Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 108
Noite das abóboras


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo asgardiano nos comentários do capítulo anterior.



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De volta à Nova York. Meus últimos dias estão mais ou menos assim: Missão com os Guerreiros Secretos, treinamento na SHIELD, missão solo em Nova York, treinamento na SHIELD...Tem sido isso nos últimos dias.

Com a autorização da doutora Simmons, do diretor Coulson e da Daisy, estou ao lado de Cindy para ensiná-la a usar seus poderes de aranha. Fico um pouco decepcionada em vê-la com um pouco de medo de usá-los, afinal ela sou eu e eu nunca tive medo de disparar teias.

Estamos em um prédio de tamanho pequeno se comparado aos outros da cidade.

–Vai, Cindy! Se eu consigo, você consegue. E nós somos a mesma pessoa.

–Certo, vou tentar. - Pela terceira vez, ela ganha distância, respira fundo, corre até a beira do prédio e...freia! - Não dá, não consigo.

Eu suspiro, já que estamos há um longo tempo neste treinamento. Bom, melhor demonstrar para ela como se faz. Vou à beira do prédio e fico de costas, abro os braços, junto as pernas e então eu caio. Disparo teias no prédio vizinho e então caio de pé, sem me machucar.

–Sua vez! - Grito para ela.

Cindy continua nervosa, mas parece mais confiante para saltar. Vejo à distância ela andando para trás para ganhar distância outra vez. Espero um tempo e...e...e...nada até agora?

Passam-se mais 2 minutos e ela não salta. Estranho. Disparo teias nesse prédio e escalo-o. Quando chego no topo, vejo seu corpo desmaiado.

–Cindy! - Corro até ela e retiro o lenço vermelho de seu rosto. Ela parece bem, mas há um machucado na testa dela. - Ei, acorda! - Dou leves tapas em seu rosto, mas ela não desperta.

De repente meu sentido-aranha vibra. Olho para trás e para os lados, mas nenhuma ameaça surge. Então sinto o 'chão' em que estamos ceder. Levanto-me depressa, e minha clone simplesmente cai. Agarro-a no último instante, mas tive que me machucar bastante enquanto saltava para alcançá-la. O chão continua despencando e é minha vez de cair.

Não consigo me segurar em nada, mas pouso em segurança no chão. Cindy não teve muita sorte, caindo de forma bruta e ainda desmaiada. Acho que doeu.

O local está um pouco escuro, mas há uma luz no final da sala iluminando somente a região em que está. Uso minha bioeletricidade para iluminar aonde eu e Cindy estamos. Hum, é um pouco familiar este lugar.

Outra vez meu sentido-aranha brilha, agora avisando-me de um ataque elétrico. Eu desvio a tempo, agachando-me. Sim, o choque veio diretamente da luz.

–Olha, peguei duas moças sendo uma meu alvo e a outra como brinde. - Diz uma voz sádica. Eu reconheço essa voz.

–Quem é você? Apareça! - Ordeno.

–Seu desejo é uma ordem!

Ele aparece e vejo o homem, ou melhor, a abóbora. É aquela abóbora flamejante de alguns meses atrás, antes de eu rever o Mercúrio. Esqueci qual seu nome. Vou fingir que não o conheço.

–Quem é você?

–Quem sou eu? Oh, pena. Você se esqueceu da surra que levou de mim?

As luzes do local se acendem, revelando definitivamente o cabeça de abóbora flamejante.

–Isso refresca sua mente?

–Não, desculpa. - Respondo, com um pouco de sinceridade.

–Talvez isto resolva - Ele dispara sua bomba-abóbora em mim.

Eu disparo teia nela, giro e jogo de volta. Infelizmente explodiu antes de acertá-lo. Ainda sinto o cheiro de veneno nesta bomba-abóbora. Acho que ele não modificou a própria fórmula.

–Apareça, abóbora flamejante e falante!

Obrigado sentido-aranha por vibrar agora! Viro-me para trás e bloqueio o soco que ele quis me dar, revidando com uma joelhada. Ufa, ele não bloqueou. Disparo teias em sua cabeça, mas ele segura e puxa-me para perto. Então agarra meu pescoço e me ergue do chão, talvez sem fazer esforço.

–Que tal a frase "Aranha sensual?" Lembra?

–Lembro, mas muita gente me chama assim.

Estico minha mão e fecho-a, disparando a bioeletricidade no cara. Funcionou! Estou livre de seu braço!

Enquanto ele tenta se recuperar, disparo teias no teto e salto, acertando um chute em seu corpo e, em seguida, com um soco bioelétrico. Quebrei sua armadura e ele cai no chão. Para finalizar, prendo-o aonde ele está.

–Comece a desembuchar, cabeça de abóbora! Quem é você?

–Halloween.

–Não, isso já passou. Quero seu nome agora!

–Meu nome é Halloween, garota idiota! - Puxa, não precisava me ofender.

–Quem te contratou?

Ele responderia, mas meu sentido-aranha vibra outra vez. Viro-me e sou surpreendida com um planador voando rapidamente até mim! Não consigo desviar a tempo e acabo presa contra a parede.

–Halloween? Você também por aqui? - Diz uma voz sádica.

–Fique longe, Duende! Eu encontrei primeiro.

–Dane-se! Você perdeu, eu ganhei! - O tal duende solta uma gargalhada sombria. - Olá, Mulher-Aranha!

–Você é o...? - Eu lembro dele. É Flash Thompson, o Duende Macabro. Confrontei ele alguns dias antes do Halloween.

–Sim, Duende Macabro. Mas não o idiota do Thompson, e sim o primeiro e verdadeiro Duende Macabro. - Droga, errei meu palpite. O Duende Macabro faz reverência a mim - Ele era pateticamente fraco. Eu, por outro lado, sou bem mais experiente e mais forte.

–Ela é minha, Duende!

–Cala a boca, cabeçudo. A recompensa será minha.

Recompensa? Quer dizer que minha cabeça está a prêmio? Que loucura!

–Ei, calma. Como assim recompensa?

–Você irritou muitas pessoas. Você e o Demolidor. Hora de por um fim à sua vida.

Ele pega uma bomba-abóbora e lança em mim. Eu abaixo a cabeça e ela explode logo acima. Sinto o cheiro de veneno dominar o local, mas não me preocupo. Eu ainda sou imune ao veneno. Aproveito a nuvem que me cobre e tento retirar o planador. Não consigo... Então tento disparar teias para frente. Assim que acerto alguma coisa, eu puxo para minha direção.

Considerando que meu sentido-aranha está vibrando, não é uma coisa boa. É outra bomba-abóbora, esta só errou meu rosto porque me protegi com os braços. Melhor não arriscar outro disparo às cegas.

–Impressionante! Você ainda está viva! - Diz o Duende Macabro chegando perto de mim.

–Eu acho que a morte prefere namorar mulheres mais velhas. - Também acho melhor não brincar com ela outra vez.

–Por que todo aracnídeo gosta de fazer piada? - Ele acerta um soco em meu nariz. Ai! - Isso foi pela piada ruim. - Ele me dá outro soco, agora no estômago. Ai! De novo - Isso porque você é bonitinha. Agora vamos acabar logo com isso.

O Duende Macabro agarra meu rosto e puxa uma espada. Seria uma espada qualquer se ela não pegasse fogo. Disparo teias nos olhos dele, deixando-o cego. Ele ri, apenas isso. Então tira de sua bolsa um controle, pressionando algum botão. Este controle controla o planador, que pressiona mais ainda meu corpo contra a parede. Sim, isso dói!

–Garota teimosa. - Mesmo cego, ele ergue a espada e...é impedido porque Cindy agarrou-o.

Aproveitando o momento, ativo minha bioeletricidade e começo a socar o planador até ele perder a força. Bingo! Mal consigo ficar de pé, minha cintura dói muito.

–Você está bem? - Pergunta Cindy vindo até mim.

–Atrás de você! - Empurro-a para o lado e rolo para o outro, impedindo que a espada flamejante nos acerte. Atiro teias no Duende e então caminho até Cindy - Vamos!

Cindy é quem me ajuda a andar, senão eu estaria mancando até a porta. Porém, paramos exatamente abaixo do buraco no teto. Disparo teia para cima e subimos por ela até o topo do prédio. Eu ajudo Cindy a vir também. E agora nós duas estamos ofegantes e vivas.

–Essa foi por pouco.

–Venha, não é seguro ficarmos aqui.

Fomos até a beira do prédio. Cindy ainda sente receio de saltar, mas considerando que este salto vale a nossa vida, ela não tem muita escolha. Olho para trás e vejo o Duende Macabro subindo pela minha teia. Genial, Jessica! Deixou sua teia para seu inimigo persegui-la!

–Cindy, salte! Vou logo atrás.

Ela hesita, mas finalmente salta! Ela não solta teias, mas consegue pousar no outro prédio. Minha vez de saltar. No entanto o sentido-aranha vibra. Olho para trás e uma bomba-abóbora explode perto de mim. Eu acabo saltando no susto. Sorte que eu tenho teias debaixo do braço, o que me faz pousar ao lado de Cindy.

–Conseguimos! - Ela comemora.

–Ainda não estamos seguras, Cindy.

–Eu sei.

Ela me ajuda a andar até as escadas deste prédio.

–Ah! - Grita Cindy, caindo de repente no chão. Ela começa a gritar de dor.

–Cindy? O que houve?

–Minha perna.

Viro-a e vejo uma...carta de baralho?


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Notas finais do capítulo

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