Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 51
Luto


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, mas tive alguns contratempos. Enfim, espero que gostem. bjs boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/544148/chapter/51

Natasha passou as duas horas de voo no jato em silêncio sepulcral. Clint não ousou dizer nada. Sabia bem como ela estava se sentindo. Sentia o mesmo em relação a Dani. E agora, Helena.

Ao chegarem na SHIELD, Natasha foi direto pra casa, mas não antes de passar numa loja de bebidas e comprar 6 engradados de vodka. Clint ficou e contou a Fury o ocorrido. Nick fitava o vácuo (e isso significa que ele estava sofrendo!). Ele entrelaçou os dedos apoiando a boca. Fechou o olho tentando pensar uma solução pra isso.

– Coulson ficou pra ver se consegue chegar a um acordo pra ficarmos com o corpo. – Clint informou. Nick abriu o olho suspirando.

– A... – ele gemeu pensando. – A senhorita Carter está na sala dos computadores com o agente Keys. Informe o ocorrido a eles, eu vou entrar em contato com a família. – Nick falou baixo fitando o nada.

– Sim senhor. – Clint concordou no mesmo tom e saiu.

– Ah! Que droga! – Nick reclamou escondendo o rosto com as mãos.

...

Quando Frankie e Ben souberam, choraram amargamente. Ambos perderam pessoas queridas recentemente, e agora isso. Foi como uma paulada na cabeça deles. A última gota. Um puxão no seu tapete.

– Eu sinto muito. – Clint falou desolado. Não conseguia nem olhar pra eles. Não tinha coragem. Sem falar nada, simplesmente saiu.

– Ben. – Hill chamou meio alto se aproximando.

– Mã... – Ben gaguejou.

– Eu sei querido. Mas, preciso que entre em contato com o Capitão Rogers. Fury mandou contar a ele. – Hill falou o abraçando.

– Eu conto. – Frankie falou pegando o celular e se afastando.

– Eu vou contar ao Parker. – Ben falou a soltando e sentando em sua mesa mexendo no computador.

– Mas... eu pensei que se odiassem. – Hill indagou.

– Eu odeio. Mas, Lena não o odiava. Ela gostava dele, e ele dela, então, merece saber. – Ben enxugou o rosto contactando Peter.

...

– Steve. – Frankie chamou no celular.

– Hey, Frankie! – ele atendeu. – E aí? Conseguiram resgatá-la? Ela está bem? Está segura? – ele perguntou esperançoso.

– Steve... – Frankie gaguejou. – ela...

– Não! Isso não! – Steve falou ao perceber o que significava.

– Foi... Barton disse que foi com um soro azul... – Frankie falou, então a chamada foi finalizada. – Steve?

Não que Steve tivesse desligado na cara dela, é que ele simplesmente esmigalhou o telefone. Ele caiu de joelhos chorando.

...

Clint tocou a campainha. Mas ninguém atendeu. Abriu a porta.

– Natasha? – ele chamou entrando. A viu sentada no balcão que dividia a cozinha da sala. Estava de costas pra ele.

Ele suspirou fechando a porta, mas ao caminhar pela sala, tropeçou num engradado de garrafas de vodka vazias. Olhou em volta, viu quatro garrafas vazias na mesinha de centro, mais algumas no raque da TV. Se aproximou dela. A sua volta, tinham várias garrafas vazias, duas cheias e uma pela metade que ela segurava.

Ele ficou meio receoso. Não sabia como ela era quando ficava bêbada. Aliás, ele nunca a viu bêbada.

– O quê você quer? – ela perguntou sem olhá-lo

– Eu só... – ele olhou em volta. – vim ver como você está.

– Tá. Você já viu. Tô numa fossa. Agora me deixa afundar em paz com minhas garrafas. Cê não tem que ir cuidar do seu ninho? – Natasha perguntou.

– Você está bêbada! – ele reclamou sentando ao seu lado. Ela deu ar de riso. Tomando um gole do gargalo. Ele a olhou. Ela estava com os olhos e o nariz vermelho. Ela pousou a garrafa no balcão. O olhou.

– Eu recebi o mesmo soro quando tinha vinte anos. – ela riu. – Minhas células queimam três vezes mais rápido que as de um ser humano comum. Ou seja, retardou meu envelhecimento em 60%, eu não engordo, e não fico bêbada. – ela suspirou tomando outro gole da garrafa.

– Lena tinha razão. Vocês russos são mesmo barra pesada. – ele riu, mas logo se arrependeu. – Olha...

– Não. Está certo. Nós somos barra pesada. E cretinos, otários, monstros, cruéis sanguinários, idiotas e muito MUITO estúpidos. – ela falou dando um pequeno sorriso e tomou outro gole.

– Você bebeu tudo isso desde que chegou? – ele perguntou surpreso. Ela concordou ainda despejando o líquido garganta abaixo. – Quantas vezes foi ao banheiro?

– Banheiro? Pra quê? – ela perguntou pousando a garrafa na mesa.

– Bom, tanto líquido tem que ir pra algum lugar. – ele deu de ombros. Ela deu um pequeno sorriso.

– Duas vezes. – ela falou.

– Seu fígado aguenta tudo isso também? – ele riu. Ela deu um pequeno sorriso. Mas, logo voltou a chorar e ele a abraçou.

...

– Não. Podem até levar os pertences dela. Mas o corpo fica. – Irvi falou com certo sotaque. – Daremos um jeito nela pra vocês.

– Ela pertence aos EUA. Lhe daremos um funeral adequado. – Coulson protestou.

– Ela pertence a quem eu decidir que pertence. Ou vocês se esqueceram de que estão na minha área assim como o corpo? - Irvi falou.

– Ela foi sequestrada! Não veio por vontade própria. Ela pertence aos EUA! Pertence a SHIELD, e a família dela. – Phil insistiu.

– Ela pertence a quem eu quiser. Eu já falei. E vocês deviam se sentir mais do que gratos, já que deixei que ficassem com o corpo do menino. – Irvi retrucou. Coulson serrou os dentes com raiva. – Olha, se não se importam tenho mais o que fazer. E se não quiserem ser alvo do meu esquadrão de fuzilamento, eu sugiro que deem o fora daqui. Já estou enjoado só de sentir o fedor da SHIELD no meu território. Darlles. Leve-os até o Pasha pra pegar os pertences da garota. – Irvi ordenou.

– Isso ainda não acabou. – Coulson cuspiu as palavras com raiva. Darlles que tinha um curativo no nariz e os olhos meio roxos, guiou Phil e Ward pelos corredores até a sala de Pasha. Darlles abriu a porta e deu espaço pra eles entrarem.

– Não demorem. – ela falou e os dois entraram. Pasha se levantou com um sorriso gentil.

– Posso ajuda-los? – ele perguntou.

– Nós viemos pegar os pertences da agente Carter. – Phil falou.

– Ah! Sim. Helena. Encantadora menina. – ele sorriu mexendo na gaveta de sua mesa. – Ela bem disse que vocês viriam atrás dela. Como ela está?

– Morta. – Ward jogou na lata. Pasha parou horrorizado. Fechou os olhos suspirando e engolindo em seco. Olhou pra eles.

– Sinto muito. – ele falou colocando os pertences de Lena num pacote. Fones de ouvido, um celular LG GÁLAXY vermelho, e a Eckle semiautomática que Lena ganhara de presente de natal. Pasha entregou a Coulson que agradeceu. – Mande meus pêsames pra Natasha. – Pasha pediu. Coulson confirmou com um pequeno aceno de cabeça e saiu seguido de Ward.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pois é. Nick chegou a ficar triste! Isso é coisa grande. Bom, espero que tenham gostado. Deixem seus comentários. Nada de fantasminhas por aqui.HeHe.♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mentora Russa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.