Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 80
A 'nova' Mulher-Aranha


Notas iniciais do capítulo

-> Fiz uma two-shot ainda não concluída narrando uma aventura solo do Wolverine em Madripoor, ilha asiática que já apareceu por aqui. Quem quiser, pode ler. Só não é permitido para todas as idades.



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Confesso que estava com saudades de atuar em uma missão da SHIELD. Ou mesmo de voltar a ser a Mulher-Aranha. Eu e Bárbara estamos sentadas ao lado de outros 5 agentes da SHIELD armados até os dentes - acredito que o sentido literal seja aplicado nessa situação. Está muito silêncio, por isso eu puxo conversa com ela.

–Não acredito que você deixou de ser uma das hackers da SHIELD para se tornar uma líder em campo.

–Líder provisória. - Corrigiu-me - E eu ainda sou uma hacker da SHIELD. Só que com treinamento reforçado para a auto-defesa. E um bastão. Chega de falar de mim, vamos ao que interessa.

Bárbara levantou e me conduziu aos fundos do helicóptero. O veículo está balançando um pouco, mas não deve ser nada grave. Paramos em frente a uma mesa e uma tela tridimensional apareceu. Bárbara fez alguns movimentos nela e a imagem do novo diretor da SHIELD apareceu.

–Olá agente Morse. E é bom que você esteja aqui, senhorita Drew.

–Jess, acho que você se lembra do agente Quatermain.

–Sim, agora eu me lembro.

–Devo acreditar que você interrogou o agente da HAMMER, então sabe o que eles fazem com os civis.

–Sim, eu já estou sabendo.

–Agente Morse, a missão de vocês é destruir a base da HAMMER na qual eles fazem isso, que fica em...

–Nova York - Digo antes que ele complete.

–Exato. Morse, creio que nossa aliada esteja disposta a participar da missão.

–Sim, ela quer. Devo mostrar o uniforme?

–Certamente. Vou desligar e quando estiverem próximos do objetivo, liguem para cá. - Ele encerrou a ligação.

–Como assim uniforme?

–Jess, você acha que estragaremos sua identidade de Miriam? Você não é mais agente da SHIELD e, mesmo com outro nome, é uma universitária. Precisamos preservar isso. Venha.

Bárbara me conduz até o outro lado, não que seja muito longe. Então paramos diante de uma maleta preta com o logotipo da SHIELD, a tradicional águia preta. Bárbara olha para mim, quase ordenando para que eu abrisse. Obediente, eu abro a maleta e vejo um uniforme preto misturado com branco.

–Como vocês gostam dessa cor - Eu digo. Pego o uniforme e vejo algo peculiar - Não é uniforme de agente da SHIELD.

–Não. É o seu novo uniforme de super-heroína.

–Bárbara, eu não quero voltar a ser a Mulher-Aranha. E ela é morena, não loira. Vão pensar que sou plágio de mim mesma.

–Você não precisa ser a Mulher-Aranha, pode adotar outro nome. Só quero que Jessica Drew compareça à missão.

Eu pensei em continuar argumentando, mas não há outra escolha. Devo vestir essa nova fantasia. Eu pego-a e vejo melhor: A roupa é completamente preta, contendo uma aranha branca tanto na frente quanto atrás. As luvas e as botas não são unidas à fantasia, o que pode ser bom e ruim ao mesmo tempo. Eu suspiro e começo a trocar de roupa.

–Vou sair para deixá-la mais à vontade - Diz Bárbara, deixando-me sozinha.

Alguns poucos minutos depois, eu já estou vestida e me olhando num espelho que achei acidentalmente. A fantasia fica colada em meu corpo, mas é mais quente e mais folgada que a antiga. Devo dizer que não sinto falta das teias debaixo dos braços.

–Devo dizer que você ficou menos atraente assim do que com aquela sua antiga fantasia. - Diz Bárbara, retornando pela porta e quase me assustando.

–Esta não aperta tanto quanto a antiga. E é mais quente.

–É mais resistente, também. É feito de kevlar e couro, então é bem complicado que você rasgue. E use isto - Ela me entregou uma máscara preta, bem parecida com minha antiga, mas com lentes gigantes - Mantenha sempre no rosto. É mais tecnológico. As lentes ajudarão você a enxergar no escuro, por exemplo.

–Vocês estiveram muito ocupados fabricando isso para mim, não é?

–Não era para você. Venha, vamos para a frente que estamos quase chegando.

Quando pisei fora da parte traseira do helicóptero, o veículo começou a tremer. O piloto gritou avisando que fomos atingidos, mas o escudo energético nos protegeu.

–Ativar camuflagem! Pessoal, por precaução, peguem os pára-quedas. - Ordena a Bárbara.

–Camuflagem com defeito. Escudo com 35% de energia e caindo. Agente Morse, o helicóptero não suportará outro ataque.

–Suportará, sim. Agente, avise que vamos nos render.

–Nos render? - Pergunto - Você deve estar brincando, não é?

–Não. Pegue isto - Ela me entregou um relógio e um ponto eletrônico - Jess, aperte este botão e você ficará camuflada. Fique nos fundos e escondida. Quando você estiver em segurança, tente contato com o Quatermain pelo ponto. - O helicóptero tremeu outra vez, mas foi por baixo. - Estamos sobrevoando Nova York, Jess. Você é nosso ataque surpresa.

–Mas...

–Vai! - Ela ordena.

Eu saio correndo e abro a porta. Em seguida, eu aperto o botão indicado pela Bárbara e nada acontece. Quer dizer, eu não sinto nada acontecer, mas olhando para o espelho eu simplesmente não apareço. Eu ouço passos acelerados e um chute na porta, que cedeu. Uns agentes, provavelmente da HAMMER, aparecem e apontam as armas para frente.

–Tudo limpo. Vamos explodir isso! - Diz um deles.

Eles plantam dinamites nas paredes e colocam para explodir em 2 minutos, provavelmente o tempo para o avião deles desacoplar de nosso helicóptero. Quando concluíram, eles saem e fecham a porta. Por sorte, eu já não estava mais lá dentro, senão estaria presa. Eles descem do helicóptero e fecham uma escotilha que eu não havia notado antes.

Meu sentido-aranha fica louco, acho que está avisando da iminente explosão.

–Eu sei disso. Para de me avisar! - Digo para mim mesma, ou melhor, para o sentido-aranha.

Desligo a camuflagem e vou até o banco do piloto e pressiono alguns botões. Eu abro o bagageiro do helicóptero, que fica na parte traseira (óbvio) do helicóptero. Um barulho de alerta é acionado. Segundo minhas contas, tenho 50 segundos. Corro até a parte traseira e arranco a porta. Confesso que não lembrava de tanta força, acho que é a adrenalina.

Olho para as dinamites plantadas nas paredes e vejo que falta 30 segundos. E vai diminuindo. Maldito palpites falsos. Não importa agora, eu salto do helicóptero e...queda livre!

Não me afasto muito e consigo ouvir a explosão. Eu abro o para-quedas bem a tempo. Ufa, ainda estou viva! Ou quase. Meu sentido-aranha está vibrando e, coincidência ou não, o para-quedas começa a pegar fogo. Por que agora?!

Solto o para-quedas de mim e tenho outra queda livre! Neste momento sinto falta das teias debaixo dos braços, mas não há tempo para lamentar. Já enxergo alguns prédios grandes.

Passo ao lado de dois prédios e disparo teias para me balançar. No entanto, acabo errando o segundo disparo e, sem querer, invado um prédio abandonado - era abandonado, mas tinha vidro. Reergo-me e limpo o vidro de meu uniforme. Ah, Nova York, estou de volta após meses longe.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí qualquer erro.
Antes que pensem, não! O Quatermain não é o diretor da 'nova' SHIELD. É outra pessoa que ainda estou pensando em quem será.
Confesso que fui relutante em usar este uniforme, pois não possui muita relação com a personagem-título desta fic (este novo uniforme, na verdade, é de outra Mulher-Aranha).
PS: A imagem serve para ilustrar o novo uniforme de Jessica para o caso de minha descrição não ajudar na imaginação...