ela começou a chorar. Ah não!- desculpa, ei, não chore...

Eu me aproximo dela, já estando mais calmo. Ela se envolve em meu abraço e apoia a cabeça em meu peito.

–Não gosto de te ver chorar. É a minha fraqueza- admito, tentando consolá-la.

Ela olha para cima, encontrando meus olhos e sorri pelo o que eu falei. Ver aquele sorriso simples enfeitando seu rosto que ainda estava com os olhos verdes cheios de lágrimas foi a coisa mais delicada e linda que eu já vi.

–Vem, vamos voltar lá pra baixo!- chamo, já puxando ela em direção à porta.

–Não quero! Tô cansada- ela nega. Eu olho o relógio em meu pulso e vejo que já estava tarde, marcava 04:15- quero dormir.

–Er... Ok... Se quiser eu já vou descendo...

–Não! Não precisa descer...

Eu a olho com uma sobrancelha erguida.

–Não precisa me olhar assim, não estou pensando em aprontar nada! Só dormir mesmo.

–Melhor assim- digo, retribuindo seu sorriso.

Ela se dirige para uma porta no fim do quarto, onde eu vi um monte de armários de roupas, acho que deve se chamar closet. Enquanto isso, eu me sento em sua cama e tiro meus sapatos e a jaqueta de couro preta, ficando mais à vontade.

Poucos minutos depois, ela volta para o quarto já sem maquiagem e com uma camisolinha preta... Curta de mais para o meu bem!

Manu se deita ao meu lado na cama e fecha os olhos tranquilamente.

Silêncio reinou por alguns segundos.

–Você vai ficar sentado assim a noite toda?- ela indaga com um ar divertido.

Eu dou uma breve risada e me deito na cama, ajeitando-me ao seu lado.

–Boa Noite- ela diz, e eu percebi que ela tentava esconder o riso.

–Boa Noite.

Precisei juntar todo o meu auto controle para vê-la deitada de bruços, com a bunda pra cima e as pernas à mostra, e não fazer nada. Eu já fiz muita burrada com ela, pelo menos essa noite seria bom se tudo saísse tranquilo, claro que se minha mente não proporcionasse imagens e pensamentos inadequados seria bem mais fácil.

Mas tudo bem, eu vou sobreviver.


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Notas finais do capítulo

Finalmente *-------------*
Casaizinhos apaixonados



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