Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 31
Emboscada


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que estaria fácil esse novo capítulo, certo? Bom, eu estava errado. MALDITA CRISE DE CRIATIVIDADE!



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–Todos em posição. - ditava as ordens Viúva Negra para nós duas e os agentes da SHIELD. - Agente Drew, se esconda e esteja pronta quando a ordem for dada. Agente Morse, tem 5 minutos para entrar na água e ficar abaixo do ponto de entrega. Não temos muito tempo. - Despachamos Bárbara há alguns minutos no mar.

Eu saí do Quinjet e vi como eram as docas. Muitos contêineres coloridos empilhados pelo chão ou sendo erguidos por guindastes. No céu eu consegui ver um avião da HIDRA chegando. E pousando. Contactei a Natasha pelo rádio.

–Viúva, eles chegaram antes da hora. Está me ouvindo? Responda! - ela não respondia. Algo estava errado. Saí correndo na direção do ponto de entrega. - Agentes da SHIELD? Alguém na escuta? - ninguém respondia.

–Agente Morse falando. O que houve?

–Bárbara! - parei de correr. - Algo está errado, ninguém responde.

–Comigo também não. Estou em posição. Tente... - a linha foi cortada com ela.

Não consigo entender o que afetaria nossas comunicações. O nível do mar, talvez? Ou aqui as comunicações são frágeis mesmo. Deve haver sempre problema nas docas, eu creio. Meu sentido-aranha disparou. Tudo ficou lento. Olhei para os lados e nada via. Para trás e nada.

–De onde vem o perigo? - falei sem querer em voz alta.

–Onde você não imagina, amiguinha. - disse uma voz no comunicador. Infelizmente, eu sabia quem era.

–Víbora?

–Acertou, aranhazinha. - zombou ela - Como prêmio, vou deixá-la enfrentar alguns soldados da HIDRA. Se continuar viva, enviarei mais alguns homens até você. - ela desligou.

Era uma armadilha desde o início. Alguém enganou Fury. Ou ele nos enganou. Não saberei. Meu sentido-aranha disparou novamente. Eram os agentes da HIDRA chegando. Eu saí correndo. Porém, mais agentes da HIDRA apareceram. Disparei teias em suas armas e as puxei para frente.

Alguns vieram até mim. Eu dei um soco em cada e eles caíram. Alguém me agarrou por trás; pisei seu pé com força, depois lhe dei uma rasteira. Tentei novamente correr. Outro batalhão de agentes da HIDRA apareceu. Saltei e subi nos contêineres.

Continuei correndo. Infelizmente, os agentes da HIDRA atiravam com suas armas. E um tiro passou de raspão em minha perna. Preciso de um lugar alto. E de uma estratégia. Eles continuavam atirando em mim.

–Será que sabem que nunca me acertarão? - falei novamente em voz alta.

Segundos depois, alguém saltou no contêiner vermelho em que eu estava. Olhei para trás e este alguém, na verdade, era um robô verde da mesma cor do uniforme da HIDRA. E eu lembro o que é isso. É uma das armaduras de força que estavam sendo testadas pela HIDRA meses atrás Eu já lutei muitas vezes em treino. Agora não seria diferente.

–Víbora, você sabe que essas armaduras são mais frágeis que uma barra de metal. - falei, mesmo sabendo que ela não me ouviria.

Atirei teias no visor da armadura. Depois, puxei-a para frente com as teias recém-disparadas. Ela não se moveu. Ao contrário, o golpe que eu queria fazer a armadura fez: me puxou com minhas próprias teias e me abraçou como se fosse um urso de pelúcia. Ele me apertou e eu senti meus ossos sendo esmagados. Eu gritava de dor. Tentei balançar meu corpo para frente, mas não conseguia me mover. No momento, só sinto minhas mãos. De repente, pensei em uma coisa. Mas era muito arriscado. "É o único jeito de sair dessa situação", pensei.

Mexi um pouco minhas mãos e disparei teias no contêiner da frente. Fiz a maior força possível e consegui fazer com que o outro contêiner se mexesse. Grudei as teias nas pernas. Ele me apertou mais ainda e não sentia mais minhas mãos. Foi bem a tempo, pois o contêiner da frente puxou o robô para trás. A força dele foi distraída e eu consegui me soltar. "Quanta dor". Comecei a correr nos contêineres.

Em determinado momento, abri um dos contêineres e me escondi dentro. Nesses imensos retângulos haviam apenas caixas. Olhei o que tinha nelas. Armas. Muitas armas. Seriam essas as mercadorias na troca entre a HIDRA e a tal I.M.A? Descobrirei depois. Meu sentido-aranha disparou e eu me escondi atrás das caixas.

A porta foi arrombada com força e consegui ver, através de uma pequena brecha entre as caixas, quem estava ali. Brock. Ele estava diferente. Seus braços estavam mais musculosos e com mais cicatrizes. Seu rosto era coberto por uma máscara preta e branca e usava uma blusa com ossos cruzados. Ele erguia duas pistolas, uma em cada mão. Prendi minha respiração para que ele não me ouvisse. Ele se aproximou e procurou por todos os lados, mas não me achou. Depois, ele saiu. Voltei a respirar fundo. Essa não é a missão que eu esperava.


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