Acabei de chegar de mais uma ronda por aí. Detive alguns batedores de carteiras, mas nada de importante aconteceu. Ainda estou muito pensativa sobre os sonhos durante a madrugada de hoje. Não acredito que não consegui identificar aquela montanha.

Cheguei ao meu apartamento e começo a tirar meu uniforme de Mulher-Aranha, porém paro ao ouvir um barulho vindo da sala. Eu pego minha pistola de energia em cima do meu armário e vou até a sala. Porém, eu vejo a agente Romanoff. E meu sentido-aranha dispara novamente.

–Agente Romanoff. Pensei que você vinha mais tarde.

–Não, eu decidi vim agora. Tentei contato, mas você não respondia. Vamos agora.

–Claro, só vou trocar de roupa.

–Não, apenas pegue sua máscara e traga essa pistola. Nós iremos agora.

–Está bem.

Fui ao meu quarto e peguei minha máscara. Pus ela na cabeça e nós duas subimos ao telhado. Tivemos que ir por fora para que nenhum morador nos visse e suspeitasse de mim. A discrição é importante, como dizia a Ophelia - não acredito no que eu acabei de mencionar.

Entramos no quinjet e a Natasha pilotava-o. Este veículo é diferente. Só cabiam duas pessoas e não provavelmente não é da SHIELD. Ao menos, nunca o vi lá. Eu sentia sono. Não tive a melhor das noites dormidas. Ao contrário, eu tive uma noite mal dormida. Natasha percebeu isso e tentou conversar comigo.

–Você parece cansada.

–É que eu não parei de pensar nesta missão. E ainda fiz uma ronda por aí.

–Eu também estou ansiosa por esta missão, mas não me sinto cansada. Quer contar como foi a noite?

–Será que você poderia me explicar a missão? - Mudei de assunto, fingindo não escutar a pergunta. - Você apenas mencionou a abóbora flamejante e mais nada.

–Muito bem, então. - Ela aperta alguns botões e um monitor surge à minha frente - Esta é a lista de lugares que o Halloween atacou nas últimas semanas em Nova York. Coincidência ou não, se traçar uma linha imaginária no mapa da cidade, haverá uma seta que leva justamente para um lugar. - O monitor mudou e apareceu o mapa de Nova York exatamente como a Viúva explicou.

–Estádio dos Yankees?

–Exatamente. Por sorte, hoje estará vazio, com exceção de alguns funcionários.

–Parece simples. Por que não chamou os Vingadores, a Equipe de Assalto ou o agente Barton para lhe ajudar? Por que justo eu?

–Você levou uma surra dele recentemente e ainda foi acusada pelo FBI. Não acharia mais interessante enfrentá-lo sem a interferência da SHIELD ou de outros heróis?

–Acho, mas também acho perigoso.

–Chegamos.

Nós saímos do quinjet. Era a primeira vez que eu piso em um estádio de beisebol. Meu sentido-aranha continuava disparando. A agente Romanoff ordenou que eu fosse na frente para avisá-la de qualquer perigo. O problema é que meu sentido-aranha estava apitando direto e não sei qual é o perigo. O estádio estava muito silencioso.

–Senhor cabeça-de-abóbora! Apareça de onde estiver! Tem certeza que sua teoria está certa?

–Tenho. E mais certeza ainda do que acontecerá. - A voz dela modificou-se.

Eu me virei e vi a Natasha apontando uma arma para mim.

–Hail HIDRA! - Ela disse e seu rosto começou a se modificar. Sua roupa também e uma mulher de máscara dourada surgiu. A roupa dela era branca e ela tinha cabelo preto. - Para uma espiã da SHIELD, você é bem burrinha.

–Não sou espiã. Quem é você?

–Madame Máscara. Será um prazer matá-la aqui e agora.

Ela apertou o gatilho, mas eu desviei e atirei teias nela. Ela também desviou. Ela continuou atirando em mim, até que sua munição terminou. Eu peguei minha pistola energética e atirei nela. Agora, foi a vez dela de desviar dos meus disparos. Eu guardei minha pistola e avancei contra ela.

Eu dei o primeiro soco ao acertar a barriga, mas ela se protegeu com a mão e me deu uma joelhada no queixo. Eu fui para trás, mas disparei teias contra ela logo em seguida. Ela continuou desviando até que agarrou uma teia minha. Eu puxei-a até mim e ela veio, porém saltando e quase me acertando com o pé. Eu desviei do primeiro chute, mas ela logo se virou e me deu uma rasteira. Eu caí no chão. A Madame Máscara deixou seu pé em cima de meu corpo. Peguei o pé dela e joguei-a para cima. Aproveito e me levanto.

–Você até luta bem, mas não sabe se defender.

A Madame Máscara passou a perna sobre minha cabeça. Eu me agachei e lhe dei um soco na perna. Ela se contraiu e agarrei-a antes que ela fugisse. Dei uma joelhada na barriga dela, depois um soco no rosto - ou máscara - pulei por cima dela e lhe dei um chute nas costas. Aproveitando que ela está deitada, eu disparo teias contra a Madame Máscara, prendendo-a no chão e encerrando este combate.

–Eu digo o mesmo.

Aproximo-me dela e pego sua máscara, mas meu sentido-aranha disparou. Ouvi o disparo de uma arma. Eu olho para trás e vejo a aproximação de uma bala! Desvio no último instante e acabo caindo para longe da Madame Máscara. Procuro a origem daquela bala e não gosto do resultado.

–Olá, Jessica. - Era a Víbora, segurando sua pistola venenosa e uma corda. - Acho que conheceu nossa nova recruta.

–Você ainda guarda ressentimentos de mim, Ophelia. Quando você me deixará em paz?

–No dia que eu tiver minha vingança. - Ela dispara novamente. Eu dou cambalhotas pelo gramado e disparo uma teia no rosto da Ophelia. Corro e dou um soco nela, mas a Víbora segura meu braço e me dá uma joelhada, depois um chute em minha cabeça.

Eu caio para trás. A Víbora, mesmo cega, joga sua corda e me acerta. Tento me recuperar, mas ela pula em mim e me dá uma sequência de socos em meu rosto. Tento me proteger, mas não consigo. Repentinamente, ela para de me bater e me ergue do chão - claro, imobilizando meus braços.

–Conseguimos a verräter, herr Strucker.

–Excelente, Víbora! - Strucker apareceu, mais velho do que antes - Vamos levá-la para nossa base. Com ela, destruiremos de vez os Vingadores. - Ele pôs sua mão indescritível no meu rosto e eu desmaiei. Esta semana não podia ficar pior!