Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 88
Destrancando sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Quanto tempo se passou? Não sei e não me importo, mas digo-lhes uma coisa:
—>Estou fazendo outra fic, agora em parceria com o Marc Spector. Combinando isso com as aulas, meu tempo fica reduzido.
—>A quem interessar possa (?), o nome da fic é "Entre o passado e o futuro", envolvendo mesclas entre o passado e o futuro, viagens no tempo e super-heróis em tempos de ditadura. Vejam lá, que vai ser uma fic bem longa e interessante.



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–Eu peço desculpas pela minha atitude - Digo, humildemente para todos - Principalmente ao senhor, diretor Coulson. Espero que seu braço se recupere.

–Tudo bem, Jessica. Não foi culpa sua, mas do simbionte. Você não poderia saber disso, ele se encontrou com você sem saber.

–É, além disso você foi humilde e se desculpou - Comenta Peter. Ainda não entendi porque ele está com esta armadura e não com sua fantasia tradicional.

Sento-me na cadeira e apenas fico calada enquanto todos discutem sobre o que fazer contra a HAMMER. Eu passo a maior parte do tempo encarando um ponto fixo na mesa e ouvindo tudo atentamente, às vezes me distraindo com o barulho do motor do ar-condicionado. Só falei uma vez para repetir os integrantes dos Thunderbolts, ou Vingadores da HAMMER.

Além de mim, do diretor Coulson e do Homem-Aranha, estão o Quarteto Fantástico, a mulher loira citada como Miss Marvel, Barbara, Manto, Adaga e a agente Daisy Johnnson, conhecida recentemente. Pelo visto, ela é a garantia que eu não me revolte contra o diretor outra vez.

Eu olho rapidamente para Johnny e logo retomo minha atenção para a mesa. É incrível como algumas palavras ingênuas podem destruir um relacionamento estável. Claro, misture isso com uma atitude nojenta e ridícula e teremos uma bomba atômica na relação.

Levanto-me da cadeira e saio da sala. Preciso respirar um pouco e refletir. Será que sou eu mesma novamente ou ainda estou sendo controlada pelo simbionte? Acho que sou eu, afinal não estou pensando no plural. Nem sentindo uma vontade descontrolável de quebrar alguma coisa.

–Jess - Diz alguém enquanto eu ando rumo à minha cela.

A vontade de quebrar alguma coisa retornou quando eu me virei e vejo o Johnny. Suspiro e viro para frente outra vez, continuando meu caminho.

–Oi. - Ele diz. Eu fico quieta - Você está bonita com o cabelo loiro.

–Claro. Loiras são seu tipo, não é? Me surpreende que você não tenha dormido com a própria irmã. - Respondi ríspida e sem olhar para ele.

–Que nojento. - Eu continuo caminhando e ele vem logo ao lado. - Jess...

–Sua presença me incomoda.

–Escuta, deixe-me explicar.

–Explicar o quê? Um dia antes de meu aniversário, você me disse que eu era a sua garota especial, a melhor namorada que já teve e que sentiria minha falta quando eu viajasse. Um dia depois, encontro você de cueca dormindo no sofá com uma modelo seminua e bêbada.

–Mas...

–Ah, sem contar que no dia em que o Rulk destruiu parte da cidade! Você agiu de forma estranha comigo. E eu fiquei esperando por sua visita no hospital quando eu estava quase morta por envenenamento no dia em que a Balsa foi destruída. Por que eu devo lhe ouvir?

–Porque não deve. Ouça apenas se quiser. Eu fui um idiota.

–Você é um idiota. E um tonto. Asno. Egoísta. Mulherengo. - Eu poderia xingá-lo em qualquer língua agora, mas acho que ele não entenderia.

–Tá, já entendi. Só que eu jamais quis te magoar.

–Jamais quis me...Johnny, você não me magoou. Você simplesmente estraçalhou qualquer esperança minha de achar você um cara tão legal quanto o dia em que te conheci. Acho que foram efeitos dos feromônios, porque sei que sua paixão por mim foi passageira. Por favor, não tente mais falar nada. A partir de hoje, seremos apenas companheiros de trabalho e nada mais. É a melhor forma de não me lembrar do que fez comigo. - Concluo, quase chorando.

Não nos falamos mais. Retornei à sala da reunião com os agentes da SHIELD e os super-heróis. Instantes depois, Johnny chegou. Eu sinto todos olhando para mim, exceto o diretor Coulson que continuou falando sobre um plano da SHIELD de invadir a HAMMER. Parece estranho, mas depois de desabafar sobre o Johnny com ele mesmo, sinto-me mais leve.

–Jessica, você quer falar algo?

–Não, diretor.

–Pode falar, agente Drew. - Diz Manto, cobrindo a boca com a mão - Aposto que você possui algum plano interessante.

–Plano interessante? O único no qual consigo pensar é invadir a HAMMER sem sermos discretos.

–Eles possuem o simbionte, possuem super-vilões e a aprovação do governo. A SHIELD, os Vingadores ou o Quarteto não podem atacá-los. - Diz Reed, sem tirar os olhos do celular ou seja lá qual aparelho seja aquele.

–E se não for a SHIELD? - Pronuncia-se a Daisy. É a primeira vez que ouço a voz dela.

–Como assim?

–Nick Fury montou uma equipe de Vingadores para invadir a Latvéria no ano passado. Por que não montar outra para atacar e destruir internamente a HAMMER?

–Seria suicídio. Apesar de ser um pilantra, Hammer me enganou e conseguiu o que queria. Ele foi inteligente no joguinho dele.

–Não se atacarmos por bases menores. - Conclui Daisy. Ainda não estou muito convencida deste plano.

–Gostei da ideia, agente Johnnson. Você pensou como Fury pensaria. - Elogia Coulson.

–Não podem usar o nome Vingadores Secretos. Quer dizer, não podemos cobrar por direitos autorais? - Pergunta Peter. Tinha me esquecido da presença dele, já que está tão quieto.

–Garanto que usaremos outro, Aranha.

Cerca de 30 minutos depois, a reunião é encerrada. Todos os super-heróis, exceto eu e os que trabalham para a SHIELD, foram embora. Ty me contou que levará Cassie de volta à Chicago e em segurança.

Eu estou de cabeça para baixo em minha cela, observando aquela fantasia preta. Subitamente, lembranças das últimas horas vêm à minha mente. Lembranças nada agradáveis com o simbionte e meu período como She-Venom. E uma palavra repete em minha cabeça direto: Wundagore.

–Oi, Jess. - Diz Barbara, entrando em minha cela - Você sabe que não precisa estar aqui, não sabe?

–Sei, mas eu precisava ficar sozinha depois de...vê-lo...outra vez.

–Se quiser, eu volto outra hora.

–Não, não quero pensar mais naquilo.

Ficou um silêncio de 30 segundos, felizmente quebrado pela Barbara.

–Então, você voltará para Chicago?

–Não sei. Não acho que seja necessário a existência da Miriam Drew. Todas as vezes que me chamam assim, eu penso em...lembranças - Digo, sem revelar ainda sobre os fragmentos de memórias constituídas em sonhos bizarros.

–Você sabe que não podemos ressuscitar os mortos, não sabe?

Eu assenti. Esqueci desse detalhe. Para sumir definitivamente do mundo, Jessica Drew foi dada como morta alguns dias antes que eu viajasse para Chicago.

–Acho que vocês farão uma exceção. Eu quero voltar para a SHIELD. Reconstruir minha antiga vida. Ser Jessica Drew definitivamente.

–Tem certeza que quer ser Jessica Drew? Que tal...Julia?

–Odiei. - Digo, séria - Você sabe que odeio pseudônimos. - Antes que ela abrisse a boca para argumentar, eu continuei - Não adianta argumentar sobre Miriam Drew. Você sabe que é meu segundo nome. Também quero trazer a Mulher-Aranha original e não a cópia de mim mesma.

–Sem uniforme preto, então?

Eu confirmei e ainda acrescentei que malha de couro faz muito calor. Apesar de ser muito apelativo, quero meu colante de volta. Quero definitivamente a minha antiga vida de volta - tirando, é claro, o Johnny.

–Vou pensar no assunto. Seja bem-vinda à SHIELD, agente Drew. Espero que faça parte de nossa equipe.

–Tá falando da equipe que derrubará a HAMMER? Conte comigo, Bar...agente Morse.

Então é isso. Miriam Drew foi transformada em lembrança e Jessica Drew renasce dos mortos. Cumprimentamo-nos apertando nossas mãos. Sinto que eu deveria contar a ela sobre meus sonhos, mas é melhor não.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí qualquer erro que encontrarem.
Como estou num bom ritmo esta semana, o próximo não tardará a aparecer. Assim espero.
Aliás, já são quase 100 capítulos. Minha intenção é chegar no 100° já envolvendo o glorioso Alto Evolucionário. Esta é nossa meta do semestre.
[N/Deadpool: Alguém disse meta?] Sim, mas... [N/Deadpool: Você não deve criar metas, mas assim que atingir a meta, você deve dobrar a meta para atingir uma nova meta]
Será que conseguiremos atingir a meta até o dia 10 de setembro (1 ano de fic)? [N/Deadpool: O que foi que eu disse?! Não crie metas! Você acabou de dobrar a meta!] Ah, cala a boca Deadpool!