Cheguei em casa preocupada sem saber oque vestir, a Lucy ficou sabendo do tal encontro e ficou buzinando no meu ouvido que eu estava derretidinha por ele, e eu falei que era um encontro apenas de amigos.

Resolvi me arrumar do meu jeito, eu não queria que ele pensasse que eu estava afim dele e ficava horas me arrumando para ver ele. Coloquei uma calça jeans, uma blusinha branca, um casaco porque estava meio frio, e uma sapatilha.

A Malu entrou no meu quarto e perguntou para onde eu iria. Eu respondi que iria sair com um amigo, e ela também ficou buzinando no meu ouvido igual a Lucy, oque aquelas duas tinham? Eu respondi a mesma coisa que eu respondi para a Lucy, que era um encontro de amigos.

– Amigos as vezes se transformam em outras coisas -Ela falou rindo, deixando transparecer a sua covinha de um lado da bochecha.

Revirei os olhos e me olhei no espelho.Ouvi a campainha tocando. Eu,minha ansiedade e meu nervosismo andamos juntos, porque na hora que eu estava descendo as escadas eu desci correndo e só vi a hora eu que eu tropecei, depois disso eu não vi mais nada.

Acordei deitada na cama de um hospital. Uma dor vindo do meu braço surgiu intensamente, olhei para meu braço direito e vi ele engessado, lembrei que eu havia tropeçado, olhei para o lado e vi a Mari apertando a minha mão do braço esquerdo.

– Oque aconteceu comigo? - Perguntei tentando conter a dor e já sabendo oque havia acontecido.

– Você caiu da escada e teve um desmaio, mas você caiu com o corpo praticamente em cima do seu braço e quebrou.

– Está doendo muito -Falei fazendo careta.

– Posso entrar?

– Lucas! -Falei tentando levantar.

– Fica parada sua doidinha - Pediu chegando mais perto.

– Vou deixar vocês a sós -Mari falou já saindo.

Eu balancei a cabeça afirmativamente para ela.

– Desculpa, eu estraguei o nosso encontro - Falei olhando para o meu braço.

– Então era um encontro? - Perguntou com um sorriso enorme.

– Não complica! - Respondi rindo.

A Lucy abriu a porta, e perguntou se estava interrompendo alguma coisa, nós falamos que não e pedimos para que ela entrasse. Ela se sentou perto da minha cama e me entregou uns bombons Ferrero Rocher.

– Eu não acredito -Falei enquanto pegava um bombom com a mão esquerda e oferecendo para os dois.

Era oque eu mais precisava naquele momento. Me entupir de chocolate.

– Poxa porque eu não tive essa ideia antes -Lucas falou olhando para a Lucy.

– Só de você estar aqui eu acho que já agrada a nossa May - Falou sorrindo e mexendo naqueles enormes cabelos loiros.

Oque ela tinha? ela estava fazendo o de tudo para empurrar o Lucas para mim. Eu olhei para ela com uma cara brava, e que deu uma piscadinha quando o Lucas não estava olhando.

– Que sortuda em Mayanita, vai ficar uns dias em casa sem precisar se preocupar com a escola. - Lucy falou.

Eu nem havia pensado nisso, mas eu não sei se iria gostar muito da ideia, eu iria ficar muito só, pois o João Pedro trabalha de manhã, a Maria trabalha também e a Malu vai para a escola. Eu não teria a Lucy nas manhãs para me fazer companhia e eu não veria ele. O Lucas.

– Você não vai para a escola, mas pode ter certeza que vou te visitar todos os dias para saber como você esta - Lucas falou como se lesse meus pensamentos.

– Eu também vou dona Mayane, vai achando que vai escapar de mim! - Lucy falou em um tom de brincadeira.

Eu ri. Era o que eu mais queria, aqueles dois juntos comigo me perturbando.

– Acabou as visitas!- O medico falou entrando no quarto -A nossa paciente precisa descansar.

Os dois se despediram de mim e a Mari entrou com a Malu e o João Pedro para se despedirem também. A Malu estava eufórica dizendo que queria assinar no meu gesso. Eu disse que ela teria o tempo todo para isso, assim que eu recebesse alta. Eles foram saindo aos poucos e eu queria levantar daquela cama e ir junto. Mas eu não podia fazer isso...