Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 70
Vida de prisioneira


Notas iniciais do capítulo

Como de costume, avisos importantes:
1- A vizinha de Jessica Drew no capítulo 68 (mais tarde conhecida como Noemia) é de criação da leitora Beatriz Black Horan Valdez. No mesmo capítulo, há uma conversa entre as duas personagens e outras coisas mais.
2- A mesma leitora virou autora e está escrevendo a fic "Entre universos", que menciona diversas vezes coisas como Harry Potter, Percy Jackson e A maldição do Tigre (confesso que este último não conheço)
3- Estou concluindo, após meses escrevendo, a fic "Vingadores Secretos: Missão Latvéria". As consequências das ações de Fury talvez sejam vistas nesta da Jessica Drew e paralelamente em uma separada. Não me decidi ainda.
4- Por segurança, Deadpool está preso em um universo paralelo por uns caras que fizeram favor a mim. Mas, em virtude de eventos recentes, logo serei perturbado outra vez.
5- O aviso '4' foi desnecessário, assim como este.



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–Acorde, Jessica Drew! - Dizia novamente a voz do Alto Evolucionário - Montanha! Respostas na montanha!

–Prisioneira, acorde! - Gritou um cara, jogando água fria em mim. Imediatamente eu acordei.

Já se passaram três dias desde que fui sequestrada pela HIDRA. Neste período, eu fui torturada, espancada, algemada, banho com mangueira de pressão juntamente com outros prisioneiros, sendo a maioria homem, maltratada e tenho me alimentado muito mal. Só o que me servem é sopa fria no café, sopa quente no almoço e caldo quente na janta - quando tem.

–Café da manhã! - O cara deixou a sopa fria em minha cela. - Coma tudo!

No momento, eu visto uma roupa esfarrapada, que cobre parte de meu corpo, estou com as mãos algemadas e minhas pernas também. Também estou incapacitada de usar meus poderes - a HIDRA produziu uma espécie de coleira inibidora. Qualquer tentativa de revolta, eu sofro um ataque de choque. Eu durmo embaixo de uma goteira e o chão é muito úmido e áspero.

Tenho dormido muito mal. Todas as noites tenho visões com o Alto Evolucionário e a tal montanha. Continuo sem reconhecê-la.

Eu termino de tomar minha sopa e fico sentada novamente. Esta sopa parece ficar pior a cada dia. De repente, ouço um barulho vindo do corredor. Era uma gritaria sem fim.

–Me soltem! Eu tenho meus direitos! - Gritava um homem. Eu me aproximei da cela. Pelo visto, os outros prisioneiros também - Me soltem! Sou leal à HIDRA! Hail HIDRA! Hail HID...

–Cala a boca! - Disse o agente penitenciário, que carregava um bastão elétrico para controlar o prisioneiro - Se você fosse leal à HIDRA, não estaria aqui. Ei, vocês! Voltem para o canto de cada um!

Ninguém o obedeceu. Sentindo-se contrariado, ele apenas jogou o novo prisioneiro na cela ao lado da minha e foi ao portão da saída. No entanto, ele não sairia, só faria a mesma coisa de sempre: Puxaria a alavanca da porta. Ao acionar esta alavanca, todas as coleiras se ativam e sofremos choques leves. Foi exatamente o que ocorreu.

–Afastem-se das celas ou sofrerão mais! - Ele gritou. Ninguém obedeceu e ele aumentou a intensidade. Doeu demais - Vão logo! - Não sei quanto aos outros, mas eu me sentei em meu canto abaixo da goteira.

O que eu faço para passar o tempo? Tento alongar este farrapo que chamam de roupa. Ele revela demais sobre meu corpo. Sou praticamente a única mulher e esta roupa foi feita para homens. Nem adianta reclamar, pois fui ameaçada de ficar nua. Para mim, já basta ficar nua na frente de tantos homens grandes e gordos.

Estou quase caindo no sono, pois é muito entediante ficar alongando este farrapo. Quando eu fecho os olhos, aquele cara chato chega.

–Almoço! - Pronuncia-se - Sem tempo para dormir.

–Que horas são? - Perguntei.

–É hora do almoço, idiota - Respondeu com grosseria.

–Não foi isso que perguntei, seu... - Eu ia xingá-lo, mas lembrei da coleira.

–Continue. - Ele falou com deboche. Não continuei. - Muito bem, verräter. Tome seu almoço - Ele jogou a sopa quente no chão, derramando quase tudo.

Muito tempo se passou depois desta quase discussão. Não sei se foram horas, minutos ou segundos, mas já se passou algum tempo. Como eu sei disso? Era hora do banho - e odeio a hora do banho.

Por considerarem-me a mais perigosa daqui, cerca de 6 a 9 guardas da prisão ficam ao meu redor. Eles retiram as algemas de minhas mãos e eu as ergo para cima apenas para retirarem minha roupa - ou melhor, o farrapo. Em seguida, sou algemada novamente e conduzida pelo corredor até o banheiro, onde os outros prisioneiros já estão preparados para o banho com a mangueira de pressão. Nota-se que a maioria dos prisioneiros são carecas, barbudos e peludos - tento desviar o olhar para não enxergar demais.

Somos posicionados de frente para a parede e prendem nossas mãos numa barra de ferro - que deveria ser o chuveiro. E começa a pior parte: A mangueira de pressão é ativada e jatos d'água são jogadas em nós, prisioneiros. Depois, viramos para frente, não importando como, e uma nova rodada de jatos d'água ocorre. Sem pena nem dó, eles jorram a água em meu rosto. Depois de um tempo, eles desligam e nos conduzem até um baú, onde nossas roupas estão localizadas. Sempre pego algum farrapo aleatório, pois não faz diferença para mim.

Antes de nos vestirmos, somos conduzidos de volta às nossas celas um atrás do outro - sempre fico no fim por motivos óbvios. Retiram nossas algemas para pormos o farrapo depois recolocam. Por fim, entregam nossa janta e os guardas só retornam na manhã seguinte. Esta é minha rotina na prisão da HIDRA.

Amanhece e sou novamente acordada com um balde de água fria. Desta vez, ao invés de receber meu prato de sopa fria, o guarda apenas ordena que eu levante.

–Herr Strucker quer falar com você, verräter.

–Diga a ele para se... - Sou interrompida porque este cretino joga água fria novamente em mim.

–É uma ordem! - Ele abre a cela e me conduz pelo corredor, mas claro que atraio olhares dos prisioneiros.


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Notas finais do capítulo

Comentem qualquer erro que encontrarem.
Tirei essa ideia de mangueira de pressão, roupa esfarrapada e todo o cenário de meu filme favorito sobre anarquia: 'V de Vingança'. Apenas imaginem a Natalie Portman - cabeluda - com outros prisioneiros e mais guardas (quem assistiu sabe do que eu estou falando).
Como será o reencontro entre Jessica e Strucker? Veremos no próximo capítulo.



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