Do Outro Lado do Oceano escrita por Laura Machado


Capítulo 44
Capítulo 44: POV Danio Vicenza


Notas iniciais do capítulo

Escrevi ouvindo "Only" da Nicki Minaj com o Drake e o Lil Wayne.



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O tempo pareceu parar quando a princesa apareceu na porta do Grande Salão. Todos ali precisaram se endireitar nas suas cadeiras, até eu fiz questão de me sentar mais reto. William Owens, que tinha declarado seu nome para quem quisesse ouvir, voltou a se sentar, parecendo minimamente constrangido.
Os olhos de todos estavam mirados na princesa e eu podia ouvir seus passos ecoando pelo salão. Mas achei melhor olhar à minha volta para os meus concorrentes. O melhor jeito de ganhar seria entender a fraqueza de cada um e jogar com isso. Eles estariam tão concentrados na princesa, que nem perceberiam se eu os manipulasse.
Foi só o barulho de uma criada puxando sua cadeira que me fez perceber que a princesa tinha chegado e se sentado bem do meu lado.
E à sua esquerda a cadeira estava vazia. Antes mesmo de olhar direito para nós, ela a mirou, confusa.
"Quem não está aqui?" Perguntou, dessa vez virando o rosto para a mesa. Seus olhos a percorreram, de selecionado a selecionado.
Thor, o mais novo, se encolheu na cadeira. Alex deu de ombros. Will pareceu fazer o mesmo, mas estava mais emburrado. Alaric sorria de lado, a mirando como se tentasse conquistá-la só assim. Eu quis rir daquilo, mas fiz questão de continuar observando-os. Blake estava sério, olhando para todos os lados possíveis, como se quisesse fazer o mesmo que eu.
Nossos olhos se encontraram e nós nos miramos por um segundo. Talvez eu não fosse o único que estava pronto para jogar. Ele também parecia procurar as fraquezas de todos, ou pelo menos nos conhecer o melhor que podia.
Keon era o único que não tentava se sentar reto. Ainda mantinha a coragem de usar óculos escuros na frente da princesa, e tinha os dois cotovelos na mesa, diferente do resto de nós. Ian do seu lado estava apoiado no encosto da cadeira sem parecer se importar muito com nada. E Dane à minha direita prestava bastante atenção na princesa.
Quando me virei para olhá-la de novo, ela me observava com uma sobrancelha levantada. Por um segundo, achei que fosse falar alguma coisa, mas depois olhou por cima de seu ombro para Marlee Woodwork e as outras meninas que tinham entrado com ela
E foi só nessa hora que eu percebi o que ela vestia. Logo do meu lado, podia ver que não usava um vestido, e sim uma camisa branca por baixo de um blazer preto que combinava com suas calças. Eu não pude evitar de sorrir. Nunca imaginaria que era assim que ela escolheria se vestir para a nossa entrevista. Mas era uma surpresa boa.
"Onde está Newcastle?" Ela perguntou.
E, na mesma hora, a porta se abriu.
Dylan. Ele era um dos únicos com quem eu não me preocupava. Ele se sabotaria sozinho, eu tinha certeza. Andou da porta até a mesa ainda enfiando a camisa dentro da calça. Nós todos esperamos que ele sentasse do lado da princesa, e ela não parecia nem um pouco satisfeita com aquilo.
"Newcastle," ela começou, olhando para ele, "é um dos meus lugares preferidos no Reino Unido," ela cruzou os braços e se inclinou no encosto da cadeira, o mais longe possível dele e, consequentemente, o mais perto de mim. "Não a subestime, Dylan," seu tom era de bronca, mas foi ela falar o nome dele que todos pareceram ficar ainda mais rígidos em suas cadeiras.
No silêncio que se seguiu, tentamos não fazer nenhum movimento. Eu voltei a observar os outros, mas assim que ela se virou para nós, foquei nela.
Seus olhos correram de novo por nós. Ela parecia prestes a falar, mas ainda pensava. E ninguém se atreveu a apressá-la.
"Tudo que tiver acontecido ontem à noite," ela começou, ainda olhando para todos como podia, "não importa. Eu não sei o que cada um fez e não quero saber. Está no passado. A Seleção ainda não tinha começado. Mas ela começa agora.
"A dedicação de cada um de vocês deve ser a mim. Obrigatoriamente. E eu posso eliminar qualquer um quando me couber bem. Então gostaria que entendessem algumas das coisas que eu espero de vocês." Ela respirou fundo e se virou para William. "Edinburgh," ela disse. "Brigas físicas são proibidas. Eu simplesmente não suporto lutas. E a última coisa que eu vou fazer será escolher um futuro rei que resolve seus assuntos no punho.
"Dito isso, qualquer que seja a sua discussão, vocês são livres para levá-la até o final, contanto que nunca recorram à violência. Eu pessoalmente prefiro não ter que levantar muito minha voz," ela levou à mão cheia de anéis ao peito, depois voltou a baixá-la. "Você é o diplomata, não?" Todas as cabeças se viraram para Will, que já tinha o queixo levantado e concordou. "Não acho que teremos problemas então," ela sorriu e ele concordou de novo com a cabeça.
"Atrasos," ela continuou, se virando para olhar para Dylan, "outra coisa que eu não suporto. Mas como estou começando a Seleção agora, o seu está perdoado," ele abriu um sorriso enorme e só faltava lhe dar um tapa nas costas. A princesa voltou a nos olhar. "Não farei uma entrevista para cada um. Prefiro que todos falem abertamente. Quero ver de perto como se comportam na mesma conversa com nove outros homens que estão competindo com vocês ouvindo," seus olhos correram pela mesa mais uma vez, fazendo Keon se encolher mais, até que caíram em Thor, do lado de Dylan. "Você é uma criança!" Ela soltou, logo se endireitando. "Quer dizer, esperava que fosse um pouco mais velho. Ou aparentasse. Quantos anos tem?"
"Vinte e três," ele respondeu, tão tímido que eu esperava que falasse, 'treze'.
A princesa pareceu pensar. "Está bem, não é tão novo," ela olhou de novo pela mesa, onde Alaric a esperava com seu sorriso. Ela não pareceu se afetar. "Leeds," ela chamou, fazendo Blake parar de olhar para os outros selecionados e se virar para ela. "Qual sua relação com o Rei Maxon?"
Todo o sangue pareceu fugir do rosto de Blake. "Nenhuma," ele respondeu, sem convicção alguma. "Por quê?"
A princesa deu de ombros, descruzando seus braços e se apoiando na mesa tão delicadamente, que eu tinha certeza que não estava nem um pouco confortável.
"Você é analista financeiro?" Ela perguntou, ele só concordou com a cabeça. "É engraçado," ela deu de ombros. "Eu esperaria que você fosse querer alguma coisa mais emocionante da vida."
"Tipo, ser rei?" Ele bufou uma risada, mas ninguém o acompanhou. E então seu rosto fechou novamente, como se ele tivesse acabado de perceber a besteira que tinha falado.
Ele não era tão grande concorrente. Eu não precisaria me preocupar tanto com ele assim.
Tirei meus olhos dele para mirar a princesa. Ela não sorria, mas parecia ter se divertido com a resposta dele, por nada mais, então só pelo jeito que o olhava.
"Tipo ser rei," ela repetiu, ainda o analisando com os olhos. "Quem aqui quer ser rei?" Perguntou para o resto de nós.
Mas ninguém se atreveu a responder. Até que seus olhos chegaram em mim.
"Hampshire," ela me chamou. "O que você acha que te faz ser digno de ganhar essa Seleção?" Perguntou. "Não por mim," se apressou a explicar. "Pelo meu reino."
Todos os olhos me miraram, e eu não pude evitar de sorrir de lado. Tinha passado minha vida inteira querendo responder àquela pergunta. Pigarrei e me endireitei mais uma vez, como se existisse a possibilidade de eu parecer mais polido.
"Eu possuo todas as características necessárias para um rei," comecei. "Pela minha carreira, aprendi a ser justo e imparcial, mantendo sempre em mente uma só coisa: a lei. Não faço nada pela metade, levo tudo ao final e me dedico completamente ao que está na minha frente. Não me distraio, não sou levado por pura emoção. Eu sei o que eu faço e tenho certeza absoluta de que não há ninguém no mundo que faria o meu trabalho melhor do que eu. Porque, se eu duvidasse minimamente da minha capacidade, não poderia entrar em meu tribunal. Eu não teria a coragem de dar as caras se também não tivesse a certeza absoluta de que sou a pessoa mais indicada para estar ali. E eu tenho a coisa mais importante em um rei," pausei para efeito e para ver a reação de todos, que pareciam não querer perder um segundo do meu discurso, "compaixão."
As sobrancelhas da princesa se arquearam com o meu final. Ela ficou quieta por alguns segundos, pensando naquilo, seu olhar perdido sobre a mesa. Até que o levantou de volta para mim.
"O que eu tenho a ver com Hampshire?" Perguntou, se inclinando no encosto da cadeira.
"Jane Austen," respondi. Poderia elaborar mais, mas me contentei com aquilo. Ela sabia que eu estava certo, que era sua escritora favorita. E eu sabia. Ninguém mais ali precisava entrar nessa.
Mesmo assim, atrás dela, uma das meninas que a tinha acompanhado deu um pulinho. E foi a primeira vez que eu realmente olhei para elas.
Eram as princesas de Illéa. Marlee Woodwork. E a criada que acompanhava Lola para todos os lados.
Quando voltei meu olhar pra princesa, ela já procurava outro selecionado.
"Liverpool," ela chamou Dane, que parecia já esperar. "Por que você entrou para o exército?"
"Meu pai era da guarda real de Clarkson," ele disse, informação nova para todos ali. "A ideia foi dele."
"Então você é facilmente convencido?" Ela perguntou, para provocá-lo.
Mas ele não pareceu se importar. Só levantou uma sobrancelha, no máximo de surpresa que deixava transparecer.
"Entrar para o exército foi ideia dele," repetiu. "A Força Aérea foi minha."
"E você é?"
"Tenente," ele respondeu tão rápido quanto ela tinha perguntado.
Ele se encararam por alguns segundos, em que ninguém mais queria se mostrar presente. E então ela sorriu e olhou para o cara do seu lado.
"Belfast," era Ian. "O que Edinburgh tem contra você?" Perguntou, apontando para William.
"Eu fiz um filme expondo os contatos do pai dele com a máfia italiana," Ian falou, simples e direto. Will pareceu enrijecer na sua cadeira.
"A Verdade Sobre Henry Owens"? A princesa perguntou, e Ian só concordou com a cabeça. "Não foi dos seus melhores trabalhos," ela completou, depois se virou para William. "Edinburgh, eu conheci seu pai uma vez. Em uma festa, nada muito grande. Não cheguei a conversar muito com ele, mas entendo de onde Belfast tirou a ideia para o filme," voltou a mirar Ian. "Entendo o que te motivou. Mesmo assim, seu ponto de vista foi bastante tendencioso. E acho improvável que seja completamente verídico."
William parecia bastante satisfeito de ela ter concordado com ele. "O que eu quero mesmo saber," ela continuou, ainda mirando Ian, "é o que um cineasta tem que o faz merecer a chance de concorrer pelo trono de um país."
Ian a mirou. "Você que me escolheu, me diga você."
Lola deslizou os braços para frente, até estar com os cotovelos apoiados na mesa e as mãos na frente do rosto.
"Filosofia," ela disse, cruzando os dedos à sua frente. "Não foram seus filmes que me fizeram te escolher, foram os temas que você aborda neles. E seus estudos de filosofia."
Ian parecia um pouco desapontado por ela não ter reagido à sua petulância, mas ela não pareceu ser afetada. Continuou olhando em volta.
Seus olhos passaram por Keon e Blake, e assim que encontraram os de Alaric, ele sorriu para ela, se inclinando para a frente. Eu podia jurar que ela ia chamá-lo, mas a invés, se virou para Keon.
"Cardiff," ela chamou, mas ele não se mexeu. Só continuou apoiado em seu cotovelo, por trás de seus óculos escuros. "Cardiff?"
Ian o empurrou discretamente com o ombro, fazendo-o levantar o rosto para nós. Ele olhou para os lados até perceber que a princesa o mirava.
Ela sorriu para ele, um pouco desconfortável. E então ele tirou os óculos.
"Que bom que se juntou a nós," disse. "Estava explicando que tudo que aconteceu ontem à noite não contará e nem será discutido," seu tom ficou um pouco mais duro. Keon só concordou com a cabeça. "Me explique, por favor, por que seu sobrenome é Illéa?"
Keon piscou várias vezes, olhando para a mesa na sua frente. "Eu, er, sou descendente de Gregory Illéa," acabou por responder.
Até aí, todos nós poderíamos adivinhar.
"Sim, mas por que sua família não está mais no trono?" A princesa perguntou.
Ele deu de ombros. "O país está bem com o Rei Maxon."
Ela franziu as sobrancelhas para ele, como se tentasse entendê-lo. Eu mesmo também estava confuso. Se ele não queria o trono, eu aceitaria. E se não tinha interesse no país do seu nome, por que estava ali? Qual a diferença que o Reino Unido oferecia?
Eu o fiquei observando por um tempo, tanto que não percebi quando Lola voltou seu olhar para Dylan.
"Newcastle," ela o chamou. "Qual foi a melhor viagem que você já fez?"
Todos foram pegos de surpresa. Até então as perguntas tinham sido tão sérias, e lá ela vinha com a melhor viagem.
Mas ele não pareceu se importar, pelo contrário, ficou bastante satisfeito. "Nova Vera Cruz. Melhor comida do mundo. Tudo bem que eu só tinha ido com meus pais para buscar receitas e alguns produtos, mas valeu a estadia. Povo bonito, comida boa, sol e lugares paradisíacos. Você deveria visitar, Princesa," ele terminou, e eu fiquei esperando o tapa que ele parecia querer tanto lhe dar nas costas.
"Já conheço," ela falou, rindo levemente do jeito dele. Depois olhou para Alex. "Birmingham," ela o chamou. "Qual é a coisa que você mais gosta de fazer?"
Ele não precisou pensar. "Dar aula," respondeu. "Mas só quando os alunos querem ter aula," correu para acrescentar.
"Tem como você explicar?" Ela pediu.
Ele respirou fundo, olhando para o teto, depois voltou a olhá-la. "Quando alguém está interessado em alguma coisa que você sabe e quer aprender, não existe nada melhor do que essa troca, sabe? Não é só a informação que você está passando, não é só o fato. É o seu conhecimento, sua visão daquilo, do mundo. E eles me devolvem coisas, me fazem perguntas que mudam às vezes meu jeito de pensar, ou simplesmente me fazem querer ir atrás de alguma coisa na qual eu nunca tinha pensado antes. Não há nada mais exaustivo e recompensador do que uma aula bem dada."
"Aonde você dá aula?" A princesa quis saber. Pela sua cara, ela parecia bastante satisfeita com a resposta dele.
"Paloma," ele respondeu. "De História."
"Eu sei," ela completou, sorrindo. "Eu sou apaixonada por história. Tem outra pessoa aqui que estudou história, não?" Ela se virou para Thor, que levantava a mão. "Glasgow, onde você estudou?"
"Bankston," ele respondeu. "Mas ainda estudo."
Ela engoliu a seco. E eu quis rir.
Ele era mesmo uma criança. O que ela estava esperando para eliminá-lo?
Ela voltou a olhar para todos nós, como se quisesse pensar em alguma coisa para nos perguntar. Quando seu olhar caiu em Alaric, ela o desviou para mim.
O que ele tinha que ela parecia nem querer olhar pra ele?
"Hampshire?"
"Pois não?"
"Alguma coisa que você queira saber de mim?" Perguntou.
Aquilo me pegou de surpresa. O que ela queria que eu perguntasse? O que eu poderia querer saber dela? Tudo que tinha para se saber, eu já tinha pesquisado. Tinha um arquivo enorme sobre ela em meu quarto e já o tinha estudado do começo ao fim. O que eu poderia perguntar que não denunciasse que já sabia a resposta?
"Alguém quer me perguntar alguma coisa?" Ela se virou para olhar para os outros, já que eu estava demorando demais.
Me apressei para pensar em alguma coisa, mas Ian ganhou de mim.
"Se você não fosse da realeza, o que gostaria de fazer da vida?" Ele perguntou.
Ela pareceu pensar, mas por pouquíssimo tempo. "Gostaria de ser escritora," acabou respondendo. "Se eu pudesse também ter algum talento com isso. Mas não tenho. E, por sorte, não preciso ter," sorriu para concluir sua resposta, depois voltou a nos olhar. "Mais alguém?"
"Qual seu encontro ideal?" Alex perguntou.
Ela fez uma careta rápida. "Vou admitir que não sou a pessoa mais romântica do mundo," disse. "Nunca pensei em meu encontro ideal, nunca imaginei esse tipo de coisa. Mas obrigada por me perguntar, me fez lembrar de uma coisa que eu gostaria muito de saber de cada um de vocês," então ela se virou para Dylan. "Quero que cada um responda, na ordem. Newcastle," ele fez um aceno com a cabeça. "Você já teve relacionamentos anteriores?"
"Sérios?" Ele perguntou, fazendo a sua careta. Ela concordou com a cabeça. "Não."
Thor também fez que não. Alex deu de ombros. "Todo relacionamento para mim é sério, mas nunca tive nada duradouro."
Will engoliu a seco. Mas acabou balançando a cabeça.
E então a princesa foi obrigada a olhar para Alaric. O sorriso que ele tinha desde o começo tinha desaparecido. E ele parecia prestes a se levantar e ir embora.
"Tem uma coisa que eu gostaria de perguntar à princesa," ele disse, ao invés de responder à pergunta dela. Todos se endireitaram na cadeira para ouvir.
"Eu preferia que você se ativesse ao que eu gostaria de saber," ela retrucou.
"Não, eu primeiro," ele se esticou na sua cadeira, enquanto todos nós ainda tentávamos entender se ele tinha mesmo a respondido daquele jeito. "Por que você está me evitando? Por que insiste em fazer perguntas a todos e menos para mim?"
"Claramente, você não quer responder as perguntas que eu faço," ela falou, cruzando os braços à sua frente.
"Se você quer que eu vá embora, é só me falar agora," ele disse, empurrando sua cadeira e se levantando.
Ninguém ali quis fazer um movimento sequer. Não queríamos roubar a atenção dos dois. Só queríamos ficar bem quietos. E assistir o que estava prestes a acontecer.


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Notas finais do capítulo

Quem sabe onde fica Nova Vera Cruz?



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