Vizinhos Inesperados escrita por YasminC


Capítulo 17
Capitulo 17: Depois de tanto tempo...


Notas iniciais do capítulo

Eu amei esse capítulo, é tão bonitinho. Não tenho muito o que comentar só agradecer por estar acabando, pq tô achando essa fic meio chata =\



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Estávamos a caminho da clínica, era um lugar bem afastado do centro de Hamburgo, tivemos que pagar a estrada como se tivéssemos indo à Norderstedt, porém em 40 minutos estávamos lá. Sarah até tentou falar comigo mas eu estava pensativa e sem a mínima vontade de conversar, eu pensei que iria vomitar de tanto nervosismo e ansiedade. Mas me controlei, não iria fazer isso, além do fato que vomitar para mim era um drama. Na verdade eu já era dramática de nascença.

Chegamos no local, havia várias pessoas, acho que todas da clínica, exceto uma, claro. Eu me lembrei das festas que fazíamos na minha casa, encomendávamos salgadinhos e docinhos, e ficávamos jogando poker, detetive, Can Can, Wii, GuitarHero, enfim, todos esses jogos que me entretiam. Tinha um que devia ser compositor, pois estava tocando seu violão sozinho. Sarah me apresentou para os médicos da clínica e para alguns pacientes, mas quem eu mais queria ver, não estava lá.

Passou meia hora e eu estava preferindo assim mesmo, não ver Bill me faria bem. Eu estava em pé falando com Hans que já estava um pouco mais ‘’solto’’, enquanto conversávamos virei e fiquei olhando para o horizonte, como era belo assistir aquilo, a natureza era algo lindo. No meio daquele cenário, surgiu ele, estava magro, um olhar triste para baixo e uma cara abatida.

Não pude ver com tanta clareza, mas tinha certeza do que ele estava sentindo, uma profunda tristeza. Hans estava falando comigo, mas eu não ouvia, Bill olhou para frente e me viu. Parou, ficou olhando para mim, parecia estar paralisado com a minha presença e eu igualmente paralisada, senti uma forte dor no peito, era uma ansiedade estranha, algo tão diferente, peguei no meu cordão e agarrei-o com força, Bill olhava para mim e eu para ele, nossos olhos cheios de lágrimas que teimavam em cair. Meu deus, como e podia amar alguém assim? Sarah viu a cena e ficou a observar, achou tudo aquilo estranho demais, Bill nunca olhava diretamente para ninguém, ela percebeu lágrimas nos nossos olhos então ficou olhando mais curiosa.

Ele foi andando se aproximou mais de mim, chegou na minha frente, olhou nos meus olhos e me abraçou. Choramos feito duas crianças e aquilo acabou chamando atenção de todos, o cara depressivo que não falava com ninguém estava abraçando uma estranha.

- Obrigada por vir, eu sabia que você viria, alguém escutou as minhas preces, obrigada, foi alguma coisa que te mandou aqui, eu tinha arrumado remédio e me mataria hoje à noite, depois dessa festa! Nem Tom conseguia mais me manter vivo, só você, só você! – ele dizia chorando tanto que chegava a soluçar.

-Por favor, não faça isso, se você morrer, acabou a minha razão de viver, eu morro junto, por favor, volte a viver, suas fãs precisam de você, o mundo precisa do seu sorriso e eu também! – disse chorando como Bill.


Algumas meninas inclusive Sarah, ficaram emocionadas e estavam chorando. Eu não percebi nada, para mim não existia mais ninguém no mundo, só Bill. Eu nunca havia chorado tanto, parecia uma desesperada, mas eu chorava de alegria por vê-lo.

- Peraí, vocês já se conhecem? – perguntou Sarah.

- Bill é meu ex namorado que eu te falei...

- Nossa, que puta coincidência, eu nunca imaginei que era você a menina que fazia Bill sofrer tanto.

- Não é coincidência, eu acredito no amor, ela veio para me salvar.

- Que lindo, um dia vou ter alguém que me ame assim. – disse Sarah para mim.


Bill me abraçou de novo e continuamos assim por mais um tempo, a responsável pela clínica me deixou ir para o quarto de Bill, tínhamos que conversar, apesar de amá-lo, eu não voltaria para ele, pelo menos por enquanto. Fomos andando calados até o quarto, eu ainda não estava acreditando. Chegamos e sentamos na beira da cama.

- Por que você veio aqui?

- Eu acabei de chegar, nem desfiz as malas, vim direto pra cá, descobri que você estava internado nesta clínica, um pouco antes de vir pra cá, Sarah me perguntou se eu gostava de você, quer dizer das suas músicas e eu afirmei então ela me falou que me traria, mas não tinha certeza se você iria para a festa pois estava muito mal, então resolvi vir.

- Eu estou mal ainda, na verdade me afundei, fumo 3 maços de cigarro por dia, bebia todos os dias, não conseguia ficar sóbrio sem chorar, você que me mantém vivo. Respiro você, me alimento de você, você é tudo para mim.

- Olha Bill, não sou ar nem comida, você me promete que vai melhorar para sair o mais rápido o possível? Quero ser sua amiga e virei te visitar sempre, todo dia se for possível.

- Amiga? Não te quero como amiga! Quero você não só como amiga, quero você como mulher, quero me casar com você, você é tudo na minha vida!

- Bill, não quero precipitar nada, você me machucou muito, eu confiei muito em você, mas prefiro esquecer isso e por enquanto vamos ser amigos, por favor!

- Melhor ter sua amizade do que não ter nada seu, mas prometa que vai pensar no meu pedido?

- Que pedido, Bill?

- O de casamento!

- Ah deus! Tá, prometo! Vou vir aqui todos os dias, mas você me promete que vai voltar a comer e vai se abrir com a psicóloga e com o trabalho de grupo, assim você melhora e saí daqui então resolvemos o que será de nossas vidas.

- Ta, eu prometo.

- Promessa é dívida, eu vou perguntar de você para Sarah todo dia, não pense que você vai escapar de mim!

- Não quero me escapar de você, nunca!

- Agora vamos começar melhorando. Indo para a festa e comendo igual loucos igual a gente fez naquele café da manhã do hotel que saímos quicando, você lembra?

- Hahahaha, como vou esquecer daquilo? Foi uma comédia.


Fomos para a festa e Bill parecia outra pessoa, estava comunicativo e conversou bastante com Sarah e comigo, ele costumava falar mais, mas ele evoluiu bastante, eu toda hora o fazia comer, porque eu pegava salgado para ele toda hora, ele comia tudo para me agradar, coitado taquei tanta comida nele que ele comeu tudo que não havia comido nos últimos meses. Estava na hora de ir embora e eu dei o número do telefone do quarto para ele me ligar quando precisasse. Fui embora com Sarah, na hora de ir embora, dei um beijo em seu rosto e fui embora, antes que eu voltasse e desse um beijo como tanto desejávamos dar, mas não ia me precipitar, era melhor continuarmos amigos por enquanto, eu via o desejo nos olhos dele, mas ele respeitou minha decisão. Seu olhar ainda era abatido, mas não tão triste como estava, isso já é um grande passo.

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Notas finais do capítulo

Bem, então é isso. Deixem reviews. Beijos :*

Indicação de fic: Alleine in die Nacht, é uma das mais linda que eu li, vc chora tanto!
link: http://fanfiction.nyah.com.br/historia/57269/Alleine_In_Die_Nacht



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