Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 36
Culpada pelo desmaio?


Notas iniciais do capítulo

Creio que não seja a última do ano.



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–O que está haven...Professor! - gritou uma menina que atravessou a porta - O que você fez?

–Nada, eu... - a garota me atravessou, literalmente, e ficou ao lado do Professor Xavier.

A garota pegou um apito e o soou. Creio que seja um apito silencioso, pois não ouvi barulho saindo dele. De repente, um familiar som de teleporte esteve presente na sala.

–Kurt! - disse a garota - Leve o Professor até a Jean. Rápido!

Noturno segurou o corpo caído do Professor Xavier e se teletransportou novamente, deixando aquele mesmo cheiro de enxofre. Então, durante alguns segundos, ficamos apenas nós duas. Ela se levantou e saiu da sala. Em seguida, eu também fui atrás.

–O que você quer aqui? Quem é você, afinal? - perguntou a garota.

–Sou a Mulher-Aranha. Vim pedir ajuda ao Charles Xavier.

–E por que você o agrediu?

–Não o agredi - expliquei - Ele estava lendo minha mente quando alguém estranho apareceu em minha cabeça. - eu o descrevi para a garota - Por que estou te contando isso? Nem sei quem você é. - falei.

–Sou Lince Negra, mas me chamam de Kitty.

Kitty tinha o cabelo castanho escuro, vestia um vestido amarelo com detalhes azuis e o cinto dos X-men. Ela continuou andando pela mansão, passando por partes que eu não havia visto com Wolverine. Nós não conversamos, ela não gostou de mim. E ela não se convenceu de minha história.

Chegamos a uma sala branca. Haviam muitas camas e algumas pessoas deitadas nela. Era uma enfermaria. Continuei seguindo Kitty até que chegamos na cama do Professor Xavier. Ao lado do professor estavam Jean Grey, cujo cabelo ruivo estava amarrado, e um homem bonito e de óculos escuros, cabelo castanho e camisa vermelha. Não sei quem ele é.

–O que você faz aqui? - perguntou o homem. Reconheci a voz no mesmo instante: Ciclope.

–Prazer em vê-lo também, Ciclope.

–Quem trouxe você até a mansão?

–Fui eu, caolho. - disse a voz fria de Logan, chegando logo atrás - Fiz uma promessa e estou cumprindo. Além disso, ela acha que é mutante e veio pedir ajuda ao Charles.

–Logan, você sabe que tem que pedir permissão ao professor para...

–Não me dê sermão, caolho - Wolverine interrompeu Ciclope, entregando um papel a ele - Ela salvou Nova York de uma invasão de outra dimensão, trabalha para a SHIELD e tá dando uns pegas no Tocha Humana. Além disso, me derrotou em um combate corpo-a-corpo.

Honestamente, estou surpresa. Estou sendo defendida pelo Wolverine, a pessoa mais irritante que eu conheço. E eu não gostei do comentário sobre o Johnny, não há nada entre a gente - e não o vejo há dias. No entanto, não é uma boa hora para comentar sobre isso.

–Eu posso me defender? - Pedi e todos olharam para mim. Considerei aquilo como um sim. - Eu não fiz nada ao professor. Apenas pedi que ele lesse minha mente para descobrir se eu sou uma mutante e um cara de armadura rosa apareceu na minha mente, me ameaçou e acordei com o professor no chão.

–Você disse armadura rosa? - Ciclope perguntou, claramente ignorando o resto de minha explicação. Eu balancei positivamente a cabeça e ele pareceu surpreso - Descreva-o com detalhes.

–Armadura rosa, como a do Homem de Ferro, capacete com olhos e boca, braços prateados, um pano na cintura.

–Não pode ser. - Ciclope continuava surpreso. Aparentemente, ele o reconheceu apenas pela minha descrição - Venha comigo. Logan, você também.

Nós o seguimos. Logan andava ao lado de Ciclope, ambos tinham cara de poucos amigos e sussurravam algo entre eles. Não conseguia ouvi-los, eles estavam muito distantes de mim. Saímos da enfermaria e passamos pelo corredor vazio da mansão. Adentramo-nos em uma sala escura. Wolverine ligou a luz e era uma sala com um imenso monitor, mesas metálicas e uma cadeira.

–Sente aí - ordenou Ciclope. Sem argumentar, eu me sentei. Ciclope ativou o computador e começou a digitar algumas coisas. - Ele é quem você viu?

–Sim. - confirmei.

A imagem dele reapareceu no imenso monitor. Quem ele realmente era eu não sei, mas algo me diz que logo descobrirei - e este 'algo' não é o sentido-aranha.


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