Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 118
Novos brinquedinhos sob cortesia do Fitz


Notas iniciais do capítulo

Avisos:
—Vamos dar uma pausa aqui na história, voltarei só ano que vem :(
—Nunca avisei, mas tenho duas histórias no spirit e queria que vocês acompanhassem também. Não é necessário para ler esta história, mas é para dar apoio (YEY!) Os links estão em meu perfil.
—Em breve "A vingança de Doom: Sob outros olhares" para complementar a história quase homônima que já está em andamento.



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Após algumas horas de voo - o quinjet do MI-13 é tão rápido quanto o da HAMMER era - retornamos ao QG secreto da SHIELD. Assim que nós descemos, o quinjet decolou sozinho e sem ninguém a bordo. Acho que possui piloto automático.

Estou muito cansada, tentei dormir durante o voo mas o fedor de lama em meu cabelo atrapalhou. Erik Selvig continua desacordado. Sei que está vivo, medi sua pulsação e é estável, só está desmaiado mesmo. Alguns agentes da SHIELD nos abordam e o levam à enfermaria para que seja bem tratado.

–A doutora Foster vai gostar de vê-lo - Comenta Bobbi.

–Por quê?

–Ela foi aluna do doutor enquanto cursava astrofísica. Aliás, ela é formada nessa área e em medicina, mas preferiu seguir a vida de médica.

–Legal.

Eu e Barbara chegamos à sala de Coulson, aonde ele está conversando com seu monitor. Alguém está na tela, mas não consegui identificar. Posso tentar agora, a tela não foi desligada. São Daisy e Quatermain.

–Missão cumprida, diretor. - Diz Barbara - Houve um imprevisto asgardiano e tive que chamar o Excalibur.

–Medida correta, agente Morse. Mas que tipo de emergência asgardiana?

–Um robô gigante que atira um raio destruidor. - Digo, encostando na mesa.

–Destróier? - Ó, que surpresa! O Coulson já conhecia. Sou péssima sendo irônica. - Loki deve tê-lo enviado para...

–Matar o doutor Selvig - Digo - Quando chegamos, ele estava louco, escrevendo por três dias seguidos no quadro negro a fórmula da vida eterna. Loki queria matá-lo assim, mas nós o impedimos.

–Interessante - Coulson caminha até sua mesa e aperta um telefone - Agente Simmons, entregue aos médicos o aparelho neural.

–Interruptor neural - Ouço-a corrigindo-o.

–Exato. Vá com eles e ponha em Selvig. - Ele desencosta o dedo do telefone - Isso fará com que ele saia do controle de Loki. Bom trabalho às duas, tomem um banho e se arrumem.

–Como é? - Pergunto. Ele nos quer em outra missão? É isso mesmo?

–Tomem um banho e se arrumem - Repete - Vocês encontrarão Manto e Adaga na Times Square. Eles encontraram uma pista do Homem-Múltiplo sob a forma de outro agente especial da SHIELD e precisarão de reforços.

–Sim, senhor. - Responde Bobbi. Eu olho para o diretor com um pouco de perplexidade. Acabamos de chegar de Londres, eu estou cansada. Barbara me puxa para fora da sala dele.

Caminhamos até o banheiro, aonde tivemos que nos despir em boxes separados - Bobbi é muito reservada. Como é bom sentir a água do chuveiro na pele. Demoramos um longo tempo no banheiro, afinal estamos com lama no cabelo e em várias partes do corpo. Muito sabonete, muito shampoo e muito produto de banho para meu cabelo.

Finalmente termino de banhar e vou ao vestiário feminino, que é logo ao lado. Retiro a toalha e guardo no cabide na porta do armário. Então eu me visto depressa, e sim, visto meu uniforme de Mulher-Aranha. Ele está sujo, eu sei, mas não há roupa por perto e jamais irei novamente de roupa íntima pelo corredor da SHIELD.

–Eu sempre deixo meu uniforme da SHIELD no armário - Comenta Bobbi, abrindo o seu armário. - Evita que eu reuse minha fantasia de Harpia quando está suja. - Ela está de toalha, por isso me viro de costas. - Que foi?

–Nada. - Digo, ajeitando as luvas e fechando o zíper da fantasia.

–Certo, então. - Nem me lembrei que meu armário possui um espelho de frente para a Barbara. Meu reflexo bloqueia um pouco a visão, mas consigo ver Bobbi trocando de roupa.

Rapidamente fecho a portinha. Acho que fechei com muita força e fui muito chamativa ao fechá-la.

–Jess, qual o problema?

–Nenhum - Não há mentiras em minhas respostas, eu juro. - É sério, Bobbi. Estou bem. - Respondi sem me virar.

–Certo, vire-se! - Ela ordena. - Vire-se, Jess!

Eu viro-me, tentando não encará-la. Barbara está de lingerie, segurando sua roupa de agente da SHIELD.

–Você está envergonhada por me ver assim. - Ela pergunta

Balanço negativamente minha cabeça. Entretanto ela está certa, sinto um pouco de vergonha por vê-la apenas de calcinha e sutiã.

–Seja honesta - Ela cruza os braços.

–Barbara, precisamos nos apressar. A qualquer momento o Ty e a Tandy encontrarão o Homem-Múltiplo. - Digo, tentando mudar de assunto. Por favor, vista-se!

Ela apenas sorri e veste sua roupa. Em seguida pega seus bastões e guarda nas pernas, aonde ela possui um porta-bastões. E assim caminhamos até a área do quinjet sem trocar uma única palavra sobre o que aconteceu no vestiário. Mas não ficamos completamente em silêncio, ela perguntou como é que estou após a viagem e como farei para me encontrar com o Jared - admito que tinha me esquecido do encontro e de como meu corpo se arrepia quando penso em seu nome.

–Esperem vocês duas! - Chega alguém atrás de nós. É um rapaz, um pouco mais baixo que eu, cabelo curto, barba crescendo ao redor da boca e com sotaque inglês - Esperem!

–Fitz, o que houve? - Pergunta Bobbi.

Não o conhecia pessoalmente, mas Bobbi mencionou-o no aeroporto enquanto conversávamos sobre quem brincava de pega-pega com quem aqui na SHIELD. O par dele? Jemma Simmons.

–Oi, Barbara. É um prazer conhecê-la, Jessica. - Diz ele recuperando o fôlego - Eu fiz isso para vocês. Também tem para os outros Guerreiros Secretos, mas como estão ausentes...

Ele entrega uma caixa para cada uma de nós. Ele fica nos encarando, provavelmente esperando nossas reações ao abrir as surpresinhas. Eu abro a minha caixa, ficando bastante confusa com dois braceletes dourados. Imediatamente olho para ele, torcendo para que ele saiba sobre minha dúvida.

–Desculpa, se isso forem lançadores como o Homem-Aranha usa, perdeu seu tempo - Tentei ser a mais carinhosa possível na resposta. Pelo jeito como ele me olhou, não se ofendeu.

–Ah, são braceletes parecidos com os que a agente Romanoff usava. - Ele puxa um de meus pulsos e encaixa um dos braceletes. Em seguida, ele pressiona alguma coisa e... sai um disparo do bracelete! - Serve para paralisar o inimigo. O melhor é que possui uma abertura para suas teias saírem sem se prenderem ao bracelete.

Faço o teste ao disparar uma teia como sempre faço. É, ele tem razão. Não prendeu e é bem útil.

–Ainda são protótipos, por isso recomendo que não use seu golpe luminoso e venenoso enquanto estiver com os braceletes.

–Ok.

–Fitz, está de parabéns! - Diz Bobbi, olhando para dois pares de chips colados um no outro.

–Obrigado.

–O que são? - Pergunto. Definitivamente engenharia não é comigo.

–São ímãs, dois para os pulsos e dois para os bastões. - Explica Bobbi, que entende de informática e engenharia - Veja.

Ela põe os chips nos bastões e então nas próprias palmas das mãos. Em seguida, ela arremessa os bastões para frente e eles logo retornam para as mãos de Barbara.

–Brilhante! - Digo, surpresa.

–Também são protótipos, o alcance deles ainda é pequeno. Eu acho melhor esperar os outros retornarem para verem o que eu fiz a eles.

–Obrigada pelos brinquedinhos, Fitz - Diz Bobbi - São sensacionais como sempre.

–Obrigado. E boa sorte às duas com a missão.

Nos despedimos de Fitz, que levou as caixas de volta. Os aparelhos ficaram conosco, acredito que serão úteis na missão. Sigo Bobbi pelas escadas até chegarmos à garagem. No caminho ela me contou que Fitz é o melhor engenheiro da SHIELD, é também perito nas investigações criminais que a SHIELD se envolve e, principalmente, sofre com a friend zone (ou zona da amizade) deixada pela Jemma. Pobre Fitz.

–Chegamos. Iremos de moto até uma parte da cidade, depois você vai pelo céu. Deixe a bunda colada na garupa e, se não se sentir envergonhada, pode segurar minha cintura para não cair da moto.

Não respondo à indireta sobre o vestiário, provavelmente ela está indignada por algo que eu senti e que não entendi. Ela quer que eu não fique envergonhada por vê-la de roupa íntima? Ela sobe na moto e eu também. Pusemos nossos capacetes e então ela acelera. Não, eu não senti vergonha e, por isso, segurei em sua cintura.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí os erros que encontrarem...
E é isso. Feliz Natal e próspero ano novo para todos! YEY!