Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 61
Grrrrrrrrrrrrr!




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A diretora Maria Hill me entregou uma pistola. Tentei explicar a ela que não sei mexer nessa coisa, mas não foi problema para ela. Maria Hill explicou que é uma pistola de energia e basta apertar o gatilho. O único aviso é que eu não devo pressionar seguidamente, senão ela esquenta e fica travada.

Eu, ela e o agente Quatermain chegamos à sala de comunicações. Estava tudo destruído. Os computadores pegavam fogo e muitos agentes estavam feridos, alguns até com a roupa rasgada. Eu estava procurando minha amiga, a Bárbara. Ela estava na sala de comunicações e foi quem nos avisou do que estava acontecendo.

–Agente Quatermain, chame a equipe médica e mais agentes para nos reforçar. Agente Drew, me ajude com esta coluna aqui!

Fui até a diretora. Guardei minha pistola de energia na cintura e ergui a coluna que estava em cima de alguns agentes.

–O que será que causou isso?

–Se eu soubesse, eu contaria. - Ela respondeu. - Chamei os Vingadores para nos ajudar. Eles devem chegar em breve. Enquanto isso, recuperaremos o maior número de agentes possível. Entendeu?

–Entendi.

Poucos minutos se passam e nada da equipe médica. Já recuperamos um enorme grupo de agentes, mas ainda não encontrei a Bárbara. Será que ela... Alguma coisa segura minha perna. É uma mão! Eu puxo os destroços e, finalmente, encontrei ela.

–Bárbara! - Ela estava inconsciente. Peguei ela e carreguei-a até o canto da sala, onde estamos guardando os agentes inconscientes.

Deixo-a ao lado de outros agentes. A diretora Hill está mexendo nos computadores, mas eu sei que é em vão. Eu ouço alguma coisa vindo do corredor. Inicialmente, pensei que fosse a equipe médica, mas eram passos pesados e lentos.

–Diretora! - Gritei, mas ela não me ouviu. Pensei em tentar novamente, mas ela estava muito concentrada. Além disso, tenho a leve impressão que ela me odeia.

Acho melhor eu resolver isso sozinha. Meu sentido-aranha não avisou se é perigoso. Caminho até o corredor leste. Também estava tudo destruído. E pegando fogo. Até agora, está tudo calmo. Continuo caminhando de forma lenta e furtiva, mas com minha arma na mão. Ao virar o corredor, meu sentido-aranha dispara. E o disparo foi muito forte. Como está muito escuro, não sei onde está o perigo. Ouço uma respiração pesada. Não era uma respiração, era um rosnado. E vinha atrás de mim.

Virei-me rapidamente e tomei um susto. Só não gritei porque não costumo gritar, mas o que estou vendo é...incrível! É um homem, ou monstro, enorme. Tem pelo menos 3 metros de altura e é muito, mas muito musculoso - as veias dele estão aparecendo. Ele está quase pelado, usando apenas uma bermuda roxa rasgada. E é vermelho!

–Oi? - Estou apavorada, minha mão tá tremendo.

Ele não respondeu. Soltou um berro na minha cara e quase acertou sua enorme mão em mim. Eu me agachei e a mão dele bateu na parede. Senti o corredor tremer.

Eu deslizo por baixo das pernas dele e saio correndo de volta para a sala de comunicações. O monstro grita e sai correndo também. O que é essa coisa? Não ouso olhar para trás, mas ele está se aproximando. Eu viro o corredor e ele vai direto, quase atravessando a parede. É incrível! Ele não se cansa! Quando chego em frente à sala de comunicações, pulo para entrar nela. Enquanto isso, o monstro passa direto.

–Ei! - Diz a diretora Hill. - O que aconteceu?

–Mon...mon... - Estou sem fôlego para dizer o que aconteceu.

–Calma. Respira. Você viu o Quatermain e a equipe médica? - Eu balancei negativamente a cabeça.

–Eu...vi um monstro! Ele é vermelho e enorme.

–Vermelho e enorme? - Maria olhou para fora do corredor procurando pelo monstro. - Vou verificar. Fique aqui.

Eu segurei o braço dela. Tentei avisar para que ela fique, mas ela não quis.

–Então, eu vou com você.

–Esses agentes precisam de proteção, agente Drew. Fique com eles. Eu procuro o tal monstro. - Ela saiu da sala e meu sentido-aranha disparou.

–Espera! - Eu atirei teias nela e puxei-a para dentro. Foi bem a tempo, pois o monstro já corria na direção dela. Ele reapareceu e quebrou mais um pouco a porta.

Agora num lugar mais claro, pude ver que seus olhos eram amarelos e seu cabelo era preto. Ele berrou outra vez.

–Atira nele! - Ordenou Maria.

Eu obedeci e atirei com minha pistola de energia. Nossas armas não faziam efeito nele e o monstro aproximava-se a cada segundo. Maria pegou uma granada e atirou nele.

–Proteja os olhos! - A granada explodiu e liberou uma luz cegante. Como sou obediente, eu fechei os olhos bem a tempo. Reabri os olhos e o monstro estava cego.

–E agora, chefa?

–Me dá sua arma. - Eu joguei minha arma de energia. Ela pegou, mexeu em algumas coisas e fez mais alguns disparos. Antes a energia saía azul, agora saía verde. Interessante isso. - Atira nos pés dele!

–Com o quê?

–Com o que as aranhas têm!

Entendi a mensagem e disparei teias nos pés dele. O monstro defendia-se dos disparos da pistola e estava com os pés presos. Eu também disparava bolas de teia nele.

Achava que o plano de derrotá-lo estava funcionando, mas eu estava errada. Ele começou a pegar fogo e estava irritado. Por isso, bateu as duas palmas da mão. E com força! Nós duas fomos empurradas. Maria Hill foi parar perto dos agentes feridos. Eu fui jogada para perto de um computador - bati minhas costas na tela. Achei que iria desmaiar, mas não aconteceu. O monstro continuou de pé, saía fumaça de seu corpo e não tinha um arranhão sequer no corpo. Ele estava se aproximando de mim, acho que porque estou mais perto dele. Até consigo ficar de pé, mas minhas pernas ficam tremendo.

O monstro berra novamente e corre em minha direção. Eu estou preparada para saltar, mas não precisei. A janela foi destruída e o Homem de Ferro surgiu.

O Homem de Ferro percebeu que o monstro corria em minha direção e atirou alguma coisa nele. Foi algum raio azul. O monstro parou de correr e olhou para o Homem de Ferro. Ele pegou um computador e atirou no herói. Por proteção, o vingador saiu do caminho.

–Acho que você errou, feioso.

Como sempre, o monstro berrou. Aproveitei e corri na direção no monstro. Eu dei um soco nele, mas não fez efeito algum - admito que isso foi muita burrice. O monstro olhou para mim e tentou me acertar, mas eu desviei a tempo. Eu disparei teias na boca dele. Ele arrancou e rosnou outra vez.

–Só para deixar claro, monstro: Seu bafo é horrível! - Insultei-o. Em seguida, ergui a mão e o Homem de Ferro me segurou. - Obrigada.

–Esse é meu trabalho: Salvar donzelas em apuros.

–Pensei que fosse construir armas.

–Esse é meu outro trabalho.

Pousamos perto dos agentes feridos. O monstro percebeu e veio atrás.

–Gavião, vai demorar muito para lançar essa flecha espumante?

–Só um segundo. - Disse o Gavião Arqueiro da porta. Ele lançou uma flecha que se prendeu no monstro. Explodiu e começou a soltar espuma. - Pronto.

O monstro ficou preso numa espuma branca. Ele estava berrando e sacudindo direto. Até que em um momento, ele destruiu a espuma e estava livre outra vez. Percebendo que estava em desvantagem, ele bateu a palma das mãos para nos distrair e saltou em direção à janela. O monstro está solto.


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Notas finais do capítulo

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