Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 68
Pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Agradeço ao Larenu pela recomendação de minha fic :)
Novamente indico a fic dele, que está muito legal e.e



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Estou no aeroporta-aviões da SHIELD, mais especificamente na sala de treinamento físico. Ontem a Bárbara recebeu alta, mas ainda passará por fisioterapia em um lugar chamado Triskelion, que dizem ser a verdadeira base da SHIELD.

Estou batendo em um saco de areia. Esforço-me para não rasgá-lo com a força excessiva de meu soco. Já se passaram horas desde que eu comecei a bater neste saco de areia. Até agora estou indo bem. Este treinamento é voluntário, ou seja, ninguém me ordenou para que treinasse. Depois de levar duas surras no mesmo dia, achei melhor eu treinar sozinha.

De repente, algumas lembranças entram em minha cabeça. Tudo fica confuso, embaralhado. Vejo imagens de uma mulher com uma criança e com um homem tirando sangue desta criança, depois corta para o tal Alto Evolucionário, aquele mesmo que usa uma armadura rosa, novamente e ele diz aquelas palavras assombrosas:

–Você é a próxima, Jessica Drew!

Em seguida, tudo fica mais confuso e imagens aleatórias se formam. Fecho os olhos e abro-os. Acabo perdendo a calma e bato com força no saco de areia, quebrando a corrente que o segurava e jogando-o para longe. Também rasguei-o. Eu começo a respirar depressa e tento me acalmar.

–Agente Drew? Está tudo bem? Ouvi um grito - Era a Viúva Negra.

–Sim, tudo bem. - Menti. - Só me empolguei um pouco - Olhei para o saco de areia rasgado no chão.

–Você parece nervosa.

–Eu estou bem, agente Romanoff. Só preciso de um novo saco de areia. - Eu me afastei dela, indo ao vestiário. Meu sentido-aranha disparava enquanto eu estava ao lado dela. Isso nunca aconteceu com outro agente da SHIELD.

Desde que foi proibida minha participação nos combates contra o Rulk eu me afastei de muita gente, principalmente o Capitão América e o Johnny - na realidade, ele se afastou de mim, mas não importa. Não sei o motivo pelo qual me afastei, apenas fiz.

Depois de sair do banho e trocar de roupa, encontrei a agente Romanoff me esperando ao lado de meu armário.

–Agente Drew, vou participar de uma missão e quero sua presença.

–Jura? O Capitão permitiu? - Perguntei mesmo sendo retórica.

–Ele não tem relação com a missão. Só nós duas. É secreta e está relacionada com o Halloween.

–Não estamos em outubro.

–Refiro-me à abóbora flamejante de seu relatório. Aceita ou não.

–Aceito. - Meu sentido-aranha continuava disparando, mas eu o ignorava.

–Ótimo. Encontro você amanhã em seu apartamento. E não conte a ninguém, nem mesmo à agente Morse. - A Viúva despediu-se, eu acho.

Por que meu sentido-aranha continua disparando? Natasha não pode ser uma ameaça. Como se eu já não tivesse muitos problemas, ainda tenho que suspeitar de Natasha Romanoff, a espiã mais perfeita da SHIELD.

Saio do Aeroporta-Aviões da forma mais prática para mim: saltando! Uso as teias de meus braços para planar até o momento certo para disparar as de meus pulsos e me balançar pelos prédios. Tudo ocorreu como planejado, mas ainda me preocupo com a visão que eu tive. Aquela criança era eu. E aqueles eram meus pais, pois são as mesmas pessoas de minha primeira visão, na mansão do professor Xavier. Preciso parar de pensar nisso.

Chego ao meu apartamento e troco de roupa. Novamente meu sentido-aranha dispara levemente quando eu tiro minha blusa. Continuo sem me preocupar com isso. Por fim, eu deito em minha cama e durmo.

No meio da noite, tenho o mesmo sonho. Desta vez, conseguia ouvir uma conversa. Minha mãe conversava com meu pai sobre um problema com radiação e aranhas. Meu pai falava sobre experimentos, morte, perigo. E eu observava tudo como uma criancinha que não entendia nada. Depois, tudo fica escuro e eu estou parada nesta escuridão. De repente, Alto Evolucionário aparece.

–Jessica Drew! - A voz dele era robótica - Você é a próxima! Respostas na montanha!

–Que montanha?

–Montanha! Montanha! - Ele puxou alguma coisa e apontou para mim. Era um cartão postal, mas estava tudo embaçado.

–Não! Não! - E eu acordei. - Não! - Gritei.

Estava suada e respirava depressa outra vez. Eu sento na cama e tento me acalmar. Vou ao banheiro e limpo meu rosto com a água. Olho para o espelho e vejo o rosto de uma garota loira e me assusto. Depois, desaparece. Eu reconheço esta garota. Sou eu quando tinha 8 anos! Eu me encaro por alguns segundos, mas alguém bate na porta.

–Já vou! - Eu grito.

Saio do banheiro e visto um roupão. Abro a porta e vejo Noemia, a vizinha que estava tendo uma discussão com a senhora Martinez no começo desta semana.

–Oi?

–Jessica, está tudo bem? Ouvi um grito. - Ela disse, assustada.

–Não, está tudo bem. É que eu caí da cama. - Menti. - Obrigada pela preocupação.

–Está bem, então. Se precisar de ajuda, é só chamar.

–Obrigada. - Ela saiu e eu fechei a porta. Suspirei fundo e deslizei até o chão. Que sonhos são esses? E que montanha é essa?! Precisarei de respostas o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí qualquer erro.
Alto Evolucionário teve uma aparição rápida nos capítulos 35 e 37, quando Jessica Drew estava na Mansão Xavier. Só comentei para o caso de alguém ter se esquecido.