Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 3
Codinomes e um novo integrante




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Não durmo bem há 3 dias. Tento não pensar tanto na conversa entre o doutor Zola e o Herr Strucker, mas é muito intrigante. Do jeito que eles falavam, eles queriam ressuscitar alguém. Mas quem? Deve ser o tal Hitler, nunca li o que aconteceu com ele no fim da Segunda Guerra. Deve ter morrido, na época já tinha uma idade avançada e hoje teria uns 90 ou 100 anos de idade. Não deve ser ele, nunca acharam seu corpo.

Agora nós 4 estamos na sala de reuniões da HIDRA. É difícil de aceitar que a HIDRA seja uma organização nazista e eu seja a única dos novatos que descobriu. Quer dizer, eles teriam me dito, certo? Bom, o herr Strucker entrou pela porta da frente e todos nós levantamos. Juntamente com ele entraram o doutor Zola e uma mulher de roupa de couro preta, batom tão vermelho quanto seu cabelo e tinha umas pulseiras amarelas.

–Rest! - ele disse e nós sentamos. - Quero apresentar um novo membro ao grupo de vocês quatro. Brock Rumlow

Um garoto de casaco preto, lâminas nas costas e armas na cintura entrou ao lado dele. Ele usava também uma toca preta e branca e, apesar de escondida pelo casaco, sua camisa era preta com ossos em forma de X no meio.

–É um prazer conhecê-los - disse ele.

–Por favor, Brock, sente-se. Outro anúncio é que a partir de hoje vocês terão codinomes. A primeira missão de vocês acontecerá em breve e não poderão se comunicar pelo verdadeiro nome de vocês. É um erro amador e eu não tolero erros, muito menos se for amador. Zu vestehen?

–Ja!

–Ótimo, escolham o codinome de vocês. Up! - agora falou o doutor Zola, ordenando para nos levantarmos. - Ophelia?

–Víbora!

–Pietro?

–Mercúrio!

–Wanda?

–Feiticeira Escarlate!

–Brock?

–Ossos Cruzados!

–Jéssica? - ele perguntou a mim, mas eu não havia pensado em codinome ainda. - Jéssica? - ele alterou a voz, estava mais raivosa.

–Mulher...Mulher-Aranha! - falei, quase errando o nome.

–Muito bem, Dispensados! - Herr Strucker gritou e nos liberou.

Eu ia em direção ao meu dormitório quando alguém me puxou pelo braço. O aperto era forte. Eu tentava me soltar, mas tive que parar de resistir. Eu me virei e era Brock quem me puxava. Olhando mais de perto, seu rosto era cheio de cicatrizes, mas sua aparência era de alguém com menos de 20 anos de idade.

–Então, você é tão venenosa quanto uma aranha? - ele perguntou, passando a mão sobre meu rosto.

–Essa foi a mesma cantada que passou na Víbora? - perguntei sarcasticamente.

–Tão óbvio assim? - ele riu - Seu nome é Jéssica, certo? - eu balancei positivamente a cabeça. - Um belo nome para uma bela donzela.

–Opa, melhor ir com calma, ossudo. - afastei-o de mim com os braços quando percebi que sua mão descia em minha costa - Regra n° 352 da HIDRA: Sem relacionamentos com companheiros de equipe. - ele riu novamente. Seu sorriso era bonito e sedutor.

–Se fazendo de difícil? Adoro isso. - ele disse e depois foi embora.

Isso foi muito embaraçoso. O novato nem me conhece direito e já exagera com as cantadas. Pelo menos isso tirou de mim o pensamento sobre a HIDRA ser nazista. Bom, esta seria uma boa oportunidade para descobrir de quem o herr Strucker e o doutor Zola falavam, mas é melhor esperar outra oportunidade. Fui para meu quarto descansar, pois ontem foi outra noite sem conseguir dormir. Tirei minha roupa, tranquei a porta e me deitei. Li novamente aquela pasta sobre a HIDRA, com certeza não parece falsa. E que símbolo preto é esse? Por que um falcão? São as dúvidas da vida.

O dia seguinte chegou, finalmente consegui dormir bem, sem ter pesadelos sobre a HIDRA nazista, Hitler renascendo e eu como sua amante jovem. Espero nunca mais ter estes pensamentos terríveis. Me arrumei e saí do quarto. Fui em direção à cafeteria da HIDRA para comer café da manhã.

Ao chegar na cafeteria, eu e Wanda nos sentamos juntas. Logo depois chegaram Pietro, Víbora e Brock. Brock sentou ao meu lado e não fez cantadas, apenas disse bom dia como uma pessoa normal. Eu pensei em puxar assunto sobre a HIDRA ser nazista, mas acho que não posso confiar em ninguém. Terminamos o café e, quando cada um ia para seu dormitório, uma voz nos chamou para o deck.

Só fui ao deck uma vez em minha vida. Lá é o local aonde se encontram os aviões e helicópteros. Foi por lá que conheci o doutor Zola e descobri que meus pais estão desaparecidos. Creio que todos meus colegas tenham vindo pelo mesmo lugar.

–Jéssica - me chamou Wanda - O que você acha que faremos no deck?

–Não sei, Pietro fez algo de errado novamente?

–Ei! Eu fiz nada dessa vez! - resmungou Pietro. Ele já era conhecido por nós 4 como o baderneiro da equipe.

Chegamos ao deck e o herr Strucker estava em frente a um helicóptero. Sua mão falsa estava em suas costas e ele demonstrou-se feliz ao nos ver parados ali.

–Que bom que vocês chegaram. - começou a discursar. - Quero que saibam que esta será a primeira missão de todos vocês. Quem não estiver preparado, que dê um passo à frente. Estará fora desta missão. - ninguém deu um passo à frente e outro sorriso foi colocado no rosto do Strucker. - Muito bem. Víbora liderará a equipe e lembrem-se: chamem apenas pelo codinome. Seus uniformes estão nessa maleta. Mais instruções lá dentro. Gehen! - ordenou e todos nós entramos.

Isto é excitante! Vamos para nossa primeira missão em campo! Mal posso esperar para o que seja.


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