Crónica da Boa Malandra escrita por MiSwan


Capítulo 3
A Estupidez das Pessoas ou O Meu Sarcasmo




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Simples assim: uma amiga minha tinha uma super amizade melosa com uma rapariga lá da terra dela. Era irmã para aqui, irmã para ali; adoro-te; amo-te. Vai que o pai da amiga da minha amiga morre em Janeiro. A S, que é a minha amiga, ajuda a outra, todos os dias, está com ela, vai ao funeral, dorme lá cerca de uma semana. Portanto: faltou a um exame e esteve a lixar-se para o próprio estado de saúde que de uma constipação passou para uma valente gripe que em Março ainda mostrava - pouco - o ar da sua graça.

O tempo passou e chega Maio, o mês dos universitários com a festa da Queima e tudo o que isso envolve. O nosso grupo da faculdade todo feliz e a Sara na merda porque estava zangada com a outra. Oh páh, eu e uma amiga acabámos por preparar a surpresa de trazermos a R até ao Porto para ela fazer as pazes com a S. Eis que ela vem, e acompanhada pelo C.

C, aquela criança na puberdade, praticamente mal saído das fraldas. Agora sei que ele foi uma grande alavanca para tudo isto. A S tem 20 anos, a R tem 25 e o C 18 acabadinhos de fazer. Vai que a S tinha uma queda por ele e vem a R, toda querida a dizer-lhe "ele é muito novo para ti, vai fazer-te sofrer". Imagine-se, aquela besta da R diz aquilo à S e agora namora com ele. De 20 para 18 é uma diferença enorme, de 25 para 18 não é nada...

A coisa segue e no início de Agosto a S começa a contar-me o que se passa, como as coisas lhe estavam a correr mal e como se sentia sozinha. A minha resposta: faz mal? Afasta-te, é por ti que o fazes. Ela vai numa de "voltar àquilo que tínhamos", sempre com o mocinho nas boas graças da R. O que se passa? A R é uma cabra de merda que põe a S a chorar. A S quer "resolver as coisas" como me disse agora na mensagem...

Tempo indefinido de separação, foi o que lhe disse que aquela amizade precisava. E, com isto, quero realmente é dizer que ela pare de ir atrás do que lhe faz mal. Acabou de vez, mas ela volta sempre lá, a pedinchar por atenção.

Posso ser fria, mas quando sei que estou a perder o meu próprio domínio, sou forte o suficiente para me afastar. Pode doer, mas entre doer e eu perder-me, prefiro a dor, um dia há de passar...

Ela já pensa que tem que tomar comprimidos, acho que ela só precisa de um grande estalo para acordar desta dependência... Fria, eu? Não, querida, sou racional e amo-me acima de tudo, gosto de mim, de me preservar...


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