Do Outro Lado do Oceano escrita por Laura Machado


Capítulo 8
Capítulo 8: POV Lola Farrow


Notas iniciais do capítulo

Escrevi ouvindo "End Up Here" da Cher Lloyd



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"Acredita que eles tem um Salão das Mulheres? Quão machista é isso?" Perguntei, pegando uma almofada do sofá e a soltando logo depois. "Como se nossos assuntos fúteis fossem contagiar os cérebros masculinos. Vamos juntar todas as mulheres em um só lugar para poderem conversar sobre roupas e maquiagem sem que nos influencie!" Fiz uma voz até afetada demais e me soltei em uma poltrona.
"Precisa ser assim?" Clarissa me perguntou. Ela vinha logo atrás de mim, mas se sentou com mais cuidado no sofá ao meu lado. "Tenho certeza de que não foi nem um homem que teve a ideia de criar essa sala."
"Pior ainda. Essa condição da mulher está tão infiltrada na cabeça das pessoas, que as próprias mulheres se rebaixam!"
Ela suspirou. "Como se nós não tivéssemos isso no Reino Unido," disse.
"Do que você tá falando?"
"Da Sala de Chá," ela falou, se inclinando para frente, na minha direção. "Não é proibido entrar homens, mas qual foi a última vez que seu pai apareceu por lá?"
Eu pensei por um minutos. "Você tem razão," disse finalmente, para a felicidade dela. "Mas que o nosso reino é machista, isso eu já sabia. Senão eu não estaria aqui, tendo que passar por essa humilhação pública."
Levantei minhas mãos dos braços da poltrona e as soltei de novo. Eu não queria pensar em como isso era mesmo humilhante. Era uma posição muito desconfortável na qual eu estava. Mas eu precisava era ver a linha de chegada. Se eu me concentrasse muito em todas as tradições esquisitas e vergonhas desse país, poderia me esquecer de que o objetivo era virar rainha do meu.
Nós ouvimos uma batida na porta e eu me endireitei na hora, até me levantando alguns poucos centímetros para arrumar a saia de meu vestido. E então Clarissa correu para ver quem era.
Uma criada entrou com uma caixa, uma única caixa, em seus braços. Eu a assistir colocá-la na mesa de centro que estava bem na minha frente. Ela evitou me olhar, mas assim que pôde, se endireitou e falou:
"Rei Maxon mandou dizer que essas são todas as fichas que passaram pelo filtro que a senhorita propões. Caso queira ver todas as outras, nos avise."
Ela nem esperou que eu a contestasse. Já andava até a porta quando eu a agradeci. A última coisa que vi dela foi quando ela se virou de volta para o Salão das Mulheres e batalhou com Clarissa pela maçaneta e a tarefa de fechar a porta.
"Uma caixa?" Eu perguntei, enquanto Clarissa andava de volta. "É isso que eu tenho de opção para encontrar o meu marido?" Eu puxei a caixa para mim e dei uma olhada rápida dentro. Nesse tempo, Clarissa se sentou do meu lado. "O homem com quem eu vou ter que passar o resto da minha vida está aqui dentro?" Perguntei.
Ela estava em silêncio e eu tive que olhá-la para ver que mordia seu lábio.
"Você disse que só ia escolher dez," ela falou.
"Não porque eu não achava que teriam trinta e cinco homens se candidatando," me defendi. "Eu realmente achava que seria uma seleção normal. O quê? Charles disse que eles demoraram mais de duas semanas para escolher entre as fichas dele. E eu só preciso tirar duas daqui para sobrar dez!"
"Não seja exagerada," Clarissa puxou a caixa pro lado dela, também olhando dentro. "Acho que você vai ter que tirar algumas boas trinta."
Eu me inclinei no braço da poltrona, cruzando os dedos das duas mãos. Só esperando para que ela me olhasse. Quando finalmente o fez e viu minha expressão, ela revirou os olhos.
"Tá, trinta não é grande coisa," ela confessou. "Mas você ouviu a outra criada. Esses daqui são os que sobraram da pré-seleção. Se você quiser suas mil fichas, elas estão em algum lugar."
"Não," eu suspirei. "Pedi a pré-seleção por uma razão. Não vou perder meu tempo. Vamos lá, eu preciso terminar isso daqui antes que me canse e decida que o melhor jeito é só jogar todas pra cima e as que caírem na mesa são as que vão."
"Os que caírem," Clarissa me corrigiu. "São fichas de homens de verdade, Lola. Que se inscreveram e estão em casa agora, se perguntando se foram escolhidos."
Eu revirei os olhos, o que a fez suspirar. "Que seja," eu disse.
"Tá, vamos começar," ela pegou a primeira ficha e me entregou. Depois descansou as mãos no colo.
"Não, não. Eu não vou fazer isso sozinha," segurando a ficha que ela tinha me entregado no colo, peguei outra da caixa e a joguei nas suas mãos. "Quanto mais rápido nós fizermos isso, mais rápido vou poder tomar meu banho."
"Mas você que tem que ler tudo," ela protestou. "Eu não posso escolher por você."
"Você não precisa escolher, é só me falar os pontos altos e os baixos," eu abri a primeira página da ficha no meu colo e a primeira coisa que eu vi foi a foto de um cara loiro que sorria com dentes demais. Minha vontade era de fechar de novo e jogar a ficha de volta na caixa. Ao invés disso, movi meus olhos para os de Clarissa e sorri. "Eu preciso de você."
"Me diga alguma coisa que eu não sei," ela disse, abrindo a ficha dela. "Olha só," continuou, toda animada. "Começamos muito bem. Eros Maccines," ela virou para que eu visse a foto dele, depois voltou a ler. "O amor é garantido com esse daqui."
Ela sorriu para mim, orgulhosa de sua piada. Eu sorri de volta, mas de um jeito bastante diferente.
"Vai, Lola. Você precisa se animar! Isso daqui pode ser bem chato, ou pode ser bem legal. A única certeza é que você tem que passar por isso. E que é você que decide se vai ser tirar o melhor proveito ou não. Afinal, é o seu marido que você tá procurando. Se fosse o meu, eu estaria interessada."
"Claro," respondi. "Como se você já não tivesse escolhido o seu marido."
Ela arregalou os olhos na hora e eu pude ver suas bochechas corando levemente. "Do que você tá falando?!" Me perguntou, talvez um pouco ofendida demais.
Dei de ombros. "Do Vincent," eu respondi. "Não era assim o nome dele? Do chef que você namorava lá em Paris?"
Ela respirou aliviada. O que será que a assustava tanto?
"Por que você acha que eu escolheria ele?" Me perguntou.
"Só quero te irritar," admiti, voltando meus olhos para a ficha no meu colo. A brincadeira não tinha dado muito certo e o clima já tava começando a ficar esquisito. Não queria colocá-la naquela posição de novo.
Clarissa nunca gostava muito de falar de si mesma nesse sentido. Era engraçado, porque ela era romântica em tudo. Absolutamente tudo. Até no jeito que cozinhava. E ela sempre insistia que eu desse uma chance ao amor. Mas ela mesma preferia só observar de fora.
"Esse Eros é arquiteto," Clarissa parecia tão disposta a mudar de assunto quanto eu.
"Isso é bom?" Eu perguntei.
"Não sei. Sobre quem você está lendo?"
Fechei minha ficha na hora e a soltei no chão. "Ninguém," respondi, pegando a próxima. "Mentira, estou lendo sobre o David Johnson," corri meus olhos pela ficha dele. "Ele parece querer muito me agradar."
Fechei a ficha de novo e a deixei cair.
"Querer te agradar não é uma coisa ruim!" Clarissa reclamou.
"É quando não é verdadeiro," peguei a próxima. "Eu vou ter que passar o resto da vida com esse cara. O mínimo que ele pode fazer é falar a verdade. E esse Eros aí? Promissor?"
"Talvez," ela respondeu, voltando a ler a ficha dele. "Só o estou achando um pouco sério demais."
"Sério é legal," eu disse.
"Não é sério. É sombrio, sei lá," ela me passou a ficha e eu corri os olhos pelas palavras dele.
Não sabia se era porque eu mesma ainda não tinha entrado na onda dessa seleção, mas todas as fichas me pareciam bastante entediantes. Eu não tinha a mínima vontade de ler o que ele tinha escrito. Mas ele tinha uma profissão aceitável. E não era de todo mal de se olhar.
"Deixa ele no talvez logo," eu disse, jogando a ficha dele para que ela caísse do lado da caixa na mesa de centro.
Enquanto Clarissa pegava a próxima, eu tirei meus sapatos e sentei em cima das minhas pernas na poltrona.
"Quem você pegou?" Perguntei.
"Andrew Miller," ela respondeu, me virando a ficha para olhar a foto.
"Passo," respondi sem precisar nem gastar dois segundos com ela. "Muito novo."
Ela não me contestou, simplesmente jogou a ficha no chão e pegou a próxima.
"O meu," eu falei, "é Jeremy Knight. Parece um pouco novo, mas tem 23 anos. É escritor e não teve das melhores vidas. Sua namorada morreu," Clarissa parou de ler na hora para me olhar.
"O que você falou que ele faz?"
"É escritor," respondi, voltando a olhar pra foto dele. Era difícil imaginar que alguém com aquele sorriso já tinha passado por alguma coisa tão terrível.
"Não," a voz de Clarissa me cortou. Levantei os olhos para ela, um pouco indignada. "Desculpa, mas você não leu nada sobre as últimas seleções nesse país? Na de Charles, uma das selecionadas escreveu um livro sobre coisas que aconteceram aqui. Você quer que o mesmo aconteça com você?"
Eu nem precisava pensar. "Não," disse, assim que o som da ficha caindo na pilha no chão chegou aos meus ouvidos.
"Acho que você vai gostar desse daqui," ela disse, bem mais animada. "Ele se chama Joshua van Lew-alguma coisa. É médico. Faz trabalho voluntário e parece bastante orgulhoso de cuidar do povo. Daqueles que vê coração muito mais do que cara, sabe?"
Seus olhos praticamente brilhavam quando ela se virou para me olhar.
"Sem graça," respondi, vendo o desânimo tomar conta de seus ombros.
"Você precisa parar de achar defeito em todos os caras!" Ela reclamou, mas eu peguei a ficha dele da mão dela e joguei para a pilha dos 'talvez'.
"Eu preciso é achar alguém empolgante," falei.
Uma batida veio à porta, me fazendo entrar em pânico. Eu coloquei meus sapatos rapidamente e me levantei. Enquanto isso, Clarissa ia abrir.
Uma outra criada entrou carregando uma bandeja. Ela ia em direção à mesa de centro, mas quando viu que estava tomada pelo nosso trabalho, ela deu a volta no sofá e depositou sua bandeja entre eu e onde Clarissa tinha estado sentada, na pequena mesinha de canto.
Uma olhada rápida no que tinha ali já me deixou em alerta. "Com licença," eu pedi logo antes de ela sair pela porta de novo. "Você poderia me trazer uma xícara de café?"
A criada era bastante nova e me olhou como se eu tivesse pedido para que ela me trouxesse vinte cavalos dourados.
Logo seus olhos encontraram os de Clarissa. "Como você se chama?" Ela pediu.
"Alicia," a menina respondeu, seu medo presente na sua voz. O que ela esperava que eu fizesse? Saísse falando pelo castelo que ela era incompetente e que deviam lhe cortar a cabeça? Ela só tinha trazido a bandeja. Eu podia apostar que nem sabia direito o que tinha ali.
"Alicia, muito obrigada por nos trazer o chá," Clarissa disse, amável como sempre. "Mas a senhorita Lola não gosta de chá. Detesta, na verdade. Se você puder trazer uma xícara de café, ela ficaria agradecida."
A menina tirou os olhos dela por um segundo para olhar para mim. Eu sorri. Mais porque queria que ela saísse logo dali para poder voltar as fichas do que por qualquer outra razão.
"Quer que eu leve o chá de volta?" Ela perguntou para Clarissa.
"Não. Eu gosto de chá. Fico com ele para mim."
Eu tirei meus olhos delas e olhei para o lado da janela. Não podia ver muita coisa, só que a grama parecia molhada. Quando ouvi a porta se fechando, voltei a olhar para Clarissa.
"Acho terrivelmente inconveniente que todos presumam que eu goste de chá só por ser britânica," eu disse, me sentando.
"Todos presumem que você gosta de chá por ser humana," Clarissa veio até onde tinha estado sentada logo antes da criada nos interromper.
"Que seja," respondi simplesmente, pegando a próxima ficha.

Nós já tínhamos tomado várias xícaras de chá e de café e comíamos o milésimo macaron. Não faltavam tantas fichas, mas eu ainda não tinha uma pilha tão grande de possíveis candidatos. Estava começando a achar que talvez dez fosse um número inalcançável.
"E esse daqui?" Clarissa me perguntou, virando a ficha dele para eu ver. "Ele é bonito."
Isso eu podia ver. Mas outra coisa que eu podia ver era a sua profissão.
"Pintor?" Eu perguntei pra ela. "Você quer que eu dê o reino nas mãos de um pintor? O que das telas dele indica que ele seria um bom rei? No máximo, eu o deixaria tomar conta dos tetos das igrejas do Reino Unido, nunca do trono."
"Você precisa ser menos pessimista!" Ela reclamou, mas jogou a ficha dele na pilha certa.
"Estou sendo realista!"
"É isso que todos os pessimistas falam!" Ela pegou outra ficha. "E esse daqui? Stefan Schimdt. 24 anos. Engenheiro."
"Deixa eu ver," nós duas estávamos sentadas já no chão na frente da poltrona e do sofá. Eu só puxei a ficha um pouco para o meu lado para ler. "Não."
"O que tem de errado nele?"
"Romântico demais," reclamei. "Quem é que guarda um diário?!"
"Eu guardo um diário!"
"Exato," puxei a ficha dela e deixei que caísse na pilha dos que não iam. "Você tem que procurar um cara mais como esse daqui," eu virei a página que estava lendo para que ela visse. "Dane Lewis. Tenente da Força Aérea. E não perde nem um pouco para o seu Stefan em questão de beleza!"
Sem que a deixasse ler mais um pouco, joguei a ficha dele na pilha dos 'talvez'. Nós voltaríamos nelas mais tarde.
"Tá, e esse daqui? Dylan Stroud. Tem um restaurante com a família," ela disse.
"Se for assim, eu posso muito bem ficar com o pintor," disse, levantando as mãos no ar e as soltando de novo.
"Por algum acaso o seu pintor tem esse rosto?" Ela virou a ficha devagar para mim, quase fazendo mistério.
Está bem. Eu tinha que admitir. O pintor não era nem um pouco parecido com aquele cara. Pelo contrário. Ele era lindo e tudo, mas praticamente todos ali eram.
Já esse Dylan parecia ter mais. Ele tinha cara de homem. De quem já tinha a vida acertada. De quem poderia muito bem pegar na minha mão e me guiar, e não ser esquecido como uma marionete do meu lado. Eu não pude evitar de imaginá-lo de coroa.
"Talvez," eu disse, mas meus lábios me traíram, sorrindo mais do que eu queria.
Clarissa soltou a ficha dele na pilha dos talvez, bastante orgulhosa.
"Acho que estou começando a pegar o jeito," disse, contente, pegando a próxima.
Eu me concentrei na ficha que eu tinha pegado. Adam Herder. Ele parecia legalzinho, até fazia kung fu, o que me atraía. Eu não queria que atraísse, era uma luta, era violento. Mas atraía. O problema era que ele também era bastante sem graça.
A risada de Clarissa interrompeu meus pensamentos.
"Que foi?" Perguntei.
Ela ria com uma mão na boca, como se lesse a melhor coisa do mundo.
"Nada não," me respondeu. "Só acho que encontrei a sua versão homem!"
Não esperei nem mais um segundo para puxar a ficha dela pra mim. Alaric Harrison. 26 anos. Historiador.
Tá, até aí, tudo bem. Continuei lendo.
Defeito: prepotência. Era bem corajoso de escrever isso ali, para que eu visse. Escreveu que muitas pessoas reclamavam que ele mantinha muito orgulho do que fazia e que poderia ser considerado egocêntrico às vezes.
Hm. Eu não sabia qual era o meu problema, mas eu tinha gostado do defeito dele.
"Espera," eu pedi. "Por que você acha que ele é igual a mim?"
Clarissa só deu de ombros, claramente não querendo dizer o que estava pensando. "Não sei," mentiu. "Mas vai dizer que não gostou?"
Eu revirei os olhos. Mas deixei a ficha dele nos 'talvez'.
"Esse daqui é juiz," ela disse.
"Talvez."
"Esse é arquiteto."
"Passo." Deixei a ficha que estava na minha frente cair na pilha dos que não iam e peguei a próxima quando Clarissa pegou outra pra ela. "Uou, espera aí." Ela parou o que fazia e olhou comigo para a folha na minha frente. "Por que esse tem o nome do país?"
"Keon Withaker Illéa," ela leu. "Ele é descente do cara que deu nome a Illéa."
Isso eu estava vendo. Estava bem ali, escrito na sua história de família. A minha dúvida era porque ele não estava no trono.
"Esse é perfeito," Clarissa praticamente tirou as folhas dos meus dedos. "Ele vai, né?"
Eu fiz que sim com a cabeça. Se tinha um herdeiro que levava o nome do país, por que eu estava fazendo aquela Seleção? Não seria simplesmente mais fácil se eu me casasse com ele?
Mas e se ele fosse terrivelmente insuportável? Eu prestaria bastante atenção a ele, mas talvez desistir de tudo sem dar chance aos outros não fosse do meu interesse. Bom, pelo menos Clarissa acreditava que o meu interesse deveria ser conhecer todos o melhor possível para tomar uma decisão informada. Eu não a contestaria naquilo.
"Só tem mais cinco fichas," ela disse, checando a caixa. Pegou uma para ela e colocou uma na minha frente. "Ian Campbell," ela leu.
"O cineasta?" Reconheci o nome dele na hora.
"Sim. Devo já jogar a ficha dele na pilha dos nunca?"
"Não!" Ela tinha perguntado, mas já estava jogando, eu tive que pegar logo depois. "Ele só faz filme daqueles complicados e inteligentes demais para alguém entender. Ele mesmo deve ser bastante inteligente. Posso dar uma chance?"
Eu não sabia que ele era tão bonito! E eu realmente acreditava que ele merecia estar nos talvez. Enquanto esperava Clarissa me responder, passei meus olhos pela sua ficha. Ele tinha se formado em Filosofia. Isso não poderia ser ruim, não é?
"Posso?"
"Claro," Clarissa respondeu. "O que eu sei? É a sua Seleção."
Deixei a ficha dele no lugar certo e voltei a me concentrar na que estava na minha frente. Assim que abri a capa, vi um post-it amarelo em cima do nome do candidato.
"Engraçado," eu disse, mal conseguindo a atenção de Clarissa. "Esse daqui tem uma indicação do rei."
"Seu pai?" Ela levantou os olhos para mim.
"Não, Rei Maxon," a corrigi. "É um analista financeiro, por que o rei acredita que eu devo escolhê-lo?"
Clarissa não tinha uma resposta. Pelo contrário, tinha uma pergunta. "Qual o nome dele?"
Tirei o post-it para ver o que cobria antes da sua foto e seu nome. "Blake Arely."


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Notas finais do capítulo

Ainda não revisei, perdoem os erros



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