Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 78
Fim de semestre


Notas iniciais do capítulo

Poucos avisos:
—> Fiz outra one-shot intitulada "Novos Vingadores: Selvageria".
—> [N/Deadpool: Há um capítulo alternativo feito sobre mim e para mim. Parabéns ao envolvido. Vou te dar outro biscoito]
—> Minha criatividade está passando por uma fase esquisita, então peço paciência para o caso de o capítulo ficar curto outra vez. E caso fique sem ação também.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/544530/chapter/78

Três dias se passaram desde o reencontro com Bárbara. Daqui a pouco farei minha última prova de economia. Estou lanchando no centro do campus. Caiu uma chuva fina e quase molhou meu livro de ciências biológicas, mas pude protegê-lo. Desde aquele dia, eu estou mais cuidadosa e desconfiando de qualquer um. Até mesmo Cassie é considerada um perigo para mim.

–Oi, Miriam. - Uma mão toca em meu ombro. Eu viro-me assustada e segurando a mão, quase preparada para quebrá-la, mas logo soltei. É a Cassie - Você está bem?

–Sim, estou. É a prova de economia. Estou ansiosa para terminar este semestre e me livrar dessa disciplina.

–Entendo. Está chegando ao fim o semestre. Já tem lugar para passar o verão?

–Não.

–Sério? Eu ia convidá-la para passar um tempo na casa de minha tia. Não é tão grande, mas cabe nós duas.

–Ah, pode ser. Confirmarei com você mais tarde.

–Preciso ir. Prova agora. Até mais. - Despediu-se ela.

Também não demorei muito sentada e logo saí para a sala. Ainda tenho um tempo antes da prova e memorizei todas as fórmulas estudadas ao longo do semestre. Esta é a vantagem de ter memória fotográfica, o poder mais necessário nestas horas.

Eu cheguei à sala e encontrei o professor conversando no celular. Fui educada e acenei para ele. Contudo, está bastante concentrado e nem retribuiu o gesto. Sentei-me e fingir dar uma última lida. Pouco tempo depois, com todos os alunos já na sala, o professor fechou a porta e iniciou a prova. Por incrível que pareça, respondi a prova com certa facilidade, mas fui a última a entregar. Estou confiante que tiro uma nota boa.

–Miriam, aqui está o formulário de transferência. Creio que você deseja bastante mudar de curso no próximo semestre.

–Sim, desejo. Não que eu não goste do senhor, professor. Economia não é meu forte.

–Eu discordaria. Olhando suas respostas, você tirará uma nota suficiente para passar. Mesmo assim, vejo a decisão em seus olhos. Ainda espero vê-la no próximo semestre, mesmo que à distância.

–Obrigada. - Eu saio da sala, enfim.

O corredor está esvaziando aos poucos. Eu apenas caminho com a cabeça baixa e refletindo sobre coisas sem importância. Por exemplo, já se passaram 3 dias e até agora nenhum agente da HAMMER veio me buscar. Mesmo assim, devo estar preparada para qualquer coisa.

Eu saio do prédio principal e respiro fundo. Viva! Estou quase livre de economia! E quase chegando as 'férias', coisa que Jessica Drew nunca teve, mas Miriam terá. Enfim, vou à lanchonete do campus e compro um sanduíche natural. Não sou gulosa, mas sinto fome após fazer uma prova de economia. Cassie e Yara chegam alguns minutos depois. Eu sei que Yara é Noemia e eu gostaria de contar a ela quem sou, mas quem garante que ela não está aqui para me espionar? Nossa, estou ficando mesmo paranoica.

–Miriam, você está me ouvindo? - Pergunta Cassie.

–Não, desculpa. Muitas fórmulas em minha cabeça. Pode repetir?

–Eu disse que minha tia não ficará na cidade durante o verão e nós duas poderemos ficar lá na casa dela durante o período. Você não me respondeu se aceita ou não morar comigo.

–Aceito. Pensei nisso antes da prova.

–Ei, por que eu não fui convidada? - Pergunta Yara, tentando atenção.

–Só há espaço para duas pessoas. Pensei em Miriam porque ela não tem casa em Chicago, com exceção do dormitório. E a Universidade fechará para os estudantes durante o verão.

–Talvez na próxima, Yara.

Nós conversamos mais um pouco e, quando anoitece, despeço-me das meninas. Vou ao dormitório e passo pelo mesmo 'ritual' na hora do banho - o banheiro está lotando desde o primeiro dia pós-conversa com a agente Morse. Às vezes fico sufocada, mas consigo sobreviver. Visto um pijama e vou ao meu quarto. Estranhamente, sinto-me mais cansada do que antes. E nem são 8 da noite ainda. Enfim, deito-me e fecho os olhos.

...

No meio do sono, ouço um barulho externo. Abro os olhos e penso em levantar, mas pode ser apenas um rato passando - e odeio ratos! Antes de voltar a dormir, olho as horas pelo celular. 3 da manhã. Dormir tudo isso? Estou surpresa! Volto a dormir. Pensando que retomaria o sonho anterior, acabo tendo outro.

Está tudo escuro. Pode ser repetitivo, mas vejo uma criança, creio que de 5 ou 6 anos. Ela está brincando com bonecas de plástico, fazendo chá invisível. Coisas de criança. A menina seria eu? Parece muito comigo quando tinha 5 anos. Enfim, a criança vê uma cadeira balançando e ela está ocupada por alguém. Ela puxa o vestido da mulher.

–Pequena Jessica, o que quer?

–Cadê mamãe e papai?

–Eles estão trabalhando, pequenina. Fique com a titia Bova. - Diz a idosa. Há uma névoa na cabeça dela, que dispersa aos poucos. Quando dispersa completamente, eu vejo seu rosto. Bem, é meio traumatizante, mas ela tem cara de vaca. Literalmente.

De repente, tudo desaparece e, instantaneamente, o símbolo de uma aranha começa a piscar. E a piscar em vermelho. Como se fosse...sentido-aranha?

Rapidamente acordo e me sento. Havia uma agulha em meu braço. Eu fui drogada com...morfina? Sorte que sou imune. Também há um homem de preto, como se saísse um soldado especial dos filmes da SWAT. Ele segura uma metralhadora e parece surpreso em me ver acordada.

–Ei, não era para você acordar! Deveria estar em sono profundo! - O homem diz.

–O quê?

–Fica aí, senhorita! É uma operação segura e oficial da HAMMER. Estamos procurando uma suspeita. - Ele diz, apontando a metralhadora para mim. - Fique calma!

–Você aponta uma metralhadora e quer que eu fique calma? Acho que você é doido. Quer saber?

Pensei que nunca mais faria isso, porém eu disparo teias no meu abajur e jogo-o nele. O soldado sente dor e me xinga de um nome feio. Sem perder tempo, levanto-me, salto e sento nas costas dele. Por fim, ataco-o com um disparo bioenergético de minha mão - em outras palavras, veneno não-letal que eu possuo. A HAMMER está aqui? E não estão atrás de mim? Isso significa que...

–Cassie! - Eu saio de meu quarto e olho para fora.

Meu sentido-aranha disparou e quase sou atingida no rosto com uma arma. Protejo-me a tempo e contra-ataco o soldado, acertando a mesma arma na cabeça dele. Em seguida, dou-lhe um soco e ele desmaia. Continuo caminhando discretamente pelo corredor. Ao chegar à porta de Cassie, vejo que já levaram-na. Droga, cheguei tarde demais. Olho para o final do corredor e vou até a saída alternativa do dormitório.

Vejo mais homens de preto correndo apressados e indo em direção a um helicóptero preto com o símbolo de um martelo, confirmando que eles são da HAMMER.

Também ando apressada até o helicóptero, mas eles já estão de saída. O motor foi ligado e as hélices também. Começa a ventilar muito forte e isso impede minha aproximação. Eles levantaram voo. Tento disparar teias no veículo, mas não consigo. Está muito escuro e eles muito longe. Não acredito que levaram a Cassie e é culpa minha!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem aí qualquer erro.
Estou sem ideias para falar por aqui, então...até a próxima.
OBS: HAMMER invadiu o quarto de todas as mulheres do dormitório e drogou-as. Por sorte do destino, uma é imune.