Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 130
Malditas vozes da consciência




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Hoje é um novo dia, anime-se! Não estou na SHIELD no momento, consegui uma pequena brecha para me encontrar rapidamente com o Jared. Anime-se, quem sabe há uma segunda chance! Nenhum super-vilão surgiu ainda para atrapalhar seu encontro, anime-se!

Ah, é impossível me animar quando minha melhor amiga está zangada comigo. Não a Bobbi, ela está apenas chateada, mas não confessa. É a Daisy. Não consigo ficar na mesma sala que ela desde ontem, passo no corredor e evito contato visual. A situação não é das melhores, acho que estou com medo de receber sermão de novo.

Concentre-se, Jessica. Este encontro é importante para sua vida pessoal. Mas espera, e se conciliar com Daisy não é? Ótimo, tenho 2 vozes em minha cabeça. Estou ficando doida, muita coisa para raciocinar e poucas soluções. Preciso me decidir. Primeiro, converso com o Jared, rimos, brincamos e, se tiver sorte, marcamos um segundo encontro. Depois, quando retornar, converso com Daisy e fazemos as pazes. Peço desculpas, ela me xinga, eu aceito e então pronto.

Entro na cafeteria combinada para o encontro. O local está lotado, mas encontro uma mesa com sofá estofado no fundo. O moço está se levantando neste instante. É estranho, geralmente os caras com o corpo todo coberto. Verdade que hoje é um dia frio, está até nevando, mas não está frio o suficiente para... argh! Ele passou por mim e meu sentido-aranha vibrou levemente. Hum...

Sento-me no sofá, peço um café com bacon e ovo e espero o Jared chegar. Eu deveria segui-lo, pode ser algum super-vilão que conseguiu a liberdade recentemente. Não, eu tenho um compromisso. Preciso ser fiel ao compromisso. Mesmo que aquele cara possa matar alguém em algum momento e eu não o impedi e por isso vou ficar com a consciência pesada. Cadê a vidente nestas horas? Com outro aranha, provavelmente. Bem que ela poderia citar algum de seus enigmas e me convencer a seguir o cara misterioso. Ou a ficar aqui e esperar pelo Jared.

Passam-se alguns minutos. Meu café já esfriou, meu bacon e ovos já foi consumido e nada do Jared chegar. Acho que estou me arrependendo de minha decisão. Ah, qual é Julia! Você aparece quando não preciso e quando estou sem roupa, então apareça agora!

Nada.

Mais alguns minutos de espera. Liguei algumas vezes para o Jared, mas só cai na caixa de mensagens. Não esperava que ele fosse assim. É... Tenha paciência, Jessica. Você escolheu esperar por um rapaz que viu duas vezes no aeroporto e não seguir um suspeito.

Viva com isso. Certo, viverei com isso. Mas eu deveria parar de falar comigo mesma em pensamentos, certas vozes me incomodam. Pego meu celular e vejo a hora. Muito tempo de atraso, já começou com o pé esquerdo em nosso encontro.

—Oi, com licença. - Diz a garçonete, pegando o prato e o café. - Você está esperando alguém? Desculpe ser intrometida.

—Estou sim. - Sorrio atenciosamente.

—Ele se chama Peter Parker, por acaso?

—Não, mas eu conheço o Peter. Por quê?

—Nada. - Ela sorri de volta. Ela é uma ex-namorada de Pete?

—Ei, será que pode me trazer outro café para a viagem?

—Sim, vou trazer num minuto.

Agradeço e ela volta para trás do balcão. Pete, seu danado. Conheci uma menina que acha que você me deu gelo. Acho que eu deveria mandar uma mensagem para ele contando sobre essa experiência divertida. É... Talvez outra hora, não estou no clima para brincar com ele.

Meu café chega, eu pago e pego minha bolsa. Chega de esperar por alguém que não vem, já estou bastante chateada desde ontem por causa da discussão com a Daisy. Não quero ficar parada, mas não quero voltar à SHIELD, melhor procurar alguma diversão por aí. Cinema, shopping, posso convidar algum amigo. Nink, Peter, até mesmo minhas colegas da SHIELD se elas quiserem.

Enquanto consumo meu café, o sentido-aranha vibra. Argh, que susto! Quase me engasgo com o café, está quente. Queimei minha boca, literalmente! Maldito sentido-aranha. Enquanto isso me distraio e não verifico qual o problema. Bravo, Jess.

Alguém põe o braço por trás do meu pescoço. Para resistir, tive que sacrificar meu café e jogar o corpo do agressor no chão. Ei, eu o conheço! É o cara da cafeteria, aquele vestido num sobretudo.

—Você! - Digo, admirada.

—Eu! - Ele gargalha e uma onda de choque toma conta do meu braço. Que dor!

Eu fico ajoelhada e grito, mas o homem continua gargalhando. E segurando em minha mão, fica claro que eu caí no velho truque da arma de choque na palma da mão. Isso que dá ter tantas vozes na cabeça! Malditas vozes da consciência.


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