Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 126
Terapia aracnídea


Notas iniciais do capítulo

Isso! Voltei! Faz um tempo que não posto aqui, não é? A verdade é que minha criatividade para esta fic está em hibernação e não despertou ainda. Além disso, várias outras fics em andamento. Contando esta, são 5 fics paralelas! Quero logo terminar A Vingança de Doom e seu spin-off para ficar menos atolado.



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Já está de noite. Senti saudades de ver o pôr-do-sol de uma vista mais privilegiada, ou seja, do alto de um prédio novaiorquino. Estes poderes são incríveis, é a melhor coisa do mundo se balançar e apreciar a vista de Nova York.

Eu estou refletindo ainda. Cheguei à conclusão que não tenho culpa dos criminosos da superprisão da antiga HAMMER estarem à solta. Quer dizer, tenho uma parcela sim. Se a organização ainda existisse, eles estariam presos, mas eu e o pessoal da SHIELD desmascaramos Justin e seus comparsas do mau. O problema é a consequência disso tudo.

Rigorosamente TODOS os super-vilões aprisionados durante a gestão da HAMMER foram soltos por terem suas penas anuladas. Ou seja, vilões como o Homem-Absorvente e aquele cara de chumbo, também posso incluir o tal monstro de eletricidade, estão livres porque suas prisões foram feitas por uma organização que negociava com terroristas. Não sei se estou clara.

Resumindo, todos os prisioneiros na época da HAMMER estão soltos porque ela não existe mais e porque era uma organização ilegal. Quem decretou a soltura simplesmente ignorou os crimes dos condenados. Isso significa que os Vingadores e a SHIELD terão sérios problemas a partir de hoje.

Deixando minhas reflexões de lado, estou sentada em um prédio muito alto e cheio de gárgulas. Acredito que o Homem-Aranha logo virá, pois ele costuma começar sua ronda a partir daqui. Logo sairei daqui e voltarei à SHIELD.

—Ei, esse prédio é pequeno demais para duas aranhas! - Como previ, o Homem-Aranha acaba de chegar.

—Já estou de saída.

—Não, estou brincando. Pode ficar, aqui sou sempre solitário mesmo. Só eu, meus pensamentos e esse cara que você está sentado na cabeça.

Ele refere-se ao gárgula em que estou sentada.

—Alguma novidade? - Pergunto.

—Nada demais. Clarim, universidade, monstros que atacam o metrô. O de sempre. Tudo normal na vida de um super-herói que veste collant.

—É verdade! Você não está mais naquela armadura!

Só agora percebo que ele veste seu tradicional uniforme vermelho e azul com teias pelo corpo.

—O que houve com a armadura?

—Lembra do monstro? Pois é, culpa dele. A armadura não suportou tanta eletricidade, acabou queimando os circuitos internos da armadura. Vou consertar, mas vai demorar um pouco.

Assinto com a cabeça. Ele falou sério, mas seu tom sério é engraçado. Acho que eu o entendo quando alguém não ri de suas piadas infames. Eu também conto umas às vezes.

—E você? O que tem feito?

—Coisas da SHIELD, coisas de menina, homem sarado e sem camisa no meio da rua destruindo o ônibus e estragando meu primeiro encontro desde Chicago. Essas coisas.

—Não sabia que agentes da SHIELD namoravam. - Diz, surpreso.

—Não namoro, era só um encontro e foi arruinado. Não sei se me entende.

—Na verdade, entendo. Acontece comigo direto, costumo dizer que é o azar do Parker. Ou azar do aranha, dependendo de com quem eu estiver falando. Não dá para contar nos dedos de quantas mulheres levei um fora porque o Oquinho, o Rhino ou qualquer outro vilão atacando Nova York.

Estou me divertindo com essa pequena terapia com o Homem-Aranha. Ele está falando abertamente para mim, como se fosse uma irmã. Será que são os feromônios de sedução outra vez? Não, não estou naqueles dias. Deve ser o jeito alegre e divertido do Peter, ele sempre me alegrou desde que nos conhecemos. E eu sempre fui fã dele e de suas acrobacias. Talvez seja essa a nossa ligação. Meu fanatismo por ele.

—Escuta, preciso fazer uma ronda. Quer vir comigo? Quanto mais ajuda, melhor.

—Sim, talvez isso me anime um pouco.

—Certo, te vejo lá embaixo.

Peter se levanta rapidamente e salta do prédio sem pensar duas vezes. Eu hesito um pouco, mas também salto. A minha vantagem é que posso planar, portanto eu mantenho meus braços bem abertos e plano por Nova York. Quando chego numa boa posição, disparo teias pelo pulso e me balanço pela cidade.

Poucos minutos depois, encontro o Homem-Aranha pousando num caminhão da SWAT. Eu mantenho distância e vejo-o dialogando com um bombeiro. Decido, portanto, saltar daqui, balançar-me mais um pouco e pousar no mesmo caminhão.

—Incidente com reféns. - Diz Peter. - Aparentemente há um homem-bomba ali dentro.

—Estão negociando?

—Não sei, o senhor simpatia não contou detalhes. - Ele aponta para o agente da SWAT, que olha feio para nós dois. - Mais um para o fã clube do Jameson.

—Tive uma ideia, espere aqui.

Ele não discute, apenas obedece. Desço do caminhão e começo a dialogar com o cara da SWAT.

—Com licença, sou agente da SHIELD.

—Dane-se! Você e o babaca-aranha podem sair daqui, está tudo sobre controle.

—Não é o que meu sentido-aranha diz. Quero detalhes sobre o que estão enfrentando.

Ele fica em silêncio e não responde. Eu suspiro, então toco em suas costas outra vez.

—Este é um caso de adultos, não de garotas na puberdade! Vá descobrir sobre seus novos brinquedinhos. - Que nojo!

—Para começar, eu sou agente da SHIELD, portanto tenho tanta autoridade quanto você. Segundo, o Homem-Aranha é um herói e um vingador. Nós somos os únicos aqui capazes de entrar sem sermos detectados pelo homem-bomba. A menos que você queira teias na cueca, diga-me mais detalhes agora.

Ele dá um sorriso debochado. Permaneço no tom mais sério possível, encarando-o com frieza. Finalmente ele cede e começa a explicar.

—Um homem apenas, vários reféns. Não sabemos em quais andares, apenas que são vários. O esquadrão especial está pronto para entrar.

 

—Não permita. Nós vamos entrar.

—Vocês? - Ele zomba de mim de novo. - Dois malucos vestidos de pijamas bancando os heróis? Garota, isso não é uma festa de pijama, é a realidade! Se o homem-bomba explodir, várias pessoas irão pelos ares.

—Não, porque vamos impedi-lo. - Agora é o Homem-Aranha quem diz, apoiando seu braço em meu ombro. Ele pesa - Preciso lembrar que eu sou vingador e salvei Nova York diversas vezes?

Ele ia retrucar outra vez, mas eu interrompo.

—Ou você nos deixa entrar ou terá que assinar vários atestados de óbitos por sua incompetência. Escolha.

O homem fecha a cara, irritado. Então caminha até os outros agentes da SWAT. Cada um olha para nós dois, caras sérias e com armas grandes que me dão medo. O homem que nos recebeu retorna, agora mais irritado.

—Tem uma entrada nos fundos que usaríamos para uma emboscada. Podem entrar por ela.

—Beleza. Vamos.

—Se tudo der errado, se aquelas pessoas morrerem ou aquele cara ativar as bombas, a culpa não será sua. - Ele aponta para o Homem-Aranha - Será da SHIELD.

—Não vamos falhar, simpatia. - Diz o Homem-Aranha.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo não demorará a sair, eu prometo!