Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 11
Acerto de contas




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–Vocês não entenderam! - tentei explicar - A HIDRA é nazista, nos enganou esse tempo todo. Eles me torturaram em cima de um balde de água fria!

–Então explique este símbolo! - Víbora apontou para o símbolo preto em meu peito - Strucker nos disse que você é uma agente dupla. Explique isso.

–A SHIELD me salvou. Por favor, acreditem em mim. A HIDRA é nazista.

–Não ligo. Hail HIDRA! - gritou Brock, erguendo os braços e Víbora imitou o gesto.

Brock correu e veio em minha direção com duas espadas. Ele as usou para tentar me ferir. Desviei das tentativas e pulei para trás. Depois, saí correndo.

Não tinha coragem para olhar para trás. Ver meus amigos contra mim, sendo caçada por aqueles que me aceitaram mesmo sendo diferente. Certo, o Brock chegou pouco tempo atrás, mas já era um bom amigo. Agora, estão tentando me matar.

Meu sentido-aranha disparou e eu abaixei minha cabeça. Alguma coisa brilhante passou por cima de minha cabeça, parecia uma espada. Acabei me desequilibrando e caí no chão. Fui erguida contra a minha vontade. Era o Brock novamente. Ele segurava meu pescoço.

–Me solta!

–Não! Você nos traiu e pagará por isso. - Ele pegou uma arma em sua calça e apontou para minha cabeça.

Meu sentido-aranha disparava com violência, não havia como eu fugir. Brock apertou o gatilho e ouvia a arma se mexendo por dentro. Felizmente, alguma coisa acertou a mão de Brock, que largou a arma. Além da arma ele também me largou.

–Você de novo? - gritou Brock, olhando para cima.

–Sim, sou eu de novo. - reconheci a voz no exato momento. Era o Gavião Arqueiro. - A guria vem comigo.

–Não, ela tem que pagar pelos pecados dela. - Brock puxou outra arma e começou a atirar no Gavião Arqueiro.

Enquanto observava a cena de luta, eu engatinhava para um lugar seguro. Porém, alguma coisa amarrou minha perna. Olhei para trás e era uma corda me segurando. Tentei me soltar, mas alguém se aproximou, como se eu não soubesse quem era.

–Quando eu mais precisei, você estava lá. Você era a irmã que eu nunca tive! - dizia Víbora.

–Víbora, acredite em mim! Eu fui traída pela HIDRA. - insisti em me explicar, mas ela não queria me ouvir.

Víbora pegou uma pistola. Eu a reconheci no exato momento. Eu e ela construímos essa pistola no ano passado e eu sabia que dentro dela tinha veneno. Chutei a perna da Víbora e ela ficou caída. A corda dela se soltou de mim e eu estava livre novamente. Porém, ela alçou a corda e acertou em minhas costas. Tentei me reequilibrar. Caí de novo. Olhei para trás e lancei teias no olho da Víbora. Ela ficou cega, chance perfeita para fugir. Fui até ela e lhe dei um soco no nariz. Víbora desmaiou.

–Desculpe-me, Ophelia.

Estava ofegante e agora passou um pensamento em minha cabeça. Onde estão Wanda e Pietro? Eles não vieram até mim e me chamaram de traidora até agora. Creio que eles me compreendem - ou não.

Voltei para trás e bati de frente com um busto preto. Era da Viúva Negra.

–Fury mandou te buscar. Não é para você estar aqui.

–Eu fui ajudar no deck e...ei! - ela não deixou eu completar a frase, foi passando a mão em minha bunda e tirou um GPS. Ela o amassou como se fosse brinquedo.

–Deixe os Vingadores cuidarem de tudo. Venha. - ela puxou meu braço e me levou até um avião da SHIELD.

Finalmente segura. E este momento foi terrível para mim. Ainda não acredito que dei um soco na Víbora, ela sempre foi uma irmã para mim. E hoje ela pareceu que não hesitaria em atirar em mim e me matar com o veneno que construímos. Nem parecia aquela menina órfã que se escondia nas ruas da Europa até que a HIDRA a recrutou. Ela estava mais madura e mais irritada. Espero nunca mais enfrentá-la em minha vida.


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Notas finais do capítulo

Os irmãos Maximoff não estão mais na HIDRA. Onde será que estão eles?
OBS: O número de palavras é apenas uma infeliz coincidência