Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 107
Teias do futuro


Notas iniciais do capítulo

Ops...Esqueci de avisar que temos dois capítulos alternativos nos últimos dois capítulos (um em cada, tá?)



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Cindy está no laboratório com a agente e doutora Jemma Simmons para estudos de comportamento e outras coisas. E pensar que eu quase a matei, uma clone aparentemente inocente. Acho que seria o primeiro caso de suicídio-homicídio.

Eu estou em meu quarto tentando raciocinar tudo o que aconteceu. Capturei um assassino, mas perdi outros dois. Além disso, tive ajudas constantes de uma mulher que deveria estar morto. Falando nisso, aonde ela está?

–Aqui. - Diz ela, surgindo de repente.

–Esqueci que você lê pensamentos.

Ela sorri. Julia está brilhando ou é impressão minha?

–Eu não leio pensamentos, eu os adivinho. É um equívoco que você e os outros têm.

–Outros?

–Mattie, Peter, Kaine, Miles, você. Jessica, devo me apresentar logo. Sou a Madame Teia. Eu já fui Mulher-Aranha, como você sabe, mas fui morta durante os experimentos do Alto Evolucionário. Ou quase.

–O que aconteceu? - Sentei-me em minha cama e ouço a explicação.

–A antiga Madame Teia me visitou enquanto eu estava prestes a morrer. Ela explicou seus poderes e, no fim, transferiu-os para mim. Quando acordei, eu estava no meio da rua de Nova York, em pleno ataque final de Victor von Doom. Já me vestia assim, como uma vidente.

–E como você desaparece, reaparece, atravessa paredes...

–Isto que você está vendo é uma projeção astral. Meu eu físico precisa estar concentrado o máximo possível para que eu consiga ficar assim. Acho que há tempo para uma pergunta mais.

Odeio quando dizem isso. Por que sempre dizem quando tenho muitas dúvidas? Melhor perguntar a que ela espera.

–Por que eu deveria eliminar a clo...Cindy?

–Porque, no futuro, não sinto sua presença. O mundo estará no meio de uma guerra e não sinto sua presença, apenas a de outra bem parecida consigo. Acredito que sua clone seja a responsável pelo seu desaparecimento.

–Você pode estar errada.

–Não é uma possibilidade o que vejo, mas uma certeza. E eu vejo outra assumindo seu papel na futura guerra. É só isso o que tenho a falar, Jessica. Boa sorte com a clone.

–Espera, que guerra é essa? - Tarde demais, ela sumiu. Pelo menos sei como ela ainda está viva.

Será que devo avisar a alguém sobre as informações passadas a mim? Quer dizer, alguém precisa saber caso eu aja estranha misteriosamente. O problema é saber em quem confiar. Talvez o Coulson, ou a Bobbi, ou a Daisy. Uau, tenho muitas pessoas a quem recorrer. Por que não contar à provável responsável? Parabéns, é a melhor ideia que tive hoje!

Saio do meu quarto e caminho depressa até o laboratório de Jemma. O local está com as janelas fechadas e provavelmente a porta fechada. Há um aviso na porta: Somente entrada de mulheres. Bato na porta e giro a maçaneta, mas está trancada a porta.

–Doutora, sou eu, Jessica.

Então a porta destranca. Que surpresa agradável ao ver que Barbara abrira a porta para mim. E que outra surpresa mais agradável ainda ao ver Daisy aqui dentro também. Mas não é tão agradável ver as três observando e analisando o corpo de Cindy - sim, nua.

–É uma reunião para falar mal de minha pele?

–Não, Jess. Jemma encontrou algumas diferenças em sua clone relacionada a você.

–E isso é possível? Quer dizer, clone sempre é igual ao original.

–Também estamos surpresas, agente Drew, mas Cindy possui duas diferenças quanto à sua fisionomia. A primeira é que os olhos são mais claros que os seus. E a segunda é que você é 3 centímetros mais alta.

–Tem mais uma diferença. - Prossegue Daisy - Não sei como explicar, mas suas idades são diferentes. Ela é você aos 17 anos.

Não são grandes diferenças para saber se ela me substitui no futuro, mas já são interessantes. Quem imaginaria um clone imperfeito?

Cindy levanta-se da mesa e pega um roupão da cadeira, o meu roupão. Sei disso porque tem meu nome gravado. Mesmo com essas sutis diferenças, ainda somos muito parecidas e fáceis de ser confundidas.

–Ela ficará conosco? Quer dizer, como uma agente?

–Isso quem decide é o diretor, não a gente. Além disso, já temos você como nossa aranha. - Responde Daisy. - Duvido que ela seja aceita.

–Enquanto ninguém decide, pensei em mudar seu visual. Assim não ficaremos confusas para descobrir quem é quem. - Sugere a doutora. Curiosamente eu ia sugerir isso neste exato momento.

–Eu aceito. - Diz Cindy, unindo-se conosco.

–Eu ajudaria, mas nós duas precisamos conversar com o diretor sobre uma coisa importante. - Diz Daisy, saindo da sala junto com Barbara.

Então ficamos só nós três: Eu, a doutora Simmons e Cindy. A doutora não perdeu tempo e já pegou um kit de maquiagem.

–Se não quiser ajudar, pode ir também - Diz ela.

Eu vou ajudá-la, quero ver detalhadamente minhas diferenças com a Cindy. Lembro-me que minha eu de 17 anos era tonta, fraca, imatura, ingênua. Ainda sou um pouco de cada coisa, mas já sei controlar meus poderes - exceto os feromônios.

Minutos mais tarde e vejo a transformação de Cindy. Seu cabelo está mais liso e curto se comparado ao meu, arrumadinho na testa, batom vermelho nos lábios, e sombra nos olhos. Agora sim ela está mais diferente de mim. Eu ajudei um pouco, mais como modelo do que nas mudanças de aparência.

–Pronto, agora temos uma nova integrante a bordo. - Diz Jemma, animada.

–Gostei - Diz Cindy - Não nos parecemos tanto agora. - Devo admitir que ela está certa.

–Se quiser, pode ficar em meu laboratório esta noite. Já pedi para o pessoal produzir um uniforme. Acho que de manhã teremos uma roupa para você.

–Obrigada de novo. Às duas.

...

Na manhã seguinte, visito o laboratório de Jemma e chego no exato momento em que Cindy está testando seu uniforme. Devo admitir que minha clone está bonita neste visual. Não, não vou copiar (de mim mesma) o visual (outra vez).

Pelo visto ela não será agente da SHIELD. Por enquanto, pelo menos. O uniforme dela é branco com teias vermelhas, mas apenas no busto. O resto, contando principalmente os braços e as pernas, é preto. Só os dedos que são vermelhos.

–Gostei. - Diz ela, já experimentando o uniforme. - De que material é feito?

–Seda.

–Interessante.

Eu apenas observo as duas conversando. Preciso dizer logo à Cindy sobre o futuro. Mas somente a ele e mais ninguém. Convido-a para a academia da SHIELD para podermos treinar.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí qualquer erro que encontrarem.