Estou correndo para ajudar o Excalibur contra o Destróier. Eles podem acabar morrendo. Barbara condena minha ação, mas dane-se! Quero ajudá-los a derrotar essa máquina. Eles invadiram a universidade, não foi difícil encontrar um grande buraco que permite minha entrada. Nossa entrada. Ela é contra, mas está me seguindo.

–Não adianta argumentar, eu vou ajudá-los. Ou, pelo menos, contar o que sei a eles.

–Já percebi o quanto você está convicta a caminhar para a morte. - Diz ela. Não lembrava que Barbara era tão pessimista assim.

–Não vou morrer, Bobbi. Não chegou minha hora ainda. - Principalmente porque a Madame Teia não apareceu para me impedir de fazer qualquer burrice.

Ao atravessar o buraco, meu sentido-aranha vibra. Eu bloqueio o caminho para Bobbi e inclino-me para trás. Neste exato momento um homem musculoso e numa roupa colorida passa voando reto - ele foi jogado, na realidade. Olho para o caminho de onde ele veio e vejo uma mulher loira combatendo e um homem de asas combatendo o Destróier.

–Me diga, quem são realmente os Excalibur. E não me diga que é uma espada.

Ela me explica resumidamente o que sabe sobre o Excalibur enquanto corremos para ajudar o homem musculoso.

–É um grupo de super-heróis ingleses conectados ao MI-13. Eles atuam somente no Reino Unido.

–Tipo Inglaterra, Escócia, Irlanda e Gales?

–Exatamente isso. Eles foram criados para proteger o país logo após o ataque do Homem-Dragão.

–Entendi. E os integrantes.

–São britânicos também. Capitão Britânia, Coração de Leão, Union Jack e Anjo.

Anjo? Eu lembro dele, está nos arquivos dos X-Men. É um mutante que possui asas de anjo e é loiro, tem olhos azuis. Bom, parece realmente um anjo.

–São tipo Vingadores Britânicos?

–É.

Chegamos ao homem musculoso. Olhando-o de perto, sua fantasia lembra a bandeira do Reino Unido. Aparentemente ele é tão patriota quanto o Capitão América era.

–Você está bem, Capitão?

–Sim, garota ianque. - Ele responde, erguendo-se com a mão na cabeça - Um robô não pode deter o poderoso Capitão Britânia.

Exibido. Ele nos empurra gentilmente para o lado e parte novamente para cima do Destróier. Tentei detê-lo, mas não adiantou. Ele voa numa velocidade absurda.

–Vamos. - Ordeno para que ela continue me seguindo.

Na verdade, eu prefiro fazer isso sozinha. Não quero que Barbara se machuque gravemente outra vez, agora por minha causa, jamais me perdoaria. Mas ela também não quer que eu me machuque. Se continuarmos assim, vamos acabar mortas. Ótimo, agora eu estou sendo pessimista.

Novamente nos aproximamos do conflito. O 'poderoso' Capitão Britânia confronta o Destróier ao lado da mulher loira - provavelmente a Coração de Leão - e ao lado do Anjo. Está faltando um. Cadê o Union Jack? Melhor não pensar nele no momento, o Anjo acabou de ser arremessado para perto de nós duas. Eu o ajudo a levantar. Ele agradece com um sorriso, mas Barbara segura-o pela mão.

–Precisamos conversar.

–Não há tempo, moça. Preciso voltar e ajudá-los.

–Ele é imparável! - Digo diretamente - E ele tem um raio destruidor que, se acionar, vocês desintegrarão.

–Não está exagerando? - É, talvez.

–Não.

–Escuta, Anjo. O Destróier é de Asgard, foi enviado pelo Loki para destruir Erik Selvig. A Mulher-Aranha deduziu que ele fica superaquecido para liberar o raio desintegrador, portanto precisa ser resfriado o máximo possível para ser parado.

–Entendi. Se tiver uma geladeira gigante para congelá-lo, estaremos gratos. Enquanto isso... - Ele solta-se agressivamente da mão de Bobbi. - Mas obrigado pelo aviso, princesa.

Anjo voa novamente para perto do Destróier. É tão difícil ser ouvida? De repente eu penso em uma possibilidade: e se Loki aparecer pessoalmente para pegar o Selvig? Automaticamente nossa missão fracassará e eu estarei disposta a assumir a culpa. Para evitar as duas coisas, ajo com uma decisão rápida.

–Barbara, você precisa ficar com o doutor Selvig - Explico todo o meu pensamento.

–Já disse, não vou te deixar enfrentando o Destróier.

–Por favor, confie em mim. Se ele for sequestrado, nós falharemos. Bobbi, faça o que eu disse. Prometo que não vou morrer, prometo ficar bem.

Ela me encara, parece hesitar, relutar e insistir em ficar, mas fecha a cara e assente por fim. Ela rapidamente sai do prédio em que estamos. Espero cumprir minha promessa de não morrer.

Após alguns segundos, mais um integrante do Excalibur é jogado para longe. Desta vez é a Coração de Leão, que é uma mulher por causa do cabelo loiro e longo. Corro até ela com esperança de explicar minha lógica.

–Por favor, me escute. - Digo a mesma coisa que Bobbi disse ao Anjo. Talvez uma parte de mim já previra, mas eu me surpreendo com a resposta.

–O que você quer fazer? Congelá-lo? - Ela parece bem interessada em minha lógica.

–Não sei como resfriá-lo. Pensei em um hidrante, o loirinho zombou de mim falando numa geladeira gigante...

–Hidrante? É isso! - A mulher corre para o corredor. Eu hesito, pensando se devo ficar ou segui-la. Melhor segui-la, eles dois parecem cuidar do recado. Não, estão tomando uma surra.

A Coração de Leão pára em determinado momento, quebrando uma placa de emergência e abrindo-a.

–Toda universidade na Inglaterra possui uma mangueira para incêndio. Podemos usá-la para resfriar o tal Destróier.

–Legal.

–Atraia-o para cá. - Ordena ela, puxando a mangueira. - Vá logo, a mangueira não vai até o fim do corredor.

Eu assenti e rapidamente corri até o Destróier e os outros dois britânicos. O Destróier agarra o Capitão Britânia pelo pescoço e pisa em cima do Anjo. Uma parte de mim adorou ver o loiro sendo pisoteado, mas é melhor ajudá-lo. Eu pego uma cadeira e arremesso no Destróier para chamar sua atenção. Consegui.

–Sim, sou eu de novo, Loki. Venha atrás de mim!

O Destróier arremessa o Capitão Britânia para longe e começa a andar até mim, lentamente como sempre. Para apressá-lo, eu disparo teias e puxo-o para mais perto. Não sei se foi uma atitude inteligente aproximá-lo de mim, mas funcionou.

Continuo lhe atraindo até que haja a distância necessária entre a mangueira e o Destróier. Ih...! Ele vai começar a disparar aquele raio outra vez. Não há outra saída melhor do que correr. E é isso o que eu faço. Já sinto meu sentido-aranha disparar, também sinto que não sou veloz o suficiente. É, não vou cumprir minha promessa a Barbara.

Eis então que eu ouço o disparo. Automaticamente salto no chão, mas o curioso é que o raio não veio em mim. Olho para trás e vejo o final do disparo...para cima. O Capitão Britânia me salvou! Sim, ele fez alguma coisa para evitar que o disparo me atingisse, provavelmente deu um soco no Destróier.

–Corre, ianque! - Grita ele, socando mais ainda o Destróier.

–Capitão, nós temos um plano. - Grita a Coração de Leão, aproximando-se de mim com a mangueira.

O Capitão olha para a companheira de equipe e então entende o plano. Entretanto, ele acaba se distraindo e sendo pego pelo Destróier, que o prensa contra a parede.

–Não! Solte-o agora! - Eu grito.

–Tudo bem, ele resiste. E espero que você esteja certa.

A Coração de Leão liga a mangueira, liberando a água e acertando o robô. Ele usa seu outro braço para se proteger (?), mas a pressão dessa mangueira é muito forte. Uau! O Capitão é solto e cai no chão, mas não parece machucado. O Destróier está encurralado, ele está resfriando. Ou pelo menos eu acho.

Sim, está funcionando. Seus movimentos estão mais lentos que o normal. Ele ataca a parede ao seu lado e escapa do prédio. Nós três fomos atrás, vendo-o cambaleando pelo gramado da universidade. Ele fica ajoelhado.

–É agora! - O Capitão voa com os braços esticados até o Destróier. E então meu sentido-aranha vibra mais uma vez. Eu vejo uma luz do céu, aquela mesma que trouxe o Destróier.

–Não! Pára! - Grito.

O Capitão está quase perto do Destróier. Parece até uma corrida. Quem irá acertar o Destróier primeiro: O Capitão Britânia ou a luz vinda do céu? Claro que é a luz, ela é mais rápida que um humano fantasiado com as cores da bandeira britânica. Felizmente o Capitão freou no momento que a luz atingiu o robô. Quando cessou, ele desapareceu.

–Pelas barbas de Merlin! Como isso é possível? - Questiona a Coração de Leão.

–Também não sei como explicar em meu relatório para a SHIELD. - Digo, em tom de brincadeira.

Uau, essa missão foi complicada. Ah não, a Bobbi! Eu ligo meu comunicador da orelha e tento comunicar-me com minha colega de equipe.

–Harpia, está me ouvindo? - Nunca vou me acostumar a chamá-la assim.

–Alto e claro, Mulher-Aranha - Diz ela. Eu a vejo bem distante, trazendo o corpo de Erik Selvig. Espero alguns instantes e então ela chega até mim - Bom, você ainda está viva.

Eu apenas sorri. Comemoraria, mas estou cansada. Os três membros do Excalibur se reúnem ao nosso lado para nos parabenizar e para agradecer a nossa ajuda contra o Destróier - eu não fiz nada, apenas disse o que sabia.

–Agradecemos a vossa coragem ante o terrível robô destruidor - Diz o Capitão Britânia.

–Parece que Cambridge não terá mais aulas por alguns dias.

–Eles estão de recesso por causa do período de chuva e, posteriormente, o inverno inglês. - Explica Anjo - A propósito, perdoe-me por zombar de sua solução. Resfriá-lo demonstrou ser muito eficiente.

–Já estou acostumada.

–Precisamos de carona para os Estados Unidos - Diz Barbara - Será que o MI-13 possui algum quinjet que possa nos emprestar.

–Sim, corajosa ianque. O MI-13 providenciará um transporte para as duas como forma de gratidão por nos chamar e nos ajudar. - Diz o Capitão. Ele fala engraçado, talvez para evitar comparações com o Capitão América.

–Obrigada pela gentileza, Capitão. - Digo, sem esconder meu sotaque britânico. Acho que eles ficaram surpresos.