Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 72
Plano morse


Notas iniciais do capítulo

Muitos avisos! Meu Deus! Esses avisos que não acabam!
—> Há um capítulo alternativo nos comentários anteriores envolvendo a personagem Noemia, vizinha de Jessica Drew. Foi escrito pela leitora (e autora) Beatriz Black Horan Valdez.
—> Larenu (outra vez ele) iniciou uma nova fic, agora sobre a Zatanna. O motivo pelo qual ele iniciou foi minha história, pois a feiticeira também é pouco conhecida (em comparação a outros heróis) e tem uma história interessante na DC Comics.
—> Dedico o capítulo ao leitor Guilherme T Wilson, que leu quase 30 capítulos em 3 dias apenas para se atualizar - e comentou em todos. Nem li ainda todos os comentários rsrs [N/Deadpool: E ele tem a foto de um cara lindo!]
—>Ninguém acertou o nome do mensageiro anônimo. Os que mais chegaram perto foram os leitores HumanLivre e Bacoli (que comentou pela primeira vez, eu acho! Seja bem-vinda!) E o mensageiro anônimo é...revelado no fim.



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Já se passaram horas desde minha conversa com o mensageiro anônimo. Eu estava sendo vigiada constantemente, pois os guardas reclamavam de meus tics na parede. Tenho sorte de eles serem estúpidos demais para perceberem que isto é código morse.

Um guarda avisa que está na hora do banho. Como sempre sou a última a ir, fiquei esperando sentada. Foi neste momento que a mensagem codificada retomou.

"Você está aí", perguntou ele, eu acho.

"Sim"

"Não responda, apenas preste atenção. No banho, tente causar uma confusão entre os prisioneiros e procure pelo Alistair. Ele é o prisioneiro na cela em frente à sua"

"Alistair", repeti sem querer.

"Exato. Diga a ele que pressionar dois botões na coleira, irá desativá-la. Mas, precisa..."

–Ei, venha logo! - Gritou um guarda, abafando a mensagem.

–Já vou. - Fiquei curiosa pelo resto da mensagem. Levantei-me e bati com força no chão repetidas vezes. O guarda não compreendeu o que eu estava fazendo - Desculpa, é que a poeira ficou presa em meu pé. Só estou limpando. - Menti. Eu estava mandando uma mensagem ao anônimo ao lado.

–Limpe no banheiro, gefangene. - Ele aumentou o tom da voz e abriu minha cela.

Liberaram as algemas de minha mão e começaram a tirar minha roupa. Novamente senti vontade de derrubar todos estes guardas, mas me contive. Eles estavam armados e tinham o controle para eletrificar meu pescoço. Eu estava um pouco ansiosa para ver como é o mensageiro, mas há uma parede revestida de aço ao invés das grades como todos. Pelo visto, ele é mais perigoso do que eu.

Fui conduzida ao banheiro e repetimos o mesmo processo de sempre: Algemas no cano e aguente a força da mangueira de pressão! Quando me virei de costas, pisei no pé do prisioneiro à esquerda de propósito. Ele achou que fosse o homem ao lado e começaram discutir feio, com xingamentos e palavrões que mesclavam o francês, o espanhol e até mesmo o inglês mais arcaico.

–Quietos! Quietos! - Os guardas desligaram as mangueiras para apartar a confusão.

Virei minha cabeça para o lado. O homem ao meu lado, por incrível que pareça é o mesmo prisioneiro da cela à frente da minha, percebeu que fui eu quem pisou no pé.

–Você é muito perigosa, garota - Sussurrou

–Você é Alistair?

–Sim. - Alistair era bem musculoso e tinha coisas em suas costas. São coisas indescritíveis, não consigo explicar. Só vendo para entender.

Expliquei de forma rápida e resumida para ele o que deveria fazer, mas não pude prosseguir. Alistair resmungou de dor e eu acabei repetindo o gemido. A situação já estava controlada e o guarda encostava seu bastão de choque no meu bumbum.

–Sem conversa! - Ele disse, religando a mangueira de pressão.

Após o banho, fizemos a mesma fila de sempre. Eu fiquei atrás de Alistair, mas não conversamos, pois estávamos sendo observados. Entrei em minha cela e fui desalgemada novamente, apenas para ser vestida. Olhei sorrateiramente para o Alistair à minha frente e ele balançou positivamente a cabeça, talvez concordando com o plano. Agora vestida, me algemaram novamente e eles saíram de minha cela. Poucos segundos depois, a janta chegou.

Eu sentei-me perto da parede que recebe as mensagens codificadas e pude ter uma visão de Alistair. Ele me encarava e ao mesmo tempo jantava. Não sei se ele é confiável, aparentemente não. Porém, vou confiar nele por ora. Eu peguei uma pedra qualquer e bati na parede.

"Entendeu minha mensagem?"

"Entendo que você queira saber meu nome, mas não é o momento certo"

"E quando será?"

"Quando nos virmos pessoalmente"

Houve um período de pausa para que eu pudesse terminar meu caldo. Aposto que depois dessa estada na prisão, emagrecerei muitos quilos. Ouvi os tocs na parede outra vez. Concentrei-me e ouvi toda a mensagem.

"Conversou com Alistair?"

"Sim. Acho que ele concordou em ajudar"

"Ótimo. O próximo passo é o seguinte"...

E ele explicou. A mensagem cortava, mas eu consegui entender: Deveria haver outra confusão entre os prisioneiros e Alistair liberaria minha coleira. Eu confrontaria os guardas e liberaria os prisioneiros. Só assim estaríamos livres. Mas, havia um problema.

"Caso aceite, temos um problema. Era este o resto da outra mensagem."

"Qual?"

"Há a possibilidade de você não ter mais seus poderes"

"Se é tão simples, por que eu mesmo não aperto os botões na coleira?"

"Você parece inteligente por entender código morse, mas é o suficiente para desarmar as armadilhas da coleira?"

Aquela pergunta me pegou desprevenida. Eu raciocinei aquela mensagem por alguns instantes. Até saíram pequenas lágrimas de meus olhos, mas eu resisti e aceitei o destino. Se isso ocorrer, apenas aceitarei e pronto.

"Então? Aceita o risco?"

"Aceito"

Houve uma pequena pausa antes de ser correspondida.

"Pomos em prática amanhã na hora do banho"

Não conversamos mais. Passei a noite refletindo sobre aquele plano. Provavelmente, não havia outra alternativa para o plano. Ou é isto ou a morte de todos nós. Pela primeira vez nesta semana (honestamente, estou perdida no tempo) eu não tive o pesadelo com o Alto Evolucionário. Nem lembro se tive algum sonho, eu estou focada no sucesso do plano.

O dia passa devagar como sempre, não conversei com o mensageiro anônimo e, finalmente, a hora do banho chegou. Os guardas já conduziam os detentos e eu deveria contar o plano para Alistair, mas não sei como faria isso. Foi então que pensei em uma ideia.

–Ei, seu guarda! Eu quero...eu preciso...não sei explicar. Problemas femininos.

–Diga logo.

–Estou na fase da menstruação e preciso de papel higiênico.

–Limpe com a roupa.

–E sujar para outro gefangene usar? Não, acho que o herr Strucker não gostaria de saber que um refém foi morto por contaminação sanguínea.

Aquele argumento convenceu-o e ele me liberou, retirando minhas algemas, minha roupa e recolocando as algemas, conduzindo-me ao banheiro primeiro que alguns detentos. Andei mais depressa que meu guarda e fiquei ao lado de Alistair. Comentei rapidamente a parte principal do plano.

–Em mim - Sussurrei. Pela reação, ele entendeu e isso é o que importava.

Como estavam poucos guardas, eu chutei a perna de um e pulei por cima de seu corpo. Pus minhas algemas em seu pescoço e ele desmaiou. Peguei o bastão, liguei a eletricidade e arremessei no outro guarda que vinha em nossa direção. Acertei em cheio na cabeça.

–O que foi isso? - Perguntou outro guarda que se aproximava. Eu me escondi rapidamente, deixando o pobre Alistair sozinho. - Ei, você! O que diabos foi isso?

–Pode achar estranho, mas não fui eu.

–Conte outra, mentiroso. - Ele puxou o controle do bolso e apontou para Alistair, mas eu apareci sorrateiramente e enforquei-o com as algemas.

–Não temos muito tempo. Retire logo esta coleira.

–Além de bonita, você é esperta! Pensou em um plano magnífico. - Ele disse, apertando os botões e se concentrando.

–Não fui eu. É complicado explicar.

–Você sabe que há o risco de perder os poderes, não é?

–Sei. - Ouvia passos se aproximando. Eram os outros detentos sendo conduzidos por mais guardas - Rápido!

–Um segundo e...eureka!

Senti uma onda de choque dominar todo o meu corpo. Deitei-me e contorci-me no chão. Alistair falava alguma coisa, mas eu não entendia. Estava tudo escuro e eu via imagens. Eram imagens sombrias... Flashbacks. Será que estou morrendo?

As imagens pareciam aleatórias, mas logo elas cessaram. Eu pensei que estava desmaiada, mas me enganei.

–Ei, vocês dois! Deveriam estar no banho! Andando, agora! - Gritou em alemão o guarda. - Levante, sua idiota - Ele disse outra palavra no lugar de idiota, mas eu suavizei.

Quando ele segurou minha mão, peguei seu braço e o entortei. O guarda gritou de dor e eu derrubei-o. Em seguida, eu puxei o controle e joguei para Alistair. Ele apertou um botão e a coleira dos prisioneiros se desativaram.

–Estamos livres! - Gritou Alistair, tirando a coleira do pescoço e erguendo o braço. Os prisioneiros comemoraram também e socaram os guardas, alguns até enfiaram os bastões no corpo, matando-os. Eu não ligava.

Nós corremos em direção ao portão de acesso e todos pegamos nossas vestimentas. Alistair perguntou se eu ia junto. Confirmei, mas ainda faltava um detento para salvar. Eu fui até sua cela liberá-lo. Tentei empurrar a parede metálica, mas eu estava muito fraca - acho que era a falta de alimento. Alistair chegou e me ajudou, arrancando a porta com mais facilidade. Eu vi um homem musculoso e todo algemado. Ele estava nu e tinha o cabelo longo e verde. Pensei por um segundo que era pai da Víbora.

–Este é o cabeça de nossa fuga.

–Já sinto meu poder de volta - ele falou baixinho. Levantou-se e quebrou as algemas.

–Então, você é meu remetente?

–Sim. Prazer, sou o doutor Leonard Samson. - O aperto de mão dele era forte.

–Jessica Drew. Vamos, precisamos sair daqui. E arranjar roupas que caibam em você.

Assentiu e procurou alguma roupa junto comigo. Não havia, mas Samson pegou a calça de um dos guardas. Felizmente, serviu. Estamos quase livres!


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Notas finais do capítulo

Comentem aí qualquer erro que houver, seja de português ou de lógica.
O próximo capítulo demorará um pouquinho. Como não terei feriado - o colégio não enforcará a sexta e ainda terei aula sábado - atualizarei mais a fic do Capitão América.
Às minhas leitoras, depois dessa situação de presidiária, vocês deveriam explorar o período de menstruação para sair de situações delicadas rsrsrs



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