Nossa Química escrita por Liiah


Capítulo 27
Praia.


Notas iniciais do capítulo

Heeey, voltei com algumas divulgações de historias maravilhosas para vocês!

—- Em cada ponta do infinito -- Escrito por Laaísz
Ps.: Tem um trailer 1 e o Trailer 2. Link do Trailer 1 : http://www.youtube.com/watch?v=Y8vm4gLSHqE
Link do Trailer 2: http://www.youtube.com/watch?v=4TNdz3Lhhys
Essa Fic é da minha irmã, mas o vídeo está na minha conta do Youtube por isso não estranhem.
—- Se a minha vida fosse um filme -- escrita por Mony Santos.

Eu queria recomendar uma fic muito top que era escrita por a Nataly, mas infelizmente ela excluiu :(

Vou dar um Spoiler do próximo capitulo: Batendo os tambores..... No próximo capitulo a May vai fazer 17 aninhos! :D



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As semanas passaram mais rápidas do que eu esperava. Mas foi uma semana de muita agitação: Provas, trabalhos, estudo, e também aulas de violão. O abusado como sempre continua me perturbando, acho que esse é o seu hobby preferido. Mas as aulas tem adiantado muita coisa, eu praticamente lembrei tudo oque eu havia esquecido. E eu venho me esforçado bastante para que o abusado não esfregue nada na minha cara. Eu odeio ter que dizer isso, mas acho que ele é um bom professor.

O final de semana na praia já estava marcado para hoje. E o pessoal já começou com loucuras, temos apenas dezesseis anos e eles querem ir de moto até lá, eu fui à única que reclamei, e eles agiam como se aquilo fosse normal e nem ligarão para a minha preocupação, mas o Gui garantiu que nós iriamos passar em um lugar que a policia raramente passa, e principalmente nos finais de semana, pois eles ficam mais preocupados em passar pelo centro. Agora eu tinha medo desse lugar for outra loucura. Ok, eu confesso que tenho meio que pavor de policia, e nem me perguntem o porquê, pois nem eu mesma sei. Os meninos garantiram que sabem dirigir, mas ainda tenho minhas inseguranças. Todos estavam tranquilos, como se já fizessem isso, mas eu confesso que eu não.

– Já arrumou sua mochila? – Mari perguntou assim que entrou no meu quarto e me viu jogada em minha cama com os meus pensamentos.

Afirmei com a cabeça e ela sorriu. – Tem uma pessoa com uma enorme mala te esperando lá embaixo.

Sorri já imaginando quem seria, falei para a Mari a deixar subir.

– Nem precisa, já sou de casa. – A Lucy falou. – Minha mala está lá em baixo.

– Luciany como você vai carregar uma mala na moto? – Falei sarcasticamente.

Ela pareceu pensar e deu um tapinha na testa.

– Que cabeça a minha. – Falou rindo.

– Eu tenho uma mochila sobrando no meu guarda roupa.

Ela foi até no meu guarda roupa e pegou a mochila, e pediu com um sorriso enjoativo para que o João Pedro trouxesse a mala para cima. Quando eu vi o tamanho da mala, e oque continha eu vi que a Lucy além de eufórica é maluca.

– Para que essas maquiagens? – Perguntei.

– Para usar! – Respondeu irônica.

Ok, quem usa maquiagem em praia? Bom isso era normal vindo da Lucy. A Bolsa estava estourando e a Lucy fez questão de levar quase tudo, e oque não coube, ela ficou choramingando até os meninos chegarem. Descemos e nos cumprimentamos. Fomos para perto das motos, e a Lucy se sentou com o Gui e a Pâmela e o Lucas em outra moto. E agora só sobrou uma moto, e eu e o abusado. Eu nem havia pensado nisso, e ele pelo jeito também não, por que quando viu que iriamos juntos, nos entre olhamos com desprezo.

– Eu não vou com você! – Balbuciei.

– Não começa vocês! – O Lucas falou.

– May vai logo! – A Lucy reclamou.

Comecei a reclamar baixo e subi na moto. Eles deram partida e meu estomago revirou assim que o abusado acelerou, ele ia como um louco, e acho que só para me provocar. Ele impulsionava a moto bruscamente fazendo que eu quase caísse por isso eu tinha que segurar em sua cintura, mesmo sendo super constrangedor.

Quando chegamos, eu percebi o quanto eu tinha sentido falta das ondas do mar. Desde que cheguei eu nunca havia voltado a ver as ondas nervosas do mar. Mas percebi que aquela praia era meio deserta, mas achei que seria melhor assim.

Fomos para uma casa de praia e percebi que estava limpa e bem cuidada. Pelo jeito a família do Gui gostava de mantê-la em bom estado. Entramos para dividir os quartos, havia só dois, por isso as meninas iriam ficar em um e os meninos em outro. Coloquei minha mochila sobre a cama em que eu iria dormir e me joguei nela. Todos se acomodaram e ficamos a tarde explorando a casa, as lojas que ficam enfrente a praia e o mar.

Todos nós estávamos cansados e sujos da areia da praia, por isso fomos tomar um banho e sair daquela praia deserta e escura, por já estar formando a lua no céu estrelado. Aquele final de semana estava sendo melhor do que eu esperava e ainda mais com um bando de loucos.

**

Acordei bem cedo, a tempo de ver o nascer do sol junto com a Lucy e o abusado que infelizmente já estava de pé. A Lucy resolveu invadir o quarto dos meninos para pular em cima do Gui, mas foi grande a sua decepção, pois ele não estava lá. Ele e o Lucas haviam saído cedo para comprar o café da manhã. Bom foi isso que o abusado disse. A Pâmela era a única que ainda estava dormindo, mas é claro, Eles ficaram tarde da noite fazendo loucuras em alto mar. Pareciam crianças, mas crianças que se beijavam.

O Gui e o Lucas chegaram não com um café da manhã e sim um banquete, a Pâmela acordou alguns minutos depois que eles chegaram e tomamos café juntos. Era o nosso ultimo dia, pois era apenas um fim de semana, chegamos ontem que era sábado e vamos hoje, para não passar as férias em branco, mas bem que eu queria ficar um pouco mais.

Logo que tomamos café, trocamos de roupa para ir direto a praia, hoje estava um pouco frio, por isso fiquei em uma espreguiçadeira e enrolada em uma toalha até chegar metade da tarde por que depois disso piorou.

Eu estava quieta enrolada na toalha, então as vacas loucas que eu chamo de amigas, perguntaram se eu não queria nadar e tentaram me tirar à força. Mas eu resisti e fiquei firme, então as vacas loucas que eu chamo de amigas, foram falar com dois bodes, um que eu chamo de amigo Lucas, e já foi meu ex e outro que eu chamo de abusado. Eles começaram a cochichar alguma coisa e a rir, depois olharam para mim e vieram em minha direção. Foi ai que eu vi que o circo estava armado. Os bodes pegaram minha toalha e prenderam meus braços e minhas pernas me jogando em alto mar gelado. Eu senti como se estivesse nadando em uma piscina de gelo, por isso fiquei tremendo feito uma louca. O abusado riu muito e isso me estressou. Ele ficava passando por perto e perguntando se eu já havia superado o trauma. Isso me estressou mais ainda, e foi nesse momento que eu decidi que aquilo não iria ficar assim.

Todos foram para a casa da Praia para preparar um lanche, pois todos já estavam com fome. Eu falei que eu iria dar um mergulho e depois iria, e o abusado fez o mesmo, por isso ficamos a sós. Resolvi que aquele era o momento para dar um sustinho nele. Fui para bem longe no mar, até aonde meus pés alcançavam. Comecei a dar uns mergulhos e percebi que ele me observava. Achei o olhar meio constrangedor, mas continuei a mergulhar. Quando eu vi que ele não estava mais me observando, fingi que estava me afogando, e dei um mergulho pra baixo, dando os gritos mais falsos que se possa ouvir, mas ele caiu, pois logo vi tirando a camisa e se jogando na agua. Ele se aproximou e vi que ele estava desesperado e senti vontade de rir, mas permaneci quieta. Ele me pegou no colo, e isso me deixou muito constrangida, até me colocar na areia da praia, ouvi ele resmungar.

– Meu Deus, todo mundo foi para a casa e eu fiquei sozinho com essa louca– Ele parou por um instante e continuou – E agora, oque eu faço?

Ele me chama de louco, enquanto ele era mais ainda, falando sozinho. Ele deu um soco na areia e segurou minha cabeça. Por que os homens tem mania de socar as coisas em momentos de raiva?

– Eu não acredito que vou ter que... – Ele parou de falar e eu não ouvi mais nada, eu só senti a sua respiração ofegante próxima a minha, foi ai que eu me dei conta. Ele iria fazer respiração boca a boca.

– Seu abusado! – Falei depois de empurra-lo com força, o tirando de cima de mim.

Ele me olhou assustado, e depois ficou serio.

– Sua louca, você não vai me dizer que...

– Sim, eu estava fingindo, e o espertalhão aqui caiu direitinho. – Falei rindo.

– Você tá maluca, eu quase morri do coração e eu ainda iria sacrificar a minha boca. – Ele fez uma careta. – Você não pode fazer esse tipo de brincadeira, essas coisas são serias.

– E você não pode aumentar o tom de voz comigo assim.

– Você diz isso, por que não perdeu um irmão no mar.

Olhei seria pra ele e ele abaixou a cabeça se sentando na areia. Fiquei totalmente constrangida e me sentei ao seu lado.

– Desculpa eu não sabia e... – Antes de terminei olhei para ele e o vi mordendo os lábios para não rir.

– Seu idiota– Falei dando um soco em sua barriga e ele fez careta com a dor – isso é mais serio ainda.

– É mesmo e a invocadinha aqui caiu direitinho. – Ele falou rindo e eu comecei a dar vários tapas nele. O pessoal chegou e nos separou, e o abusado contou à brincadeira que eu havia feito. Todos ficaram me julgando e falando que eu não podia brincar com essas coisas sem me deixar falar da historia que ele havia inventado do irmãozinho dele.

Fomos para a casa na praia e eu levei um susto ao ver quem estava me esperando em frente. Todos se aproximaram e ficaram em volta, ele me olhava frio e eu vi que teria encrenca.

– Pai. – Falei com um sorriso fraco. – Como sabia que eu estava aqui?

– A Maria me falou, bom eu meio que forcei. – Ele falou serio. – Você como sempre sendo um desgosto na minha vida, e sempre colocando a Maria nisso.

Olhei em volta e vi que os meus amigos continuavam em volta meio sem graça pela situação.

– Oque você quer dizer com isso? – Perguntei voltando meu olhar para ele.

– Você me pede para a Maria pedir o meu dinheiro para pagar aulas de inglês para você, falando que você estava precisando por estar mal na escola e no final eu descubro que são aulas de violão. – Ele falou gritando.

– Pai. – Falei quase chorando. – Eu posso explicar.

– Eu não quero que você me explique nada. Você acha que eu nado em dinheiro para ficar pagando essas aulas imbecis para você?

– Como você descobriu?

– Eu perguntei o nome da escola para a Maria, ela se embolou para falar o nome e ai eu percebi que tinha coisa. Então ela falou um nome qualquer e eu pesquisei. E sabe oque eu descobri? Essa escola não existe. Desde que a Maria te deu aquele violão, eu deixei claro para você que eu não queria te ver tocando, que se fosse preciso era para jogar fora.

– Mas porque pai? Qual o problema de eu tocar?

– Não te interessa! Você desde que nasceu esta infernizando a minha vida, por sua culpa eu vivo infeliz. Você lembra a sua mãe, você age como a sua mãe, e ainda por cima você matou a sua mãe. – Ele estava gritando.

– Eu já estou de saco cheio! – Falei gritando e percebendo que já estava chorando – Você sempre me culpa e eu não aguento mais! A culpa não foi minha se ela não resistiu. Você colaborou para que eu estivesse aqui hoje. Eu simplesmente não vou deixar você me culpar por uma coisa que eu não fiz, eu era apenas uma bebe.

Ele me olhou serio e vi seu rosto trasbordar raiva. Eu nunca havia falado assim com ele, eu sempre deixei que ele me culpasse e eu sempre acreditei que eu era a culpada, mas eu lembrei das palavras da Mari, ela sempre dizia que eu era apenas uma bebe e não tinha consciência de nada para ter culpa.

– Vamos – Ele falou segurando meu braço com força. – Você vai para casa.

– Eu não vou – Falei tentando me soltar, mas sem sucesso.

Ele apertou mais o meu braço. Olhei para os meus amigos e vi o abusado vindo atrás.

– Solta ela! – Ele falou.

Meu pai olhou serio para ele e me soltou.

– E você acha que manda em mim? – Ele perguntou.

– Você estava machucando ela.

– Eu sou o pai dela, infelizmente mas sou, então quem decide oque fazer com ela sou eu.

– Olha senhor sei lá oque, eu não sei o seu nome. – Ele falou. – Eu sou quem dou aulas para ela e eu não vejo problema em dar de graça.

Olhei surpresa para ele.

– Olha menino sei lá oque, meu nome é Fernando e não precisa me dizer o seu porque eu prefiro nem saber. Se você não ouviu, eu não quero que ela faça aulas, sendo de graça ou não.

– O senhor tem todo o direito de não deixar ela fazer aulas, mas não tem o direito de trata-la assim, sendo o pai dela ou não.

Meu pai olhou serio para ele como se fosse o matar com o olhar.

– Eu não vou ficar perdendo o meu tempo com você garoto. – Ele falou e logo depois olhou para mim. – E você Mayane, é melhor se cuidar, por que a minha paciência tem limite.

Depois ele foi embora e eu me sentei no chão chorando, e todos vieram me abraçar.


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Notas finais do capítulo

Oww o abusado defendeu -*-*-