Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 4
Invasão à Wakanda




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—Onde nós vamos? - perguntava Pietro a cada 8 minutos

—Já lhe disse, não sabemos - respondeu Wanda.

Nós estamos em um helicóptero rumo ao desconhecido em nossa primeira missão de campo. Víbora é 'nossa' líder, ou seja, ela comandará apenas nós 4 enquanto o resto dos agentes da HIDRA faz o trabalho que a ruiva vestida de couro mandar.

Eu lembro que eu fico enjoada quando estou voando, sinto ânsia de vômito. Com o nervosismo da primeira missão de campo, esta ânsia só aumenta. Mas, consigo suportar. Nossa cabine era pequena e separada da cabine dos pilotos e outros agentes da HIDRA por uma barra metálica. Todos estamos sentados e apreensivos. O menos calmo, porém, é Pietro, que continua perguntando aonde nós vamos a cada 8 minutos.

Uma voz eletrônica surgiu no microfone do helicóptero. Dizia, em alemão, que iremos a Wakanda, um país tecnologicamente avançado localizado na África. Vamos tentar negociar vibranium, um metal raríssimo, com o rei T'challa. Já recebemos permissão para trocar de roupa. Com exceção da Víbora, todos tiramos o cinto de segurança e trocamos de roupa.

A minha é bem complicada de se trocar: Primeiro, tirei os sapatos e a calça para por a parte de baixo da fantasia; depois que coloquei-a, tiro minha blusa e fico de costas para ninguém me ver e subo o resto da fantasia. "Não foi tão difícil assim", pensei. Para terminar, pus minha máscara, como se fosse adiantar de alguma coisa.

Já todos arrumados, apenas esperávamos a ordem para saltar do helicóptero. Isto é, se saltarmos mesmo do helicóptero.

—Preparados? - perguntou Víbora.

—Depende. Quantos de nós voa? - perguntou Brock, mas ninguém respondeu. - Imaginei isso. - Brock usava a mesma roupa de antes, agora com uma máscara de caveira.

A voz eletrônica falou, novamente em alemão, que pousaria em três minutos, mas ordenou para que ficássemos em alerta, os nativos são agressivos quando veem forasteiros. Sentimos o helicóptero pousar com violência e a portinha foi aberta. Porém, estávamos sendo atacados por lanças.

—Mulher-Aranha e Mercúrio, desarmem eles. - ordenou Víbora. Eu lancei teias nos nativos enquanto Mercúrio corria descontroladamente, socando cada um deles.

Alguém me agarrou por trás, eu pisei em seu pé, peguei-o por seu pescoço e o joguei para longe. Mais nativos se aproximavam. Lancei teias para as árvores, meu sexto sentido - ou sentido-aranha, como fala Wanda - avisou-me que haviam alguns nativos escondidos nelas. Uma lança passou raspando minha perna, rasgando a calça. Um homem negro de folhas como roupa íntima correu para cima de mim e me jogou no chão. Ele ergueu o braço, mas levou um tiro na cabeça e caiu ao meu lado. O tiro veio de Brock.

—Agradeça depois. - disse ele.

—Mulher-Aranha, faça uma teia gigante - ordenou Víbora.

Eu fechei os olhos, ergui meus pulsos e soltei teias freneticamente. Víbora mandou que todos se agachassem para não serem presos pela teia. Quando abri meus olhos, apenas olhei muitas pessoas negras pesas em minhas teias orgânicas.

—Tudo bem, terminamos com estes aqui. - falou um agente da HIDRA.

—As teias se dissolverão em 1 hora. - avisei a todos. - Melhor irmos andando.

—Muito bem, nos dividiremos em duplas - disse Víbora. - No caso, eu vou sozinha. Ossos Cruzados com a Mulher-Aranha e vocês dois ficam juntos. - concluiu Víbora, apontando para Pietro e Wanda.

No meio do caminho, haviam 3 alternativas que nos levaria a nosso destino: Esquerda, direita e centro. Foi decidido que nos dividiríamos em 3 grupos; eu e Brock fomos pela esquerda.

Wakanda é cheia de selva, as árvores ainda tão verdes quanto se imaginava que o mundo deveria ser. O problema é que há muitas armadilhas. Meu sentido-aranha já disparou diversas vezes avisando algum perigo. Eu tive que ir na frente e Brock foi guiando os outros de nosso grupo. No final do caminho, encontramos um avião vermelho e branco com o símbolo 'V' nas asas. Estranhamente, não haviam sinais de batalha por aqui.

—O que é isso? - perguntei para os agentes da HIDRA e eles se distanciaram com cautela. Pareciam com medo do avião.

—Acho melhor segui-los. - disse Brock.

—Brock, quer dizer, Ossos Cruzados - chamei-o enquanto retomávamos o caminho. - Obrigado por me salvar naquele...momento.

—De nada, para isso serve o trabalho em equipe. Olha, quando acabarmos a missão, queria saber: Você gostaria de jantar comigo? - olhei para ele e fiquei surpresa com esta pergunta.

—Não é uma boa hora para perguntar isso. - disse, rigorosa. - E eu sigo o manual ao pé da letra.

—Entendi. Mas saiba que achei você realmente atraente. Ainda mais depois do que vi no helicóptero. - ele disse e fiquei envergonhada.

—O que você viu?

—Eu vi sua...nossa! - ele nem completou a frase e saiu correndo.

Fui atrás dele, tendo cuidado com as armadilhas escondidas. Quando ele parou, descobri porque ele se surpreendeu. Encontramos uma montanha roxa e brilhante. Aquilo parecia metal, talvez seja o vibranium.

—Precisamos contar isto à Víbora - sugeri, mas nem precisou. Ela estava bem em nossa frente. Fomos até ela. - Víbora, o que é isso?

—É a montanha de Vibranium. - disse a ruiva vestida de couro. - Não podemos entrar, precisamos falar primeiro com o Rei.

—Precisam? Então falem agora. - disse uma voz masculina.

De uma árvore saiu um homem vestido de pantera. Ele tinha garras afiadas em suas mãos, um colar de osso e orelhas pontudas no topo de sua máscara. Provavelmente é o rei T'challa.

—Aqui não é seguro. - Ele ergueu sua mão, fechada, e depois abriu-a, liberando algo. Meu sentido-aranha me alertou de uma coisa, porém não a tempo. Senti alguma coisa picando meu pescoço e desmaiei.


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