Mestiça escrita por Tayná Milene


Capítulo 7
Capítulo 7 - Minha História


Notas iniciais do capítulo

(Reescrita) Estou tentando escrever os capitulos o mais rapido que posso, assim que estao ficando prontos estou postando. O que acharam até agora? Comentem, comentários movem um autor ;)



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—eu não sou exatamente uma vampira, mas também não sou humana, sou uma mestiça, uma hibrida, metade vampira metade humana. –explico.

—mas como isto é possível? –pergunta Carlisle.

—meu pai era um vampiro e minha mãe era humana. –falo.

—mas vampiros não podem ter filhos. –diz Carlisle.

—vampirAS não podem ter filhos, vampiros podem sim. –informo.

—Incrível! –fala ele. 

—meu pai, Ivan, conheceu e se apaixonou por minha mãe, Micheli enquanto ela fazia uma visita á Itália, e a levou para morar com ele e seus irmãos, Micheli deveria ser transformada logo depois de seu casamento. Na lua de mel minha mãe descobriu estar grávida, um choque para todos, o impossível havia acontecido. Meu pai escondeu o fato da gravidez de minha mãe de todos de sua espécie, visando mantê-la segura.

“A gestação durou 2 meses e quando eu estava para nascer meus tios descobriram da gravidez em uma visita surpresa à casa de meus pais, eles logo se interessaram por mim, mas meu pai, que tinha o dom de conectar mentes, viu que meus tios queriam fazer experiências comigo e mandou minha mãe fugir, enquanto ele lutava com seus irmãos para impedi-los de segui-la. Meu pai foi morto naquele dia e minha mãe conseguiu fugir e veio para Forks, morar na antiga casa de sua família para me ter.

Junto com ela veio seu médico, Jeshue, que acompanhava a gestação, um amigo antigo que havia nascido em La Push. Assim que nasci minha mãe morreu também, o parto foi muito para ela aguentar. Jeshue, que conhecia as lendas da tribo, sabia o que Ivan era, e achando que eu era um demônio, me mandou para a morte, mas não foi bem isso que aconteceu. Ele me deixou na porta da casa de Billy Blake, achando que o conselho iria me matar, mas ninguém tinha coragem suficiente para matar uma criança e acabaram optar para que eu fosse “domesticada”.

 Quando cheguei Sarah, minha mãe de coração, logo se afeiçoou a mim, juntamente com suas filhas gêmeas e a possibilidade de me mandar embora logo evaporou. Sarah recebeu a desculpa de que eu possuía uma doença muito rara que me fazia envelhecer rápidamente. No início comia muito pouco comida humana, pois o gosto não é dos melhores para mim e não é o suficiente para me manter saudável. 

Com o passar do tempo, ingerindo somente comida humana,  comecei a ficar muito fraca, todos pensaram que eu morreria e por fim me deram sangue de animal, que para Sarah era remédio e eu voltei totalmente ao normal. Tinha um crescimento acelerado, com 3 meses já aparentava ter 3 anos, o tempo foi passando e conforme eu crescia viram que meu crescimento desacelerava, parei de crescer aos 7 anos, com a aparência de uma garota de 17 anos.

Com o tempo fui parando de comer comida humana, pois o gosto é muito ruim para mim, além de não me satisfazer. Não durmo desde os 5 anos, tenho que caçar duas vezes por mês para me manter saudável, mas costumo deixar até o ultimo segundo, não gosto desta parte de mim, mas se eu não caçar fico cada vez mais fraca e vulnerável. Já com um ano de idade descobri que possuía dons, não muito normais. Conseguia conectar mentes no inicio, e logo comecei a ouvir os pensamentos das pessoas à minha volta, o que tive que logo aprender a controlar, pois as pessoas logo iriam perceber algo de errado.

Todos na tribo acabaram se acostumando comigo, passei a vigiar a terra dos Quileutes, apesar de alguns deslizes na infância, que quase causaram meu banimento, fui muito bem aceita, logo comecei a participar do conselho. Quando eu tinha 7 anos, já com aparência e mentalidade de 17 anos minha mãe sofreu um acidente de carro e morreu. Na época minhas irmãs tinham 11 anos e Jacob acabara de fazer 4 anos. Eu que fiquei com a função de cuidar deles, não que Billy não conseguisse, mas ele trabalhava muito. Sempre fomos uma família muito unida.

No dia de meu aniversário de 16 anos recebi uma visita muito estranha, era Demetri, um vampiro, que acabou me encontrando na fronteira e me chamou pelo nome assim que me viu, curiosa comecei a conversar com ele e ele me contou minha história, explicando que era muito amigo de meu pai e que viera me dar um aviso: Os Volturis estavam atrás de mim...”

—como os Volturis souberam de sua existência? –pergunta Carlisle, curioso.

—meu pai era Ivan Volturi, sendo assim, Aro, Marcus e Caius são meus tios. –falo calmamente examinando a reação de cada um naquela sala.

O espanto estava estampado no rosto de todos, ninguém esperava por isso, mas antes que qualquer um falasse alguma coisa decido continuar a história.

—Demetri me pede para acompanhá-lo, pois os guardas estavam me procurando pela região e sendo assim, minha família estava em risco. Não penso duas vezes, me despeço de minha família e parto no mesmo dia, com uma dor dilacerante no coração. Demetri me leva para o Alaska, e lá começa a me ensinar noções básicas de combate, começamos a fugir de cidade em cidade, tentando sempre apagar nossos rastros. Conseguimos fugir por longos três meses, mas os Volturi conseguiram uma pista.

Certo dia, voltando de uma caçada, somos emboscados, eu, sem muito experiência, sou deixada vencer, e Demetri é morto em frente a meus olhos sem nenhuma misericórdia. Sou levada a Itália, ao castelo dos Volturis e mantida presa por algumas horas antes de ver meus tios. Eles chegam trazendo uma equipe médica, dizendo que tudo era em nome da ciência. Me fazem perguntas, mas não respondo a nenhuma, tentam aplicar agulhas em mim, me cortar, mas é tudo em vão. Como eles percebem eu sou quase tão resistente quanto vampiros.

Então Jane entra na sala e eu olho com ódio para Aro, que me analisa como se eu fosse um brinquedo, ele cai no chão agonizando de dor, ninguém sabe o que esta acontecendo, mas então Caius me observa e me da um tapa forte no rosto, quebrando meu contato visual. Aro se recupera e começa a rir maravilhado. Logo um vampiro, não lembro o nome agora é chamado, ele apenas me olha e diz á Aro que eu sou uma Copiadora, ou seja, copio o dom de qualquer vampiro que esteja em meu campo de visão.

Então eu percebo que é ai que meu inferno iria começar, tento fugir, mas o que eu ganho é uma cela, três andares abaixo da terra, em total escuridão, cercada por guardas 24 horas por dia. Todos os dias Aro manda me buscarem para a sala do trono e todos os dias havia um vampiro diferente, no segundo dia, quando o segundo vampiro é morto na minha frente eu percebo o que ele está fazendo, está me usando para copiar os dons desses vampiros e depois, por não precisar mais deles, os mata. Começo a me recusar a abrir os olhos, mas como punição fico em minha cela, sem luz e sem comida, por dois meses.

Já estava começando a ficar louca da sede, o monstro rugia fervorosamente dentro de mim e eu estava muito fraca. Os experimentos finalmente podem ser realizados em mim, pois estou mais vulnerável, meu sangue é testado de todas as formas possíveis, cortes eram feitos em meu corpo, assim as agulhas poderiam ser introduzidas. Depois de muitos testes genéticos eles descobrem que sou cerca de 85% vampira, pois “puxei” á espécie de meu pai, o que funciona como nos humanos, quando a criança nasce mais parecida com um dos lados da família.

Sou chamada ao trono novamente, totalmente desabilitada e sem forças, venho de olhos fechados, mas sou forçada à abri-los, mais de dez vampiros estão à minha frente e então todos são mortos alguns minutos depois. Então um humano é trazido à sala, e todos os meus sentidos se focam nele, um corte é feito em seu pescoço, o sangue jorra e eu não consigo me controlar, a sede é tanta que não consigo refrear meus instintos e  me odeio por isso. Sou um monstro, pulo no humano, cravo minhas presas em seu pescoço, e não consigo parar, bebo até a ultima gota e quando finalmente retorno ao meu estado normal simplesmente não consigo conviver com o que fiz.

Eu então me entrego a guarda e desisto de resistir, ofereço a Aro minha cooperação em troca de liberdade de escolha. Eu percebo então que este era o plano de Aro o tempo todo, ele queria uma maquina de guerra, uma arma surpresa, sem sentimentos, sem ligações, apenas puro poder e controlada apenas por ele. Já começo a tramar uma fuga assim que ele concorda com minha proposta.

Os próximos dois meses passei sendo treinada em combate, e todos os dons que eu já possuía foram testados e aprimorados. Os tipos de dons eram inúmeros: telecinese, fazer as pessoas ficarem desacordadas, conectar mentes, velocidade, escudo contra outros dons, causar dor, cura e muitos outros. Eu sempre estava acompanhada por pelo menos cinco vampiros, que vigiavam todos os meus passos, mas sabia que uma oportunidade de fuga não tardaria a chegar.

 Eu concordei em tomar sangue humano, mas com a condição de ser de bolsas de sangue, muito a contra gosto, Aro concordou. O problema chegou quando me recusei a matar um humano, para Aro, eles eram simples brinquedos para nós. A punição foi testar o ultimo poder adquirido por mim: regeneração. Dois dedos de cada mão minha foram arrancados, só para a alegria de meus tios, que olharam fascinados eles se reconstruíndo. A dor foi lacinante, foi a pior dor que eu já senti na vida, pois posso me recuperar, mas a dor para tal é agonizante.

No dia seguinte meus tios me forçaram a beber muito sangue humano, mais do que o necessário na verdade, e então me fizeram eliminar um clã inteiro, lutei contra dez vampiros inocentes, usando meus dons recém adquiridos, no fim de poucos minutos, todos estavam no chão, foi uma verdadeira chacina. Aro, Marcus e Caius aplaudiram de pé, eu me virei para eles, com ódio, e fugi, não havia ninguém para me impedir, eles apenas observaram eu partir, sem ação, mas ouvi eles gritarem que iriam me encontrar, onde quer que eu me escondesse.

Voltei ao Alaska, passei algumas semanas, até que o vermelho de meus olhos fosse substituído pelo castanho, então voltei para casa. Todos ficaram espantados ao me ver, mas me receberam de braços abertos, eu havia sentido tanto a falta deles que até doía. Não contei nada do que me havia acontecido, preferi eles sofrerem apenas pela minha partida, não pelo que aconteceu comigo nesse meio tempo também. Eu iria ficar, mas agora havia uma diferença: eu estava preparada, só precisava ficar alerta.

Comecei a proteger a cidade de vampiros, que começaram a ficar cada vez mais frequentes e com isso as transformações em lobo começaram a acontecer. Eu tinha o papel de explicar aos novos “lobisomens” o que estava acontecendo, no fim formamos uma equipe, sou a segunda no comando, e mesmo sendo em parte vampira, me respeitam como tal, somos uma família.

Hoje fui surpreendida por dois Volturis, foram eles que me atacaram, eu estava a muito tempo sem caçar, por isso conseguiram fazer todo este estrago em mim, achei que precisaria fugir novamente, para proteger minha família, que os Volturis não sabem que existe, mas Felix deixou escapar que Aro sabia somente que eles me procuravam, ou seja, eles ainda não sabem minha real localização, então estou segura por enquanto.

         - Então, essa é minha história, julguem como vocês acharem melhor. –falo enxugando as lágrimas que caíram quando eu revirei aquelas terríveis lembranças, que ficavam guardadas à sete chaves no fundo de minha mente.

        Edward põe a mão em meu joelho, como forma de conforto, e eu sorrio para ele, vejo que todos me olham com a mais profunda aceitação, o que me conforta de um jeito que aquece meu coração.

—sinto muito. –fala Esme.

—não sinta, hoje está tudo bem. –falo carinhosamente.

—então quer dizer que você é uma mestiça fodona do mal que mata vampiros? –pergunta Emmet e todos rimos.

—digamos que sim grandão. –falo ainda rindo.

—então você é que nem o Edward cabeção ai, pode ler meus pensamentos a todo momento? Será que não há privacidade aqui? –pergunta ele parecendo indignado.

—não, eu aprendi a controlar meus poderes, agora eu os ligo e desligo quando quero. Era muito difícil ter que ficar me concentrando para não matar ninguém à todo momento com todos eles ligados, eu era como uma bomba relógio, prestes a explodir. –falo sorrindo para ele.

—deveria ser muito difícil. –fala Rosalie pela primira vez.

—sim, mas agora lido melhor com isso. –digo.

—Os Volturis estão loucos ultimamente. Mas confesso que adoraria, como médico, te estudar também, você é um mistério da ciência. –diz Carlisle.

—se quiser posso contribuir para seus estudos, por vontade própria, as coisas são mais fáceis assim. –falo o encorajando.

—eu agradeceria muito. –fala ele com sinceridade.

—bem, espero só que vocês não informem meu paradeiro para os Volturis. –falo.

—isso nunca irá acontecer. –diz Edward.

—jamais pensaríamos nisso querida. –tranquiliza Esme.

—agradeço. Mas vocês tem que ter conciência que só de estarem falando comigo estão na lista negra dos Volturis. –falo tentando alertá-los.

—já estamos nela a algum tempo, eu e Edward nos recusamos a fazer parte da guarda e você deve saber como eles encaram este fato. –fala Alice.

—sim. –murmuro.

—não consigo ler sua mente por causa de seu escudo? –pergunta Edward cautelosamente.

—sim, por isso Alice também não vê meu futuro. –explico.

  Vou em direção á uma das enormes janelas, vejo que já anoiteceu, já se passaram dois dias desde que falei com minha família pela última vez. Eles devem estar preocupados, mas não posso aparecer em La Push com os olhos assim, sei exatamente o que eles iriam pensar de mim.

—preciso ir para casa, tenho que ligar para meu pai e dizer que está tudo bem. –falo.

—não prefere ficar aqui conosco? -pergunta Esme, me fazendo me lembrar de minha mãe.

—não quero incomodar mais do que eu já incomodei. –digo carinhosamente.

—não seria incomodo nenhum. –fala Esme.

—mesmo assim prefiro ir para casa. –falo.

—então deixe que eu te acompanhe. –pede Edward.

—tudo bem. –falo, sem não ter muita escolha.

—agradeço de verdade pela ajuda. –falo em tom de despedida.

—venha para cá amanhã se quiser, você não irá poder sair de casa assim, pelo menos terá companhia. –fala Esme se referindo à cor de meus olhos.

—certo. –digo assentindo, sabendo que Esme não aceitaria um não como resposta, e sigo Edward.

   Ele vai em direção da garagem e pega a chave de seu volvo. Olho para ele e ele sorri. Pensei que iríamos correndo, mas ele tinha outros planos. A garagem é grande e possui cinco carros e três motos, todos de modelos maravilhosos. Vejo Edward entrar no carro e hesito um segundo antes de fazer o mesmo. A porta da garagem se abre automaticamente e nós saímos.

—obrigado por ter confiado em nós. –fala Edward.

—era o mínimo que eu poderia fazer depois de terem me ajudado. –falo.

  Edward liga o som e Clair de Lune começa a tocar. Olho para ele intrigada.

—o que foi? Conhece a musica? –pergunta Edward olhando para mim.

—Clair de Lune, Debussy. –falo calmamente olhando pela janela do carro.

—isso mesmo, é uma de minhas preferidas. –fala Edward voltando a prestar a atenção na estrada.

—minha também, parece que me acalma. –falo.

  O resto do percurso segue em silencio, comigo indicando as direções certas a tomar para chegar em minha casa. Ele estaciona o carro em frente a porta principal e nós dois descemos do carro.

—quer entrar? –pergunto colocando as mãos no bolso da calça, estranhamente nervosa.

—claro. –diz ele.

  Entramos em casa e ele fica impressionado com a decoração e o estilo da casa, subo para o meu quarto e Edward me segue.

—só vou ligar pro meu pai. –murmuro e pego o telefone.

 Após alguns toques Jacob atende.

oi Jake. –falo constrangida.

Bella? Onde diabos você havia se enfiado? Te ligamos muitas vezes. Eu cheguei a ir ate sua casa e você não estava!—começa a falar Jacob bravo e preocupado

calma, calma! Só tive que sair da cidade para tratar de alguns assuntos. Acabei perdendo meu celular.—tento acalmá-lo, em vão.

eu estava preocupado! Billy também, o velho quase teve um treco! Podia ao menos ter ligado com outro telefone!—ralha Jacob.

eu sei, desculpe, mas pensei que estava tudo bem. –explico-me.

  Vejo que Edward senta na beirada da minha cama e me observa curioso, como se aquilo fosse a coisa mais estranha que ele havia visto na vida. Jacob continua a tagarelar no outro lado da linha e volto a prestar atenção quando ouço a palavra vampiro.

o que disse Jake?—pergunto.

e ainda nem presta atenção no que estou dizendo!—reclama ele.

fala logo Jacob, parece uma velha rabugenta. –o provoco.

cala boca! Como eu estava dizendo, aqueles vampiros do outro dia, aquela ruivinha e os outros lá, foram vistos de novo, rondando aqui por perto, ainda no território dos frios. Não sabemos ao certo, mas procuram alguma coisa.—fala Jacob, agora em tom mais sério.

minha nossa. E por que não me avisou?!—pergunto.

eu tentei, mas você não estava! –fala ele.

ah, desculpa Jake, prometo não fazer de novo. –falo em um tom que sei que ele não resiste.

ah, não use essa voz comigo. –fala Jacob e Edward ri ao meu lado. –tem alguém ai Bella? –pergunta ele ao ouvir a risada.

tudo bem com Billy?—pergunto, mudando de assunto.

tudo sim, ele esta dormindo já. Quando você vem nos visitar para podermos conversar direito? Seth também não para de perguntar de você.—fala Jacob.

vai demorar um pouco Jake, tem umas coisas por aqui que tenho que resolver. –murmuro.

ei, quem ta ai com você? Não pense que eu não escutei a risada antes.—fala Jacob de uma forma superprotetora.

eu tenho que desligar... —murmuro.

Bella, não ouse fazer isso, Isabella...—Jacob fala, mas desligo antes de ele terminar e Edward ri novamente.

—Bella? –pergunta ele erguendo uma sombrancelha.

—não ouse me chamar assim. –falo olhando mortalmente para Edward, que apenas ri.

—porque não contou o que realmente aconteceu para ele? –pergunta ele.

—não quero preocupá-los, para eles nunca estive em Volterra com os Volturis, eles me deixariam escondida dentro do quarto sem poder sair nem para comer. –falo em tom de brincadeira.

—quem era no telefone? –pergunta Edward, com um tom estranho, ciúmes? Impossível.

—meu irmão, Jacob, não ligue, ele é super protetor demais as vezes. –falo e me sento na cama também, encostada na parede.

—é curioso como esses Lobisomens parecem realmente te aceitar, você tecnicamente é uma vampira. –fala Edward.

—cresci com todos eles, meio que nos tornamos uma família antes mesmo de eles saberem que são lobisomens. –fala e sorrio com lembranças de minha infância.

—entendo. –fala ele e diretamente para meus olhos.

—e vocês, se consideram uma família? –pergunto, genuinamente curiosa.

—com certeza, primeiro era somente eu e Carlisle, mas então veio Esme, o amor da vida dele, e depois Rosalie, que inicialmente era para ser minha parceira, mas vivíamos brigando, nos considerávamos apenas irmãos. –conta ele e algo dentro de mim dói com essa informação. –mas então Rosalie encontrou Emmet, seu total oposto e os dois de apaixonaram. Logo depois vieram Alice e Jasper, por conta própria, pois ela nos viu em seu futuro. Nos consideramos todos irmãos e Esme e Carlisle são ótimos pais. –fala ele carinhosamente.

—e quantos anos você tem? –pergunto.

—sou um velho. –sussura ele e se aproxima um pouco de mim. –quantos anos acha que tenho?

—hummm, uns 200? - falo brincando.

—não, 109 apenas. –fala Edward e ri. – e você?

—20 apenas. –falo o imitando e rimos juntos.

—daria qualquer coisa para ler seus pensamentos. –fala ele.

—quem sabe um dia... –provoco.

—então você pode me deixar ler? –pergunta Edward de forma divertida.

—se eu quiser... –murmuro.

—e o que a faria deixar eu ler? –pergunta Edward desafiadoramente.

—deixa eu pensar... –falo de forma enigmática me aproximando do rosto dele.

  Nos encaramos por alguns segundos, nossas faces próximas.

—que tal uma luta? –pergunto erguendo uma sobrancelha e rindo.

—aceito. –fala ele confiante. –mas o que acontece se eu perder?

—eu ganho uma caminhada. –falo a primeira coisa que vem a mente.

—feito. –diz Edward.

—já! – eu falo.

   Me jogo por cima dele e ele, pego de surpresa, cai de costas na cama e eu por cima dele, prendo seus braços acima de sua cabeça e nós dois rimos.

—ganhei. –falo e sorrio.

—isso foi injusto, eu não estava preparado, trapaceira. –fala Edward.

—nunca falei que jogo limpo. –digo.

  Ele se solta e inverte as posições, desta vez ele esta por cima de mim, prendendo meus braços acima de minha cabeça.

—agora eu ganhei. –diz ele profundamente.

  Nossos olhos se encontram, as risadas param, não se trata mais de uma brincadeira e parece que um ímã recobre nossos corpos, nos aproximamos centímetro a centímetro, milimetro á milimetro, até que posso sentir sua respiração juntando-se com a minha, nos aproximamos cada vez mais...


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Notas finais do capítulo

Como ficou? O que vocês acham que deve acontecer no próximo capítulo? Me deem idéia, estou meio sem inspiração. Até a próxima ;)



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