Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 124
Tática de vingança


Notas iniciais do capítulo

O que não teve de ação no capítulo passado terá agora :)



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Estamos de saída do shopping. No estacionamento, para ser exata, indo em direção ao nosso carro emprestado pela SHIELD - ou, em outras palavras, cedido gentilmente pelo agente Quatermain, que se recupera bem. Aparentemente o agente também quer que eu tenha sucesso em meu encontro, por isso nos emprestou o carro.

Andamos lado a lado, conversando sobre assuntos aleatórios e evitando ao máximo tocar novamente no assunto do terceiro encontro e...(suspiro)...depois. Não, não quero pensar naquela possibilidade de novo! Não sei se estou preparada, provavelmente não.

Hum! Sensação esquisita. Desacelero meu passo, tentando perceber de onde vem o perigo. Bobbi e Daisy olham assustadas para mim.

—Jessica, o que foi?

—Sentido-aranha. - Viro o rosto rapidamente para os lados, mas não encontro nada. Maldita escuridão e barulhos de carros. - Fiquem atentas.

De repente, Daisy põe a mão no pescoço e cai no chão. Pouquíssimos segundos depois, Bobbi tomba desmaiada. Há! Peguei o dardo antes que ele me acertasse no pescoço.

—Quem está aí? - Não era para eu dizer isso. Ninguém vai surgir do nada e dizer "Eu estou aqui".

—Eu! - Ok, retiro o que disse.

No primeiro instante, eu achei que fosse o Treinador por causa da máscara e do capuz na cabeça, mas mudei de ideia. Ergue um arco com uma flecha, usa escudo nas costas, espadas na cintura, o capuz e a máscara de caveira que eu falei, mas a grande surpresa. Não é um homem! É uma garota, o físico magro mostra que ela tem minha idade e minha altura.

—Finalmente cara a cara com a vadia que o matou! - Ela diz, com raiva na voz abafada.

—Mas eu...

—Calada! - Ela dispara a flecha. Eu desvio, mas ela já ergue o arco com outra flecha. - Você não tem coragem para assumir o assassinato?

—Escuta, se foi o Treinador, me... - Outra flecha é disparada. Desvio mais uma vez, mas ela já está preparada.

—Não quero ouvir desculpas falsas! Admita sua culpa e tenha o mesmo destino que ele.

Eu tentei dialogar, mas ela não quer me ouvir. Jogo as sacolas para cima e disparo teias, prendendo-as no teto. Já estou preparada para a luta. Pelo visto a 'Treinadora' observou e já começa atirando uma flecha em mim. Eu seguro, giro e arremesso a flecha de volta. A inimiga desvia com seu arco. Eu corro até ela e tento um chute, mas ela segura minha perna e dá um soco na outra. Perco o equilíbrio e caio no chão, mas logo me levanto...para levar um chute no rosto.

Ela continua me atacando, vários socos, joelhadas e até cabeçadas. Ela é mais ágil que eu. Fico deitada no chão, tentando me reorientar, mas já tem uma flecha apontada para meu rosto. Chuto-a na perna, e a flecha é atirada para meu lado, arrancando alguns fios de meu cabelo. Levanto-me e já começo no ataque, com vários socos no rosto dela.

Agora estou irritada! Após os socos, seguro seus ombros e lhe dou uma joelhada no estômago, depois derrubo-a e faço uma chave de perna, como aqueles lutadores de MMA da televisão.

—Paradas! - Droga, é a segurança do shopping - Moça, deixe-a ir agora.

Não, eu não posso deixá-la ir. SE libertá-la, ela matará os seguranças. São só três, vai ser muito fácil.

—Solte-a ou eu atiro!

—E você será presa por resistir à prisão! - Diz o segundo segurança.

Não estou com vontade de ser presa na véspera de meu encontro com o Jared, portanto eu paro a chave de perna. Como eu previa, foi um erro. A garota puxa bolinhas e atira no chão, liberando fumaça. Droga, estou cega.

—Atenção, duas suspeitas de arrumar confusão no estacionamento. Precisamos de reforços. Ugh! - Ouço um segurança gritando.

—Não! - O mesmo barulho vem dos outros dois logo em seguida.

—Guarde minhas palavras, Jessica Drew. Você será minha próxima vítima. - Ouço ela dizendo.

É melhor eu agir rápido. Não podemos (sim, incluo Bobbi e Daisy) em uma cena de assassinatos. Salto, pego as sacolas e retorno ao chão. Em seguida arrasto Bobbi e Daisy até o carro. Ponho elas nos bancos da frente e tento acordá-las. Ouço os guardas chegando, por isso eu entro no carro e fico escondida. A culpa é minha! Eu deveria ter mantido a chave de perna naquela assassina! Ela mata a sangue-frio, mas tem raiva de mim porque seu pai morreu - se morreu mesmo, pois a voz da gravação no FBI é diferente da voz da Treinadora.

Ouço um gemido vindo do carro. É a Daisy, sorte que ela é a motorista.

—Que dor de cabeça!

—Daisy! - Eu abraço-a por trás - Desculpa, esqueço que você quer meu profissionalismo.

—O que aconteceu? Por que estou com dor de cabeça? E por que a Bobbi está dormindo?

—Depois explico. Primeiro, nos tire do shopping.

—Jessica, o que você fez?

—Por incrível que pareça, nada.

...

Após algum tempo, retornamos à base secreta da SHIELD. Eu não expliquei nada a elas, prefiro explicar somente ao Coulson. Por isso pedi a Daisy que levasse Barbara à enfermaria. Eu bato na porta do diretor, mas não aguento esperar sua permissão para entrar.

—Diretor... - Coulson estava numa videoconferência com ninguém menos que Maria Hill, ex-diretora da SHIELD. - Desculpa, eu devia ter esperado.

—Não, agente Drew. Está tudo bem. Maria, depois continuamos nossa conversa.

—Sim, diretor Coulson. - A tela é desligada.

Coulson me analisa dos pés a cabeça. Estou toda suja e desarrumada, com o olho e o nariz roxos e dores na perna também.

—Vocês não brigaram por um sapato, certo?

—Diretor, é sobre o Treinador.

Resumo rapidamente meu encontro com a Treinadora. As mortes, seu estilo de luta e, principalmente, a minha suposição sobre ela ser a filha do Treinador.

 -Talvez não seja uma filha, mas uma aprendiz com relações paternas com o Treinador. Não há registros que ele tenha uma filha. Mas não fique concentrada nisso, Jessica. Treinador não é nossa prioridade ainda.

—Não é nossa prioridade? Diretor, então qual a nossa prioridade? Asgardianos? Treinador? Homem-Múltiplo? HIDRA e I.M.A.? Isso tudo porque aconteceu nos últimos dias.

—Ainda vou manter em segredo, agente. Está dispensada, pode ficar tranquila que manteremos seu encontro seguro e longe da mira dos caras maus.

Ótimo, que conversa agradável! Mentira, não foi. Foi perda de tempo, o diretor Coulson certamente tem outras prioridades ao invés de se preocupar com uma assassina na minha cola. Ele não está errado, ter um alvo na minha cabeça é problema meu. Aliás, tenho muitos alvos em minha cabeça.

Fui à enfermaria para saber como Bobbi e Daisy estão. Bem, felizmente. Porém confusas. 

—Oi. - Digo, entrando na sala em que estão. A doutora Foster também está com eles.

—Oi, agente Drew. Vou deixá-las aqui, verei como o Erik está. - Diz Jane, saindo da sala e indo para outra.

—Oi, Jess. O que aconteceu lá? - Bobbi está com a testa roxa. Acho que ela bateu forte na hora do tombo.

Explico rapidamente para as três sobre o que aconteceu lá no estacionamento. Elas parecem surpresas, mas preocupadas.

—O que o diretor disse?

—Ele vai mandar alguém me vigiar durante meu encontro com o Jared, mas... - Eu suspiro antes de continuar. É apenas uma ideia, mas - eu sinto que não devo ir a este encontro.

—O quê? Não! - Diz Barbara no mesmo instante - Você tem que ir, senão gastamos dinheiro à toa.

—Bobbi, é perigoso. E não sei como ele reagirá se souber sobre... - Ponho rapidamente minha máscara em frente ao rosto - Mim. Quer dizer, e se ele for como aqueles malucos anti-mutantes?

—Me escuta - Agora é Daisy quem fala, segurando minhas mãos - Você vai neste encontro. E se não for, eu juro que te prendo em suas próprias teias nas asas do quinjet.

—Ok, eu vou. - Confesso que fiquei com medo dessa ameaça. - Não precisa fazer isso. Vou mandar uma mensagem confirmando o encontro.

Também vou garantir que estejamos seguros. Aquela garota não será uma ameaça, não durante o encontro.


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