Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 27
O demônio de fogo


Notas iniciais do capítulo

,Alguns me avisaram que o capítulo anterior está tendo problemas de acesso. Sugiro que entrem em meu perfil, vão em história e cliquem nesta (porque é a única). Depois, serão direcionados para a parte introdutória da história. Vão para o final da página e apertem no capítulo anterior a este.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/544530/chapter/27

–Desista, mortal! - dizia o demônio - Este mundo é meu!

O demônio de fogo atirou uma bola de fogo. Eu ainda estava em cima do cuspidor de fogo. Quando percebi que a bola acertaria o Dr. Strange e poderia matá-lo, eu saltei do monstro, empurrando-o para baixo, disparei teia no Dr. Strange e tirei ele do caminho da bola de fogo. O problema é que a bola de fogo veio em minha direção e não havia tempo para desviar. Eu tentei virar meu corpo no ar e consegui a tempo.

A bola de fogo acertou minhas costas e eu entrei em um prédio em chamas. Sentia minha roupa se decompondo. E uma ardência em minhas costas. Me rolei no chão até que o fogo foi apagado.

Exaustão. É o que sinto agora. Salvar uma cidade com outros super-heróis 'ajudando' é bem complicado. Ainda mais se estes super-heróis estiverem separados em cada canto do local. Mancando, fui até a janela e fiquei observando aquele demônio de fogo.

–Este mundo de mortais é meu, de Dormammu! - ele gritou.

–Jéssica, você está bem? - disse a voz do Dr. Strange, flutuando até o prédio.

–"Bem" não é a palavra que me define agora - falei - Obrigada.

–Não, eu que agradeço. Você salvou minha vida. Aquela bola de fogo atravessaria o meu escudo de Serafim.

–Entendi - menti - Então, qual o plano?

–Preciso de uma distração para poder bani-lo. Você consegue?

–Posso tentar - falei e saltei do prédio, pousando em cima de um carro.

Olhei para Dormammu. Ele estava de braços abertos contemplando o caos na cidade. Tentei observar o que acontecia ao meu redor e pude ver muitas armadilhas para derrotá-lo. Carros, hidrantes, corpos de demônios caídos, minhas próprias teias. Enfim, tive uma ideia.

Atirei muitos fios de teias em dois prédios que estavam próximos de mim. Eles poderiam desmoronar a qualquer momento. Amarrei bem forte as pontas e agora tinha um imenso estilingue.

Fiz sinal com o Dr. Strange para que ele se aproximasse de mim e contei meu plano.

–Achas que funcionará, Mulher-Aranha?

–Não. - falei, sem convicção se funcionaria ou não - Mas preciso que confie em mim.

–Isso pode matá-la. - ele falou, sua voz pareceu preocupada.

–Eu sei, mas é um sacrifício.

Ele parou e pensou por alguns segundos até que assentiu e voou em direção aos céus.

Fui para frente do estilingue e empurrei meu corpo para trás. Mirava o Dormammu, não havia certeza se eu teria impulsão suficiente, mas eu quero acertar meu objetivo. "Não posso errar", eu pensava. Empurrei meu corpo mais para trás até que não consegui mais. Soltei meu corpo e fui jogada pelo estilingue.

Eu saí voando. Estiquei meus braços e direcionei meu corpo para bater em Dormammu. Ele, não me surpreendendo, virou-se no exato momento em que eu passava e desviou. Passei direto por ele e o demônio começou a rir.

–Garota idiota! - ele gritou.

Reposicionei meu corpo. A primeira parte de meu plano estava concretizada. Meu sentido-aranha me avisou que eu me aproximava da parede. Como estava reposicionada com os pés em direção à esta parede, apenas me preocupei em amortecer o impacto.

Já com os pés na parede, empurrei meu corpo para trás novamente e saltei, voando novamente em direção ao Dormammu. Desta vez, eu disparei teias na direção dele para que ficássemos grudados.

–Mas o que...? - gritou o demônio, surpreso.

–Quem é o idiota agora? Doutor! - gritei.

Dr. Strange apareceu voando em nossa direção. Eu segurava os braços de Dormammu para que ele evitasse qualquer ataque. Dr. Strange parou em nossa frente e proferiu algumas palavras.

–Em nome de Vishanti e de Agamotto, eu, o Feiticeiro Supremo, bano você e seu exército desta dimensão, Dormammu! - ele gritou, fechando suas mãos.

De repente, um portal se abre atrás e estava nos sugando. Percebendo agora meu plano, eu não imaginaria este portal vindo de trás. "Bem que ele me avisou", pensei após me lembrar das palavras do Dr. Strange.

Dormammu gritava de temor. Ele não esperava por essas atitudes nossa. E senti um feliz toque de três dedos em meu pescoço e na minha coxa. Pela primeira vez, fiquei feliz em ter um toque masculino em minha perna. Logo depois, aquela estranha sensação de teleporte e de queda no chão. Olhei para meu 'herói' e lá estava Noturno e sua aparência azul.

–Obrigada - agradeci em alemão.

–De nada - retribuiu, com seu sotaque nativo.

Estava esticada no chão apenas observando aquele ótimo fim para o dia mais louco da minha curta vida. Filas de demônios eram sugadas para dentro de diversos portais espalhados por toda a cidade. Minutos depois, tudo estava escuro, destruído e os ruídos de demônios já haviam cessado. Apenas uma luz, em meio a toda escuridão do Queens, brilhava. Era o Johnny carregando o Dr. Strange até mim. O doutor havia desmaiado.

–Ele ainda está vivo. Conseguimos parar essa loucura. - disse Johnny.

–Ainda bem - respondi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A seguir: Epílogo