Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 12
Exploração na nova cidade




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Há dias que não durmo bem. Não é porque a SHIELD seja nazista - o que não parece ser, eles fazem o bem para o mundo -, mas porque eu enfrentei a Víbora e aquilo me atormenta muito. Sei que provavelmente ela nem sente o mesmo que eu, no entanto ela nem sempre foi o doce de pessoa que poderia ser. Para começar, a ideia inicial da pistola de veneno era para acertar Pietro. Ele poderia morrer!

Há pouco tempo me chamaram para a sala do Fury. Deve ser outra bronca por ter desobedecido a ordem dele e acabar saindo do Aeroporta-aviões. Sei que errei, mas os Vingadores estavam ocupados conversando e os pilotos poderiam morrer no ataque. Apenas os ajudei, ninguém olha por esse lado.

Sendo escoltada por dois pares de agentes da SHIELD - ganhei fama de bisbilhoteira - chegamos a uma porta automática que formava um arco. Dentro, a sala era coberta de papéis, uniformes pretos e azuis, cadeiras, um computador e uma outra porta. Ouvia uma conversa estranha vinda desta porta. Me aproximei para ouvir e consegui distinguir a voz de Fury, mas não reconheci as outras. Em certo momento, as vozes pararam e a porta se abriu. Surgiu Fury, agora com uma marca de barba por fazer.

–Jéssica, a curiosidade matou o gato. - disse ele

–Eu sei, desculpe senhor. - disse - Me falaram que o senhor me chamava, diretor. - tentei disfarçar aquele momento constrangedor.

–Sim, vim lhe entregar seu novo uniforme. Mantivemos as mesmas cores, mas modificamos a máscara e um pouco do uniforme - ele explicou enquanto caminhávamos para perto de uma mesa grande - Espero que goste.

Ele tirou de uma maleta o uniforme. Ainda era vermelho alaranjado; a máscara não era mais aquela 'touca de natação' que cobria todo meu rosto, deixava meu cabelo solto; no busto não havia mais aquele triângulo acima de meus seios, era uma aranha que cobria todo o busto; os ombros agora eram amarelos e tinham teias abaixo das axilas.

–Gostou? - ele perguntou e eu fiz cara pensativa

–Melhor que o antigo - falei - Já está bom só em não ter aquela touca de natação - eu falei e por um segundo pensei ver um sorriso no rosto de Fury. Foi só pensamento.

–É o suficiente. Pode ir. - ele fechou a maleta e entregou-me.

Quando eu ia saindo da sala, Fury me chamou.

–Jéssica, mais uma coisa: Gostaria que você conhecesse a cidade. Já deve ter ouvido falar de Nova York. É o nosso setor. Você será nossa agente de terra para se acostumar com a vida lá fora.

–Sério? Estou preparada?

–Sim, apesar de ter desobedecido minhas ordens naquele dia e um avião ter atingido uma calçada, quase atingindo os civis, você está pronta. Eu e a Viúva Negra decidimos fazer isso. Já estou com os dois olhos em você. Agora pode ir.

Eu saí. Nem acredito que isso está acontecendo: Sou novamente uma agente de campo. E quando Nick falou "dois olhos em você", descobri que ele tem senso de humor, mesmo sendo amargo.

[...]

Finalmente, depois de horas de espera, estou em um avião para descobrir tudo na cidade. Sempre ouvi falar que Nova York é a cidade que nunca dorme, mas é o símbolo americano para definir "arrogância, descomprometimento e ignorância". Mesmo saindo da boca de um nazista, sempre tive curiosidade em saber porque essas palavras definiam Nova York. Vou descobrir hoje.

Estava sentada em no avião vestida com meu uniforme. Felizmente, o uniforme não é tão colado logo, não me sentia nua com ele. Pediram para que eu colocasse um pára-quedas, pois eu seria despachada e serviria como parte de meu treinamento para ser agente da SHIELD. Mesmo ansiosa, conseguirei fazer o meu melhor.

O avião freou e ficou parado. O piloto fez sinal para que eu fosse até a parte de despache de carga. Eu fui até lá e dei o sinal. O piloto abriu a parte traseira e o vento começou a me puxar para fora. Corri e saltei. Sentia o vento passar por meu cabelo, uma sensação muito boa. Tinha uma escuta em minha orelha, eles avisariam o ponto de embarque e o horário.

Já estava perdendo muita altitude, decidi experimentar o balanço de teia em um espaço mais livre. É uma sensação melhor ainda. Conseguia me balançar com muito mais liberdade, as teias grudavam nos altos edifícios da cidade, enviavam meu corpo para perto e depois eu lançava outras teias para outros edifícios. Isto é incrível.

Parada no telhado de um prédio, apreciando a vista da bela cidade - que não tem nada de arrogante, ignorante e descomprometida. O sol estava se pondo e a altura do prédio facilitava aquela bela visão. Mas a apreciação foi interrompida por um cheiro estranho. Era ruim, parecia de fumaça. Abaixo de mim, mesmo numa distância absurda, conseguia ver que algo acontecia. Eu saltei do prédio e lancei a teia para seguir a outro edifício.

Agora numa visão mais favorecida conseguia ver sinais de destruição. Seria a HIDRA novamente? Fui mais para baixo, uma rua com muita propaganda luminosa, uma arquibancada praticamente no meio da rua e muitos carros virados e pegando fogo. Daí, consegui entender como a situação é caótica.

Quer dizer, só até meu sentido-aranha disparar. Olhei para trás e algo quase me acertou. Não consegui ver o que era, mas tinha algo pontudo na cabeça. Este 'algo pontudo' passou por cima de meu corpo quando me agachei. Depois, eu o vi: Era um monstro mecânico, com um chifre na cabeça e corpo robótico. Seus olhos eram vermelhos, seu corpo era cinza e saía fumaça do lado da cabeça. Resumindo, era um rinoceronte mecânico.


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Notas finais do capítulo

Este monstro é a versão Ultimate do Rino, clássico vilão do homem-aranha. Será que...? :o