Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 100
Mulheres-Aranha


Notas iniciais do capítulo

YEY! Poucos dias após completar um ano, completamos outra marca histórica para a fic! 100° capítulo Uhu!
PS: Não sei se há capítulo alternativo no capítulo anterior, mas vejam da mesma forma.



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Agora que está tudo claro, eu vejo quem ela é. Uma mulher (óbvio!) bem mais adulta do que eu. Seu cabelo é loiro, ela usa maiô verde sem alça, mas presa no pescoço, e uma máscara preta. Aliás, esta máscara cobre seus olhos e, parcialmente, sua face, mas em formas de presas.

Eu fico de pé e encaro-a completamente assustada. Mulher-Aranha? Ela? Nunca!

–Mulher-Aranha? Não, eu sou a Mulher-Aranha! - Retruco.

–Você é apenas uma garota, uma criança ingênua, Jessica!

–Como sabe meu nome?

–Eu sei de muitas coisas. Seu nome, sua vida inteira, sua família e...seus sonhos com o Alto Evolucionário.

Aquilo me assusta. Como ela sabe de meus sonhos? Nunca contei a ninguém - exceto Noemia, que compartilha de meus sonhos também. Será que ela está envolvida em alguma coisa? Esta 'Mulher-Aranha' me analisa de cima a baixo e solta uma gargalhada.

–Hum...Você me lembra um pouco sua mãe.

–Minha mãe? O que você sabe sobre ela?

–Algumas coisas. Tipo o fato de seu pai tê-la agredido por descobrir que estava sendo traído.

–É mentira!

–Ela sabia que estava errada e como seu pai era temperamental, agrediu-a diversas vezes.

–Cala a boca!

–E então, como estava cego pela raiva, seu pai atirou nela sem pensar duas vezes. Um assassinato frio, sem misericórdia.

–Para! - Eu sei que ela está fazendo com que eu perca o controle, mas falar de minha mãe e de meu pai é covardia. Mesmo que ele seja um covarde por ser um agente duplo e matar minha mãe, não aceito que falem dele assim.

Irritada, eu tento socá-la, mas ela agarra meu braço e me joga no chão. Ergo-me depressa e disparo teias na minha inimiga. Algo sai de suas costas e impedem que minhas teias lhe acertem. Parece uma pata. De repente, surgem outras três patas peludas das costas, como as de uma aranha.

–Eu também atiro teias. - Ela dispara teias, mas não de seus pulsos. Saíram da boca, como se fossem saliva! Eca! Eu desvio depressa.

–Ai que nojento!

–Vai vomitar, criancinha?

E ela continua me provocando. Preciso me manter concentrada.

–Estou surpresa de como você e seu pai são parecidos também. Ambos sofreram infidelidades de seus parceiros. Como foi, Jessica? Como foi ver Johnny com uma mulher bem mais madura que você?

Agora ela quer me provocar com isso? Já falou de meus pais, agora fala da única pessoa que me magoou! Desfiro outros golpes nela, agora sequencialmente. Primeiro tento atingir sua cabeça, mas ela desvia. Depois eu tento lhe dar uma rasteira. Desvia outra vez. Por fim, eu atiro teias em suas patas. Isso Funciona, mas ela usa meu ataque contra mim mesma e me joga no chão.

Ergo-me preparada para uma nova sequência de golpes, mas é a vez dela. Primeiro inicia com suas patadas. Eu agacho-me, mas simultaneamente ela usa sua 'terceira' pata e me derruba outra vez. Em seguida, ela me ergue e me arremessa para o outro lado do andar, quase perto da escada.

No momento em que tento me reerguer, ela chega e prende minhas mãos com seu cuspe de teia. Para finalizar esta parte do confronto, ela retira minha máscara.

–Aposto que sua amiga Barbara não se incomoda de fazer outra máscara.

–Como você me conhece tão bem?

–Estamos te observando. Você quase nos enganou quando morou em Chicago, mas sua estupidez em manter o nome de sua mãe nos ajudou bastante.

–De quem você está falando? Quem realmente é você?

–Eu já lhe disse, Jessica. - Ela encosta seu rosto em meu pescoço e sussurra. - Sou a única e verdadeira Mulher-Aranha.

Em seguida algo surpreendente, nojento, repugnante...enfim, diversos adjetivos semelhantes aos citados podem definir o que ela fez comigo: Me beijou! Exatamente, esta Mulher-Aranha está me beijando. Eu tento lutar contra, mas estou muito imobilizada. Ah, que nojento! Não vou descrever o que estou sentindo, mas é horrível! Eu me mexo com força, tentando parar aquela cena. Felizmente ela para, mas põe a mão em minha boca.

–Shhhh! - Diz ela, como se pedisse silêncio - Não precisa se agitar tanto com este momento especial. Afinal, é o seu primeiro beijo desde que você chutou aquele garoto de Chicago.

Ela retira a mão e ia me beijar outra vez, mas ela para a poucos centímetros de minha boca. Ufa! Ela vira a cabeça de forma desconfiada para o lado da saída.

–Parece que nosso romance foi atrapalhado pela sua amiga.

–Romance nada! - Reclamo. Ela dispara mais teias, mas em minha boca. Brrr!

–Precisamos partir agora.

Ela arranca as teias que me prendem na parede. Eu tento disparar teias nela enquanto está de costas, mas não consigo. Quer dizer, não saem nada de meus pulsos. Continuo insistindo, mas nada acontece. Outra coisa estranha é que não sinto meu sentido-aranha. Antes daquele...momento...ele vibrava tanto que parecia explodir. Agora simplesmente desapareceu.

Aquela Mulher-Aranha desce as escadas. Fraca, caminho até a escada e vejo-a cuspindo teias na porta.

–Jess! - Ouço uma gritaria do lado de fora da porta, acho que é a Barbara. Eu faço barulho com a boca, mas esqueço que ela está com as teias salivares.

–Aonde pensa que vai, Jessica? - Ela caminha até mim. Droga, péssimo momento para eu perder meus poderes. Isso nunca aconteceu antes. Por que acontecer agora, diante de uma louca sexual?

Eu salto da escada e pouso, mas quase quebro minhas pernas. Espera, cadê minha resistência sobre-humana? Sumiu também?

–Deve ter percebido que seus poderes desapareceram - Diz ela - Não desapareceram permanentemente. Não ainda. Eu apenas drenei 70% com aquele beijo delicioso. Espero roubar os outros 30% agora.

As patas em suas costas desaparecem e a mulher se aproxima de mim. Quando ela ia encostar sua boca novamente na minha, a porta é batida.

–Daisy, ouvi um barulho daqui! - Grita Bobbi do lado de fora.

–Droga! - Ela reclama. - Não temos privacidade aqui.

Ainda bem. Ela agarra-me e me joga no chão. Sem esperar muito, ela prende minhas mãos atrás e amarra-as.

A Mulher-Aranha me leva para os fundos da loja. As patas reaparecem e destroem a porta traseira. Há um helicóptero parado, provavelmente é como ela veio para cá.

–Você tem sorte. O mestre não gosta de relacionamentos homossexuais na base. Como vou dirigir, dreno o resto de seus poderes mais tarde. E um pouco mais.

Não quero saber o que será este 'pouco mais'. Só o que sei é que Barbara e Daisy apareceram no exato momento da decolagem. Elas até tentam impedir o voo, mas já estamos muito distantes delas. Depois, provavelmente por causa da fraqueza, eu desmaio. Torço para receber de volta meus poderes quando acordar - e para não ser molestada enquanto durmo.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí qualquer erro.
Continuarei escrevendo aqui a continuação deste capítulo. Vou aproveitar que minha mente está ligada.