Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 95
Na Broadway


Notas iniciais do capítulo

E é isso! Concluímos nossa meta menos ambiciosa, que era chegar ao capítulo 95 até o dia 10/09, data de um ano da fic. Se eu me preparasse um pouquinho melhor, conseguiria chegar ao capítulo 100. Mas deixa para lá.



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Estou num táxi rumo à Broadway. Matt e Ben chamaram um taxista de confiança para me levar até o local combinado, já que qualquer outro taxista é perigoso demais - afinal, sou procurada por dois grupos criminosos. Eles até se ofereceram para vir comigo, mas eu recusei. Com certeza posso me cuidar sozinha, já que minha cintura e meu pescoço não queimam mais.

Não que seja uma informação relevante, mas eu olho a cada cinco minutos para a carteira do taxista colada na parte de trás de seu banco e, logo em seguida, olho para seu rosto. Já estou ficando paranoica, pois se Matt Murdock pode confiar num vigilante vestido de demônio, ele também pode confiar num taxista chamado Jake.

Passado algum tempo de silêncio, o taxista decide ligar o rádio para ouvir as notícias - que não seriam outras senão a denúncia de atividades criminosas dentro da HAMMER. Acho que ainda estão investigando a fundo tudo, mas em breve revelarão quem é o verdadeiro líder da organização. Eu espero que seja logo, pois estou muito curiosa. E pelo que Barbara me fala, dizer que ele é perigoso é apenas um elogio fraco.

–Sabe, desde que anunciaram Justin Hammer como líder de uma organização pacificadora, já tinha um mal pressentimento. - Comenta o taxista, tentando puxar o assunto - Quer dizer, o cara tem inveja do que Tony Stark já fez como super-herói, como administrador e faz como político. E ele nem tenta esconder isso, pois não adianta.

–Não o conheço tão bem, mas o pouco que sei é que Justin Hammer é um otário.

–Essa foi a melhor definição que alguém já deu sobre ele. - Diz ele após uma gargalhada. - Seja lá quem denunciou tudo, merece palmas.

Eu fico feliz ao ouvir aquilo. Sinto-me como uma verdadeira heroína por destruir a HAMMER de uma vez. Ou pelo menos em partes, pois ainda falta a conclusão das investigações - que acho desnecessária, pois todas as provas foram divulgadas na imprensa.

Após um tempo, o táxi para. Olho pela janela e vejo um teatro abandonado.

–Acho que é aqui, senhor. Pode parar.

–Você é quem manda. - Ele para o carro e eu abro a porta - Escuta, não precisa pagar. Vou cobrar do Matt mais tarde.

–Peça para ele me cobrar também. Tchau. - Despeço-me.

Eu empurro com força a porta emperrada e entro no lugar cheio de poeira, mofo e teias de aranha. Está tudo escuro. Para enxergar melhor, ponho minha máscara e ativo a visão noturna. Melhorou bastante.

O cheiro de poeira irrita meu nariz e eu espirro umas três vezes. Tenho certeza que este lugar precisa de uma faxina.

Passo pelo corredor e empurro outra porta. Tudo continua escuro. No entanto, sinto algo frio encostando em meu pescoço. E, logo depois, outro algo frio encosta em minhas costas.

–Qual a senha? Tem cinco segundos ou estouro seus miolos. - Ameaçou uma voz.

–Senha? É... Ninguém me falou de senha. - Digo assustada. Por que meu sentido-aranha não avisou?

As duas armas desencostam de mim e as luzes se acendem, revelando meu quase agressor: Quatermain.

–Finalmente chegaste, agente Drew.

–Estive ocupada em Hell's Kitchen. Desculpa.

–Soube do sucesso de sua missão. Parabéns por derrubá-los. Agora você participará de outra.

–Não estou surpresa, mas pronta para qualquer coisa.

–Que ótimo, pois confirmaremos quem é o chefão da HAMMER.

Quatermain me conduz até outra sala. Ele não me explica nada até que estejamos nesta sala tecnológica, cheia de computadores e telas grandes e muitas outras coisas indescritíveis.

–Acredito que você não tenha mais o pen-drive.

–Acertou.

–Não tem problema, tenho uma cópia.

Outra vez não estou surpresa com a resposta. Ele põe o 'novo' pen-drive num dos computadores com proteção criptografada e impossível de ser rastreado. Então olhamos cada arquivo presente: Os Thunderbolts, Nações Unidas, envolvimento com o Doutor Doom, simbionte alienígena, arquivos secretos de agentes da HAMMER, arquivos de ex-agentes da SHIELD e, o que eu mais esperava, o verdadeiro chefão.

–Preparada?

–Meu coração está disparando.

Quatermain clica duas vezes e um vídeo aparece. Está tudo escuro no vídeo, mas o rosto de Hammer, que conversa com outra pessoa. Infelizmente, não estão conversando em inglês. Felizmente, é numa língua que eu conheço parcialmente.

–Não identifiquei a língua. - Diz Quatermain - Coulson e eu tentamos todos os tradutores possíveis, mas ninguém identificou o idioma.

–É mandarim. - Digo com convicção. - Ou chinês. Nunca soube a diferença entre elas.

–Como você sabe?

–Coisas que se aprende na HIDRA. Eles estão conversando sobre anéis, Oriente Médio e...governo. Quando este vídeo foi gravado?

–Não sei. Nossos especialistas dizem que foi antes de Tony assumir o cargo de secretário de defesa e...

–Espere. Pause agora! - Ordeno.

Ele obedece e a tela congela no momento em que o rosto do homem é revelado. Ele é barbudo, muito barbudo. Seu cabelo é preto assim como sua barba. Não dá para ver suas vestimentas ou suas mãos, mas consigo ver seus olhos o gosto pelo poder.

–Não pode ser. - Diz Quatermain, completamente assustado.

–Quem é ele?

–Mandarim. É um terrorista da China. Ele se diz descendente direto de Genghis Khan, mas nunca foi comprovado. Coulson e a agente Morse suspeitavam dele desde o início, mas eu sempre duvidei, já que ele estava morto.

–Não parece tão perigoso. - Digo, encarando seu rosto. Fico arrepiada só em olhar para seus olhos. - Mentira, ele me dá nos nervos. Quatermain, se liberarmos este vídeo, será o fim definitivo da HAMMER. Não haverão mais dúvidas de práticas criminosas, pois temos provas visuais de...

De repente, o local começa a tremer. Isso não parece bom. Quatermain retira o pen-drive e desliga todos os computadores. Então, saímos do local pelas portas dos fundos e vimos o que acontecia: São os Thunderbolts tentando entrar no prédio.

–Como eles nos acharam? Os computadores são criptografados - Sussurro.

–Bom, tivemos um problema na missão em Washington.

Quatermain explica que os Guerreiros Secretos enfrentaram uma emboscada e tiveram seus poderes bloqueados. Até resistiram o suficiente, mas foram capturados e levados a interrogatório no Triskelion.

–A HAMMER possui métodos nada convencionais de tortura.

–Por que não me disse antes?

–Ordens do Coulson. Ele sabia que você é poliglota e contava com isso para desvendar o vídeo. Se você soubesse sobre a missão antes de descobrir o vídeo...

–...Sairia atrás da minha equipe. - Complementei. Coulson, como sempre, um passo à frente.

Eu caminho até a rua. Parece suicídio, mas eu preciso enfrentá-los. Não que eu precise, mas há um enorme fluxo de pessoas e carro na rua. Não quero que ninguém se machuque além deles - ou de mim.

–Agente Drew, você não pode enfrentá-los sozinha.

–Tente contato com os Vingadores. Vou atrasá-los o máximo que puder. - Ordeno. Ele assente e vai embora, talvez procurando um telefone público ou sei lá.

Eu troco de roupa, tirando esta emprestada por Matt para colocar a minha de Mulher-Aranha. Ninguém está me vendo, para ser exata. Os Thunderbolts chamaram toda a atenção. Já uniformizada, ponho minha máscara e escalo o teatro abandonado. Em seguida, salto e pouso de cabeça para baixo num poste. Em seguida caio em cima de um carro. Antes de revelar minha posição, verifico se o veículo está vazio. Sim, está.

–Ei, bobões! O circo veio para a cidade?

Lentamente, o Abominável, Dínamo Escarlate, Yelena, Bumerangue e Rocha Lunar se viram para mim.

–Você vai pagar pelo que fez ao Treinador da mesma forma que sua laia! - Diz o Abominável.

–Que medo.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí qualquer erro que encontrarem.
Eu acho que ainda teremos mais um capítulo daqui a pouco.