Do Outro Lado do Oceano escrita por Laura Machado


Capítulo 2
Capítulo 2: POV Sebastian Regen


Notas iniciais do capítulo

Escrevi ouvindo "Learn to Fly", do Foo Fighters



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Eu estava vagamente ciente do barulho da televisão ligada, mas não poderia dizer o que falavam para salvar a minha vida. Estava muito mais preocupado com os muffins na minha frente e na combinação de sabores que eu inventaria naquela manhã.
Sabia que não poderia colocar bacon no da Nina. Ela gostava, mas nunca de manhã. E sabia também que não colocar no meu não era uma opção. Mas será que bacon e salame era carne demais? Será que ficaria bom com o atum? Hmm, tinha um pedaço lindo de gouda perto dos sucos. Misturar gouda e mussalera seria da hora!
Balançando um copo de suco e um de café, o prato saudável de Nina e o meu gorduroso, eu levei a minha bandeija para perto da mesa de café no jardim. Ela esperava com um sorriso, mas arregalou os olhos quando viu a montanha de pães e muffins que eu equilibrava no meu pequeno prato.
"Quê?" Eu perguntei, apoiando a bandeja na mesa. "Eu estou com fome."
"Não falei nada," ela disse, com um tom que poderia muito bem significar que ela estava falando muito.
Olhei rapidamente para meu pai, sentado um pouco longe de nós. Ele bebia seu café sem nem olhar para a televisão na sua frente, olhos fixos em alguns papéis na sua mão, mas eu poderia apostar que ele sabia cada uma das coisas que tinham sido faladas no jornal. Igual a Charles, logo a seu lado. Ele discutia alguma coisa com Thomas e eu pude ouvir algumas palavras. Mas cada uma delas me fazia querer fingir não ter ouvido. Projetos de saúde, exército, proteção de províncias. Coisas desnecessárias às sete da manhã de uma terça-feira.
Sabe o que mais era desnecessário às sete da manhã em uma terça-feira? Acordar. Eu não sabia muito bem porque estávamos todos reunidos lá, não tinha ouvido bem quando meu pai explicou na noite anterior. Mas nossas criadas insistiram e ali estávamos nós. Eu reclamaria, mas eles não pareciam que me dariam ouvidos. E, para falar a verdade, assim que eu vi a mesa das comidas, eu comecei a pensar que talvez me levantar não fosse das piores coisas.
Já estava começando a mudar de ideia agora. Nina e Gabrielle falavam da festa que dariam quando Melody chegassem e, pelo que eu ouvia, a festa aconteceria no salão das mulheres. E eu não estava com neurônios acordados o suficiente para fingir interesse. Minha mãe era a única que parecia compartilhar do meu sono e questionamento, mas através de seus olhos semi-cerrados, ela observava a âncora do jornal falar mais uma vez dos problemas na Nova Rússia.
Por um segundo pensei em prestar atenção. Queria saber se eles estavam de novo criando alguma guerra por território e se nós deveríamos nos preocupar. Mas meu próprio cérebro gritou dentro da minha cabeça que era cedo demais para aquilo também, então resolvi me concentrar nos meus muffins.
"Você pegou suco de manga?" Nina perguntou assim que eu me estiquei para entregar o copo para ela. Seu tom era tão desanimado que eu poderia muito bem não ter pegado nada.
"Sim, você não queria?"
Ela sorriu de lado e deu de ombros. "Pode ser."
Assim que ela abriu a mão para pegar o copo de mim, eu o puxei para longe. "Você não quer?"
Ela deu de ombros de novo, ainda um pouco triste. Eu podia ver que ela tentava fingir que estava bem, mas seus olhos a traíam. "Pode ser," insistiu. "Quero sim."
"Nina," eu falei, mantendo o suco longe. Ela evitava me mirar. "Se você não quer, é só me falar. Eu vou buscar outro para você."
Ela me olhou como se eu tivesse dito que estava disposto a matar alguém por ela.
Eu provavelmente estaria, na verdade. Mas não vinha ao caso.
"Não precisa," ela insistiu. "Eu tomo esse."
"Por que você vai tomar esse se você nem quer?" Eu perguntei, já inclinando a minha cabeça para ela. "É só me pedir que eu pego outro. É só me falar o que você quer. Não precisa fingir que quer esse."
"Mas eu quero," ela se esticou e quase pegou o copo da minha mão.
Eu fui mais rápido, mas ela não se contentou, praticamente subindo em cima de mim para alcançá-lo. "Eu quero, me dá o suco!"
"Não!" Eu insisti. Era difícil manter o copo longe dela com ela em cima de mim. Eu ria e quase balançava o copo a ponto de derrubar todo o líquido dentro. "Você não quer, você não vai tomar!"
"Sebastian, me dá esse suco!"
Ela subiu um pouco mais e um alarme soou na minha cabeça, gritando que ela já conseguiria alcançá-lo.
Então eu fiz a única coisa que eu podia fazer para ter certeza de que ela não beberia aquele suco. Eu bebi eu mesmo.
Com ela nas minhas costas e rindo de um jeito que fazia o suco vazar pelos cantos da minha boca e sujar a minha camisa, eu virei o copo todo.
"Pronto," eu disse depois de terminar e limpar a boca com as costas da mão. "Agora não tem suco para você. Mas se você me disser qual você quer, eu vou buscar outro copo."
Eu me virei como dava para ela, que me beijou assim que podia alcançar meus lábios com os seus.
"Você é louco," ela disse quando nos afastamos.
Mas eu não queria me afastar. Não me lembrava do copo que segurava, da televisão ligada ou das outras pessoas que estavam ali. Era difícil de me lembrar do meu nome quando os lábios dela estavam tão perto de mim e seus olhos me olhavam daquele jeito. Será que algum dia eu me acostumaria com ela? Será que algum dia ela conseguiria me fazer olhar para ela sem duvidar que eu poderia ter tanta sorte a ponto de tê-la comigo?
Eu voltei a encostar meus lábios nos seus e a abracei mesmo ainda segurando o copo gelado e vazio.
"Laranja," ela disse depois.
Eu precisei pensar comigo mesmo sobre o que ela estava falando. Mas ela acabou se afastando e voltando a sentar do meu lado. Eu senti a falta dela em cima de mim assim que me deixou, frio do ar em meus braços aonde ela tinha estado um segundo atrás. Mas eu tinha uma missão. Precisava pegar o suco para ela.
Assim que me levantei, vi Charles me olhando como se eu fosse realmente louco. Só revirei os olhos e andei até a mesa do café da manhã no fundo do Grande Salão. Outra coisa que eu não entendia era porque nós tínhamos que tomar o café ali, com a televisão ligada. Já conseguíamos ficar bastante entretidos com nossas responsabilidades no silêncio da Sala de Jantar. O que tinha de tão especial naquele dia?
Enquanto via o suco de laranja caindo da jarra para um copo novo e limpo, percebi que estava completamente acordado. Nada como uma briga para levantar um defunto adormecido.
Ouvi meu pai pedindo silêncio e aumentando o volume da televisão logo que estava chegando perto dos sofás de novo. Entreguei o copo para Nina, que tinha a boca cheia de muffin de morango. Ela balbuciou um "Eu te amo," e eu lhe dei um beijo na testa como retorno.
Quando me sentei, imitei a todos os outros e olhei para a televisão. Reconheci na hora o Rei Gareth, de coroa e manto, tão tradicional que só podia ser do Reino Unido. Do lado dele, sua comissão e sua filha, Princesa Lola. Ela não olhava para cima, mirava seus pés. Não tinha grandes lembranças dela, mal a tinha visto na minha vida, mas aquela não era a menina que eu conhecia. Das poucas vezes em que ela tinha cruzado o meu caminho, ela parecia bastante confiante e determinada. Me lembro de vê-la com 14 anos e pensar que ela parecia bem mais velha que eu. E tinha sido no enterro de sua mãe.
Estava bem mais interessado na mão de Nina que buscava a minha para segurá-la distraída, mas tentei prestar atenção no que o Rei Gareth falava. Não precisei tentar tanto quando ele falou que era com muito pesar que ele estava ali.
"Descobri recentemente que eu tenho uma condição de saúde que não tem tratamento," ele disse, fazendo todos no Grande Salão ficarem praticamente na beirada dos sofás e todos à sua frente tirarem mil fotos. Foram tantos flashes, que pensei que a televisão estava tendo algum problema. Até Nina apertou a minha mão um pouco mais forte. "Não se sabe quanto tempo eu tenho, posso ter várias décadas de vida ou poucos minutos. Eu tenho um aneurisma sacular." O povo todo soltou suspiros e eu vi Lola apertando seus lábios. Então era por isso que ela parecia tão cabisbaixa.
Rei Gareth começou a falar sobre como ele seria forte e faria o seu melhor para não abandoná-los antes do tempo e meu pai abaixou um pouco o volume. Mesmo assim, ninguém ali se atreveu a falar por um bom tempo. Eu estava até começando a me questionar se poderia comer ou não. Minha barriga dóia de fome e eu não sabia se me mexer seria indelicado.
Mas aí eu passei os olhos por todos e resolvi que se tinha alguém ali que podia quebrar o clima, esse alguém era eu.
"Foi para isso que nós acordamos tão cedo?" Eu perguntei, fazendo todos me olharem.
Meu pai não parecia tão feliz com meu tom, mas Charles escondia um sorriso em seus olhos.
"O que isso significa?" Nina perguntou séria, provavelmente para amortecer minha brincadeira.
"Que talvez o Reino Unido tenha uma rainha nova logo?" Gabrielle arriscou.
"Não," Charles a corrigiu. "Lola é solteira."
"Que que tem?" Nina perguntou.
"Ela precisa ser casada para reinar," meu pai explicou. "Aquele ali," ele apontou para o homem do outro lado do rei, que acenava para o seu povo, "é Skar Baird. Ele é duque da Escócia, sobrinho do rei. Seu irmão já morreu e ele é o herdeiro direto."
"Se a princesa não for casada," Gabrielle concluiu, como se pensasse alto.
"Exato," meu pai concordou.
Nós ficamos em silêncio mais um pouco, mas dessa vez eu não esperei para pelo menos beber meu café. Uma vez que eu já fazia barulho com a xícara e a colher, comer um muffin não faria muita diferença. Até que eu derrubei uma das tiras de bacon no chão. Nina pegou para mim sem nem olhar direito. Ela continuava preocupada com a conversa de todos. Olhei de relance para ela. Como é que ela conseguia parecer bem mais da realeza do que eu? Ela tinha só cinco anos no castelo. Eu tinha vinte e três!
"E por que ela não se casa?" Ela perguntou.
Meu pai deu de ombros. "Ela provavelmente vai se casar o mais cedo possível. Eu acredito que é por isso mesmo que eles fizeram esse anúncio. Agora famílias reais do mundo inteiro vão estar correndo atrás de casar seus príncipes com um dos mais antigo reinos do mundo."
"Mas a gente não," Gabrielle completou, de novo como se pensasse em voz alta.
Charles e meu pai balançaram a cabeça juntos.
"Nós precisamos dessa aliança?" Gabrielle perguntou, olhando de Charles a meu pai e de volta ao seu marido.
"Nós já a temos, de certo modo," Charles respondeu. "Apesar de que seria muito bom que conseguíssemos fortalecê-la. Ainda mais com nossa relação com a França tão frágil ultimamente."
"Não tem ninguém que a gente possa oferecer?" Nina perguntou, fazendo Charles dar de ombros.
Minha mãe estava pensativa, mas parecia mais desolada do que otimista.
"Ela provavelmente vai acabar se casando com o príncipe da Arábia, Tariq," ela disse e eu ouvi em seu tom o seu desânimo. "De todos os disponíveis, é o mais agradável. E quem não quer se assegurar do maior berço do petróleo do mundo?"
Nós todos concordamos com a cabeça. Até eu, para a minha própria surpresa.
Thomas, que tinha estado quieto até então, soltou uma risada deslocada. "Ela devia era fazer uma seleção de príncipes."
Todos ficamos em silêncio por um segundo. Até que Charles riu. E aí Gabrielle, depois Nina, eu e meus pais, todos nós nos juntamos a eles.
"Imagina que incrível seria!" Gabrielle disse, animada de verdade. "Trinta e cinco príncipes lutando pelo coração dela!"
"Existem trinta e cinco príncipes no mundo?" Nina perguntou para meus pais.
"Existem," minha mãe respondeu. "Mas eu duvido que ela faria isso." Ela sorria, provavelmente imaginando tal seleção. Só Thomas mesmo para dar uma ideia dessas.
"Por que não?" Foi Charles que perguntou, se sentando um pouco mais reto. "Por que ela não faz uma seleção aqui?"
Até meu pai franziu as sobrancelhas para ele, como se tentasse descobrir se não estava imaginando aquela cena.
"Você quer que ela faça uma seleção para príncipes do mundo EM ILLÉA?" Eu perguntei, trazendo a atenção de meu irmão para mim.
"Não," ele disse, abrindo um sorriso. "Eu quero que ela venha para Illéa fazer uma seleção de homens daqui."
Eu soltei uma risada na hora, mas logo vi que ninguém estava me acompanhando. Minha mãe parecia se divertir com a ideia e meu pai parecia pensar naquilo.
"Vocês só podem estar brincando," eu disse.
"Por quê?" Charles se levantou. "Pensa, seria perfeito para nós, já que nós dois estamos casados. E ótimo para ela, que teria o nosso apoio para o resto da vida."
"É loucura!" Eu retruquei. "Ela tem a opção de se casar com qualquer príncipe e vai casar com um plebeu? O que esse plebeu tem que ter para ser melhor do que o príncipe do óleo, como nosso amigo Tariq é conhecido no resto do mundo? O que um plebeu pode ter que ganharia de petróleo?"
"Illéa," meu pai respondeu por Charles, também se levantando. "O Reino Unido é devoto e tradicional. Tem história. Mas tem pouco exército. É pequeno e vulnerável. Nós somos grandes. Nós temos exército. Nós podemos falar que esse é o jeito de criar uma aliança forte conosco. Ela se casaria com um filho de Illéa!"
"Vocês só podem estar malucos. O que colocaram nesse café?" Peguei minha xícara e cheirei, só pela graça.
"Ia ser o máximo!" Gabrielle já tinha animado também e eu podia ver que Nina só não demonstrava o quanto ela gostava da ideia por minha causa. "Podia ser aqui mesmo no castelo! Ela conheceria os nossos costumes e nós faríamos de tudo para a seleção dar certo! Imagina só, nós estaríamos presenciando a história se desenvolvendo!"
"Nós já fazemos parte da história, não tem porque trazer trinta e cinco caras para o castelo," eu disse, pela primeira vez imaginando como seria. "De verdade!"
Trinta e cinco meninas? Ótima ideia. Trinta e cinco caras? Péssima. Simplesmente péssima.
"Você tem alguma ideia melhor?" Charles me perguntou. "Alguma ideia que consiga fazer a Princesa Lola nos escolher?"
Eu pensei um pouco. E mais um pouco. E, torcendo o nariz, eu tive que dar de ombros. Eu não tinha ideias melhores para nós. Tinha várias ideias melhores para ela, mas nenhuma que nos ajudasse.
Meu pai foi até a porta e falou com um dos guardas lá fora.
"Nós realmente vamos fazer isso?" Thomas perguntou, olhando para todos nós. Ele sorria como se nós estivéssemos planejando uma revolução, como se estivéssemos prestes a quebrar todas as regras. E ele gostasse disso.
"Ainda precisamos que ela concorde," minha mãe falou.
"Eu duvido que ela vá aceitar," eu disse, continuando como o pessimista da sala. Limpei minhas mãos das migalhas dos muffins em cima do meu prato. "E mesmo que ela aceite," continuei, "que tipo de cara se inscreveria num negócio desses?"
Foi a vez de Nina me olhar estranho. "Caras que queiram se casar com uma princesa."
"Ou seja, nenhum?" Falei, fazendo-a revirar os olhos.
"Existem caras que querem se casar, sabe Sebastian?" Me perguntou. "Tenho certeza de que muitos e muitos caras se inscreveriam!"
"Para participar de uma competição para se casar com uma desconhecida?" Bufei uma risada sem humor.
"Para competir pelo coração de uma princesa," Gabrielle me corrigiu.
Só balancei minha cabeça. "Por que é tão difícil para você aceitar que existem homens românticos por aí?" Nina me perguntou. "Você não entraria em uma Seleção por mim?"
Só faltava ela colocar as mãos na cintura. Ela me mirava como se realmente esperasse minha resposta. E eu queria falar que não e que isso não tinha nada a ver com como eu me sentia em relação a ela. Mas assim que me lembrei de como eu a tinha conhecido, percebi que entraria sim. Por motivos errados, mas entraria.
"Se eu entrasse, seria só para poder provar que conseguiria te conquistar sem me deixar levar," eu admiti e ela abriu a boca, assustada. Depois a fechou e cruzou os braços à sua frente. "Mas claro que eu me deixaria levar," eu completei, a abraçando. "Seria impossível resistir a você."
"Posso falar que concordo com Sebastian?" Thomas perguntou, voltando a atenção ao que interessava a todos. "Eu imagino que os caras que entrariam para essa seleção ou teriam motivos tortos, ou seriam completos idiotas que nunca conseguiriam chegar a ser rei."
"A verdade," meu pai disse, chegando de volta até nós, "é que nós não temos nada a perder. Podemos deixar claro para a princesa que será tudo do jeito dela, só com poucos detalhes da nossa própria tradição. Nós podemos tentar escolher os melhores candidatos possíveis. Teríamos que realmente provar para ela que essa é a sua melhor opção."
Uma batida veio à porta e logo depois Silvia entrou. "Ouvi dizer que alguém precisava de mim," ela disse, andando até onde nós estávamos.
"Sim," meu pai se virou para ela. "Nós precisamos que você organize uma seleção de homens de Illéa para a princesa do Reino Unido."
Seus olhos se arregalaram e ela olhou dele para cada um de nós, esperando que alguém balançasse a cabeça e denunciasse que era brincadeira. E mesmo que eu quisesse muito fazer isso por ela, eu não podia. Meu pai falava sério. Bem sério.
"Rei Maxon," ela voltou a olhá-lo. "Eu estou ficando velha demais para essas suas ideias."


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Notas finais do capítulo

Vamos lá, admitam. Vocês estavam morrendo de saudades do ponto de vista do Sebastian! Haha.
Minhas férias acabaram. Agora vamos começar essa fanfic com TUDO! Espero que tenham gostado! Se der, comentem! E divulguem (:
Muito obrigada por tudo!



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