Crônicas demoníacas escrita por Jullie Buchanan


Capítulo 18
Mordidas em uma sexta-feira à noite


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas



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Adeline

Era só o que faltava, Magnus estar ressurgindo e Oliver ainda nem ter aparecido na porta. Adeline já estava em pânico por dentro, mas por fora era obrigada a manter a calma. Ela já sabia disfarçar perfeitamente mesmo.

Enquanto Adeline lavava o rosto algumas pontas de seu cabelo da cor castanho claro iam invadindo sua face, fazendo-os molhar por causa da água. Adeline se xingou mentalmente, não por ter molhado uns fios de cabelo mas por se achar inútil em relação a sua família. Lucy devia ser a mais importante por ter uma das famílias mais poderosas do mundo, pode-se dizer. Charlotte e Oliver eram irmãos de sangue e foram transformados depois de Eric e Logan, deviam ser especiais por isso e também, Godric confiava no julgamento de Charlotte. Logan era um bom guerreiro, mas gostava de chamar atenção e deixar rastros de corpos, mas ele aprendeu profissionalmente como não deixar mais rastros. Eric foi um viking, era um bom mentiroso, cobria ou deixava rastros do jeito que pretendesse, era esperto, torturador e calmo quando precisava. Mas Adeline não era tão boa quanto seus irmãos, sabia usar armas de fogo como ninguém, ficava calma sob pressão, era uma boa mentirosa, egoísta, gananciosa e sempre foi uma boa caçadora de recompensas. Só que para Adeline nada disso bastava, tudo bem, quando ela se tornou vampira tudo isso se aprimorou mais e agora sabia se defender sozinha, mas para ela ainda era pouco. A garota exigia muito dela mesma. Adeline saiu do seu quarto e foi direto para a cozinha e pegou um pouco de suco de uva na geladeira e se sentou na cadeira do balcão.

– Oi. - disse Eric entrando na cozinha e indo direto para a geladeira.

– Oi.

Eric pegou um pouco de água e se sentou na frente de Adeline.

– Não acho que Charlie vai nos ajudar. - Eric massageou a testa, frustrado.

– A promessa que ele fez inclui jurar por Lúcifer, ele não pode quebrar uma coisa dessas ou acontece coisas horríveis com ele.

– Como você sabe de tudo isso?

– Lendo livros e antigamente eu era uma caçadora, como você sabe.

– Me esqueci.

Eric sorriu para Adeline e ela retribuiu o sorriso. Ela gostava de Eric, mas tinha ciume dele em relação a Charlotte. Os dois passavam tanto tempo juntos que parecia que Eric esquecia de Adeline a cada dia e parecia que ele nem a amava mais, que nem se importava mais. Adeline sorriu para Eric outra vez e deu um gole no seu suco.

– O que fez você pedir para Godric me transformar em vampira?

Eric a observou, parecia hipnotizado nos olhos cinzas de Adeline. Ele sorriu para a irmã.

– Eu me apaixonei por você no instante em que te vi, Adi. E quando nos falamos foi bom conversar com alguém e não só falar, você não era como as outras garotas da época. A maioria era meretriz e era só a gente passar que elas já começavam a querer chamar atenção para si. Mostravam o tornozelo e ficavam colocando o vestido para baixo mostrando que elas tinham seios, o que era completamente ridículo. - Eric riu - Você me esnobou e tentou matar...

– Ah, e isso foi atraente? - interrompeu Adeline.

– Foi, naquela época foi. Mas hoje ainda é. O problema é que quando Jester me disse que você tinha ficado doente eu fiquei preocupado mas achei que era só uma gripe, então eu descobri que você tinha pegado a peste negra. Eu não podia deixar você morrer daquele jeito, na verdade, eu não podia deixar você morrer. Então chamei Godric e ele te transformou.

– Tudo isso porque você estava apaixonado por mim? - perguntou Adeline com um sorriso no rosto.

Eric coçou a garganta e desviou o olhar de Adeline.

– É, tudo porque um vampiro mau e pervertido se apaixonou por uma garota que o esnobou, uma garota que era uma boa caçadora na época.

– Acho que me saio melhor como caçadora de recompensas.

– Qual é Adi, eu sei como você reage quando vê algum assassinato estranho na televisão. Você ainda tem instintos de caçadora.

– Eu fiz coisas terríveis, não mereço mais ser uma caçadora.

– Cala a boca, você não fez nada terrível. Apenas com quem merecia.

Adeline sorriu para Eric e se levantou da sua cadeira e foi até o loiro. Ela acariciou os cabelos dele e sorriu. Adeline se inclinou para perto de Eric e deu um beijo delicado na boca do rapaz. Esse tinha sido o primeiro beijo dos dois em anos. Eric sorriu e Adeline retribuiu e em seguida ela saiu da cozinha, o coração estava meio acelerado mas nada que a fizesse surtar.

15:30 da tarde Adeline se sentou na varanda na frente de casa e começou a olhar para tudo quanto era lado. Ela pensava em Oliver, tinha saudade dele. Oliver e Adeline sempre foram muito amigos e realmente eram como irmãos, a morte dele fez Charlotte se desequilibrar mas Adeline também não estava equilibrada. Ele podia ser o yang da Charlotte, mas Adeline também tinha um equilíbrio emocional com ele por perto.

Quando deu 20:30 da tarde o sol já estava se pondo e a lua já estava começando a surgir no céu, Adeline começou a caminhar pela floresta que ficava no ''quintal'' de sua casa. Tinha a mansão La Fontaine, a floresta, a direção para o Quartel Frances. Mas atravessando a floresta tinha o cemitério e mais além tinha algumas casas, como a Mansão Slaint e a residência Brandford. Não eram tão perto quanto parecia. Adeline caminhava pela floresta, e pelo visto já tinha indo bem profundamente em poucos segundos. Sua cabeça estava cheia de pensamentos inúteis, ela queria estar pensando em qualquer coisa naquele momento mas pensava em sua antiga vida.

Adeline foi feliz, ela caçava com seu namorado e com sua prima. Iam para tudo quanto é lado do pais, as vezes iam até para a Itália, Grécia e Alemanha só de cavalo, demorava, mas no caminho resolviam bastante coisa. Aquela época era dura, tinha guerras, gente morrendo por causa da peste negra e várias outras coisas. O problema principal era as criaturas. Demônios criaram a peste negra para matar várias pessoas, naquela época parecia que as portas do inferno estavam completamente abertas. Angus e Marie, seu namorado e sua prima, pegaram a peste negra ao serem possuídos por demônios, Adeline não teve nenhuma opção a não ser mata-los para acabar com seu sofrimento.

A garota de olhos cinzentos e cabelos da cor castanho claro estava de saco cheio de pensar essas coisas, nada mais vinha em sua mente, parecia que ela tinha acordado para lembrar disso. Adeline ouviu um ruído vindo mais ao fundo da floresta e ouviu um galho ser quebrado, quando ela olhou para o céu, percebeu que era noite de lua cheia. A garota gelou, ficou mais fria do que era para estar e olhou em volta, procurando algo. Ela tentou dar meia volta para voltar para cama mas antes que pudesse, um animal se meteu em sua frente, um lobo cinzento.

– Oi amiguinho... - disse Adeline tentando falar com o lobisomem.

O lobo rosnou e quando Adeline olhou em volta, notou outros três lobos a cercando. Eles conseguiam farejar vampiros, o que foi uma péssima ideia sair na lua cheia. O lobo cinzento pulou em Adeline, fazendo ela cair no chão e os outros três foram para cima, todos eles tentaram morder a garota mas ela conseguiu joga-los para longe, Adeline mordeu um lobo branco no pescoço e quase o matou mas um lobo preto defendeu o outro e tentou morder Adeline. Ele pulou no pescoço dela e começou a latir e a tentar morde-la mas antes que conseguisse alguém o jogou em uma árvore, fazendo ele bater com tudo.

– Que diabos você pensa que está fazendo fora de casa em uma lua cheia?! - disse Godric brigando com Adeline.

– Eu não vi lua.

– Que desculpa clichê mocinha!

O lobo cinzento pulou em Godric e antes que o animal pudesse fazer algo, Godric mordeu a barriga do bicho e o estraçalhou. Os outros lobos notaram a presença de Godric e a morte de um dos seus e fugiram para sabe-se lá onde.

– E é bom vocês não voltarem! - gritou Godric.

Godric estendeu uma das mãos para Adeline, ajudando-a se levantar.

– Você está bem?

– Acho que sim, tirando os arranhões.

Adeline podia não ter sido mordida, mas foi arranhada dos pés á cabeça.

– O que você pensou que estava fazendo?!

– Eu não sei!

Godric franziu a testa e deu de ombros.

– Esquece. - Godric passou a mão no cabelo. - Odeio lobisomens vira-latas.

Adeline riu e tentou andar, mas não conseguiu, estava com muita dor e com muitos machucados. Godric suspirou e puxou Adeline, colocando-a em seu colo e começou a caminhar de volta à mansão. Adeline sorriu.

– Como você sabia que eu estava em perigo?

– Sou seu criador, posso sentir quando qualquer uma das minhas crias está em perigo. - Godric sorriu.

Tinha sido uma noite agitada para Adeline, ela quase havia morrido e Godric quase havia perdido outro filho. Mas como assim ele podia sentir quando um dos filhos estava em perigo? Obviamente ele sentiu a morte de Oliver e não quis falar nada, o que era realmente intrigante e sem sentindo.


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Notas finais do capítulo

Já estou ficando sem criatividade para escrever notas u.u



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