Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 18
Edifício Baxter




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–Bem-vinda ao Edifício Baxter, Jéssica. - disse a Susan.

Alguns dias depois da visita à SHIELD, Reed e Susan me convidaram para visitar a 'base' do Quarteto Fantástico (foi o que o Johnny me falou), o edifício Baxter. Me impressionei com o que vi. Só a sala já é maior e mais espaçosa que o laboratório da SHIELD. No meio dela há um telescópio imenso, com uns 3 metros de altura.

–Para lá - apontou para a esquerda - tem os quartos do Johnny e do Ben. Para lá - apontando para a direita - Tem o meu quarto com o do Reed e um banheiro. Na cobertura temos um fantasticarro, que é um veículo que o Reed construiu há alguns anos.

–E a cozinha fica aqui mesmo na sala - disse Ben, segurando carne bovina. - Quer um pouco? - ele ofereceu para mim.

–Não, obrigada. - recusei.

–Oi Sue. Oi Jéssica - disse Johnny, vestindo uma jaqueta de couro. - Vou andar de moto, quer ir comigo?

–Ela não pode. Reed veio verificar o sangue dela para saber se ela é ou não uma aranha mutante. - disse Susan, cruzando os braços e olhando brava para o Johnny.

–Então, é melhor eu ficar. Vai que precisam de mim para alguma coisa. - Johnny tirou a jaqueta de couro e foi em direção ao seu quarto.

Susan me levou até o laboratório - também conhecida como a sala. Me sentei em uma cadeira fofa com corações e esperei o doutor Richards chegar. Enquanto esperava, conversava com a Susan sobre a viagem ao espaço. Ela explicou que era uma pesquisa científica muito importante sobre nuvens cósmicas, mas houve um erro nos cálculos e eles foram expostos à radiação cósmica. Por isso, ganharam super-poderes.

Eu contei a ela sobre minha história: eu era da HIDRA, mas alguém me mandou uns arquivos revelando que a HIDRA é uma organização nazista. Depois de alguns dias, fui embora por 'ser a traidora' quando, na verdade, eu fui a traída. No mesmo instante, Johnny chegou na sala trazendo um pouco de pipoca. Nós olhamos para ele.

–O quê? É pipoca! Quer?

–Não, obrigada.

Também contei a ela que minha melhor amiga me enfrentou alguns dias atrás. Ela estava com raiva e foi difícil dar um soco no nariz dela.

Depois de um longo tempo conversando, o doutor Richards apareceu. Ele vestia aquele mesmo casaco azul, ainda estava mexendo seus dedos exageradamente rápidos e vestia uma roupa azul por baixo. Havia o número quatro no meio do peito dele. Ele passou distraidamente por nós e se sentou em outra cadeira.

Susan fez um barulho com a boca. Ele se assustou e percebeu nossa presença.

–Ah, eu me quase me esqueci de você, Jéssica.

–Quase? - ironizou Susan. Começamos a rir.

–É, quase. Vem, pode vim. - Eu me levantei e fui até ele.

O doutor Richards pegou de sua mesa uma agulha pontuda. Levantei a manga de minha blusa preta - era uma blusa civil com um pequeno símbolo da SHIELD. Quando o Reed ia enfiando a agulha em meu braço, um estrondo balançou todo o prédio. A agulha foi jogada de sua mão e caiu no chão. Johnny se levantou do sofá e olhou pela janela para descobrir o que havia acontecido.

–Galera, temos um problema nível toupeira.

Reed e Susan se levantaram e eu, como não havia compreendido, também fui. Na rua, do lado de fora do prédio, havia um monstro cego gigantesco e feio, parecia uma geleia sólida. Ele tinha feito um buraco e destruído parte da rua. Do topo de sua cabeça apareceu um homenzinho pequeno, usando óculos escuros e um manto verde. Era careca e seu rosto parecia com o de um rato.

–Quem é esse cara? - perguntei

–É o toupeira, um inimigo nosso que pretende dominar a superfície. - explicou Johnny - E ele derrubou minha pipoca! - reclamou. Eu segurei o riso.

–Precisamos fazer algo ou...

–Jéssica, você trouxe alguma roupa reserva? - perguntou Reed para mim. Eu fiz sinal positivo. - Melhor se trocar, vamos precisar de toda ajuda possível.

Eu concordei e fui ao banheiro me trocar. Para minha sorte, ganhei uma mochila e eu a uso para por meu uniforme caso eu haja como uma cidadã da cidade.


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