Eric

Com todos reunidos na sala de estar na Mansão Eric não tinha outra opção ao ouvir o que eles tinham a reclamar pelo o que Charlotte disse, que traria Oliver de volta a vida. Eric também queria acreditar que fosse possível, ele já conhecera gente que conseguiu voltar do inferno ou do outro lado, mas sabia que tudo isso era difícil e não era tão simples quanto parecia. O problema da vida é que tudo requer um sacrifício, geralmente isso gera a morte de uma bruxa e nas condições atuais de Eric, ele não ligaria em sacrificar 50 bruxas se fosse necessário para trazer Oliver de volta.

– Como assim você pretende trazer Oliver de volta? - disse Aro.
Aro estava estressado, se ele não fosse imortal seus fios de cabelos já estariam brancos e caindo, com rugas na testa.
– Charlotte - continuou Aro - , minha querida, você sabe que isso é muito difícil. Como pretende traze-lo de volta?
– Com a ajuda das bruxas. - respondeu Charlotte com um sorriso no rosto.
– E porque as bruxas nós ajudariam? Sempre foi uma competição entra nós e a maioria dos clãs. - Logan se meteu na conversa - Na minha opinião, isso é impossível.
Todos ficaram quietos, Lucy e Charlotte apenas se olharam e reviraram os olhos, com expressão de tédio na face. Aro continuava a caminhar de um lado para o outro a frente de todos, as mãos juntas entre o queixo e com uma expressão preocupada, ele geralmente não era assim, Charlotte deveria ter tocado em algum assunto que não deveria.
– Vocês ficam ai falando que é impossível. - disse Eric olhando para todos - Mas estão todos errados, eu já vi com meus próprios olhos bruxas trazerem mortos de volta a vida. Sendo do inferno ou do outro lado.
– Mas você está esquecendo uma importante informação - disse Savannah - , o outro lado. Sabemos que para as bruxas conseguirem trazer alguém de volta de lá é necessário um pacto e qual bruxa de hoje em dia faria um pacto para nos ajudar?
Todo ficou pensativo e calado por algum tempo, até que os olhos se voltaram para Lucy.
– Porque estão olhando para mim? - disse Lucy com os olhos fixos em suas unhas.
– Porque sua família verdadeira é importante - disse Savannah.
– Importante? Somos conhecidos e meus tios e meu pai são temidos por todo o mundo, eu não classificaria isso como importante.
– É melhor ser temido do que amado. - ironizou Eric.
– Porque não podemos ser os dois? - respondeu Lucy fitando todos.
– Vocês estão saindo da conversa. - voltou Savannah - Como eu ia dizendo, Lucy, suas tias não podem ajudar?
– Eu não sei. Mas que é possível trazer alguém dos mortos é, mas se elas conseguem eu juro que não sei. Mas não preocupem, pergunto hoje mesmo para elas.
Mesmo com a situação quase resolvida Aro ainda estava com os nervos a flor da pele.

Já eram 10:31 da manha, o céu já estava limpando e todos ainda estavam deprimidos, mas queriam afastar isso agora que podia haver esperança de trazer Oliver de volta a vida. Charlotte, Lexi e Alec preparavam a comida e eles até que estavam se divertindo. (Quem disse que vampiros só bebem sangue estão mentindo.) Lexi ensinava Charlotte a preparar o frango enquanto Alec fritava algumas batatas, conseguia ouvir suas gargalhadas da sala. Zorak, Aisha e Logan conversavam na varando com o sol pegando em seus rostos. Os vampiros de hoje em dia podem andar no sol por causa de alguma joia enfeitiçada por bruxas antigamente para poderem viver como ''humanos''.
Eric estava sentado no sofá da sala bebendo Whisky quando Adeline chegou e se ajoelhou entre suas pernas e tirou a bebida da mão do irmão e colocou uma de suas mão no pescoço de Eric.
– Eric - disse com uma voz doce -, Whisky não vai fazer o seu luto passar mais rápido, confie em mim, essa foi minha primeira opção.
– E você espera que eu faça o que, Srta. Gainesborough? - ironizou Eric.
– Se distraia.
– Tipo, fazer comida com a Lexi? Ou conversar na varanda? Ou até mesmo andar por ai sem pensar em nada?
– Não, se distraia com a gente. Somos sua família.
Eric colocou a mão no pescoço de Adeline e beijou sua testa.
– Eu amo você Adeline, mas sua tentativa de me animar não vai adiantar.
– Também estou deprimida, mas vamos ficar mais ainda se não fizermos nada para passar o tempo.
Eric deu um sorriso e fitou os olhos belíssimos e verdes de Adeline Gainesborough. Ela atingiu seu objetivo, tirar um sorriso do rosto dele. Eric deu outro beijo na testa da irmã e ajudou Adeline a se levantar e se levantou também.
– Tudo bem - disse ele - , vamos fazer alguma coisa para passar o tempo.
Adeline deu um sorriso de orelha a orelha.
– Eu sei o que podemos fazer. - disse Lucy encostada na parede rodando uma chave entre seus dedos.
– O que? - perguntou Adeline se virando assim que ouviu a voz dela.
– Dã, andar por Nova Orleans com o conversível novo do vovô Aro. - Lucy deu um sorriso malicioso e uma piscadinha para os irmão. - Hm... Importado de Singapura.
Eric deu um sorriso e Adeline uma pequena risada.
– Você é única.
– Eu sei. - respondeu Lucy - Vamos logo!
Juntos, os três saíram pela porta da frente e foram até a garagem. O conversível estava bem ali, branco e com os bancos da cor preta. Novinho em folha, Aro gostava dessas coisas. Lucy jogou a chave para Eric.
– Você dirige.
Os três entraram no carro do avô e foram dirigindo para fora da Mansão de La Fontaine, indo para o centro de Nova Orleans. Isso esfriaria a cabeça deles, eles só precisavam chegar na hora do almoço para o '' almoço em família '' organizado pela Lexi, ela não deixaria ninguém faltar.