Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 135
Armadilha (quase) mortal




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Nós quatro partimos à procura da Mulher-Hulk e da Mulher Invisível. Jean e eu estamos na frente, ela rastreando mentalmente as duas mulheres e eu por causa do sentido-aranha. Wanda e Tigresa vêm logo atrás, por enquanto sem resmungos. Viraríamos à esquerda, mas meu sentido-aranha vibra.

—Cuidado! - Puxo Jean para trás, desviando rapidamente de uma luva presa numa mola. Era uma luva imensa, ela esmagou a parede à direita.

—Obrigada. - Diz Jean. Eu sorrio, apenas.

—Vocês estão bem? - Pergunta Wanda, nos reerguendo. - Vimos a luva.

—Estamos sim. - Responde a mutante.

—Meninas, temos companhia! - Diz Tigresa, apontando para a parede recém-destruída.

Mais robôs. 6. Cada uma das 6 prisioneiras do Arcade - ou seja, nós. Eles avançam de uma vez contra nós 4, mas Jean usa seus poderes telecinéticos e paralisa-os no ar. Em seguida, com uma das mãos, ela gesticula e manda-os para trás, batendo contra a parede.

—Vamos sair daqui. - Diz Jean.

Antes de sair correndo, eu disparo teias nos robôs para que eles não se ergam. Ou, pelo menos, para atrasá-los.

—Vem, Jessica! - Grita Wanda. Saio correndo e sigo-as.

Estamos ignorando nosso plano inicial. Agora o plano é correr para longe dos robôs. Estou bem atrasada em relação às outras heroínas, mas ainda consigo vê-las. Elas viram a esquerda e, com atraso, eu também viro. Assim que faço, quase esbarro nas costas da Tigresa.

—Ai! Meu rabo! - Não acredito que ouvi isso.

—Desculpa! - Peço. Então eu olho para frente e me surpreendo. - Ah...

Paredes estreitas e espinhosas, chão esfumaçante e bem quentes e não duvido que esses espinhos sejam disparados das paredes.

—Nós... - Eu ia falar, mas fui interrompida

—Sim, nós vamos passar por ali. - Diz Jean - Uma de cada vez.

Será que posso disparar teias no chão e facilitar o caminho? Talvez não, minhas teias podem grudar nossos pés.

—Quem vai primeiro? - Pergunto.

Ninguém se candidata, porém Jean dá um passo a frente e será a primeira a atravessar. Ela muda de posição, fica de lado para poder atravessar sem encostar nos espinhos. Ela põe o primeiro pé na frente, no chão esfumaçante. Imediatamente retira. Claro, com certeza estaria muito quente!

Após um certo tempo, ela chega ao outro lado e sinaliza para outra ir. Essa vez é concedida por Wanda, que repete as mesmas ações de Jean. Andar de lado, recuar um pouco o pé e então seguir em frente.

Enquanto eu e Tigresa observamos Wanda atravessar, meu sentido-aranha vibra. Viro-me e bloqueio um soco na cabeça. Em seguida, bloqueio outro e empurro a androide agressora. Coincidência ou não, é a Mulher-Aranha robô. Ela continua agredindo, agora eu desvio e soco com força o queixo metálico. No mesmo instante, Tigresa ajuda, salta e a empurra. Para finalizar, derrubo-a e prendo com as teias de novo. Ou nem tanto para finalizar, pois Tigresa acaba de pisar no corpo dela.

—Não precisa deixá-la viva. É um robô.

—Eu sei. É estranho eu destruir a mim mesma. - Justifico.

—Jessica. - Ouço à distância Wanda chamando, mas Tigresa fica na frente.

—Os outros estão vindo, então. - Deduz ela.

—Acho que sim. Melhor eu atrasá-los. - Sugiro.

—Não, você passa e eu fico. - Ela diz.

—O quê? Não, você não pode bloqueá-los.

—Por isso você irá. Assim que passar, bloqueie o caminho com suas teias. Eu vou atrasá-los.

—Mas...

—Não tenta me convencer do contrário, é nossa única alternativa.

—Não, há outras, você não precisa ficar! - Continuo argumentando - Você pode vir... - Ouço os robôs vindo. - Tigresa...

—Vá.

Não acredito que farei isso. Eu preferia não fazer, mas aparentemente não há escolha. Tigresa está decidida a se sacrificar. Ainda relutante, vou até o caminho estreito e paro na ponta. Olho para trás, Tigresa está de costas para mim e de frente para os robôs que vierem. Eu suspiro, quero ficar com ela e ajudá-la. Suspiro mais uma vez. Droga de decisão.

Dou passo à frente e, assim como as outras, recuo. QUE CHÃO QUENTE! Muito quente, maldito metal! Deixa para lá, tento mais uma vez. Dor! Queimação! Meus pés doem!

Quase na metade do caminho, meu sentido-aranha vibra. Não! Por que agora?! Um raio branco é disparado em minha direção. Desvio, porém encosto o braço no espinho e arranho!

—AI! - Grito. Não basta os pés, preciso machucar um braço. Olho para a direção do disparo e vejo a Tigresa atacando o robô. Era um robô da Mulher-Hulk, aliás.

Continuo meu caminho, continuo ignorando a dores em meus pés e a dor no braço que sangra. Maldito Arcade e suas armadilhas.

—Vem, você consegue! - Diz Wanda, esticando a mão para mim. Estou quase chegando.

De repente, o chão se abre. Eu grito, porém flutuo. Wanda está tão surpresa quanto eu. Sou levitada para perto dela, então seguro sua mão. Sou puxada para perto dela, então abraço-a com força. Estou sem palavras, porque foi inesperado! Quase caí, mas fui levitada.

—Estou um pouco assustada. - Sussurro.

—Eu também. Quer dizer, mais ou menos.

—Recomponha-se, Jessica. - Diz Jean, atrás de nós duas. - Eu vi o que aconteceu com a Tigresa.

—Ela...

—Ainda viva, porém capturada. - Diz.

Sinto uma mistura de emoções. Raiva, decepção, nervosismo, ódio, medo e mais outros sentimentos. Tigresa foi capturada e é culpa minha! Eu deveria ter ficado.

—Eu sei o que você pensa. - Diz Jean, me encarando. - Não foi culpa sua.

—É, eu esqueci que você lê mentes sem permissão! - Reclamo, nervosa - Para de invadir minha mente, Jean! - Grito, ainda nervosa.

—Eu não invadi, mas eu já senti o mesmo que você quando era mais nova e inexperiente.

Eu não a respondo, ainda estou nervosa. Não quero causar um clima ruim entre nós três, as únicas prisioneiras ainda de pé. Preciso me acalmar, recolocar a cabeça no lugar e controlar minhas emoções.

—Vamos andando.


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