Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 13
Ao lado do Homem-aranha


Notas iniciais do capítulo

Para quem não percebeu, eu estou sim mesclando o universo 616 e o universo ultimate



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Um rinoceronte mecânico. Como assim? Um rinoceronte mecânico está destruindo a cidade e a polícia não pode detê-lo. Além disso, ele quase me acertou com seu chifre pontiagudo. Ele vai realmente destruir a cidade caso alguém não o impeça - neste caso, eu acho que cabe a mim evitar a destruição.

Eu pulo e me agarro em um poste de luz. Lanço teias suficiente para mantê-lo mais lento. Eu amarro as teias no poste e salto novamente, agora parando na cabeça dele.

–Ei, quem permitiu uma fuga do zoológico? - zombei, ficando de cabeça para baixo e encarando-o.

–Sai daqui, homem-aranha! - ele disse.

–Homem-aranha? Não, não sou o homem-aranha. - falei - Sou uma mulher. Quer dizer, a mulher-aranha.

–Não importa se você seja homem, mulher, rato, barata. É tudo inseto. - ele disse e comecei a rir. - Do que está rindo?

–Você foi genial! "homem, mulher, rato e barata é tudo inseto". - zombei e ele pareceu se irritar. - Saiba que apenas barata é inseto, sem contar esse sotaque sinistro. Você é russo?

–Cala a boca! - ele ergueu os braços e me agarrou. Depois me jogou para trás e começou a correr.

Eu fui arremessada com força e quase não consigo parar. Destruindo qualquer lei da física, me seguro no mesmo poste em que havia saltado momentos antes. No entanto, ele está prestes a ser arrancado do chão. O rinoceronte continuava correndo, apesar de continuar no mesmo lugar graças às minhas teias.

–Ei, animal! - gritei e ele olhou para trás. O poste saiu por completo do chão e eu o controlei para que mirasse o rinoceronte.

É uma jogada arriscada e haviam poucos segundos para saltar. Com cerca de 30 centímetros de distância entre a frente do poste e a cabeça do rinoceronte, eu salto e caio no chão, equilibrada. O poste bate exatamente no rosto mecânico dele. Contudo, ele pareceu sentir absolutamente nada.

–Agora você me irritou bastante! - ele disse

–Que medo! - ironizei

Ele saiu correndo e veio em minha direção, seu chifre pontiagudo parecia brilhar. Eu também corri. Quando ia para uma arquibancada, eu pulei para o lado e apenas observei o rinoceronte quebrando-a. Ele freou com o impacto e virou-se lentamente para mim. Estava parada e de braços cruzados, esperando que ele venha até mim - e zombando. Ele caminhou, suas imensas patas quebravam o asfalto daquela rua. Ele pôs a mão no chão e arrancou-o. Aquilo foi surpreendente, esperava que ele viesse correndo até mim.

–Isso é golpe baixo! - reclamei. Ele ergueu com dificuldades a rocha. Parecia sair faíscas do braço mecânico dele.

–Já chega! - ele gritou e lançou a rocha. Mas não em mim.

Ele lançou em um dos outdoors ao nosso redor. Haviam civis escondidos abaixo de um deles. Eu corri em direção a eles, mas não os alcançaria. Ainda mais porque tropecei no meio do caminho.

–Não! - gritei e as telas caíram no chão. Eu falhei. Pensei tanto em zombar do rinoceronte que nem pensei nos inocentes.

O animal mecânico ria e andava em minha direção. Eu lancei teias nos olhos vermelhos dele. Aquilo o atordoou, mas não o deixou cego - claro, um robô tem vários olhos. Saltei para dar-lhe um soco, mas fui agarrada por uma de suas mãos.

–Agora já chega! - ele estava me esmagando

–Aí, Rino! - uma voz abafada gritou perto das telas que desabaram. As pessoas estavam a salvo. - Nunca lhe disseram que bater em damas é crime?

–Homem-aranha! - ele gritou - Finalmente! Já estava cansado de bater em sua namorada.

–Namorada? Não, eu não sou... - falei quase sem fôlego, mas nem completei.

O monstro mecânico olhou para mim e me arremessou para longe novamente. Consegui 'amortecer' o arremesso lançando teias para os lados. O rinoceronte estava mais irritado ainda, correu em direção ao Homem-aranha. Ele apenas pulou, pegou um dos restos que haviam perto dele e arremessou no rinoceronte. O robô sentiu aquela dor. Eu desci de minha posição e pousei no chão. Corri até eles e soquei o monstro. Não foi uma ideia muito boa.

–Que pele dura! - resmunguei.

–É o que acontece quando se enfrenta um rinoceronte mecânico - falou o Homem-aranha, parecendo me zombar. - Olha como se faz.

O Homem-aranha pulou nas costas do robô e começou a bater com as duas mãos. Saíam estáticas da costa dele. O rinoceronte caiu.

–Fácil. - ele disse, mas meu sentido-aranha vibrou e o monstro se reergueu e deu um soco no aranha.

Homem-aranha caiu ao meu lado, desmaiado. Olhei para o rinoceronte e ele ia nos pisar. Peguei o corpo do Homem-aranha e nos 'puxei' para a outra pata do monstro. Repousando o corpo dele, subi nas costas do rino e repeti os movimentos do Homem-aranha. Ouvi um grito de dentro do robô, acho que tem alguém ali dentro.

O corpo do rinoceronte não se mexeu mais, estava inerte e parecia desligado. A polícia finalmente chegou e uma voz em minha orelha me incomodava. Era da Viúva Negra, mas não havia tempo da responder. Quando olhei para a armadura de rinoceronte, um homem pequeno, mais ou menos 1,56, com óculos e uma camisa regata, além de usar também uma cueca com corações foi retirado da armadura.

–Fala sério? Eu enfrentei este cara? - zombei dele.

–Eu vou voltar, sua inseta! - ele gritava e eu comecei a rir.

O Homem-aranha continuava desacordado. Eu peguei seu corpo e escalei um daqueles outdoors da imensa rua destruída. Vou receber outra bronca de Fury por não responder a Viúva Negra, mas valerá a pena se eu salvar a vida do Homem-aranha. Ele está desmaiado, precisa de ajuda, mas usa uma máscara por algum motivo. E este deve ser um motivo muito importante.


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Notas finais do capítulo

Saibam que o Rino é o segundo vilão do homem-aranha que eu mais gosto de acompanhar a zoação. O primeiro é o Electro. Quais os de vocês?
OBS: A luta foi na Times Square, mas ela não conhece ainda.