Laço de amor eterno escrita por Novacullen


Capítulo 3
Capítulo-02


Notas iniciais do capítulo

Agradecendo a Reeh Cullen pela recomendação. Espero que você tenha puxado a fila de muitas outras recomendações...
Boa leitura!



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PV EDWARD

Horas depois da cirurgia...

— Olá! Eu sou Carlisle Cullen seu médico. Como se sente? – ouvi Carlisle falar com Isabella. Ele achou melhor que eu e Alice esperássemos um pouco antes de entrar no quarto ele queria averiguar o quadro clínico após a cirurgia feita na cabeça dela.

— Poderia acender a luz. – pediu Isabella.

— Como? – disse Carlisle confuso com seu pedido.

— A luz pode acender, por favor. – diz Isabella.

— Mas a luz está acesa. – afirmou Carlisle.

Essa não!—ouvi na mente de Carlisle.

— Não pode ser verdade. -sussurro a mim mesmo.

Ela ainda nem havia recebido a notícia da morte dos pais e agora  tinha de lidar com mais isso. Não é justo. Pensei indignado.

— Não se deve fazer piadas com pacientes doutor. – fala Isabella em tom de advertência.

— Eu não estou. Deixe-me examinar seus olhos. – diz Carlisle engolido a angustia pela situação e falando de modo profissional.

— Exami... NÂO. NÂO PODE SER!

— Acalma-se Isabella. – pediu Carlisle.

— Eu não posso estar cega! – disse Isabella chorando.

O que fez meu coração doer. Eu sentia seu sofrimento. Eu queria entrar lá e confortá-la.

Senti os braços de Alice em minha volta, mas não era exatamente eu que precisava de consolo nesse momento.

— Pode ser reversível deixe-me examiná-la, por favor. – insistiu Carlisle.

Isabella se acalmou um pouco deixando meu pai examiná-la.

— Seus olhos estão em perfeito estado, deve ser neurológico já que a pancada em sua cabeça foi forte, a cirurgia foi bastante delicada, irei encaminhá-la para fazer alguns exames.

— Tenho chances de voltar a enxergar de novo? – perguntou Isabella temendo ouvir um não.

— Não posso responder agora preciso dos resultados de alguns exames. Irei fazer o pedido dos exames agora e logo um enfermeiro virá busca-la para você ir fazê-los. Está bem?

— Ok. – Isabella fala simplesmente.

— Pode ser reversível filho. - diz papai ao ver meu estado ao sair do quarto.

— Posso vê-la pai?

— Claro. – e em seguida foi providenciar os exames dela.

— Oi! Eu sou Edward Cullen – digo ao abrir a porta do quarto de Isabella.- Eu a tirei do carro, lembra? Eu posso entrar?

Ela não me respondeu, mas mesmo assim me aproximei dela. Lutei com muito custo contra a vontade de tocá-la. Eu não sabia como reagiria a mim então resolvi não arriscar. Minha mente trabalhava rapidamente em busca de dizer algo que a conforte nesse momento tão difícil, quando Isabella resolve quebrar o silêncio me perguntando algo que eu queria adiar ter de dizer depois desse diagnóstico do papai.

— Meus pais, eles morreram, não é?- perguntou Isabella quase num sussurro.

— Infelizmente sim Isabella. Eu sinto muito. – falo sincero e ela deixou lágrimas cair. Que fez meu coração se apertar.

Contive a vontade de abraçá-la, mas não pude impedir minha mão de limpar as lágrimas dela, mas ela pegou minha mão e afastou de seu rosto bruscamente.

Seria o frio da minha pele que a incomodou?

— Você não tinha nada que ter me salvado. – fala Isabella com raiva. -Devia ter me deixado morrer com meus pais.

— Não! – falo chocado com suas palavras. – Eu queria poder ter chegado a tempo de salvá-los também, mas não consegui eu sinto muito, mas pude salvar você.

— Eu estou cega, sem meus pais que era a única família que eu tinha, acha que quero continuar vivendo sozinha e ainda mais cega?

Não tem mais parentes, pensei triste por ela, mas Isabella tem a mim e minha família agora.

— Sei que é difícil, mas eu estou aqui para você, vou ajudá-la a lidar com isso. Assim como minha família também.

— Fácil falar quando se enxerga.

— Isabella meu pai disse que pode ser reversível.

— Sinto que não é, você não tinha que ter interferido em meu destino. Era para eu ter partido com meus pais.

— Não diga isso. - peço angustiado. Só a ideia de perdê-la é dolorosa demais.

— Não quero mais falar com você, saia daqui.

— Eu não quero deixa-la sozinha nesse estado. – insisto.

— ME DEIXE SOZINHA!

— Ok. – eu digo a contragosto fazendo sua vontade não querendo deixa-la mais nervosa, pois ainda se recuperava de uma cirurgia.

— Não aguentarei viver na escuridão. –  a ouvi dizer a si mesma quando fechei a porta do seu quarto.

— Eu falhei com minha Isabella. - digo a mim mesmo, escorregando minhas costas pela porta, flexionei minhas pernas as abraçando  e apoio minha testa em meus joelhos.

— Claro que não Edward. – disse Alice se agachando a minha frente.

— Cega e sem os pais, como diz que eu não falhei com ela?– digo encarando minha irmã.

— Ela está viva.

— Por pouco.

— Não se martirize assim meu irmão.

— Eu não estou. Eu realmente devia ter sido mais rápido Alice e ter evitado o carro de cair e assim ela não teria perdido a visão e nem os pais dela teriam morrido também. Ou talvez eu devia ter procurado por ela quando você teve sua primeira visão de mim com Isabella sendo minha companheira. Assim nada disso teria acontecido.

— Sabe que é perigoso intervir no destino Edward.

— Ainda sim eu deveria ter arriscado.

— Não devia e na hipótese de você ter ido atrás dela antes, como se aproximaria dela? Sendo que quando tive a primeira visão Isabella era apenas uma criança com cerca de cinco anos.

— Eu a teria protegido de longe.

— Sabe que ao por seus olhos nela pessoalmente o laço da sua parte teria sido feito imediatamente, mesmo você tendo de esperar ela crescer você estaria definitivamente ligado a ela e não conseguiria apenas vê-la de longe, iria com certeza se aproximar dela, manter contato sempre e não demoraria Isabella perceber que você não é humano e sendo ela criança sairia contado para todo mundo sobre você e o que iria por a vida dela em risco. Sabe que se isso chegasse até os Volturi o fato dela ser sua companheira nesse caso não impediria que eles a matassem. – estremeci ao ouvir Alice dizer isso- Pois a regra é que ela apenas saiba e que não conte a mais ninguém o segredo. E sabe que nós nunca conseguiríamos derrotar a guarda deles para impedir isso. Acredite Edward tudo acontece ao seu tempo.

— E Isabella tem que pagar pelo tempo?

— Nada podemos fazer pelos pais dela infelizmente, mas quanto a cegueira não precisa ser permanente isso se for o que der naqueles exames, Isabella tem quatorze anos ainda é muito nova para isso, mas daqui uns dois ou três anos você pode transformá-la, e ela voltará a enxergar. E você ainda a teria para sempre.

Fazê-la passar pela dor da transformação? Eu conseguiria permitir isso? Meu coração se apertou ao cogitar fazê-la passar por isso mesmo sabendo que isso lhe traria de volta a visão e me permitiria que eu nunca a visse a partir desse mundo também. Mas pensando bem se for o caso essa decisão não cabe a mim essa será uma decisão exclusivamente de Isabella, pois se trata do rumo da vida dela e só ela para saber o que quer para si.

— Se Isabella quiser essa vida para ela Alice. E quanto a me aceitar eu duvido muito, ela me odeia. – digo ao me lembrar da reação dela minutos atrás.

— Não odeia Edward.

— Alice você sabe que por meio do laço eu sinto o que Isabella sente e ela está com muita raiva de mim.

— Está interpretando errado Edward, Isabella não está com raiva de você e sim pela perda dos pais e do possível diagnóstico de sua cegueira ser permanente o que aconteceu ali foi que ela acabou descontando a raiva desses dois motivos em você.

— Será mesmo que é só isso?

— A visão de vocês juntos ainda é sólida meu irmão. Quer prova maior do que essa?

— Tem razão. - fico mais calmo, Isabella não me odiava, mas eu ainda estava angustiado, eu sentia Isabella sofrendo sozinha naquela quarto e eu aqui sem poder fazer nada porque ela não me quer ali com ela.

— Consegue ver o resultado dos exames?

Alice concentrou-se, mas nada viu, infelizmente ela não podia ver tudo. Teríamos de esperar para saber.

— Você precisa caçar, o dourado dos seus olhos está escuro quase dando lugar ao preto, por mais que tenha um excelente controle é melhor não arriscar.

— Não quero deixá-la. E sabe que vai me doer me afastar dela também.

— Eu sei, mas é necessário que o faça de vez em quando, você não pode ficar sem caçar eu cuido dela até você voltar.

— Ok. – e sem escolha me levantando, olhei para a porta do quarto de Isabella e ergui minha mão em direção a maçaneta da porta pensando em me despedir dela, mas me lembrei de que ela pediu para ficar sozinha.

— Edward Isabella pediu para ficar sozinha, respeite isso.

— Eu sei, foi só um impulso. Já estou indo, mas me avise qualquer coisa sobre Isabella, por favor.

— Pode deixar.

E a cada passo que eu dava para longe de Isabella pior eu me sentia. O laço praticamente se tornava real me prendendo e tentando me puxar de volta para Isabella. Era dolorido me separar dela, mesmo que momentaneamente, encontrei forças para seguir em frente, quanto mais rápido eu caçasse mais rápido eu voltaria para onde eu deveria estar que era ao lado dela.


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Notas finais do capítulo

Até sábado que vem!