Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 89
A primeira ofensiva




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Uma semana se passou desde que eu decidi voltar à SHIELD. Não estamos mais num super-avião camuflado entre as nuvens, mas numa antiga base secreta que Nick Fury usava como refúgio - foi o que disse a Daisy.

Fico contente que o pessoal tenha me aceitado novamente e mais feliz ainda por voltar a ter o cabelo preto. Eu gostava de ser loira, apesar de sofrer um leve preconceito. Porém, sempre me identifiquei mais com o cabelo preto.

Agora estamos nos dirigindo para um dos quinjets no hangar da base. Na verdade, somente eu estou indo ao hangar, pois o resto da nova equipe especial da SHIELD já está por lá. Acabei me atrasando porque eu recebi tardiamente o aviso de embarque. Enfim, eu acabo de chegar e encontro meus companheiros de equipe - Daisy, Barbara, Adaga e Manto. Ainda não pensamos num nome, acredito que não seja interessante. Como as missões podem se tornar suicidas, seria legal um nome adequado, como um esquadrão. Porém, ninguém apoiou a ideia.

–Está atrasada. Já íamos partir sem você - Diz Barbara.

–Eu conheço você e sei bem quando alguém blefa.

–Não era blefe, agente Drew. - Diz a agente Daisy, vestida numa armadura dourada e preta e usando algo como abafadores na orelha - Realmente estávamos de partida, mas o Manto pediu para lhe esperar.

–Gentileza dele esperar.

–Entre, agente Drew. Sua fantasia colorida já está a bordo. - Diz em tom crítico.

Demorou alguns minutos, mas o quinjet decolou. Confirmando que estamos numa altitude segura e considerável, levanto de minha cadeira e vou até os fundos. Confesso que estou empolgada por voltar novamente à ativa. Verdade que enfrentei aquele homem musculoso e careca (cujo nome é esquecido) em Nova York, mas não era Jessica Drew, era Miriam. Agora, sou Jessica Drew de novo.

Já que o pessoal da SHIELD gosta de maletas, minha nova fantasia está guardada numa. Eu abro-a com uma senha digital e pego a roupa.

É exatamente a minha antiga fantasia, com exceção que esta é um laranja mais escuro, quase se confundindo com a cor vermelha. Existe uma aranha entre os seios, esta bem pequena e de cor amarela. As teias debaixo dos braços retornaram e a máscara possui a mesma lente branca e gigante do outro uniforme, o preto.

Rapidamente troco a roupa e aquela antiga sensação de nudez voltou. Não que isso incomode, mas é bem melhor do que sentir calor e peso extra.

Retornei para minha cadeira. Recebi elogios da Adaga e de Barbara. Manto, aparentemente, é muito tímido para dizer se estou bonita ou não. Daisy nem sequer me olhou. Acho que ela me odeia - ou está concentrada demais pilotando o quinjet.

...

Não sei quanto tempo se passou, talvez 1 hora, mas Daisy nos avisou que estamos sobrevoando a primeira base da HAMMER, em Nova Jersey. Ela ativou a camuflagem do veículo, mas não demorou muito para pousarmos. A nossa líder, a agente Daisy, ordena que todos fiquem juntos, pois Manto e Adaga nos teleportarão para dentro da base. Só pude fechar os olhos, pois ainda não me acostumei com este tipo de teleporte - o do Noturno parece mais simples.

Assim que eu abro os olhos, percebo que estamos dentro do local. Foi até rápido e eficaz. Estamos, na verdade, dentro de uma sala fechada, mas com um cara dormindo na cadeira. Manto raciocina rápido e logo pega o dorminhoco, teleportando-o para longe. Acho que foi para muito longe, pois ainda não retornou.

–Pessoal, fiquem atentos. O elemento-surpresa é nossa principal arma - Sussurra a Daisy.

–Com todo o respeito, chefa, mas se quisermos destruir uma base, não podemos ser sorrateiros.

–Eu concordo com você - Diz ela. Por essa não esperava - Mas, - Comemorei cedo demais - se você quer ter dezenas, talvez centenas, de agentes da HAMMER atirando em todos nós, vá em frente e dispare sua gosma branca.

–Não é gosma, é teia. - Corrijo-a - E eu entendo de sarcasmo.

–Então entende que revelar nossa posição não é uma opção.

–Sim, entendo. Mas...

–Dá para vocês pararem de discutir?! - Interrompe Barbara - Estamos numa missão. Concentrem-se!

Como sempre, ela está certa. Esta briga foi muito infantil, mas em minha defesa, a Daisy começou a me provocar.

–Tandy, deixe-nos no escuro. - Ordena a agente Johnson.

Adaga concorda com a cabeça e espia pelo vidro. Ela ergue o pulso e dispara algumas de suas adagas luminosas nas lâmpadas. Todo o local fica escuro. Eu pressiono um botão ao lado de minha máscara e consigo enxergar tudo no escuro. Ah, obrigado engenheiros da SHIELD que inventaram esta visão noturna.

–Tem alguém vindo. - Eu digo.

–Deixa comigo - Oferece-se Barbara, que fica ao lado da porta. Ela é aberta e um cara segurando uma lanterna entra.

–Mas o que...? - Antes que ele completasse a frase, Barbara usa seu bastão e o coloca no pescoço do agente. O homem tenta reagir, mas ele desmaia.

–Diga que ele não está morto. - Peço. Ainda não sou fria o suficiente para ver alguém morrendo.

–Não está. Só desmaiou. - Responde a agente Morse.

–Tandy, cadê o Ty?

–Está vindo. Eu sinto que ele fará bom uso do teleporte.

E realmente fez. Assim que saímos da sala, pude ver que um lençol preto está no telhado. Claro que é ele. Ninguém mais usa um lençol preto em volta do corpo. Manto se solta do teto e cai no chão, assustando os soldados da HAMMER. Ouço alguns xingamentos e outras palavras feias em meio a tantos tiros. Eu e Barbara saltamos pela barreira de ferro e lutamos contra o Ty. Adaga também saltou conosco.

Eu pego um soldado pela cabeça e jogo-o no chão. Em seguida, desarmo outro e chuto sua perna, para depois concluir com uma cotovelada em sua cabeça. Parece contraditório eu não ser fria o suficiente para matar, mas para atordoar ou machucar gravemente faço com a maior facilidade.

Alguém me agarra por trás. Bato a parte de trás de minha cabeça com força no rosto de quem me agarrava, depois dou uma rasteira e piso com força no agente.

–Instalei as bombas! Vamos sair daqui! - Grita Daisy do alto.

Eu acabei ignorando a ordem e continuei lutando contra os agentes da HAMMER. Enquanto ela grita, eu bloqueio um soco e contra-golpeio o atacante com um chute. Meu sentido-aranha vibra. No mesmo instante, desvio de algo redondo que quase acertou minha cabeça.

–Vamos logo! - Grita Daisy.

Eu hesito antes de continuar, pois eu vejo o Treinador. Eu acho que é este o nome dele, mas não tenho certeza. Barbara me pega pelo braço e somos teleportados pelo Manto para fora da base. Reaparecemos ao lado do quinjet. 10 segundos depois e...bum! Aquela base vira um local tomado pelo fogo. Se aquele era mesmo o Treinador, então é um membro a menos nos Vingadores falsificados. A menos que ele tenha escapado.

–Vamos entrar - Diz Daisy no tom menos autoritário que já ouvi da voz dela.

Eu me sento e retiro minha máscara. O quinjet alçou voo e eu fico um longo tempo quieta. Até que, em um momento da viagem, Daisy cede sua cadeira de piloto para Barbara e vem até mim para conversar.

–Agente Drew. - Eu não respondo, apenas encaro-a - Você lutou bem lá, apesar de ser muito desatenta. E desobediente.

–Eu obedeceria melhor se a líder não agisse com ironia para mim.

–Eu sei, agi de forma errada. Mas sua ideia foi estúpida.

–Não discordo de sua liderança, agente Johnson. Creio que Coulson tem um bom motivo para confiá-la a você.

–Sim, e se chama 'palavras de Nick Fury'. Eu não te queria na missão, mas fui convencida do contrário. Confesso que não me arrependi, mas quando eu disser que é hora de irmos, você deve obedecer a ordem de reagrupamento.

–Foi auto-defesa. - Ela não criticou mais e já ia saindo, mas eu a impedi - Ainda quero saber o nome de nossa equipe, sabe?

–Não somos um esquadrão suicida, agente Drew. Não fazemos missões suicidas.

–Não ia sugerir este nome. Pensei em Guerreiros Secretos. Já que não podemos usar Vingadores Secretos.

Ela me encarou por algum tempo e, por fim, conclui a nossa conversa.

–Gostei.

Ótimo! Sou responsável pelo nome de uma equipe composta por 4 mulheres e um cara vestindo um lençol preto. É, a missão poderia ser pior para mim, mas continuo pensando se o Treinador sobreviveu ou não.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí qualquer erro que encontrarem
[N/Deadpool: Selo "Nome escolhido pela Vespa" de qualidade para a escolha desse nome aí] Não gostou? [N/Deadpool: Prefiro a gloriosa Tropa Deadpool!] É...não!



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