Do Outro Lado do Oceano escrita por Laura Machado


Capítulo 106
Capítulo 106: POV Amelia Woodwork


Notas iniciais do capítulo

Escrevi ouvindo "Towers" do Little Mix!



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Eu girei na cama, abraçando o meu travesseiro. Podia sentir que estava prestes a despertar, mas respirei bem fundo, me recusando a aceitar aquilo. Nós tínhamos ido dormir depois das cinco da manhã, meu corpo teria que ser um pouco mais razoável e me deixar quebrar aquela rotina por um dia só. Uma única vez em meses em que eu dormisse até depois das nove da manhã.
Apertei os olhos, tentando não pensar em nada. Mais alguns segundos imóvel, e eu tinha certeza de que voltaria a adormecer.
Isso se Elena não tivesse me chutado por baixo da coberta naquela hora, inconscientemente me empurrando para o lado, tentando me tirar da cama.
Arrisquei um olhar na sua direção, apesar de não precisar de outras provas além de sua respiração profunda e regular para saber que ela estava mesmo completamente apagada. Desde pequena, seu espaço pessoal era enorme e ela sempre acabava me jogando pra fora da cama. Acordada, insistia que seria diferente e que ela adorava quando nós dividíamos o quarto. Mas, uma vez que seus olhos tivessem se fechado, era cada uma por si.
Mas foi só um chute, pensei. Se não tinha sido o suficiente para acordá-la, não precisava ser para mim.
Fechei meus olhos de novo, abraçando o travesseiro ainda mais forte. Eu poderia simplesmente voltar a dormir. E meu cérebro poderia parar de ser teimoso e desli-
Outch! O que foi isso?
Olhei por cima do ombro, para encontrar o cotovelo de Elena ainda apoiado nas minhas costas.
Me sentei na hora, tentando alcançar o lugar aonde eu ainda podia senti-lo furando minha coluna. Aquilo já estava virando abuso!
A cama dela ainda estava incrivelmente confortável, o lençol era leve e perfeito, além de que ela tinha a mania de jogar todos os travesseiros para o meu lado, o que completava a minha de querer milhares à minha volta. Mas Elena parecia tão jogada, que eu já podia prever os próximos golpes que receberia se voltasse a me deitar ali.
Me girei para estar sentada na beirada da cama, meus pés no chão, e aproveitei para esfregar os olhos. A noite de ontem tinha sido ótima. Era muito bom poder sair para alguma balada sem sermos as duas garotas amigas da família real, como éramos conhecidas na faculdade. Melhor ainda quando Elena não levava cara algum e eu não precisava ficar procurando moscas enquanto eles se beijassem.
Mas a melhor parte devia ser nós podermos dormir o próximo dia inteiro. E seria impossível aquilo ali.
Eu poderia voltar ao meu quarto, pensei, olhando para todas as minhas coisa ali. Já fazia dois dias que nós estávamos em uma maratona de festas de pijama e que eu não via a minha cama. Mas não era de se espantar, meu quarto era do outro lado do dormitório e a vida simplesmente era mais fácil quando eu não precisava ficar indo e vindo o tempo todo.
Mas, se queria algum tipo de paz e descanso, eu precisava ir para lá. E o mais rápido possível, antes que despertasse de vez e perdesse qualquer sono que ainda sobrava em mim.
Seria inviável pegar tudo que era meu e estava jogado pelo quarto de Elena de uma vez só, então peguei minha bolsa e meus sapatos e saí de lá, correndo nas pontas dos pés até o meu. Passei por milhares de criados que me olhavam com cara de quem sabia o que eu tinha feito na noite passada. Não que tivesse feito algo demais, nada além de dançar. Mas era o que eles pensavam, me vendo carregar os saltos em uma mão, usar as roupas de balada amassadas e ter minha maquiagem borrada pelo rosto todo.
Não entendia o quanto eu precisava da minha cama até vê-la toda arrumada, esperando por mim. Deixei minhas coisas perto da porta e corri para me jogar nela, entrando embaixo da coberta e a trazendo até meu pescoço.
E teria ficado ali para sempre, se tivesse fechado os olhos antes de perceber que tinha alguma coisa diferente com a minha escrivaninha.
Me sentei, deixando a coberta cair no meu colo e apertei os olhos para enxergar melhor.
Era bem aonde eu deixava Viola e a corujinha, que tinha decidido chamar de Olivia. Mas elas não estavam sozinhas. Alinhados do lado delas estavam um cavalo, um alce e um leão, que eu nunca tinha visto na vida.
Joguei a coberta pro lado e fui ver mais de perto, pegando um a um na mão.
Não. Não era possível! Depois de tudo que eu tinha dito, depois do escândalo que era a única coisa que ainda se falava naquele castelo, Alex continuava me mandando aqueles bichinhos? Qual era o problema dele? Será que ele não tinha entendido que eu não me deixaria levar? Ele realmente achava que era só entalhar alguns bichos na madeira que eu esqueceria de que estava ali para se casar com a princesa?
Respirei fundo, apertando o leão com a mão, como se tivesse força suficiente para amassá-lo.
Ele não estava fazendo aquilo ser nem um pouco mais simples! Qual era o problema dele? Por que ele tinha que atrapalhar a minha vida? Por que tinha que insistir tanto quando eu tinha pedido para me deixar em paz? Será que era tão difícil assim para ele imaginar que também não estava sendo fácil para mim?
Me agachei ali mesmo, segurando ainda o leão e me agarrando à cadeira com a outra mão. Ele não estava ajudando. Ele não estava ajudando nem um pouco! Era muito fácil ele querer mudar de ideia, uma vez que já estava dentro do castelo. Mas eu não conseguia parar de imaginá-lo antes, vendo a princesa, sonhando com ela, assinando o contrato, a olhando como aquela com quem ele queria se casar. Eu não era nada nessa história. Nada! Só um desvio, uma brincadeira.
Não queria acreditar no que ele tinha me dito. Palavras eram fáceis demais. E eu sabia bem como usá-las para manipular alguém, não me deixaria ser manipulada.
Ou talvez ele simplesmente não tivesse a menor noção do que estava fazendo. Talvez ele nem soubesse o que estava arriscando, não tivesse noção da realidade e achasse que poderia simplesmente sair tropeçando pela vida, que os erros dele não teriam consequências.
Mas eu sabia que teriam. Eu sabia que, se me deixasse acreditar por um segundo que tinha alguma chance daquilo dar certo, se me deixasse sentir que ele gostava de mim na intensidade que dizia, poderia acabar sozinha. Sozinha. De coração partido. E a última coisa da qual eu precisava era ser só mais uma que tinha acreditado que alguém podia gostar dela, mas que fosse abandonada no final.
Não, a aposta era grande demais e eu definitivamente não queria aceitar os riscos. Precisava me esquecer dele, me afastar. E ele precisava não atrapalhar!
Com o leão na mão, saí do meu quarto. Nem sabia que horas eram ainda, mas tinha toda a esperança do mundo de eles ainda estarem na Sala de Jantar, tomando seu café da manhã. Não tinha decidido exatamente o que ia fazer, só sabia que precisava falar com ele. Precisava falar com Alex. Precisava insistir que me deixasse em paz!
Escorreguei com as minhas meias degraus acima, mas não parei até estar na frente das portas. Respirei fundo uma vez, tentando pensar rápido no que diria. E então coloquei minhas mãos nas maçanetas e abri.
Não tinha ninguém. Estava vazia.
Entrei alguns metros, só o suficiente para conseguir ver o grande relógio que ficava acima das portas.
Não eram nem oito da manhã! Mas como é que meu cérebro achava que já era aceitável acordar sendo que eu não tinha dormido nem três horas direito?
Bufei, frustrada, saindo da Sala de Jantar. Mas não tinha nem dado dois passos para fora, quando vi um grupo de pessoas aparecendo no corredor. Não demorou para eu perceber que eram os selecionados.
Me virei para a janela, lhes dando as costas.
Era melhor assim. Eu não precisaria chamar a atenção de Alex na frente da princesa. Eu só precisava pensar no que dizer.
Fiquei rodando o leão nas minhas mãos, como se esperasse que ele fosse me ajudar, me dar a resposta, acabar com meus problemas. Era impossível não ficar imaginando o Alex vindo atrás de mim, me observando, contando, como eu fazia, os segundos que demoraria até eu me virar para ele e nossos olhos se encontrarem.
Quando podia jurar que o grupo já estava quase todo dentro da sala, eu me virei. Mas ele não estava ali.
Tive que desviar do olhar estranho da minha mãe para colocar a cabeça dentro da sala e buscar por ele.
"Algum problema, Amelia?" Ela me perguntou.
Ainda o estava procurando, meus olhos percorrendo cada rosto dos rapazes de terno que escolhiam seu lugar e observavam o café da manhã que os esperava.
"Onde estão os outros?" Me virei para ela, que me observava de braços cruzados.
"Que outros? Estão todos aí!" Ela disse, apontando para eles e me forçando a olhá-los de novo, até contá-los e constatar mais uma vez que só tinha oito.
"Não, tá faltando gente!" Falei, quase batendo o pé.
"Você tá falando do que foi eliminado?"
"Não, tá faltando mais um, mãe! Pelo amor de deus, será que ninguém deu falta dele!"
"Amelia," ela deu um passo à frente e me segurou pelo ombro com as duas mãos, mesmo que tivesse que encostar sua prancheta em meu braço para isso. "Você tá falando de Alexander Dobrovisky? Que foi eliminado ontem?"
Foi bom ela estar tão perto, pois pude aproveitar e me segurar em seus braços assim que senti minhas pernas fraquejarem.
"Não," falei. "Ele não foi eliminado. Foi o Dylan Stroud. Mãe, como você não sabe o nome dos selecionados?!"
Ela balançou a cabeça. "Dylan foi eliminado na quinta. Alexander ontem. Não ouviu falar?"
Eu empurrei seus braços para longe, precisando de ar, cambaleando até estar apoiada no batente. "Mas-" Comecei, sem conseguir continuar. "Eu-"
Não. Aquilo não faria o menor sentido! Por que Alex teria sido eliminado? O que a princesa poderia ter visto nele que a fizesse querer eliminá-lo? E por que ele iria sem falar nada?
"Ele ainda tá aqui?" Perguntei, focando minha mãe de repente.
Ela franziu as sobrancelhas, como se eu fosse louca.
"Não, ele foi embora ontem," ela disse, como se não fosse nada. Olhei de novo para dentro da Sala de Jantar, como se houvesse a menor chance de ela estar mentindo, de eu poder encontrá-lo sentado e feliz, comendo como os outros. Mas dentre todos os oito selecionados, nenhum deles era ele. "Amelia, o que-"
"Eu preciso ir!" Disse, a deixando para trás e começando a andar em direção ao meu quarto.
Cada passo foi se transformando, ganhando velocidade, até que eu estava correndo. Pulei os degraus de dois em dois até ter descido para o dormitório e chegado ao meu quarto. Abri a porta tão de repente, que ela bateu na parede. Mas eu me preocuparia com ela depois.
Fui direto aos outros bichinhos, que continuavam enfileirados. Olhei embaixo de todos, ao redor e em todas as minhas coisas na escrivaninha até derrubar a maioria no chão. Ele tinha que ter deixado alguma coisa! Algum bilhete! Depois de tudo, ele não iria embora assim! Ele tinha que ter me explicado porquê! E o quê! Como assim?! Como assim ele simplesmente tinha sido eliminado? Como assim ele não estava mais ali? Como ele podia ter ido embora sem me falar nada?
Nem o leão, nem o alce, nem a droga de cavalo tinha algum bilhete, algum pequeno escrito. Nem o nome dele, nem nada. Nenhum sinal de que tinham vindo dele, a não ser o grande hábito que ele tinha de usá-los para tentar se aproximar de mim. E agora ele tinha se afastado no silêncio, como se não fosse nada!
Não era justo! Por que ele tinha que ter me falado tudo aquilo? Por que ele me daria mais bichos? Por que fez questão de atrapalhar a minha vida se iria embora sem me falar nada? Como se não fosse nada? Como se nós não tivéssemos nada?
Não! Nós não tínhamos nada, mas ele devia ter alguma coisa para me falar! Ele tinha que ter deixado alguma coisa! Algum rastro, alguma mensagem! Quem eram suas criadas? Aonde tinha sido seu quarto? Aonde ele estava?
Saí do meu quarto andando o mais rápido possível. Meus passos estavam tão frenéticos, que eu mal conseguia pensar. E nem sabia direito aonde estava indo, eles só iam sozinhos. Subi os degraus como se marchasse, marcando o tapete com minhas solas dos pés. Assim que vi as portas principais do castelo, corri para elas.
Os guardas me olharam estranho e pareceram que iam me parar, mas deixaram que eu as abrisse e saísse. Só parei de correr quando já sentia minhas meias afundando no chão de pedras e se enchendo delas.
E eu só via o portão.
É claro. Ele já tinha ido embora. Ele já tinha ido há muito tempo.
Me virei de volta para as portas. Aquilo estava errado. Ele não podia simplemente ter ido embora! Aquilo não era normal! Era cedo demais! Eu nem tinha tido a chance-
Me virei de novo para o portão.
Eu nem tinha tido uma chance! De-
Argh. De fazer o que fosse! De falar o que fosse! De pelo menos pensar-
Dei mais alguns passos, até desistir de andar.
Não era justo! Aonde eu estava quando ele foi embora? Por que ele não foi nem me falar tchau? Por que tinha que me falar que se apaixonou por mim quando não estava nem disposto a se despedir?
E por que ele tinha ido embora? Não falei que era para ir embora! Falei para me deixar em paz, não para me deixar! Por que ele não podia esperar? Por que não esperou pelo menos até eu conseguir-
O quê? O que eu queria conseguir? E aonde eu tinha estado? O que eu tinha estado fazendo quando ele estava de malas prontas, saindo dali? Por que ninguém me avisou? Como é que ele pôde ir embora assim, do nada, sem me perguntar o que eu achava daquilo?
E agora não sabia nem aonde ele estava! De onde ele era? Aonde ele dava aula? Eu o veria alguma vez na vida? O que ele tinha falado era verdade? Por que ele tinha sido eliminado assim?
Como isso era possível? Ontem eu tinha saído, sem ter a menor ideia do que podia estar acontecendo. E hoje eu simplesmente acordava e ele não estava mais lá? Aonde que isso era normal?
Não tinha nada entre eu e os portões do castelo. Mas ainda sentia como se alguma coisa me segurasse ali. Eu queria sair, queria andar, queria tentar ir atrás dele. Senão para mais nada, pelo menos para dizer que ele era idiota, que não devia ter me falado que gostava de mim e ido embora sem se despedir! Que aquilo não se fazia! Que ele pelo menos devia ter me dado a chance de reclamar dele uma última vez!
Só percebi que estava ofegante quando entrei de volta no castelo e minha respiração ecoou pelos tetos altos. Eu fui me sentar no primeiro pequeno sofá que tinha no corredor mais perto.
Sabia que não devia estar pensando naquilo. Devia estar aliviada. Eu queria espaço? Era exatamente isso que Alex tinha me dado. Mas não queria tanto assim! Não queria que ele desaparecesse no mundo e fizesse ser praticamente impossível eu conseguir vê-lo outra vez!
Era exatamente por isso que nunca quis me deixar sentir nada por alguém! Era por isso! Porque as pessoas mudam de ideia e vão embora e não falam nada! Porque eu não queria sentir esse vazio! Porque não queria me importar! Não queria ter que ficar pensando em algum jeito de ir atrás dele! Porque eu simplesmente não saberia o que dizer se fosse.
Qual era o meu problema? Por que não conseguia admitir o porquê daquilo me incomodar? Porque não conseguia falar a palavra? E ir atrás dele? O maior problema que me impedia de ter esperanças tinha desaparecido, não? O que me segurava agora?
Não. Só porque a Lola podia ter decidido que ele não era certo para ela, não significava que o problema tinha desaparecido. Ele ainda tinha ido ali por ela. Ainda tinha prometido que queria se casar com ela. E eu não queria ser um desvio, não queria ser a segunda opção.
E agora não tinha opção. Ele já tinha ido embora. Ele teve uma chance de me provar que lutaria por mim, que o que tinha dito era verdade. Ele teve a chance de se despedir. Mas, ao invés disso, simplesmente foi embora. Eu não deveria me sentir indignada, nem traída. Devia me considerar sortuda. O que quer que ainda estivesse nebulando minha cabeça desapareceria logo. Com ele fora da minha vista nos almoços e jantares, seria fácil de esquecer que existia. E eu podia finalmente voltar à minha vida.
Se pelo menos fosse tão simples como eu estava pensando!
"Senhorita Woodwork?" Uma voz me chamou, me fazendo dar um salto no sofá aonde estava.
Era a Princesa Lola, percebi assim que nosso olhar se cruzou.
Me levantei na hora, fazendo uma reverência e rezando para que qualquer rastro do que eu tinha pensado desaparecesse do meu rosto antes que eu me endireitasse outra vez.
"Está tudo bem?" Ela perguntou, suas palavras me atingindo fundo.
Engoli a seco.
"Tudo," menti, rapidamente. "Só estou de ressaca. E com fome."
Ela sorriu. "Sei como é," disse, olhando rapidamente para as mãos à sua frente. Não como se estivesse tímida, mas como se pensasse em alguma coisa, relembrasse algum momento. Dei um passo na sua direção, decidida a perguntar sobre Alex, mas, antes que eu conseguisse abrir a boca, ela levantou o rosto. "Precisava falar com a sua mãe," disse. "Sabe onde ela está?"
"Sala de Jantar," falei, mordendo o canto do lábio. Aonde Alex não está, pensei.
"Ah," ela soltou, olhando rapidamente por cima do ombro na direção contrária, onde um grupo de pessoas se aproximava. "Eu tenho um encontro agora, não poderei falar com ela."
"Encontro?"
"Na praia," ela explicou. "O prêmio dos Jogos Aquáticos. Tem como você passar uma mensagem para ela por mim?"
Minha vontade era dizer que não. Mal estava conseguindo prestar atenção no que ela falava. Mas, ao invés, eu só concordei com a cabeça.
"Diga que eu vou ter um acompanhante para o evento de hoje," ela falou e eu assenti outra vez. "Obrigada, Woodwork."
Quis bufar uma risada.
"Claro," falei, fazendo outra reverência de qualquer jeito e me virando para sair dali.
Para ela, tudo estava normal. Ela tinha eliminado dois selecionados, ela continuava com a competição, nem tinha ideia do impacto que aquilo tinha sobre as outras pessoas do castelo. E eu nem sabia o que tinha sido tão grave para ela mandá-lo para casa! Por que ele nem pôde esperar! E aquela talvez fosse a minha única chance de descobrir.
Parei a alguns metros dela e me virei para olhá-la. "Princesa?" Chamei.
O grupo de pessoas a tinha alcançado e pude ver que era uma equipe de filmagem.
"Sim?" Ela disse, se virando também para mim.
Eu não podia falar de Alex ali, não como eu queria, não sem fazer os jornalistas transformarem aquilo na história do ano.
"Quem será seu acompanhante?" Perguntei, ao invés, acreditando que aquilo sim era algo que sobre o que eles já deviam estar discutindo.
Mas ela respondeu o último nome que eu esperaria ouvir. "Marc Hynes."


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Notas finais do capítulo

Estão tão confusas quanto a Mia?