PV EDWARD

— Mãe onde ponho isso?- pergunto segurando o quadro da família pintado por ela mesma.

Esme Platt, duas décadas depois que papai me transformou enfim ele encontrou sua companheira. Uma vampira que havia se mudado para o mesmo bairro onde eu e papai estávamos morando, para montar uma galeria de artes, além de pintora é excelente em arquitetura e decoração também. Esme é tão doce e maternal e “aguenta” a mim e meus quatros irmãos, cinco vampiros eternos adolescentes. Rosalie e Emmet eram um casal de nômades, que nós conhecemos ao caso em Rochester e ficaram interessados no nosso estilo de vida e se juntaram a nossa família. Três décadas depois veio Jasper e Alice já eram companheiros e se juntaram a nós porque Alice tem o dom de ver o futuro, e teve uma visão de que faria parte de nossa família e vieram até nós e ao olharmos para eles foi como se Jasper e Alice fossem da família o tempo todo.

— Pendure-o naquele prego em cima da lareira, por favor.

— Ok. – e faço rapidamente o que mamãe pediu.

E Emmet passou por mim carregando dois sofás.

— Eu podia levar um Emmet. – Rosalie resmunga andando atrás dele.

— De que serve ter o marido mais forte do mundo, se for para deixar você pegar peso? –diz Emmet se referindo ao seu dom ser a força.

— Sabe que até para mim esse sofá não é pesado, mas de qualquer forma isso é muito atencioso de sua parte. – fala Rosalie dando um selinho em Emmet, que pôs os sofás no chão passando os braços em volta da cintura dela e lhe dando um beijo de verdade.

— Ah! Vão para o quarto. – falo atirando uma almofada neles que pararam de se beijar rindo de mim. Eles sabiam que eu odiava os ver se agarrando, pois eram explícitos demais.

— Alice fala comigo. – ouvi Jasper dizer angustiado.

Todos olharam para Alice. Foi quando me foquei nos pensamentos dela e me prendi na visão que estava tendo.

— Essa visão não pode se concretizar. – falo transtornado.

— O que Alice viu Edward?- me pergunta Jasper, mas eu sentia que não tinha tempo para responder.

— Onde e quando Alice?- pergunto a chocalhando para que saísse do transe.

— Eu não sei. – fala Alice frustrada.

— Alice, por favor, tente ver onde é? – peço nervoso.

Alice passou a rever a visão para ver se captava algo que pudesse ter deixado escapar. E eu revi em sua mente junto com ela. Para ver se juntos encontramos algo que nos ajudasse.

— Espera Alice foca naquela placa.

— Edward é aqui na rodovia principal de Forks. – não esperei Alice dizer mais nada e sai correndo o mais rápido que podia para lá.

— NÂO! – gritei quando vi de longe o carro cair ribanceira abaixo em direção ao oceano ao tentar desviar de um animal que invadiu a pista. Continuei correndo em direção à ribanceira, saltei e ao chegar à água nadei em direção ao carro que já está praticamente cheio de água, apenas uma pequena parte do carro atrás ainda não estava tomado pela água. Constatei que o homem e a mulher que estavam no banco da frente infelizmente já estavam mortos por terem recebido primeiro o impacto da queda do carro na água. Voltei-me minha atenção para o banco de trás e tinha uma garota tentando se soltar do cinto de segurança que parecia emperrado, por um momento me perdi nela, me sentindo instantaneamente preso a ela, mas um filete de sangue começou a escorrer por sua testa me trazendo de volta a realidade. Eu precisava desesperadamente salvá-la.

Forcei a porta do carro do lado dela e abri, arrebentei o cinto de segurança dela com as mãos com facilidade, a retirei de lá e a levei até a areia da praia a deitando lá. O sol infelizmente começou a nascer. Forks era um lugar frio, chovia quase todos os dias do ano e logo hoje o céu resolve amanhecer livre de nuvens. Eu penso amaldiçoando o tempo. Eu tinha de tirá-la daqui imediatamente ninguém podia ver minha pele de vampiro brilhar.

Olhei a minha volta e felizmente a praia de La Plush estava deserta. Era cedo demais para ter alguém lá.

Voltei minha atenção à garota que parecia fraca, mas seu olhar parecia fascinado ao invés de assustado ao ver minha pele brilhar como diamante exposto ao sol.

— Você ficará bem, a levarei ao meu pai que é médico ele cuidará de você. – tiro minha blusa de frio que eu usava por cima de regata para tentar estancar o sangue da cabeça dela com ela.

Os olhos dela piscaram lentamente. Ela queria fechar seus lindos olhos cor de chocolate. Droga! Ela não podia dormir.

— Ei não durma, por favor, me diga seu nome.

— Isabella. – disse com a voz fraca.

— Isabella mantenha seus olhos abertos. – tiro alguns fios de cabelos castanhos avermelhados de seu lindo rosto em formato de coração.

Mas ela continuava a piscar lentamente. Ouvi os pensamentos de Alice que felizmente estava próxima da gente.

— Por favor.– implorei quando percebi Isabella desistir – Eu preciso que fique comigo.

— Anjo. – Isabella sussurrou em seguida caindo na inconsciência.

— Não Isabella acorda! – peço desesperado a achocalhando de leve.

— Edward vamos. –fala Alice de forma urgente ao estacionar o carro próximo a nós. Entrei com a Isabella no banco de trás a acomodando-a em meu colo. E Alice saiu cantando pneu.

Isabella estava muito fria. Eu constatei sentindo sua pele branca como porcelana em contado com meu corpo que infelizmente também era frio, porque meu coração não batia mais.

— Ligue o aquecedor. - digo a Alice que o fez rapidamente.

— Mais rápido Alice. - pedi enquanto eu inutilmente ainda tentava estancar o sangue do ferimento da cabeça de Isabella. Esse ferimento parecia sério demais.

— Estou indo mais rápido que esse carro pode.

Alice costurava o trânsito, e ouvimos buzinas e xingamentos dos motoristas. Era cedo ainda, mas infelizmente para chegarmos ao hospital tínhamos de pegar a rodovia principal que independente do horário sempre tinha um grande fluxo, principalmente de caminhões, era uma rota importante para eles.

— Maldito sol. – sibilo raivoso. -Se eu pudesse levar Isabella correndo ao hospital já estaríamos lá.

— Estamos quase lá Edward. – disse Alice fazendo mais ultrapassagens arriscadas. Era muito bom que vampiros tinham reflexos afiados.

— Alice temos de avisar o papai.

— Eu já fiz isso ele já á espera no hospital.

Quando chegamos meu pai já nos aguardava na entrada com enfermeiros e uma maca.

— Pai. – digo angustiado colocando Isabella na maca e os enfermeiros a levaram para dentro do hospital.

— Cuidarei dela filho confie em mim. – disse Carlisle, Alice já havia dito a ele que se tratava da minha companheira.

— Eu confio pai. - e ele se foi rapidamente até onde Isabella estava.

— Vamos entrar Edward. – diz Alice após estacionar o carro me levando até a sala de espera.

— Alice e o carro? E os dois corpos eram os pais dela, não era?- pergunto num sussurro, nenhum humano poderia ouvir.

Infelizmente eram sim. - me confirmou Alice por pensamento me deixando triste minha Isabella havia perdido os pais cedo demais.

— Temos de resolver a questão do acidente, será que alguém já acionou a polícia? Temos de pensar em como resolveremos isso.

Nossa mãe e Jasper cuidarão disso. Para todos os efeitos Isabella é a sobrinha de Esme que infelizmente perdeu os pais no acidente quando vinham nos visitar. Eu já vi que dará certo então não se preocupe com isso, dê isso por resolvido.— Alice diz a mim por pensamento.

— Algo a menos para se preocupar.

Vi na mente de meu pai ele se preparar para fazer uma cirurgia em Isabella. Eu sabia que aquela hemorragia era seria.

— Droga!

— O que foi Edward?

— Papai terá de fazer uma cirurgia em Isabella. Espero que dê tudo certo. Eu não posso perdê-la.

— Não vai. Vocês ficaram juntos. – diz Alice de maneira firme.

— Torço para que suas palavras seja o desejo de Deus. – falo em forma de prece.