Depois que o café da manhã acabou, nós três fomos para a Biblioteca ver se achavamos alguma coisa sobre entrar na mente das pessoas. Reviramos quase que aquela Biblioteca inteira atrás de informações.
–Alguma coisa? - Perguntou Brittany para mim,que estava do outro lado da estante,por um espaço vazio na patreleira onde faltava um livro bem grande.
–Não - Respondi, observando o título de cada livro - Parece que não tem como entrar na mente de alguém.
–Tem que ter um jeito! - Gritou Dave, de um lugar distante da Biblioteca.
Já estava ficando cansativo ficar vendo livros na Biblioteca. Eu vi uma cadeira com um estofamento azul em um canto da Biblioteca e fui me sentar nela, enquanto deixava Dave e Britt procurarem pelos livros.
–Vocês vão ficar aqui no Natal? - Gritei o mais alto possível para os dois ouvirem.
–Não! - Responderam os dois em coro, com o mesmo tom de voz que usei.
Ficamos ali por mais uma hora, e nessa uma hora fiquei fazendo Pedra, Papel ou Tesoura sozinho, com minhas duas mãos disputando, e a esquerda estava ganhando. Já tinha perdido Dave e Brittany de vista. Me levantei daquela cadeira e fui à procura dos dois.
Qual era a necessidade de fazer uma selva de livros e estantes em uma escola? Fui andando por cada corredor de estantes, mas nenhum sinal deles. Até que ouvi um barulho de um livro caindo, do outro lado da estante ao meu lado.
–Dave? Brittany? - Chamei pelo nome para ver se era um deles, não teve resposta.
Resolvi ir para o outro lado da estante, fui até o fim daquele corredor de estante e virei para o corredor que tinha vindo o barulho. Fui avançando e vi um sujeito agachado recolhendo vários. Só tinha visão do seu sobretudo preto e cabelo branco, que parecia ter sindo pintado, que se estendia escondendo a parte de trás do pescoço.
–Olá? - Perguntei, chamando a atenção do estranho. Ele se virou para mim e tive mais detalhes do seu rosto.
Tinha uma cicatriz enorme passando pelo seu olho, se esticando até a parte superior da bochecha. Nunca tinha visto aquele sujeito em Hogwarts. Ao me ver, ele se levantou e se virou para mim, revelando detalhes vermelhos em seu sobretudo, e com símbolo da Grifinória no lado direito.
–Ah...Oi! - Disse ele meio constrangido.
–Você viu um garoto com cabelo loiro oxigenado e uma garota por aqui?
–Er...Não mas eu ouvi... - Ele começou a frase mas parou no meio, como se tentasse lembrar o resto.
–Ouviu o que?
–Er...Não lembro o que eu ouvi mas foi para... - Ele começou a frase novamente mas parece ter esquecido o que ia dizer - Foi para onde mesmo que eu... O que eu fiz mesmo?
Beleza, ele já estava me assustando.
–Nada, deixa. - Respondi virando e voltando à procura de Dave e Brittany.
–Meu nome é Arno Jac... - Ele repetiu a mesma ação,parecendo que tinha esquecido o próprio nome, apenas ignorei e voltei à selva de livros.
Fiquei andando por um tempo mias sem achar enhum vestígio de Dave e Brittany. Então, achei a porta da Biblioteca, na verdade nem tinha mais porta era um buraco que a Brittany fez. Os dois já deviam ter saído, então fui embora da Biblioteca.
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Quando cheguei nos Subterranêos, onde ficava a entrada para a minha Sala Comunal, vi Arno sentado no chão enquanto lia um livro.
–Como você saiu tão rápido da Biblioteca? - Perguntei para ele.
–Ahn? - Ele tirou a atenção do livro e volto para mim, e me olhou estranho - A gente se conhece?
–A gente acabou de se conhecer na Biblioteca agora pouco.
–Sério? É que eu tenho um pequeno problema de memória.
–É, dá para notar.
–Isso foi um problema que me ocorreu quando um lobisomem tentou ler minha mente.
–O que? Um lobisomem leu sua mente?
–Sim, é que ele queria saber de um lugar e só eu sabia onde era e não queria contar. Então, ele pôs sua garra nessa região - Ele mostrou com o indicador na parte de trás do pescoço, onde havia uma cicatriz - E leu minha mente. Os lobisomens são bem diferentes do que eu pensava.
–Pois é. - Finalmente descobri como ler a mente do Peter, o problema era que isso podia afetar a memória dele - E valeu, Arno.
Sai correndo dali e fui à procura de Dave e Brittany.