Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 52
"Adeus loirinha" uma vírgula!


Notas iniciais do capítulo

Aqui, galera. Alguns leitores me perguntaram, outros simplesmente me lincharam, mas, está aqui minha resposta. Obrigada por não me estrangularem e me deixarem continuar a fic. Aqui está. Curtam, e boa leitura.



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– Aquele russo mesquinho! Soviético de beco! Ele não tem ideia de com quem está lidando! Ele vai pagar caro por isso! Se ele queria uma guerra contra a SHIELD, ele conseguiu! Vão ver só! A morte de Helena Carter será vingada! – Coulson esbravejava. Eles estavam no carro seguindo pela estrada que dava pra pista de jatos.

– É. Eu gostava de dar aula pra ela. Era boa aluna. – Ward concordou em tom calmo enquanto dirigia. – Pena que ela morreu. Vai fazer falta pra muita gente...

De repente, algo cai em cima do capô do carro os assustando e Ward freia na hora. Eles desceram do carro assustados. O capô estava amassado e saía um pouco de fumaça, mas tinha um corpo no chão. Logo reconheceram.

– Mas o quê? – Coulson falou assustado. Se aproximou, e a olhou examinando-a.

– É assim que eles “dão um jeito”? eles simplesmente jogam os corpos dos agentes mortos ladeira a baixo? Que tipo de agência é essa? – Ward perguntou indignado.

– O do tipo muito estúpida, e bruta. – Phil sussurrou espantado. Ele olhou pra Ward com os olhos arregalados. – Ela está viva.

Ward ficou meio pasmo.

– Precisamos levar ela daqui, antes que venham atrás de nós. – Ward falou se aproximando. A tomou nos braços e a colocou dentro do carro. Ele conseguiu fazer o carro rodar até chegar na pista. Entraram num grande avião. Entraram num laboratório onde dois jovens faziam algumas pesquisas. Os dois pararam ao vê-los.

– O quê aconteceu? – a garota perguntou.

– Não, sabemos, Simmons. Ela precisa de ajuda. – Ward respondeu.

– É a agente Carter? – o jovem loiro perguntou.

– É sim, Fitz. – Coulson respondeu enquanto ele arrumava uma maca improvisada pra colocarem ela. - Precisamos aquecê-la. Ela pode ter uma hipotermia.

Ward a colocou na maca.

– Eu vou preparar o avião pra decolar. – ele falou e saiu.

– Jemma, checa a temperatura e os batimentos cardíacos. Eu vou preparar uma cama na ala de exames. – Fitz falou para Simmons que concordou. Ele saiu da sala.

– Ela reagiu ao soro. – Simmons falou checando os batimentos cardíacos e a temperatura.

– Levou um tempo. Pensamos que estava morta. O coração tinha parado. – Coulson falou observando a jovem que estava inconsciente. – Ela é mais forte que imaginávamos. Já tinha o soro em seu próprio DNA. Com essa dose, que foi significativamente maior...

– Pode ser que tenha aumentado suas habilidades, ou pode ser que não haja mudança alguma. – Simmons completou. – Vamos ter que fazer alguns exames pra saber. – ela falou, o termômetro apitou, ela tirou e arregalou os olhos. – Mas, primeiro precisamos aquecê-la. Leo!! – ela chamou.

– Tragam ela aqui! – Fitz chamou da porta.

– Então ajude, oras! – ela retrucou. Ele correu até eles e ajudou Coulson a carrega-la até o laboratório. Eles a colocaram numa maca que Fitz preparou. Cobriram-na com cobertores, e Fitz virou as lâmpadas de luz amarelas sobre Lena pra ajudar a aquecê-la.

Simmons tirou uma amostra de sangue e Phil saiu dizendo que iria ajudar Ward. Fitz fez o check-up.

– Meu Deus! – Simmons exclamou assustada. – Leo, cuida dela, que eu já volto! – ela falou se levantando e saindo com o frasco com o sangue de Lena.

– Tá. – Fitz concordou a observando sair. Suspirou se aproximando de Lena que ainda estava inconsciente. Pousou a mão na testa dela. Sua temperatura já voltara ao normal. Desligou as lâmpadas de luz amarela. Notou que ela tinha um corte na lateral de sua testa, e outro na maçã de seu rosto. E estavam sangrando. Ele pegou uma gaze e umedeceu no soro e começou a limpar a ferida na testa dela.

Ficou um tanto admirado. Como uma menina tão jovem, pode aguentar tanta coisa? Ele fez um curativo em sua testa, mas ao tocar com a gaze na maçã de seu rosto, Lena segurou-lhe o pulso o assustando, e ele deu um berro.

Lena abriu os olhos cor de esmeralda lentamente.

– Te assustei? – ela falou. Ele abriu a boca pra responder, mas não saiu som algum.- O que estava fazendo? – ela perguntou.

– Você... você estava com o... o rosto machucado e... e sangrando, então, eu só... só estava... limpando. – ele gaguejou. Lena o olhou desconfiada, mas sabia que ele não era má. Ela o soltou e ele suspirou aliviado.

Lena se sentou, mas gemeu ao sentir seus músculos e seus ossos doerem.

– Você... você é Helena, né? – ele tentou puxar conversa. – Você está bem?

– Não, tá tudo bem. Só meus ossos, meus músculos e meus órgãos já eram. – ela brincou fazendo uma careta de dor. Fitz riu. – Por que meu corpo dói como se eu tivesse servido como um saco de pancadas pra um troll nervoso? – ela perguntou.

– Bom, de... deve ser um efeito colateral do soro, ou também, porque você rolou de um morro e destruiu o capô do carro do Coulson com seu corpo. – Fitz deu de ombros.

– Bom, saber. – Lena concordou. – Sou sim. Helena Carter. – Lena respondeu com um pequeno sorriso.

– Sou Fitz. Leo Fitz. – Fitz se apresentou sorrindo.

– Fitz! É incrível! Os glóbulos brancos! As células! O nível de imunidade! – Simmons entrou na sala com alguns papeis nas mãos. – Ah! Oi. – ela falou ao ver Lena. Lena a cumprimentou com um pequeno aceno.

– Jemma, sabe onde tem analgésico, ou relaxante muscular? A queda no carro do Coulson tá fazendo efeito nela. – Fitz pediu.

– Deve ter na cozinha. – ela respondeu. Fitz deu um sorriso e saiu. – Que bom que acordou. – Simmons sorriu pra Lena.

– Obrigada. O que tem minhas células? – Lena perguntou.

– Como sabe que estava falando das suas células? – Simmons perguntou surpresa.

– Bom, esses exames nas suas mãos, são exames de sangue, e meu braço está meio dormente, e tem esse curativozinho. – Lena cutucou seu braço.

– Bom, é incrível! Suas células queimam 5 vezes mais rápido que os de uma pessoa normal- Simmons falou.- Você não engorda, quando tiver 80 anos, vai ter corpo de 29...

– E não fico bêbada. – Lena completou.

– E seu nível de imunidade é o mais alto que eu já vi! Você não precisa se preocupar com vírus transmissíveis pelo ar, ou qualquer outra coisa. Câncer, tumores, aidis... nem nada! Você não pega nem resfriado. – Simmons falou.

– E... poderiam usar meu sangue pra... antídotos ou vacinas? Até, pra achar a cura pra vírus como HIV, ou algo assim? – Lena perguntou.

– Eu receio que não. Isso pode acabar matando algumas pessoas. Você não morreu, porque já tinha o soro em seu sangue. Ainda mais, porque esse provavelmente foi um dos primeiros testes. Mas, vai precisar de mais alguns exames pra ter certeza de que você vai ficar bem. – Simmons respondeu.

– Legal. Eu só não entendo uma coisa. – Lena falou pensativa.

– O que?

– Minhas células. Queimam 5 vezes mais rápido. Mas, a do meu avô, queimam 4. E eu só tinha o soro em meu DNA, por causa dele.

– Bom, sua dosagem foi significativamente maior. Então, aumentou algumas de suas habilidades. – Simmons explicou. Lena concordou compreendendo.

– E reforçou o que eu já tinha. – Lena completou.

– Isso. – Simmons concordou.

– É uma excelente bio-cientista. – Lena elogiou.

– Como...

– Não é difícil adivinhar. – Lena falou indicando o laboratório. Simmons riu concordando.

– Sou Simmons. – ela se apresentou estendendo-lhe a mão.

– Carter. – Lena apertou.

Fitz entrou na sala com um comprimido e um copo de água.

– Aqui. É analgésico. – Fitz lhe entregou, Lena agradeceu e tomou. Já podia sentir o efeito do remédio quando Coulson entrou na sala. Ele sorriu ao vê-la.

– Como se sente? – ele perguntou.

– Viva. – Lena respondeu. Ele riu.

– Acho que isso é seu. – Coulson lhe entregou o bracelete que Lena ganhara de natal. – Se não fosse por isso, jamais teríamos te encontrado a tempo.

– Obrigada. – Lena sorriu pegando o bracelete. Ela apertou a pedra central que era o comunicador. Ouviu o som do teclado de um computador. – Esmeralda pra Cristal. – Lena falou.

“- Aqui é Keys. Identifique-se.” – uma voz conhecida falou com certo tom de ódio.

– Ben. Sou eu. Lena. – ela sorriu.

“- OK. Essa foi boa, Jemma. Pare de zombar disso. Foi ideia do Leo, né?” – Ben falou com tom zangado. Lena lançou um olhar confuso pra Fitz e Simmons que desviaram o olhar.

– Ben, sou eu, Lena. – Lena insistiu.

“- Prove.” – Ben desafiou.

– Deixe de ser besta, garoto! Olhe o respeito! – Lena brigou.

“ – Lena!!!! Não acredito! É você mesmo??? Como???” – Ben exclamou. Lena deu um pequeno sorriso, os outros ficaram, confusos, mas Lena conhecia o amigo melhor que ninguém. “– Disseram que você estava morta! Puxa, os outros não vão acreditar se eu contar!”

– Então não conte. Deixa... deixa eu mostrar. Não conte a ninguém, por enquanto. – ela pediu.

“- Tá. Eu... eu espero você chegar.” – ele concordou ainda meio atordoado.

– Obrigada, amigo. Eu explico tudo pra você quando chegarmos. Mas, e os outros, como eles estão? Sabe, Clint, Frankie, Steve, Natasha, Dani...? – Lena perguntou. Fez-se uma pausa tão demorada, que Lena chegou a pensar que ele tinha desligado. Ela notou que Phil desviara o olhar. – Ben?

“-Não te contaram?” – Ben perguntou com a voz meio seca.

– Contaram o quê? – Lena perguntou. Ao notar a expressão de Phil, ela começou a se preocupar. – Benjamin, o que aconteceu?

“ – Na... na emboscada...” – ele gaguejou, como se não encontrasse palavras.

– O que aconteceu na emboscada? Fizeram alguma coisa com Clint?? – ela se assustou.

“- Não, não. Ele está bem, mas... a... atiraram no Dani.” – Ben contou. Lena sentiu o coração gelar e ficou pálida.

– Ele... ele está bem? Meu irmãozinho... está melhor? A quanto tempo foi? – Lena disparou esperançosa.

“- Lena... ele se foi.” – Ben falou sombrio. Lena serrou os dentes apertou o punho com tanta força, que o copo de vidro em sua mão se esmigalhou.

– Quem foi? – ela perguntou com raiva.

“- Foi um agente da KGB. Um tal de Rayel. Mas, Clint matou ele.” – Ben contou.

– Ótimo. – Lena falou sombria.

“- Lena, sinto muito.” – ele falou.

– Não sinta. Sinta muita pena dos soviéticos de beco. – Lena falou e desligou. Olhou pra Coulson com os olhos brilhando de ódio e dor. – Você sabia disso.

– Sabia. Eu cheguei com a ambulância pra levar o corpo. – Coulson contou.

– E não me contou? – ela perguntou.

– Você acabou de acordar. – ele falou.

– Bom, eu teria que saber uma hora ou outra. – Lena se levantou deu o bracelete na mão dele. Olhou pra Fitz. – Foi mal pelo copo. – ela pediu e saiu da sala.

– Mas, o que aconteceu? Quem é Dani? – Simmons perguntou. Phil suspirou.

– Daniel, era o irmãozinho da agente Carter. Ela quem passava a maior parte do tempo com ele. – Coulson contou. Simmons cobriu a boca horrorizada.

Lena, ao atingir uma distância considerável da sala, se escorou na parede de um corredor. Sentiu como se tivessem aberto deu peito e espremido seu coração, tamanha dor que sentia. Ela só escorregou lentamente até sentar no chão. Abraçou os joelhos, e pela primeira vez, ela chorou. Chorou como nunca antes. Era de ódio, dor, raiva, e culpa. Não conseguia dizer nada, nem pensar em nada. Apenas chorava.

...

Ouviu-se o som da campainha. A porta se abriu.

– Will. – Frankie falou. O rapaz de cabelos loiros e olhos claros a olhou com paixão e tristeza. Frankie o abraçou e chorou.

...

Lena desolada, fitava o vácuo.

– Russos são uma droga. – ela gemeu com a voz rouca e pesada.

– E alemães são frios. – uma voz conhecia falou ao seu lado a fazendo pular.

– Ward. O que você quer? – ela perguntou. Ele se sentou ao lado dela.

– Coulson acha que eu devia vir falar com você, porque eu sou seu mentor, e você está sofrendo. – ele falou.

– Ele realmente acha que você se importa? – Lena falou irônica. – Você é meu professor, não meu amigo.

– É o que eu penso. – ele concordou. – Mas, ser seu mentor tem lá suas vantagens. Pelo menos eu não tenho que ficar repassando as instruções pra você. Mas, se bem, que eu não levo o menor jeito com crianças.

– Conheço um cara que fala assim. – Lena comentou lembrando de Clint. Ward deu um pequeno sorriso olhando pra baixo.

– Você... quer comer alguma coisa? – ele perguntou. Lena o olhou.

– Pare de fingir, Grant. Você é péssimo mentiroso. – Lena falou.

– Não quero Coulson no meu pé dizendo que eu não tentei. – ele riu se levantando. – Você quem sabe. Não vou oferecer de novo.

Lena deu um pequeno sorriso e se levantou. De certa forma, ela a ajudara. Ninguém mais conseguiria fazer isso de um jeito que funcionasse tão bem.


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Notas finais do capítulo

ELA TÁ DE VOLTAAA!!!! Viram? Viram? Ela não morreu pra sempre. Não dava pra matar a protagonista por muito tempo. Então, não sejam tão dramáticos. Ela só morreu um pouquinho. Bjs, espero que tenham gostado de ver a Lena chorando pela primeia vez na fic.♥



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