Academia de Mediadores : Linha vermelha escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 6
Capitulo 6




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Estava tudo muito quieto, o que me levava a suspeitar.

Quando abri os olhos rapidamente a luz forte e branca demais me cegou.

–Hey, você já acordou. - Diz uma voz doce

Eu pisco algumas vezes me acostumando a luz forte do quarto totalmente branco.

–Onde eu to? - Pergunto

Minha voz sai grogue pelo sono enquanto me forço a sentar.

–Você está no hospital querida, seu avô está no quarto ao lado. - Ele diz

Eu respiro aliviada.

–No quarto ao lado? ele está bem? onde estão minhas coisas? o que aconteceu com as pessoas na minha casa?

A enfermeira baixinha de cabelos grisalhos sorri de forma confusa.

–Se acalme querida, uma coisa de cada vez. De que pessoas está falando?

Eu sinto minha testa se enrugar.

–Não haviam ninguém na casa além de você e seu avô. - Diz a enfermeira

Eu solto um longo suspiro.

–Como nos acharam?

–Vocês estavam jogados na rua do lado de fora da casa.

–Jogados?

–Sim, ao que parece vocês engatinharam até lá.

Balanço a cabeça.

–Não me lembro.

A médica sorri.

–Certo, apenas fique aqui vou buscar algo para você comer.

De repente meu estomago ronca como se para provar que eu realmente estava com fome, a enfermeira sai e eu me levanto caminhando até a janela, visto o mesmo pijama de quando fui dormir, um pouco sujo agora. Os primeiros raios de sol atingem o horizonte e meus olhos viajam por toda a extensão do lado de fora.

Eu gelo.

Vestido de preto da cabeça aos pés me mirava com o rosto pálido maligno, ele me olha por algum tempo antes de começar a caminhar, na minha direção.

Meus pés se movem rápidamente, eu não o conheço mais algo me diz que ele estava no encendio que a pouco eu estive, saio do quarto procurando ir ao quarto de meu avô e pedir ajuda, parece bizarro mas acho que meu avô pode me ajudar mais que a policia.

Abro a porta do quarto ao lado esquerdo do meu e respiro aliviada por vê-lo lá, parado e com os olhos fechados.

–Vovô?

Seus olhos se abrem rapidamente enquanto me miram.

–Oh Rose, que bom que está bem.

–Eles estão aqui vovô.

Minha voz alerta meu pânico, eu fecho a porta atrás de mim e encosto nela uma cadeira que estava próxima meu avô tenta se sentar e de imediato vejo que ele está machucado.

–Você tem que ir, a mochila está ali do lado, pule a janela. - Ele instrui

Acho que ele pode ver a negação em meus olhos pois balança a cabeça.

–Estou machucado, não tenho condições de continuar. Você precisa seguir sozinha agora.

Lágrimas se acumulam em meus olhos.

–Não Chore Rosemarie, você tem que ser forte. - Ele diz

Eu engulo o choro forçadamente.

– Eu te amo vovô.

Eu o abraço apertado.

–Vai ficar tudo bem.

Mas é claro que ele sabia que não ia ficar tudo bem.

Eu coloco a mochila em minhas costas.

–Pegue um ônibus para o Rio de janeiro.

–Por que?

Ele olha para a porta.

–Apenas faça isso.Eu te amo minha neta.

E depois disso, eu pulo.

Escalar nunca foi dificil para mim, pular também e foi assim que cheguei ao chão rapidamente correndo em seguida pelo estacionamento, mas a pouco antes de sair eu parei, algo em minha cabeça dizia "Continue correndo" mas eu me virei e foi a pior coisa que fiz na minha vida.

O homem de preto me observava da janela do quarto de meu avô, uma palma completamente grudada no lado de dentro do vidro como se acenasse sem se mover, a sua mão estava coberta com sangue.


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Notas finais do capítulo

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