Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 10
A vingança da HIDRA




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Fury parou dentro do elevador e eu fui atrás dele. Ele ainda não reclamou de eu estar seguindo-o e nem perguntaria se eu podia. Apenas estava seguindo ele. Finalmente ele parou de andar rápido. Ele passou direto pelo laboratório e entrou em uma sala. Agora sei porque a preocupação.

Estamos no céu! Seria incrível apreciar aquela vista se não fossem pelos aviões atirando no nosso vidro. Pelo que percebi o vidro é blindado, nenhuma bala atravessou ainda. Nick estava ordenando algumas coisas para as pessoas que estavam sentadas monitorando tudo. Eu fui até o Nick para ver se ele precisava de ajuda.

—Jessica, agora não! Estamos sob ataque da HIDRA.

—Como você sabe que são eles?

—Porque estes são os aviões deles. Agora, vá para seu quarto e não saia de lá até segunda ordem! - ele mandou e eu saí.

Porém, eu não fui para meu quarto. Fui para uma luz brilhante, provavelmente levará à saída. Meu palpite estava certo, eu estava no deck assistindo àquele ataque surpresa. Agora entendi: o quartel da SHIELD é um aeroporta-aviões!

Os aviões da SHIELD tentavam decolar, mas os atacantes dos céus estavam atirando com força total. Preciso fazer algo. Um dos aviões no deck pegou fogo e havia uma pessoa lá dentro. Fui correndo até aquele avião. Abri o vidro e tirei a pessoa de lá. No momento em que eu estava perto da saída, o avião explodiu. Ainda bem que eu estava longe. Os paramédicos chegaram para socorrer os feridos do tiroteio. Lancei uma teia no avião e tentei puxá-lo para baixo. Com certeza não foi uma boa ideia. No mesmo instante, eu fui puxada para cima violentamente e sendo carregada pelo avião amarelo e verde.

Nunca mais faço isso. O avião ia numa grande velocidade e eu ia logo atrás, sendo puxada. Sentia a poeira quase entrando em meus olhos. Mas não podia soltar a teia. Já estava muito longe do aeroporta-aviões. O jeito era puxar a teia e tentar entrar no avião. Fui puxando a teia, meu corpo imitava as manobras arriscadas que o avião fazia. Sentia um pouco de medo com aquela altitude e aquelas acrobacias do veículo.

Finalmente já estava no topo do avião. Graças aos meus poderes de aranha, conseguia me segurar no vidro. Conseguia ver o piloto, ele estava com uma máscara de ar e vestia a roupa da HIDRA. "Realmente são eles. Como me acharam?"

O piloto olhou para cima, ele percebeu minha presença. Infelizmente ele apertou um botão vermelho. Mesmo não sendo acostumada com o mundo fora da HIDRA, sabia que o vermelho nunca é um bom sinal. Ao apertar o botão vermelho, a altitude do avião começa a cair, o vidro abre e...o piloto é jogado para fora?! Acompanhando a queda dele, um para-quedas se abre e ele pousará em segurança, diferente de mim. O que eu faço?

Já se passaram 5 minutos e ainda estou no avião em queda livre. Não há nada que eu possa fazer, apenas esperar. Há vários prédios ao meu redor, são altos o suficiente. Eu lanço uma teia, que se prende no topo de um dos edifícios e sou puxada. O avião vai caindo até o chão e explode na rua. Acho que vai ser considerado um atentado terrorista. Balancei meu corpo e me segurei no prédio. Fui descendo até a calçada.

Por mais estranho que pareça, neste momento sou uma adolescente vestida de azul com a roupa rasgada vendo a reação das pessoas ao notarem um avião no meio da rua. Alguma coisa surgiu no céu. Ele se balançava bem depressa e ia em direção ao avião caído na rua. De longe, a cor que se destaca em sua roupa era vermelha. Do jeito que ele se movia, parecia lançar teias pelo pulso, mas não eram orgânicas como as minhas. Acho que é o homem-aranha.

Eu ia em sua direção para ajudá-lo, mas meu sentido-aranha disparou. Como de costume, vi tudo em câmera lenta e olhei o que acontecia ao meu redor. Passou um rápido vulto verde ao meu lado. Tentei me agachar, não fui rápida o suficiente e puxaram meu cabelo.

Parei violentamente em outro prédio. Fiquei caída no chão por alguns minutos. Quando ergui minha cabeça, eu os vi parados em minha frente. Não conseguia enxergar bem, minha visão estava embaçada. Apenas consegui identificar um. Ele tinha a camisa com ossos cruzados e usava uma máscara preta com a caveira. Eram eles.

—Ah não! - eu falei.

—Traidora! - gritou Brock.


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Notas finais do capítulo

Cabeças vão rolar no próximo capítulo.