One day... [HIATO] escrita por Carina Everllark


Capítulo 5
Capítulo 4.


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Me desculpem mesmo pela demora por um novo capítulo! Tô sem tempo e sem notebook, me perdoem. O capítulo está bem pequeno, não deu pra escrever mais que isso :(
Não esqueçam de comentar, por favor. E apareçam fantasminhas! :3



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POV. EMMA

– Emma, como vamos tirar essas pessoas daqui? – sussurrou David.

Estavam todos sentados almoçando no grande refeitório do palácio enquanto eu tentava achar uma forma de mandá-los para fora daqui.

Poderíamos voltar para o passado e pegar alguns feijões mágicos, mas mexer com o passado pode muito bem acabar com o futuro. Poderia pedir para Gold tentar mandá-los para o universo deles, mas ele não conhece o lugar de onde eles vêm. Poderia tentar ir pelo oceano, por mais que a maior chance seja de não dar certo, mas não temos um capitão que conheça os mares o suficiente.

A não ser Killian. Oh, Killian. Eu realmente adoraria que você estivesse aqui comigo.

Já faz duas semanas que ele foi para a Terra do Nunca atrás da tal planta do Gold e até agora nem notícias dele. Será que ele tem noção do que está acontecendo? Será que ele está a salvo? Será que ele se lembra de mim? Será que ele está vivo?

– Emma?

– Ahn? Ah, oi! – acordei dos meus devaneios. – Eu não sei como vamos fazer isso David, as chances são impossíveis.

– Temos que tentar – disse ele depois de um tempo.

– Como?

– Vamos falar com Gold.

POV. RUMPELSTILTSKIN

– Gold, precisamos da sua ajuda – Emma e David adentraram minha casa.

– Bater na porta é bem mais educado – sorri sarcástico.

– Talvez da próxima vez – ela puxou um banco e se sentou. – Será que daria para mandar essas pessoas para o universo delas com o seu poder? Sei que já mandou pessoas para outros lugares, não pode tentar de novo?

Gargalhei a ponto de me sentar ao ouvir o que ela disse. Essa garota era realmente iludida.

– Claro que não – enxuguei as lágrimas de meus olhos. – Afinal não tenho idéia de onde fica esse lugar onde eles moram. Não faço idéia.

– Mas e se dermos um jeito de ficar sabendo? Sei lá, procurando na Internet... – disse ela.

– Internet?

– Enfim – ela balançou as mãos na frente do rosto – e se acharmos uma forma de saber?

– Não dá, Emma. Eu não consigo fazer isso.

Será que eu não conseguia?

Sorri internamente.

POV. MAXON

– Você tem alguma especulação sobre onde esteja essa planta? –perguntei.

– Falando a verdade? – ele riu. – Não.

Droga. Eu não aguentava mais andar com esse cara estranho. Além das roupas grotescas que ele usava ainda era sarcástico o tempo todo. Eu nunca sabia se ele falava sério ou se estava brincando. Eu desconfiava até demais se ele realmente me levaria consigo ou se ficaria nessa ilha para sempre.

– Cara, sabe se mais alguém apareceu do nada, como eu? – perguntei. – Ou de alguma garota ruiva, olhos azuis... De nome America...

– Claro que não – ele riu de novo. – Estamos na mesma situação desde que chegamos à essa ilha.

– Não dá pra você se comunicar com ninguém? Não tem um celular ou internet nesse lugar? Ou uma simples casa com televisão?

– Para, para! O que são todas essas coisas de internet e televisão que você tá falando, parceiro? – ele fez cara de desentendimento.

Era uma pegadinha. Só poderia ser. Como ele pode não saber nem o que é uma televisão?

– Tá brincando que você não sabe nem o que é uma televisão, não é? – perguntei incrédulo.

– Só sei o que é celular. Eu tenho um, mas não sei usá-lo direito. Não consegui ligar para ninguém até agora – respondeu ele despreocupado.

– Cara! Deixa eu tentar ligar, eu sei mexer em um.

– Todo seu – ele jogou o celular em minhas mãos e continuou andando.

Era um celular dos bem antigos, não era touch nem nada. Era tão fácil mexer que senti vontade de rir da cara de Killian.

Nos contatos só tinha um número, o nome era Emma.

– Quem é Emma? – perguntei, observando o número.

– Ninguém que te interesse – ele pegou o celular de minhas mãos.

– Ei, calma! Só quero me comunicar com alguém, saber de qualquer coisa que não seja dessa ilha nojenta. Me deixa ligar para ela, por favor.

– Tá legal – ele disse depois de me analisar de cima a baixo. – Mas eu é que vou conversar com ela.

Concordei com a cabeça e comecei a chamar. Depois de cinco chamadas, uma voz feminina atendeu.

– Alô?

– Hey, amor – Killian pegou o celular de minhas mãos.

Killian? É você mesmo? Não acredito que conseguiu me ligar – a voz riu.

– Não foi exatamente eu – ele riu. – Tá tudo bem?

Não exatamente. Como assim não foi você? – a voz dela ficou preocupada.

– Não sei por que, mas um cara apareceu na ilha do nada.

Aí também? – a garota sussurrou.

– Por que? Aí também apareceu caras com roupas de marica do nada?

– Ei! – bati no ombro dele.

Imagina só, do nada estou em uma ilha totalmente escrota com um cara que tem um gancho no lugar de uma mão e ainda tem coragem de falar de mim.

Não só caras, meninas também – ela disse e ouvi umas briguinhas do outro lado da linha. – Me deixa falar com ele! Quem disse ei? Quem tá aí? Maxon?!

Eu não podia acreditar. Não poderia ser ela. Não podia ser a voz dela.

Era America.

America?! – arranquei o celular das mãos de Killian. – America! Você tá bem? Aonde você tá?

Eu não sei, é uma tal de Floresta Encantada, e você? Tá tudo bem? – a voz dela estava embargada. Ela atropelava as sílabas.

– Uma ilha muito louca. Eu vou achar você, não se preocupe – ri.

Não tem idéia de tudo o que está – ela não conseguiu terminar a frase. A ligação tinha caído.

Tínhamos entrado em uma floresta escura, não dava para enxergar praticamente nada. O cheiro de enxofre e o barulho estranho amedrontaram-me. Senti meus músculos enrijecerem e meu coração acelerar.

O barulho que ecoava não era um barulho natural. Era de um animal, eu não conseguia identificar o que. Mas estava se aproximando. Eu conseguia perceber algo enorme se mexendo na escuridão.

POV. EMMA

– Maxon?! – disse America.

A ligação tinha caído.

– Não, por favor, por favor... – sussurrava ela. Dava para perceber as lágrimas em seus olhos e o tamanho do amor que ela sentia por esse tal de Maxon.

Eu não conseguia acreditar que até na Terra do Nunca tinha aparecido essas pessoas. Será que esse Maxon era bom? Será que Killian estava em perigo? Quando será que ele voltaria?

Tudo culpa minha.

Eu estava em apuros, estava caindo e iria morrer, mas Killian não deixou. Ele pediu ajuda de Gold.

E toda magia tem seu preço.

Gold salvou-me e pediu em troca que Killian fosse achar uma planta rosa na Terra do Nunca. O problema não é esse.

Já faz anos que a ilha está abandonada, as árvores secas e mortas, tudo virando restos do que era antes. Não se sabe quais são as ameaças da ilha agora, não se sabe o que Killian está enfrentando lá. Não sei nem se ele voltará vivo.

E perde-lo seria uma dor tão insuportável que eu duvido muito que superaria facilmente.

Eu perdi Graham, Neal e mais muitas pessoas que amava, não posso perder mais ninguém.

– Emma, o que aconteceu? – perguntou America, tirando-me de meus pensamentos.

– A ligação caiu – respondi depois de um longo tempo perdida em meus pensamentos.

– O.k, isso eu sei, mas você ouviu o barulho que fez antes da ligação cair? Parecia algum tipo de monstro ou animal feroz... – ela estava apavorada.

Eu também sentia-me apavorada. Será que eu não poderia passar um minuto da minha vida em paz? Sem nada de ruim acontecendo?

– Fica calma... Não era nada, só algum chiado da linha telefônica. Eles vão ficar bem – gaguejei. Eu precisava acalmá-la, ela mal tinha chegado e não merecia encarar as coisas horríveis que podiam estar acontecendo.

– Nós não podemos ir busca-los? – perguntou ela, a voz embargada.

– Não... – suspirei. – Quem é Maxon?

Ela deu um sorriso fraco.

– Meu marido. Nos casamos faz duas semanas – ela se permitiu um riso baixo. – E quem é Killian?

America ficou olhando-me com cara de safada, como se eu fosse uma pervertida. Ela era uma pessoa legal.

– Digamos que ele seja meu namorado – ri.

– Por que digamos?

Como eu explicaria? Eu não ligava para títulos. O que importa, afinal, é o sentimento, certo?

– Não ligo para títulos, estamos juntos e pronto, não gosto de precisar ter um rótulo – respondi.

Ela ficou quieta, perdida em seus pensamentos.

– Que história era aquela que já aconteceu a terceira guerra mundial? – perguntei.

– Oras, simplesmente aconteceu uma terceira guerra mundial. Como assim vocês não sabiam?

– É que... Só aconteceram duas guerras mundiais, pelo que eu sei e Hazel e Augustus também – disse confusa.

Como isso era possível? Será que a garota era louca ou eu que estava mais que desinformada?

Mas não, eu tinha certeza que só houve duas guerras mundiais.

– E os outros acreditam nessa terceira guerra? – perguntei.

– Não sei – ela disse e chamou os outros para perto. – Quantas guerras mundiais vocês já ouvirão falar?

– Duas – respondeu Hazel e Augustus concordou com a cabeça.

– Nenhuma... – respondeu Katniss por Peeta, Prim e Gale.

– Três - respondeu Aspen.

– Isso não é possível – sussurrei. – Como pode cada um acreditar em alguma coisa? Como assim não houve nenhuma guerra mundial?

– Não sabemos de nenhuma guerra mundial, só de guerras da América do norte.

– Guerras da América do norte? – perguntei boquiaberta.

A cada minuto isso ficava mais estranho. Eles devem estar brincando comigo, apesar de parecer que não estavam mentindo. Isso não é possível.

– Só tem uma explicação para isto – falou Gold. – Eles vêm de mundos diferentes e de épocas diferentes.


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Notas finais do capítulo

Reviews? :3



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