Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 87
Descontrole em Nova York


Notas iniciais do capítulo

Como sou curioso e gosto super-heróis em qualquer mídia, fui assistir a Quarteto Fantástico (sim, tive coragem de fazer isso). Minha opinião, sinta-se influenciado se quiser: Pelo amor de Odin! Alguém tem aquela máquina de apagar memórias da MIB? É terrível! [N/Deadpool: LANTERNA VERDE É MELHOR!] [N/Lobo: EU CONCORDO!] Está bom, chega de falar do filme. Quanto menos pensar, melhor.
PS: Capítulo alternativo nos comentários do capítulo anterior. [N/Deadpool: Até meu cosplay de Baraka é mais fiel do que aquele filme inteiro]
PS2: Para quem, como eu, teve coragem de assistir, leia a fic "Quarteto Fantástico: O Destino da Latvéria" (de Larenu, aquele mesmo citado antes) para esquecer aquela...coisa...indescritível [N/Deadpool: Até aquela paródia do Homem-Aranha chamada "Super-herói" é melhor que o filme!] Certo, Deadpool, já entendemos!



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Após cair por muito tempo, pousamos. Nosso uniforme, de alguma forma, liberou teias de todas as partes imagináveis de meu corpo e amorteceu a queda. Assim que pousamos, Nink tentou conversar conosco, mas ignoramos e fugimos. Creio que a despistamos.

Estávamos escalando um prédio quando vimos o caos que está o trânsito na rua. Caos porque todos os carros fazem barulho com suas buzinas irritantes, xingamentos e gritaria desnecessária. Saltamos e pousamos em cima de um carro preto. Curiosamente, o motorista sai do veículo e revela ser ninguém mais ninguém menos que J. Jonah Jameson, nosso antigo chefe.

–Seu monstro psicopata! Destruiu meu carro! - Grita, como sempre.

–NÃO NOS IMPORTAMOS, BIGODUDO IDIOTA! - Berramos no rosto dele.

–Nos vemos no tribunal, seu monstro!

–NÃO NOS IMPORTAMOS! - Repetimos.

Pegamos o pescoço de Jameson e apertamos bem forte, mas não o suficiente para matá-lo. Quer dizer, achamos que não, mas ele está ficando com o rosto vermelho. Pode ser de raiva ou ele está sem ar.

De repente, algo nos chuta pelas costas e soltamos ele no chão. Virando, vimos o Homem-Aranha pousando no carro vizinho. Ele está diferente. Sua roupa não é mais a azul e vermelha, mas sim uma armadura vermelha com uma aranha dourada pelo busto.

–Escuta, eu odeio tanto o JJ quanto você, mas não acho que matá-lo resolve nossos problemas.

–HOMEM-ARANHA! - Gritamos.

–Ei, você é cheirosa. Ou cheiroso? Não me decidi. Mesmo assim, retire esta roupa e resolveremos tudo na maior parcimônia.

Concordamos com a cabeça, mas senti uma segunda voz dizendo "não". Involuntariamente, quase acertamos uma braçada nele. Peter desvia no momento exato e revida.

–NÃO NOS DIGA O QUE FAZER! - Gritamos, saltando e pousando no carro em que ele está. Ele saltou para o lado, parando na rua e dispara suas teias, nos prendendo. Entretanto, não nos segura por tempo suficiente.

–Você é forte. É a Mulher-Hulk, por acaso?

–NÃO! NÓS SOMOS A SHE-VENOM! - Berramos. Eu tentei dizer meu nome, mas saia abafado.

–She-Venom? Quer dizer que você e o Brock tiveram um relacionamento? Seria incesto? Eca!

–CALADO! - Gritamos, tentando agarrá-lo. Infelizmente, ele saltou no carro ao lado e passou por cima de nós, dando uma joelhada em nosso queixo. Não sentimos dor.

–Eu ia falar uma coisa, mas é melhor deixar quieto.

Já estamos furiosos com o Peter. Então, pegamos o carro do Jameson e jogamos em sua direção.

–Meu carro! - Grita Jameson, arrumando o próprio queixo. - Sua aberração! Este carro não é barato!

O Homem-Aranha salta com um impulso energético em suas novas botas e pega o carro do Jameson em pleno ar e sem dificuldades. Ele faz algum comentário irritante, mas apenas ignoramos e seguimos nosso caminho para longe dele. As pessoas gritam com medo ou fotografam e filmam nossa luta com o Homem-Aranha.

Outra vez de forma involuntária, puxamos uma criança graças às nossas teias pretas. Ela grita por sua mãe e chora. Aquele grito é muito irritante, então tapamos sua boca. Por que estamos fazendo isso? Só queremos sair desta confusão.

–Ei, solta ela! - Diz o Homem-Aranha, nos chutando outra vez. Soltamos a criança, que saiu voando. Felizmente, Peter agarrou-a e colocou-a na calçada - Seja lá quem você for, livre-se do simbionte. Ele te controla.

–NÃO! ELE NOS COMPLETA! - Dissemos. Espera, simbionte? Isso explica muita coisa, mas não é possível. Ou será que sim?

–Escute-me, seja lá quem você for. Já fui hospedeiro de um antes e as coisas não acabaram bem.

–CALADO! - Tentamos agarrar Peter, mas ele atira alguma coisa de sua mão, algo como aqueles disparos que o Homem de Ferro fazia.

–Desculpe, mas não me deixou outra opção.

Berramos e algo sai de nossa mão direita. Este 'algo' parece vivo. Peter não desvia e é preso na parede. Para nos livrarmos dele, pegamos outro carro vazio e miramos o Peter. O herói não está conseguindo se soltar da gosma preta que atiramos. O que estou fazendo? Vou matá-lo se atirar este carro.

–Não quero jogar - Tento dizer, mas outra vez a voz fala.

Somos mais forte juntos! Somos a She-Venom!

Contra minha vontade, jogamos o carro em Peter. Tentei atirar teia para impedir que o carro continuasse, porém não foi necessário. Uma mulher loira pegou o carro no ar e pousou-o em segurança. Ufa!

–Quem é essa? A namorada do Venom?

–Eu acho que sim, Carol. Agradeço uma ajudinha.

–Certo. - Ela ergue a mão e aponta para nós. De repente, um brilho sai dela e nos atinge. Com o impacto, entramos em uma cafeteria e quebramos algumas mesas, além de estarmos ensopadas de café.

Como a bebida é quente, sentimos dores. Então gritamos. A 'roupa' - ou simbionte, como disse o Peter - reage negativamente e move-se para fora de meu corpo. Porém, logo retorna, já limpa do café. Definitivamente, estou com medo desta roupa.

Saímos da cafeteria e ficamos paradas encarando a dupla de heróis.

–Já chamou o Reed? - Ouço o Homem-Aranha perguntar.

–Calma, aranha! A cavalaria já chegou! - Diz Johnny, logo se apagando. - Qual o problema?

Não aguentamos esperar e partimos logo para cima do Tocha Humana. Agarramos ele por trás. Peter e a parceira dele tentam ajudá-lo, mas a roupa dispara da perna duas gosmas pretas, prendendo-se nos rostos de cada um.

–VAI PAGAR PELO QUE NOS FEZ! - Gritamos, acho que mais eu do que o simbionte.

–Solte-me! - Ele diz, prestes a pegar fogo.

–Monstrengo, solta o fósforo! - Grita Ben Grimm por trás, nos socando. Novamente não sentimos dor. Soltamos Johnny, virando imediatamente para o Ben e revidando o soco.

–DEIXE-NOS A SÓS! - Gritamos.

–Sei que sou bonito, mas não quero pegar um monstro como você.

–VOCÊ É UM TRAIDOR, JOHNNY STORM! - Gritamos.

Johnny já está pegando fogo e voando. Tentamos saltar, mas a mulher loira nos atacou outra vez. Não demorou muito e a jogamos nocauteada na rua. O Homem-Aranha, então, tenta lutar conosco. Ele salta e começa a nos socar. Defendemos todos os golpes e estamos sendo brutais nos contra-ataques.

–DEIXE-NOS EM PAZ, PETER! - Gritamos.

–Claro, só tape os ouvidos.

–O QUÊ? - Naquele mesmo instante, nos viramos e vimos o Senhor Fantástico segurando uma arma gigante. Ele ativa-a.

Então ouvimos um som ensurdecedor. Não sei o que acontece, mas a roupa reage negativamente outra vez. Ela tenta se livrar de meu corpo. Ainda com o barulho metálico soando, nos contorcemos no meio da rua. Depois de pouco tempo, a roupa sai de meu corpo, revelando ser a gosma preta que eu e os Thunderbolts roubamos do Brasil. Inclusive, ela me deixa só de top e calcinha no meio da rua. É uma péssima hora para isto acontecer.

Aos poucos paro de pensar no plural. Sinto uma raiva sair de meu corpo, o que é muito bom. Entretanto, estou com medo, pois o simbionte adquiriu uma forma humanoide. E está falando algo em minha cabeça.

NÓS SABEMOS SEUS MAIORES MEDOS.

Arrasto-me pelo chão e paro ao encostar num carro. O simbionte ameaçou saltar em mim, mas uma bola de fogo acertou-o e ele fugiu pelos esgotos. Não acredito que Johnny me salvou.

–Jessica? É você?

Eu não respondi, mas confirmei ligeiramente com a cabeça. Então, Manto aparece no meio da rua trazendo Adaga e Bárbara.

–Precisamos ir antes que a polícia venha. Vocês também serão úteis. - Diz Bárbara.

Ty, então, abre seu manto e encobre todas as pessoas ao nosso redor. Pouco tempo depois, reaparecemos no mesmo avião da SHIELD. Bárbara me cobre com um lençol e me conduz até a mesma cela em que eu estava anteriormente.

–Você está melhor?

–Estou - Digo, tremendo e muito confusa - Prometa que irão encontrar aquela gosma.

–Vou pensar no seu caso.

Chegamos à minha cela. Bárbara pediu para que eu descansasse, mas eu recusei. Coincidentemente, encontrei aquele uniforme da SHIELD (o que é estranho, pois eu estava vestido nele antes) e me visto. Quero me encontrar com todos e tentar entender o que aconteceu.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí qualquer erro.
Quem quiser dizer que Jessica é estúpida demais para perceber só agora, depois de não sei quantos capítulos, que estava sendo possuída por um simbionte, eu vou concordar (e, claro, defendê-la).
Só lembrando: Não é exatamente o mesmo simbionte, mas sim uma espécie de filhote que se dividiu quando Jessica e os Thunderbolts roubaram no Brasil (foi um momento tão furtivo que Jessica não percebeu).